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Al Horford mudou seu estilo de jogo no Celtics. Ele deve rever essa decisão?

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Durante esta semana, Al Horford completou sua primeira metade de temporada como um celta. E, após 42 jogos disputados (até a edição desse texto), é seguro afirmar que o pivô dominicano tem lidado com um dos anos mais difíceis e desafiadores de sua carreira na NBA.

De início, cabe dizer que é quase unânime o pensamento de que o camisa 42 tem sido um dos principais responsáveis pela evolução ofensiva do maior campeão da NBA, que a faz figurar nas primeiras colocações de diversas estatísticas ofensivas.

Horford, com sua inteligência nos passes e capacidade de encontrar o jogador em melhor situação para pontuar, tem sido um verdadeiro catalisador em Boston. Tal assertiva foi, novamente, comprovada no duelo contra o New York Knicks, na última quarta-feira, quando o pivô deixou a quadra com 10 assistências (sua melhor marca, no quesito, em 2016/2017). Após a citada partida, Horford elevou sua média de assistências para 5.5 por jogo, a cada 36 minutos jogados (a melhor média de sua carreira).

Entretanto, a capacidade ímpar de Horford, nos passes, não pode camuflar áreas nas quais o dominicano têm enfrentado sérias dificuldades. Dentre essas, a principal e mais alarmante é a baixa efetividade de seus arremessos. Mais uma vez, façamos uso do jogo contra os Knickerbockers para exemplo. Nesse jogo, Horford chegou a receber vaias de um TD Garden lotado, que o viu acertar míseros 2 arremessos em 14 tentados. Outrossim, o pivô logrou êxito em apenas 1 arremesso de três, embora tenha arremessado 8 bolas de longa distância.

O fato mais triste é perceber que noites horrendas, como a ora mencionada, não chegam a ser exceção para o dominicano no primeiro mês de 2017: na vitória sobre o New Orleans Pelicans, em 07.01, Horford converteu somente 3 de seus 18 arremessos realizados, incluindo uma bola de três em seis tentadas.

Se voltarmos para Dezembro, também não encontraremos alento, visto que o camisa 42 de Boston teve um aproveitamento inferior a 36%, em seus arremessos, em seis das partidas disputadas no último mês de 2016. Para um pivô, posição na qual se espera um alto aproveitamento nos arremessos, é estarrecedor perceber que Horford possui um true shooting percentage (estatística avançada que avalia a qualidade e eficiência dos arremessos de um jogador) de 53.5%, que é a menor marca de seus 9 anos de NBA.

Para sermos justos, o Boston Celtics de Brad Stevens atua sob um plano ofensivo que prioriza um rápido ritmo de jogo e bolas de longa distância. Diante desse cenário, não surpreende o fato de Horford estar tentando 7 bolas de três a cada 100 posses de bola – também maior média da carreira. Os resultados, pelo menos individualmente, contudo, não têm parecido, já que o pivô tem convertido apenas 2.3 dessas 7 bolas arremessadas, com um aproveitamento apenas mediano de 32.4%.

O fato de ter um pivô, como Horford, que arremessa bastante de longe, tem trazido benefícios ao time, sob uma ótima coletiva. Afinal, sua presença permite que o Celtics espace a quadra, uma vez que o camisa 42 representa uma ameaça nos tiros de três. Por consequência, com a quadra espaçada, jogadores, como Isaiah Thomas, se aproveitam e conseguem infiltrações com maior facilidade.

O que se começa a discutir em Boston, no entanto, é se Celtics e Horford estão abusando dos seus arremessos de longa distância e se o pivô está se contentando em jogar fora do garrafão.

Isso porque, indiscutivelmente, a área na qual Horford é mais efetivo, é no garrafão, região na qual consegue superar alas-pivôs, por serem mais baixos, ou pivôs, por serem mais lentos. Todavia, tais vantagens não têm sido percebidas, devido ao seu novo estilo de jogo, que prioriza uma atuação longe do garrafão.

Essa afirmação é comprovada, quando observamos que a média de distância dos arremessos realizados pelo dominicano, em 2016/2017, é de 4,29 metros, o que representa a maior distância de sua carreira. Ademais, somente 65.7% de seus chutes são tentados na área de dois pontos. Para efeito de comparação, até 2015/2016, Horford jamais havia realizado menos de 96% de seus arremessos fora da supracitada região.

Na atual temporada, porém, Horford viu seu aproveitamento na região de dois pontos cair para 51.8% – o pior percentual de sua carreira. Isso também se deve à distância de seus arremessos de dois pontos, que são bem distantes do garrafão, área na qual o pivô tenta apenas 21.8% de seus arremessos (também pior marca da carreira).

Devido a tantos recordes negativos, Horford vê sua média de pontos (16.4), por 36 minutos jogados, ser a mais baixa desde a temporada 2011/2012, e seu offensive rating (112) – estatística avançada de produção ofensiva – ser a menor desde 2013/2014.

Assim, embora seja claro que o time se beneficia pelo novo estilo de jogo de Horford, já que a quadra fica mais espaçada e o garrafão menos ocupado, facilitando a vida de Thomas e cia., é certo que o camisa 42 e Brad Stevens devem repensar sua seleção de arremessos e seu posicionamento, para que o jogador, cuja aquisição foi a mais cara da história do Boston Celtics, possa ser útil não apenas coletiva, mas também individualmente.

