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Celtics x Bucks – Análises e Palpites

Loja de camisas da NBA

Segunda melhor campanha da conferência na temporada regular, o desfalcadíssimo Boston Celtics mede forças contra o enigmático Milwaukee Bucks, sétimo colocado do Leste, na primeira rodada dos playoffs da NBA.

A equipe do treinador Brad Stevens ingressa na pós-temporada com um elenco bastante reduzido: o ala Gordon Hayward, com uma lesão no tornozelo, o big man Daniel Theis, com uma lesão no joelho e o armador Kyrie Irving, também com uma lesão no joelho, estão fora dos playoffs e só voltarão às quadras na próxima temporada. Marcus Smart, com uma lesão na mão, também é desfalque do Celtics nesta pós-temporada, podendo voltar apenas em uma eventual semifinal de conferência.

Além deles, o armador Kadeem Allen e o ala-armador Jabari Bird, do mesmo modo, não poderão participar dos playoffs, devido a uma limitação prevista no acordo firmado com os atletas (o two-way contract, nova modalidade contratual da NBA). Por fim, o armador Jonathan Gibson, admitido em contrato de 10 dias na última semana, teve de ser dispensado ao fim da temporada regular, seguindo outra diretriz incluída na regulamentação da liga.

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Calendário detalhado da série (com dias, horários e transmissões)

O Milwaukee Bucks, por sua vez, ingressa na pós-temporada com o elenco completo. Destaca-se, inclusive, o retorno dos armadores Matthew Dellavedova e Malcom Brogdon, que atuaram apenas nos dois últimos compromissos do Bucks na temporada, após várias semanas ausentes da equipe. No entanto, apesar de o elenco de jogadores estar completo, Milwaukee deve sentir falta de uma peça importante no confronto, e que constitue a principal diferença entre as duas equipes: o treinador principal. Enquanto Boston goza do comando de um dos melhores técnicos da liga, o Bucks terminou a temporada com Joe Prunty à beira da quadra, treinador interino do escrete desde a demissão de Jason Kidd, em janeiro.

De 1968 a 2017, Boston e Milwaukee já se enfrentaram 237 vezes, sendo 210 partidas em temporadas regulares. Destas, o Celtics levou a melhor em 108 oportunidades, contra 102 derrotas para a equipe da Aberração Grega. Em playoffs, foram 27 encontros, com 16 vitórias para o maior campeão da NBA.

Abaixo, as cinco séries já disputadas entre Celtics e Bucks:

  • 1974 NBA Finals: Boston Celtics 4 x 3 Milwaukee Bucks;
  • Semifinais da Conferência Leste de 1983: Boston Celtics 0 x 4 Milwaukee Bucks;
  • Finais da Conferência Leste de 1984: Boston Celtics 4 x 1 Milwaukee Bucks;
  • Finais da Conferência Leste de 1986: Boston Celtics 4 x 0 Milwaukee Bucks;
  • Semifinais da Conferência Leste de 1987: Boston Celtics 4 x 3 Milwaukee Bucks.

Para introduzir o leitor ao confronto entre as equipes, esmiuçando com riqueza de detalhes tudo o que cerca a série porvir, o Celtics Brasil convocou alguns de seus colunistas para exporem seus palpites para o resultado do embate, justificando o prognóstico e analisando a série entre as equipes.

Confira abaixo o palpite, seguido da opinião, de nossos colaboradores sobre o confronto.


Fábio Malet: Celtics 4 x 3 Bucks

Diferente de muitos prognósticos bastante favoráveis a Boston espalhados pela imprensa nacional e internacional, e contrariando minha fama de “otimista da equipe”, prevejo uma série bastante complicada e equilibrada, com leve favoritismo para o Celtics. Creio que Boston leva uma certa vantagem por conta do mando de quadra, o qual a equipe usufruirá neste confronto. Por isso, imagino que o Celtics feche a série no sétimo e decisivo jogo, empurrado por sua torcida, no TD Garden.

Na média, os sites especializados apontam o Celtics com amplo favoritismo nesta série. O ESPN Forecast, um supercomputador que dispõe de estatísticas e algoritmos que fazem previsões nestes tipos de situação, aponta que uma vitória de Boston no confronto tem probabilidade de 63%, contra 37% de chance de triunfo do Bucks. No site de apostas Bet365, a vitória do Boston Celtics no confronto chega a pagar 1.5 (3/2), enquanto a vitória do Bucks paga 2.5 (5/2). Além disso, inúmeros jornalistas palpitaram que o Celtics encerraria a série em seis ou até cinco partidas. O favoritismo do Celtics, mesmo com tantos desfalques, é bastante latente.

