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Camisas aposentadas: manter ou liberar?

Camisas do Boston Celtics com desconto

Nos últimos anos, cada atleta que é apresentado pelo Boston Celtics se transforma, imediatamente, em alvo da curiosidade de imprensa e torcida. A inquietação coletiva, por incrível que pareça, não é sobre as palavras do reforço ou a expectativa por seu desempenho em quadra, mas sim por um motivo bem mais simples. Ou nem tão simples assim: o número da camisa que o jogador selecionará. Afinal de contas, o Alviverde é uma vítima do próprio sucesso: além de ser o maior campeão da história da NBA, com 17 troféus, a franquia de Massachusetts é recordista em camisas aposentadas, com 22 homenagens no teto do TD Garden.

Na última apresentação, não foi diferente: além dos retornos de Jonas Jerebko e Jae Crowder, o Celtics celebrou a chegada de Amir Johnson, Perry Jones III e David Lee. Os números escolhidos? 90 (Johnson), 38 (Jones) e 42 (Lee, que já utilizou essa camisa no New York Knicks). Camisas que lembram futebol americano, e não a NBA. E isso se tornou rotina em Boston, já que números como 52 (Chris Babb), 66 (Scott Pollard), 70 (Luigi Datome), 86 (Semih Erden) e 98 (Jason Collins) já estiveram em uma camisa celta nos últimos anos.

Em um post no Boston Globe, o jornalista Gary Washburn levantou novamente a polêmica questão: o Celtics deve rever a política de aposentadoria das camisas ou a tradição não se discute? Em alguns casos nos esportes americanos, as franquias optaram pela criação de anéis de honra ou mesmo permitir a alguns atletas recém-chegados que utilizem uma camisa aposentada, como foi o caso de LaMarcus Aldridge: ao assinar com o San Antonio Spurs, o ex-atleta do Portland Trail Blazers resgatou a camisa 12, que foi utilizada por Bruce Bowen.

Camisa 31 aposentada no TD Garden e hoje comentarista, o ala Cedric Maxwell sugeriu que ex-jogadores e executivos se reunissem para rever alguns casos e definir a eternidade de alguns números, como os de Red Auerbach (2), Bill Russell (6), John Havlicek (17) e Larry Bird (33). Maxwell admitiu ter se incomodado com a utilização de sua camisa por alguns atletas ‘esquecíveis’, como Fred Roberts e Mikki Moore, mas diz que abriria algumas exceções. O ex-atleta lembrou que, em 2007, Reggie Miller esteve perto de um acerto com o Celtics e a camisa 31, utilizada pelo ala no Indiana Pacers, quase voltou a ser utilizada em Massachusetts.

“Isso não me incomoda. Eu entendo o sistema de homenagem, mas já fizeram isso uma vez com Loscy (Jim Loscutoff). Acredito que as pessoas que tem seu número aposentado não se sentiriam violadas. Se você está falando de um grande jogador vestindo o seu número, como Reggie Miller, isso faz a sua camisa ser ainda maior”, afirmou Maxwell, que lembrou a história curiosa de Loscutoff, que defendeu o Celtics nas décadas de 50-60 e pediu para que a franquia não aposentasse o número 18, justamente para que outro atleta pudesse utilizá-lo. No lugar da camisa, o Alviverde homenageou Loscutoff com o nome ‘Loscy’, único entre os números aposentados. Apesar dos esforços de Loscy, a camisa 18 seria aposentada de qualquer jeito, com Dave Cowens, atleta celta entre 1970 e 1980.

Aproveitando o debate aberto por Washburn, o site CelticsBlog iniciou uma enquete para os torcedores. De um total de 1290 votos, 43% dos fãs declararam ser contra a liberação dos números aposentados, enquanto 39% são favoráveis a uma flexibilidade na regra, com alguns números ‘intocáveis’, como sugeriu Cedric Maxwell. Outros 12% são a favor de uma liberação total dos números, enquanto apenas 6% defendem a reutilização do número para grandes contratações. Vale lembrar: estamos falando da camisa mais tradicional da NBA, que é conhecida por tratar o seu passado de forma brilhante e respeita muito a tradição.

E você, torcedor brasileiro? É a favor ou contra a revisão das camisas aposentadas?