Você, torcedor celta, está satisfeito com a utilização e rendimento de Horford, ou acha que algo deve ser modificado? Opine abaixo.

10 comentários

  • è indiscutivel que AH adicionou muito ao elenco
    Mas esta pecando muito nos seus arremessos, antes de arremessar poderia pensar em outra opção, deixar que outros arremessem da linha de 3, pra que ele possa disputar o rebote no garrafão.

  • Ótimo texto. Tudo na vida e equilíbrio, seus arremessos de média e longa distância são importantes pelos motivos citados no texto, mas tem que mesclar com o jogo de garrafão. De qq forma seu encaixe foi perfeito nessa equipe e acredito que com o passar da temporada seu jogo vai melhorar ainda mais

  • Depois que li a excelente matéria do Rômulo, fui atrás das estatísticas do Horford para comparar a temporada atual com às passadas e tive algumas surpresas.

    É verdade que o FG% caiu muito em relação a média da carreira e ao ano passado de .505 para .450, o curioso é se compararmos esta com última temporada (quando ele começou a chutar mais) em 3PT% a queda é muito menor, de .344 para .324.

    Isto significa que o impacto negativo dos arremessos atrás da linha em relação ao ano passado dele não é tão grande quanto se esperava, e que seus tiros de média distância (.430) e no garrafão (surpreendentes .400 fora dá área restrita) é que tem puxado as estatísticas para baixo.

  • “Ele deve rever essa decisão?”
    O problema aqui é que não creio que isso seja uma DECISÃO dele e sim uma ordem do Stevens.
    Então tenho dúvidas se isso vai mudar, pelo menos no momento.

    O fato é que Horford está jogando de PF e o Amir de Pivô.
    Sempre disse que não gosto disso. Horford rende muito mais como pivô do que de PF, mas enquanto não tivermos um 4 bom, e que consiga espaçar bem a quadra, Horford vai ficar nessa…se sacrificando pelo time.

    1. Então Daniel, ele realmente rende mais jogando na 5, mas esses dias no podcast The Vertical ele disse que não se considera um 5, e que ele gosta mesmo de jogar um pouco nas duas funções, ou seja, quando o Celtics pleiteou trazer o Horford o plano foi esse desde o início, deixar ele jogar na 4 como titular e na 5 como a rotação menor.

  • Eu prefiro que o Al jogue de C pelo que já foi explicado no texto, porém já li uma entrevista do Al dizendo que prefere jogar de PF, isso ainda quando jogava pelo Hawks, e no esquema do Stevens quem jogar de PF tem que espaçar a quadra, e como estamos vendo isso não está benéfico para o time e principalmente para ele mesmo, pois o Amir simplesmente não consegue pegar rebote, tanto que o Avery tem se destacado pegando muitos rebotes e o Smart em muitos jogos tem ficado mais fixo dentro da área de 2 pontos e deixa o Al aberto para o chute.
    Eu não vejo isto melhorando, pois todos queremos um C descente e se isso ocorrer o Al ficará mais tempo ainda jogando de PF.

    1. Já eu, não quero um C que defenda (a não ser que seja o Bogut)
      Eu quero é um PF de qualidade, justamente pra empurrar o Horford pra 5, onde o desempenho dele vai subir muito.

      Então eu apostaria todas minhas fichas em Griffin e Ibaka na proxima FA.

      Griffin daria um poder absurdo pro nosso ataque e melhorou muito na defesa.
      Ibaka traria muita defesa, rebotes e sabe espaçar a quadra, de forma que não bateria cabeça dom o Horford lá dentro.

  • Eu não tenho dúvidas de que a maneira de jogar do Stevens impacta no desempenho do AH.

    Não questiono o preparo do nosso coach, na minha opinião bem melhor que o Doc.

    Mas eu ficaria mais satisfeito se tivessemos uma variação maior de posicionamento, com um maior número de jogadas no pivô e ou ala de força (dentro do garrafão).

    Talvez possamos testar o KO na posição 4 e AH na 5.

    Mas, a consequência será menor contribuição do banco em termos de pontuação.

    Já propus esta reflexão: o que o Stevens faria se tivessemos Cousins e De Andre Jordan? Ou DH?

    Creio que ela deva explorar estas opções. Preparo, imaginação e dados não faltam.

  • Concordo plenamente com o Daniel o AH. Tá fazendo o esquema do stevens pois ele da muito mais condição para o thomas jogar o problema é que nessa temporada só temos ele de pivô que as outras equipes respeitam e quando dobram nele abrem espaço para o thomas. Então acho que só na próxima temporada com reforços é que vamos começar a ver o AH. Com melhires jogos e medias. Mais temos que lembrar que para uma equipe que vem em reconstrução a apenas 4 anos nosso time está muito bom e o ano que vem promete muito.

  • Concordo com o Daniel o nosso grande GOL será na próxima temporada, temos que ter paciência agora, teremos uma escolha TOP 3 muito provável e um cara top na 4 teremos muito mais chances de bater de frente ao Cavs.

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