É difícil compreender como o Bucks joga tão mal. Ou melhor, é difícil conceber isso. Entender é fácil: falta um treinador para acertar esta equipe. O material humano disponível em Milwaukee é especial e deveria, no mínimo, brigar por mando de quadra no Leste. O superstar Giannis Antetokounmpo não está sozinho. Junto dele há o atual calouro do ano Malcom Brogdon, os ótimos swingman 3D Khris Middleton e Tony Snell, a segunda escolha do Draft de 2014, Jabari Parker, o outrora disputadíssimo armador Eric Bledsoe, entre outros nomes. O elenco do Bucks é superior até ao do líder do Leste, Toronto Raptors. Terminar a temporada regular apenas com a sétima colocação da conferência e modestas 44 vitórias é um ultraje.

Em situação completamente inversa, o Boston Celtics possui seu principal destaque, o verdadeiro MVP (desculpe, Dona Wanda Durant), à beira da quadra: ele atende pelo nome de Brad Stevens. O que Stevens fez e faz com esse Boston Celtics, é simplesmente mágico. À medida que aumentavam os desfalques da equipe na temporada, mais se via a importância de Coach Brad para a equipe. Nem parece que o Celtics perdeu Gordon Hayward, Daniel Theis, Marcus Smart e Kyrie Irving durante a campanha.

Antetokounmpo deverá fazer grande diferença nesta série. É um dos melhores jogadores da liga atualmente, um verdadeiro superstar. Ajuda e lidera a equipe de diversas maneiras, seja com pontos, assistências, rebotes ou defesa. Mas certamente Brad Stevens tem um plano para parar o Greek Freak. Um garrafão bastante fechado, evitando infiltrações do grego e pagando pra ver seus arremessos é um bom começo. E a defesa do Celtics, segunda melhor da temporada, precisa aparecer. Mesmo que o trabalho seja dificultado para Antetokounmpo, o Bucks tem um bom elenco de apoio, com bons arremessadores, que podem castigar o Celtics.

No entanto, minha grande preocupação com a série fica por conta do setor ofensivo de Boston. Com a ausência de Kyrie Irving, o Celtics perdeu quase que totalmente a dimensão de jogo individual e um-contra-um no ataque. Brad Stevens precisa fazer jus aos elogios anteriormente feitos ao treinador e montar um plano de jogo que destaque bastante a coletividade do ataque do Boston Celtics. Além disso, os jogadores do Celtics precisam estar com a mão calibrada, em especial nos arremessos de três pontos.

Meu palpite, portanto, é de que o Celtics vencerá a série em sete jogos. Pesará o fator de Boston ter o mando de quadra na série. O caldeirão do TD Garden ajudará a defesa da equipe a limitar o adversário e os pontos de referência da quadra auxiliarão nossos jogadores a apresentar altos aproveitamentos nos arremessos durante as partidas na capital do estado de Massachusetts.


Rômulo Portugal: Celtics 4 x 1 Bucks

Sim, você leu corretamente. Celtics em 5. E não, não sou o Paulo Nobre.

Apesar dos inúmeros desfalques (não vou listá-los para te poupar da dor), o Celtics é o favorito deste confronto. E por quê? Vamos lá.

A um, o Celtics tem Brad Stevens, candidatíssimo ao prêmio de Treinador do Ano e tido como uma das (senão a) mentes mais brilhantes desta nova geração de técnicos da liga. Por sua vez, a franquia de Wisconsin é comandada por um interino, Joe Prunty, que vem passando longe de impressionar pelo trabalho prestado.

Segundo, ao olharmos os jogadores com maior média de minutos por jogo em 2017/2018, verificamos que o Bucks aparece duas vezes no top-10: Giannis Antetokounmpo (Greek Freak) fica em segundo (36.7 minutos por noite) e Khris Middleton surge em sétimo lugar (36.4 minutos por duelo). O Celtics não possui nenhum jogador, nem menos no top-20.