*Texto atualizado em 7 de março de 2018, com a aposentadoria da camisa #34, em homenagem a Paul Pierce.

Relembre quais são as camisas aposentadas pelo Boston Celtics:

00 – Robert Parish (pivô entre 1980 e 1994, três vezes campeão, líder de tocos da história do Boston Celtics)

1 – Walter Brown (fundador da franquia, morto em 1964)

2 – Red Auerbach (treinador e executivo, com 66 anos de trabalho com a franquia. Nove vezes campeão como treinador, sete vezes campeão como executivo)

3 – Dennis Johnson (armador entre 1983 e 1990, duas vezes campeão)

6 – Bill Russell (pivô entre 1956 e 1969, jogador-treinador a partir de 1966, 11 vezes campeão, 5 vezes MVP da temporada regular, maior reboteiro da história do Boston Celtics, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

10 – Jo Jo White (armador entre 1969 e 1979, duas vezes campeão, MVP das finais de 1976)

14 – Bob Cousy (armador entre 1950 e 1963, seis vezes campeão, MVP da temporada de 1957, líder de assistências da história do Boston Celtics)

15 – Tom Heinsohn (ala-pivô entre 1956 e 1965, treinador entre 1969 e 1978, oito vezes campeão como jogador e duas vezes campeão como treinador, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

16 – Satch Sanders (ala-pivô entre 1960 e 1973, treinador do Celtics em 1978, oito vezes campeão como jogador, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

17 – John Havlicek (ala entre 1962 e 1978, oito vezes campeão, MVP das finais de 1974 e maior pontuador da história do Boston Celtics, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

18 – Dave Cowens (pivô entre 1970 e 1980, treinador entre 1978 e 1979, duas vezes campeão como jogador e MVP da temporada de 1973)

Loscy (18) – Jim Loscutoff (ala-pivô entre 1955 e 1964, sete vezes campeão, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

19 – Don Nelson (ala-pivô entre 1965 e 1976, cinco vezes campeão)

21 – Bill Sharman (ala-armador entre 1951 e 1961, quatro vezes campeão)

22 – Ed Macauley (pivô entre 1950 e 1956)

23 – Frank Ramsey (ala entre 1954 e 1964, sete vezes campeão, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

24 – Sam Jones (ala-armador entre 1957 e 1969, 10 vezes campeão, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

25 – K. C. Jones (armador entre 1958 e 1967, auxiliar entre 1978 e 1983 e treinador entre 1983 e 1988, oito vezes campeão como jogador, uma vez campeão como auxiliar e duas vezes campeão como treinador, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

31 – Cedric Maxwell (ala-armador entre 1977 e 1985, duas vezes campeão como jogador e MVP das finais de 1981)

32 – Kevin McHale (ala-pivô entre 1980 e 1993, três vezes campeão, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

33 – Larry Bird (ala entre 1979 e 1992, três vezes campeão, três vezes MVP da temporada regular e duas vezes MVP das finais, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

34 – Paul Pierce (ala entre 1998 e 2013, uma vez campeão, MVP das Finais de 2008)

35 – Reggie Lewis (ala entre 1987 e 1993, jogou pelo Celtics durante toda a carreira)

48 comentários

  • Eu sinceramente sou contra a volta das camisas, porem os casos de aposentadoria das camisas deveria ser algo mais seleto como Pierce e Garnet somente nos próximos anos

    1. Garnett mesmo eu não tenho certeza que mereça. Ganhou apenas um título e fez mais história nos Timberwolves do que no Celtics.

    2. Garnett jogou 5 anos na franquia, já em final de carreira e ganhou só um título.

      Ou seja….aposentar camisa dele já é algo bem pouco seletivo, na real…rs

  • BEM, AS CAMISA APOSENTADA PELO, TODOS FORAM EXCEPCIONAIS JOGADORES E GANHARAM TITULOS, SOMENTE LEWIS NAO GANHOU INFELIZMENTE FALACEU NO SEU AUGE,MAIORIA DELES NA HALL DA FAMA,MAS CONCORDO COM JUNIOR, AS PROXIMAS APOSENTA QUE DEVE SER APOSENTA DE PIERCE(34) E GARNETT(5), PORQUE FORAM JOGADORES IMPORTANTE PRA NOSSO TIME,MERECE SER E JUSTA TER APOSENTADAS AS CAMISA

  • Sou a favor de voltar algumas camisas e outras não. a do Lewis por exemplo poderia voltar, e a homenagem ficaria no TD com o nome dele.
    Russel, Cousy, KC Jones, White, Havlicek e Bird por mim são intocáveis. Agora as numero 1 e 2 poderiam ser utilizadas, tendo em vista que o Red e o Walter Brown não “jogaram” ( apesar de achar a homenagem muito bonita).
    Mas claro que o jogador deve merecer.

  • No casos específicos de Walter Brown e Red Auerbach, não acho que aposentar números seja a homenagem correta.

    Pra esse caras você faz estátuas de bronze em frente o ginásio, e não retira um número que eles se quer utilizaram.

    1. Acho que no caso do Red poderia aposentar o número de vitórias como treinador. Além do mais ele tem uma honra eterna que é o nome no sagrado parquet do Celtics, que na minha opinião vale mais que camisa aposentada.

  • Eu acho complicado desaposentar agora, parece soar meio como um desrespeito por parte da franquia, mesmo que o ex-atleta esteja de acordo. No mais você analisa o período em que os atletas das camisas aposentadas estiveram no Celtics e nenhum atuou por poucos anos no time, ou seja, deram a sua contribuição. Sou a favor de manter e que o time seja mais “severo” por assim dizer pra aposentar daqui pra frente.

  • Eu vejo como um problema muito grande esse número exagerados de aposentadoria de camisa. Certa vez fiz a comparação com os Fakers, que tem uma história tão boa e repleta de ídolos como o Celtics e eles têm apenas 9 camisas aposentadas enquanto o Celtics tem 21.

    Acho exagerado demais. Por exemplo, apesar do Garnett ter tido uma história ótima, é exagerado pensar na aposentadoria da sua camisa. Já vi falarem do Ray Allen, o que é desnecessário. Paul Pierce pode ser, por ter tirado o Celtics da fila de tantos tempos e ter colecionado recordes.

    Mas por quê não mantê-las aposentadas e, ao mesmo tempo, liberar alguns números para usar? A homenagem fica mas os números podem ser usados. Eu não vejo porque não. Liberar algumas, manter as homenagens e outras manter realmente retiradas para ídolos supremos.

    Ganhou um título ou dois e já pode ter a camisa aposentada? Acho que é exagero pensar isso. Deve ser muito acima da média e representar o Celtics por muitos anos, na titularidade claro.

    Fico pensando até onde isso pode influenciar na escolha de um jogador para ir para uma franquia. Claro, isso pode ser um fator influenciador também, além de tantos outros motivos.

  • 1) Satch Sanders encerrou a carreira com médias de 9,6 pontos e 6,3 rebotes.

    2) Don Nelson defendeu Chicago Zephyrs e Lakers antes de ir pro Celtics, ou seja, não é prata da casa, e teve uma carreira com média 10,3 pts e 4,9 rebotes

    3) Frank Ramsey teve uma carreira curta de 9 anos e teve médias de 13,4pts e 6,6 reb

    4) Cedric Maxwell, não teve a vida dedicada ao Celtics. jogou em mais 3 franquias e teve média na carreira de 12,5pts e 6,6 reb.

    Na boa….. não são super astros ao ponto de sua camisa não ser digna de ser utilizada por mais ninguém depois deles.

    A maioria ganhou a aposentadoria por conta de títulos, mas eu não acho que esse seja o critério correto, ou vocês acham que caso o Big 3 não sofresse com lesões e ganhasse vários títulos, o PERKINS deveria ter a camisa aposentada? Não né.

    Acho que camisa aposentada é só pra astros maiores de grandes feitos.

    É claro que o Celtics tem muitas camisas aposentadas porque é cheio de mitos na sua história, mas algumas são um pouco banalizadas, como no caso das quatro acima citadas e das de Red e Brown

    1. Concordo. É bonito o Celtics cultuar os ex-jogadores. Mas, em casos específicos, se o critério fosse o mesmo que levou à aposentadoria, poderíamos ter o número do Scalabrine fora. Deve se rever este conceito. Na minha opinião 1 título não é o caso, atletas que defenderam várias franquias também não. Tem que ser algo especial!