Sim, estamos desfalcados, mas não tenha dúvidas: os jogadores celtas disponíveis estão prontos para uma alta carga de minutos e para a maior intensidade de jogos que a pós-temporada exige. Já os principais atletas de Milwaukee, por outro lado, sentirão o desgaste acumulado de uma extenuante temporada regular e, especialmente no final dos jogos dessa série, poderão acusar a exaustão. Olho nisso.

O Bucks era o adversário dos sonhos para o Celtics também pelo estilo de jogo de seu franchise player, a aberração grega Antetokounmpo. O camisa 23 de Milwaukee evolui ano após ano – e os números provam isso -, mas ele ainda tem um calcanhar de Aquiles: os arremessos de média e longa distâncias.

Para o azar dele, o Maior Campeão da NBA conta com um garrafão composto por Al Horford (candidato a primeiro time defensivo da liga) e Aron Baynes, o lenhador malvado em pessoa. O grego pode até ousar a pontuar próximo à nossa cesta, mas terá muitas dificuldades e seu corpo, já castigado pela temporada regular, pagará caro por isso.

O problema pode vir a aparecer em nosso ataque. Além dos nossos desfalques, o Bucks se orgulha em ter jogadores altos e com impressionantes envergaduras (além do Greek Freak, Eric Bledsoe, Khris Middleton, Tony Snell, Thon Maker e John Henson também chamam atenção nesse quesito). Ou seja, eles não se preocupam com mismatches, já que o seu ala (Middleton), à guisa de exemplo, é capaz de marcar nosso big man Al Horford, tarefa essa que já cumpriu algumas vezes durante os confrontos da temporada regular.

Para superar isso, Stevens terá que ser brilhante, mais uma vez, explorando a individualidade de seus jogadores, especialmente as de Jaylen Brown, Jayson Tatum e Marcus Morris. O dominicano Horford também será muito importante, não só pelo papel de marcar Antetokounmpo, mas por dever alimentar o trio supracitado, que deverá ser o responsável pela maioria de nossos pontos.

No último confronto entre ambas as equipes, já no corrente mês de abril, o Celtics quase levou a melhor no gélido estado de Wisconsin, mesmo estando sem seus quatro armadores: Kyrie Irving, Marcus Smart, Terry Rozier e Shane Larkin. Com a ousadia e a alegria nas pernas do nosso Negueba garantidas nos playoffs, o Bucks tende a sofrer ainda mais.

E por todo o exposto, aposto no Celtics em 5 jogos. Te vejo nas semifinais.


Gustavo Arruda: Celtics 4 x 3 Bucks

Começo minha análise com uma confissão aos leitores e leitoras do Celtics Brasil: no último dia de temporada regular, ao invés de parar e acompanhar Celtics x Nets da maneira que se deve, fiquei espiando os outros jogos da Conferência Leste, esperando pela definição do nosso rival, e eu não queria de jeito nenhum que fosse o Milwaukee Bucks. Quando saiu, não escondi a frustração no Twitter, ouvi de alguns amigos que não era para essa frustração toda, até que vi o Marc D’Amico, repórter do Celtics, outro que não queria pegar os Bucks, lembrando que “o talento de alto nível manda na pós-temporada”. Ele estava certo. E a minha aflição aumentou.

Apesar de ter um ex-auxiliar aleatório que parece o Brendan Fraser mais velho, sendo mais novo, o Milwaukee Bucks tem muitos jogadores que podem complicar a vida do Boston Celtics. O primeiro deles, óbvio, é Giannis Antetokounmpo (juro que sei escrever o nome dele sem o Google por perto): arrisco dizer que o grego é um dos 10 melhores jogadores da liga no momento e deve dar bastante trabalho ao Celtics, com sua envergadura monstruosa e os 395 lances livres que terá na série. Fora isso, Khris Middleton pode auxiliar Giannis com maestria, Eric Bledsoe é um grande armador, Malcolm Brogdon foi calouro do ano em 2017. Isso sem falar no doutor Jabari Parker, que surgiu das sombras para jogar, e em atletas úteis como Tony Snell, John Henson, Matthew Dellavedova, Brandon Jennings.