  • Como já disse em debates no Face…sou profissional de Marketing e Publicidade a mais de uma década e tenho conhecimento e experiencia pra saber que a ausência de tantos números disponíveis hoje em dia, gera perdas financeira ENORMES para o Celtics.

    Estudos mostram que 80% das pessoas tem como numero favorito, o tal “número da sorte”, a sua própria data de nascimento.

    O Celtics tem 17 camisas aposentadas justo nessa faixa que vai de 1 à 31.

    Ou seja, mais da metade das camisetas favoritas do público, o Celtics não explora e não poem a venda.

    Muita gente não compra a camisa 99 do Crowder.
    Mas não tenha dúvida NENHUMA de que ela teria uma boa venda se fosse a “1”, 2, 19, 23, etc….

    1. Inclusive, esses fatos citados acima, incomodam muitos free agents que vão pra Boston.

      Porque? Simples!

      Jogador ganha porcentagem na venda de sua camiseta, horas!

      Então pegar uma camiseta numero 97, não é ruim só pelo fato de que não é o número que o cara realmente queria, mas tmb porque ele PERDE DINHEIRO com isso.

      1. Em relação a.perda.de.dinheiro do celtics por isso eu acho q eles.teriam q continuar a.fazer as camisas dos mitos. eu acho q é muito mais legal vc ter a camisa de um mito q é a data do seu aniversario do q ter a camisa do zoran dragt com o numero do seu aniversario. e celtics tbm ganharia uma grana nessa

        1. O começo é esse na verdade: em relação a peeda de grana so celtics wles swveriam fazer isso continuar a fazer…

    2. Perdas?

      Provavelmente as camisas dos C’s que mais vendem são a 33, 34 e 6.
      E todos sabem o nome que está escrito abaixo desses números.
      Ou alguém acha que o cara vai comprar a camisa do Pau Gasol no lugar do S. Pippen?

      Sou a favor de aposentar as lendas de verdade, mas o critério de aposentadoria depende da diretoria do momento, o que leva à essas subjetividades de escolhas de jogadores não tão mitos.

      Estátuas para Red em frente ao TD e Russel no centro de Boston (e é pouco para o que esses dois caras fizeram pelos C’s).
      E ainda falta uma do Bird.

      []s verdes

    3. Emilino, mito… Tô pra te perguntar isso há um tempo, mas… Quais são as chances de vocês conseguirem implementar o Disqus aqui no site?

      Acho que fica melhor para comentar, curtir comentários, editar, excluir, responder, mandar fotos ou vídeos. Fica fácil também para novos torcedores comentarem, porque dá pra logar em quase tudo pra comentar, inclusive no twitter.

      Já pensaram na possibilidade? Acho, ACHO, que é de graça po. Quase todos os blogs no mundo usam.

      1. Fala Jota.
        Não tinha lido esse seu questionamento antes.

        Então…na verdade eu estou desenvolvendo um site novo, por isso nem ando fazendo muitos upgrades aqui.

        No momento estou testando varias coisas pra implementar aqui, como sistema de forum, rede social, agenda de eventos com integração ao google calendar, etc.

        Disqus está na pauta de testes.
        Tenho muito interesse em implementar ele sim, mas vou ter que fazer testes pra ver se vou conseguir integrar ele ao sistema do site (cadastros, fóruns e rede social)

      2. A parte de dar like e seguir o post, inclusive eu coloquei aqui por um período, para fazer testes, mas removi as opções porque estava causando lentidão no site e gerando algumas instabilidades.

        Mas na próxima versão, isso terá com certeza. De uma forma ou de outra.

        1. Ah, entendi. Então vou esperar a nova versão.

          Perguntei porque tenho visto que os blogs que usam o Disqus tem muito mais interação, justamente por facilitar o comentário, já que dá para logar pelo twitter, facebook, o próprio disqus ou comentar como convidado. Isso deve facilitar para a galera que só visualiza mas não comenta (Lembro que muita gente ficava perguntando como mudar a foto e tal, talvez seja uma barreira. Talvez…) E como todos os blogs usam, inclusive os gringos, talvez seja uma plataforma em comum, que una todos os perfis e facilite comentar sempre.

          Mas estou ansioso para ver como vai mudar as coisas por aqui. E não deixa o blog morrer não, rapaz.

          Abraços e bom trabalho.

  • Vou discordar da geral… hehehe Não levem pelo lado pessoal, por favor. Discordar da maioria de vcs diz mais sobre a minha imbecilidade do que qq outra coisa.,,rs Só acho que desaposentar camisa por conta das vendas é bobagem. Moralmente errado (celtic pride, porra!) e estrategicamente controverso. Eu vou comprar a camisa de um cara, que era de outro mas a franquia desrespeitou e agora está vendendo? Difícil. Ademais, os números aposentados podem sim ser comercializados – afinal, a do Bird vende até hoje, não? O que vende camisa é jogador bom, o número é secundário…
    Quanto a aposentar a 5 do Garnett, a verdade é que ele é um dos maiores 4 da história da liga – monstruoso em inúmeros aspectos. Todos aqui SABEMOS que quem nos tirou da mediocridade foi ele. O Pierce é uma lenda, gênio e tals – mas sem o Garnett não teríamos mudado de patamar. Além disso, ele alterou a cultura do time, resgatou a relação com a torcida, energizou a cidade. É um baita símbolo. Pra mim, isso é mais importante no final do dia do que o título solitário. E, afinal, se consideramos os critérios adotados pela franquia no passado, ele com certeza deveria ter a camisa aposentada.

    1. O Garnett foi exatamente isso.
      Ele está no meu Celtics starting five:
      Cousey-Sam Jones-Bird-Garnett-Russell.
      6th man: J. Havlicek

      Imagina o garrafão com Garnett/Russell (e temos de aturar Sully/Zeller), com Bird e Hondo fechando a marcação para os chutes de fora?
      Íamos sofrer 30 pontos por jogo.

      []s verdes

  • Eu acho que muitos números foram aposentados de forma desnecessária.

    Aposentar camisa é só pra quem de uma forma ou outro mudaram a história da franquia, como Bird ou Russell.

    ‘Só’ ganhar titulo não credencia ninguém a ter sua camisa aposentada, a não ser que seja muitos títulos. Por exemplo, gosto muito do Garnett, um dos meus ídolos, mas não acho que a camisa dele deva ser aposentada. PP pode até se discutir, afinal jogou quase a carreira toda pelo Celtics, mas ainda assim não tenho tanta convicção.

    Ai o problema que ocorre hoje, é que, comparar esses caras ai que o Daniel citou, com PP e KG, como não aposentar as camisas deles? Seria até cômico.

    O negocio de aposentadoria foi mal pensado no começo e ficou até meio banalizado, agora a franquia tem esse ‘problema’ nas mãos.

  • Concordo que sejam muitas camisas aposentadas. Errou-se em aposentar tantas. Mas seria um erro muito mais grave reconsiderar isso hoje. É desrespeitoso com o jogador e “pegaria mal” perante a Liga. Que sejam mais criteriosos daqui pra frente.

    É da cultura americana honrar o jogador aposentando seu número e não o nome. Seria uma desfeita enorme para qualquer um dos jogadores “desaposentar” seu número. E ainda, qual critério seria utilizado para desaposentar de uns e manter a de outros?

    Aconteceu isso, recentemente, com o Bruce Bowen, ex-camisa 12 do San Antonio Spurs. LaMarcus Aldridge insistiu para usar a camisa 12 e a camisa de Bowen foi “desaposentada”. Bowen foi muito desprestigiado com essa atitude e a imprensa passou então a discutir se Bowen merecia mesmo ter essa camisa aposentada. Pegou muito mal pra Spurs, pro Bowen e pro Aldridge.

    Inclusive, no time atual, o pessoal compra a camisa de quem? Há algum all-star ou jogador que cative o suficiente para ter sua camisa comprada? Eu particularmente sou muito fã do Crowder e seria minha primeira opção. Smart seria a primeira opção da maioria, mas pode ser trocado a qualquer momento. Ou seja, nesse tempo de “tank” e “vacas magras” é até bom ter camisas aposentadas. Creio que o 76ers, por exemplo, deva vender MUITO mais exemplares de camisas do Wilt Chamberlain, Moses Malone, Charles Barkley, Julius Erving e Allen Iverson do que dos jogadores do elenco atual, não acham?