Na minha opinião, o Milwaukee Bucks deve dificultar a missão do Boston Celtics em dois aspectos. Primeiro, elenco: enquanto a franquia de Wisconsin chega completa aos playoffs, com os médicos colando figurinhas do Álbum da Copa durante o expediente, o Celtics sofre sem Irving, Smart, Theis e Hayward (chorei enquanto escrevia isso). Nos últimos dias, Boston estava tão desfalcado que pensei até em cortar a cerveja por uns dias, esperando uma provável ligação de Danny Ainge. O segundo ponto é o jogo físico, pois não é segredo para ninguém que o Bucks vai jogar bola no Antetokounmpo até dizer chega, forçar jogadas ao máximo, e ainda acho nossa defesa meio instável, apesar de ter sido a melhor da temporada.

Apesar de ter pregado todo esse apocalipse nos parágrafos anteriores, ainda acredito que o Boston Celtics é favorito contra o Milwaukee Bucks, sim senhor(a). Primeiro, porque temos Brad Stevens, que é uma espécie de Mago Patolino do mundo real: implacável. Não dá para duvidar de um cara que transforma qualquer porcaria em ouro, praticamente uma pedra filosofal do basquete mundial. No quinteto titular, ainda temos vida em Terry Rozier, que só quer o respeito do boss Daniel Emiliano, nos jovens Brown e Tatum (minhas sopinhas de abóbora), no subestimadíssimo Al Horford, que é fundamental em nosso esquema, e no porradeiro Aron Baynes. Fora que ainda sobreviveram no banco os grandes Marcus Morris e Greg Monroe. Time por time, o nosso é o melhor, mesmo não tendo um Antetokounmpo no elenco.

Um ponto que merece parêntese é o mando de quadra. A torcida do Celtics é sensacional demais, o TD Garden é um caldeirão que assusta até o Chuck Norris, mas a lembrança dos playoffs de 2017 ainda me deixam com mais medo que os boletos no começo do mês. Fora a série contra o Wizards, não fomos nada dominantes, e a pressão de Boston será fundamental para atrapalhar a vida de quem quer que seja.

Pelos nossos desfalques e pela qualidade do Milwaukee Bucks, prevejo um 4 a 3 chorado, com uma vitória linda, emocionante e sensual no Jogo 7. Lembrando: nós temos mais time, mais técnico, mais torcida. Porém, entretanto, contudo, todavia, será uma série muito difícil. E podem esperar da minha parte um comportamento tipo adolescente fã do Restart, reclamando muito no Twitter. Sério (ou não).

9 comentários

  • Celtics 4×2.

    Agora pra colocar o Horford no all team first def tem que ser por voto de torcedor do celtics viu… =). Não pega nem 3o time, mas será super importante nos offs pela experiência.

    Abs verdes

      1. Não tenho nada contra o cara, mas torcedores do celtics costumam supervalorizar os jogadores do nosso time mesmo, rsrsrs
        D Green, Aldridge, Ibaka, Davis, M. Turner, Gobbert… Nessa lista aí ele ganha só nas assistências e na colaboração para jogo defensivo de equipe…

        Prêmio realístico é coy.

        Abs verdes

  • Acredito em 4×3 Celtics.

    Teremos dificuldade sim no ataque sem KI. Morris deve receber mais minutos para ajudar na marcação do Grego.

    No ataque Brown, Tatum, Rozier, Morris e AH terão que chamar jogo.

    Com certeza vamos fechar o garrafão e jogar na transição.

    Quero ver o que o Stevens tem em mente a partir desta base. Ansioso pelas variações do nosso coach.

  • celtics em 6

    bucks tem o melhor jogador da série mas nao tem tecnico nem um garrafao decente (zeller, maker e henson é piada de mal gosto)
    pra mim o ponto crucial da série vai ser o horford e o stevens.

  • Texto com profundas analises de como será em tese confronto, mas da minha parte de torcedor ficarei feliz se der 4×3 para o Celtics.

  • Sempre um show à parte ler as análises do Rômulo. Consegue tatear aspectos nada óbvios com uma naturalidade tremenda.
    Isso sem mencionar o excelente senso de humor do Gustavo, e a sabedoria clínica que o Fábio tem em relação à todo o jogo de basquete em si.
    Estão de parabéns, pessoal!!!!

    A desorganização tática do Bucks me leva a crer que, caso o Antetokounmpo não faça um “cosplay” de Michael Jordan nessa série, dificilmente o Bucks sairá vitorioso. O desgaste de temporada regular deve ser realmente um fator preponderante nessa série. O que vier a mais é lucro, pelas circunstâncias.
    Que sangrem verde, e honrem essa camisa entorta varal!!

    []s Verdes!!

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