    Acho ainda que falta saber usar essas camisas aposentadas. Um dos meus número favoritos é o #17, que é uma camisa aposentada pelo grande mito da história do Celtics, John Havlicek. Há anos procuro camisas retrô originais, com o número #17 e o nome Havlicek às costas e nunca acho. Vende-se apenas as camisas retrôs #6 e #33 (por motivos óbvios), mas as outras não são exploradas. E como disse, garanto que a maioria prefira comprar uma camisa aposentada por um grande astro do que ter a camisa de um dos “operários” do time atual.

    1. Aí eu acho bobeira esse lance de achar que é desprestigiar. Homenagem é homenagem. Pode-se levantar a camisa, dar todas as honras mas mantê-la para ser usada por outro. Salvo casos, é claro de EXTREMA história com a camisa do time.

      E como se controla isso? Uma simples regra no estatuto do time. X número de anos, ou X número de títulos, ou X jogador draftado e feito sua carreira aqui, X jogador pertencente ao hall da fama. Ergue-se estátuas para o treinador. E por aí vai.

      Se tornar isso uma regra NINGUÉM vai reclamar. Simplesmente porque regras no esporte os americanos seguem, e pronto. Não é desprestigiar e nem desonrar quem um dia fez alguma coisa pelo Celtics. Nesse ritmo, daqui há 20 anos, não teremos camisa nenhuma entre 1-50. Tem que ter critério para aposentar camisa. Celtics é o único time realmente bagunçado nesse aspecto.

      E no caso comprar camisa, eu quero comprar camisa sim de Rookies, e mesmo que ele mudede time o fato gostar dele não pode mudar. Futebol é assim também. Salvo o Leo Moura, que ficou mais de 10 anos no flamengo, tenho várias camisas de jogadores que já jogaram e já foram para outro time. E? Nada muda. Segue o jogo.

      Eu tenho a camisa do Rondo, Garnett, Pierce e tenho a camisa do traidor Ray Allen, e uso; e quase todo aquele time de 2008. E dos atuais tenho só a do Sullinger. Mesmo que ele seja trocado, foi bom o período e eu gosto de usá-la. Compraria a 4 do Thomas, a 36 do Smart tranquilo também. Mesmo que saiam amanhã. Só não comprei ainda porque não achei.

      Mas o fator número vai MUITO além de só venda de camisas. Acho que pode influenciar até na hora do jogador escolher um time ou não. Fica ruim pra vender nos EUA como o Emiliano comentou ali em cima. E sempre que vaga uma camisa de número baixo o jogador costuma mudar.

      1. Concordo que devam ser criadas regras para aposentar-se camisas. Número de temporadas na equipe, número de all-star games, número de all-nba temas, etc. Como se fosse o MyCarreer do NBA 2k. Atingindo certas metas, o jogador ganha essa honraria.

        Mas essas regras deveriam valer para as próximas camisas aposentadas. Vejo muita gente por exemplo citando Rondo, KG e até Allen para aposentar camisas e acho isso alarmante. Na minha opinião, o único jogador merecedor dessa honraria no passado recente é o Paul Pierce.

        Para as camisas já aposentadas, não consigo ver maneira de liberá-las sem que desprestigie alguns dos atletas. Exagerou-se em aposentar tantas camisas? Sim. Foram escolhas bem criteriosas? Não. Mas retirar essa honraria de alguém fica feio e pega mal pra franquia, assim como aconteceu com o Spurs na aquisição do Aldridge.

      2. Jota, estou querendo trocar uma ideia contigo, pode me chamar no zapzap (11) 99503-6502.

        valeu abraços

  • Quanto aos números “incomuns” citados:

    #99 Jae Crowder – O número favorito de Crowder é o #9, mas como a camisa #9 ainda vendia (e ainda vende) muito bem em Boston, a franquia solicitou que ele sugerisse outro número. Assim, escolheu o #99 (#9 duas vezes).

    #90 Amir Johnson – Queria o número #5 – que estava disponível, o que mostra que KG não deve ter sua camisa aposentada (algo que eu concordo) -, mas preferiu não assumir tal responsabilidade e preferiu o #90 porque nasceu e cresceu nos anos 90.

    #38 Perry Jones III – Seus números favoritos são o #3 (aposentada por Dennis Johnson) e #8 (usada por Jonas Jerebko). Simplesmente juntou os números.

    #42 David Lee – Número favorito

    #52 Chris Babb – Número favorito

    #66 Scott Pollard – Queria o número #666 e se contentou com o #66. (Sério!)

    #70 Luigi Datome – Para dar sorte, usava o número do ano de fundação de sua primeira equipe de basquete na carreira, o Montepaschi Siena (criado em 1870).

    #86 Semih Erden – Ano de nascimento. Costume comum na Europa, principalmente no futebol italiano.

    #98 Jason Collins – Número favorito (Se não me falha a memória, foi o ano em que descobriu ser homossexual, quando era sophomore no College).

    1. 98 foi o ano que um gay foi morto, supostamente por homofobia. (Tenho quase CRTZ que foi isso)

  • A camisa do Pierce será certamente aposentada.

    A do Ray Allen, não há dúvida de que não será. Inclusive, seu número favorito é o #34 (camisa que usou em todas as outras equipes, mas que em Boston, pertencia a Pierce), mas em Boston teve que se contentar com o #20. Deve ser lembrado por Sonics ou Bucks (ou até ambos).

    A do Garnett não acho que deveria ser aposentada também. Ele teve uma identificação incrível, apesar do pouco tempo em Boston, mas a camisa a ser aposentada tem que ser a #21 de Minnesota.

    Já a do Rondo, pelo tempo que ficou em Boston e pelo jogador que foi aqui, pode ser que seja lembrado sim. Mas aí, cabe ver o critério de escolha para tal. Rondo ter sua camisa aposentada remete novamente aos “erros” do passado de se aposentar tantas camisas. Agora, com tantas camisa indisponíveis, é hora de “colocar o pé no freio”.

  • Eu acho que deveriam liberar absolutamente TODOS os números e aposentar somente a 44.

    SCAL com certeza é o único digno de homenagem!

    1. Bem lembrado, Henrique. Sacal é mito. Segundo li, acho que por aqui mesmo, Sacal é o líder absoluto de assistências com Gatorade da história da liga. Monstro!

  • E evidentemente que a camisa de Pierce será aposentada.

    Garnett terá a camisa 21 aposentada em Minneapolis, mas não acontecerá o mesmo em Boston.

  • Reggie Miller falando que em um draft fantasia escolheria o Bird antes do LeBron foi demais (valeria até um post aqui no site). Ele faz um serviço à liga, colocando as coisas na devida perspectiva. LBJ é um cavalo, mas basquete é mais que isso. Consigo imaginar um outro LeBron despontando daqui algum tempo – outro Bird não vai ter. Além disso, certamente LBJ passaria um aperto muito maior nos anos 1980 do que sofre agora.

  • Quincy Adams,

    Existia dúvida a esse respeito???

    Os torcedores americanos e os de outros países consideram o Larry muito mais completo como jogador.

    Inclusive no jumperbrasil, o Jota fez um ótimo comentário explicando as qualidades de ambos.

    O Grande diferencial do James é sua força acima da média para um SF e sua condução de bola, de resto o Bird é MUITO MELHOR.

    1. Claro que isto é consenso pra mim, pra vc, em Boston e neste site. Agora, dizer que é assim nas bases de fã nos EUA (no Brasil é ainda pior) e na imprensa especializada mundial, sei não. Desapaixonadamente, Bird leva vantagem. Mas não acho que isso seja incontroverso – vide o próprio destaque que a afirmação do Miller ganhou nos EUA. Qto ao tema em si, além da comparação dos números (vantagem para o Bird em mais aspectos), o 33 tinha algo que LBJ não tem: BALLS!! Não pipocava de forma alguma.

  • Esse lance de camisa é parada fácil de resolver!
    Seja mais rigoroso a partir de agora quanto aposentadoria de camisa..
    Usem os números aposentados até o 9 dessa forma:
    01 – 02 – 03… e assim sucessivamente.

  • Vi bastante do Bird, ainda que num final de carreira e sem a riqueza de detalhes que a tecnologia de hoje nos proporciona.

    Mas eu escolheria James, ainda que o coração sangrando.

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