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Celtics x Wizards – Análises e Palpites

Camisas do Boston Celtics com desconto

Essa é a série que muitos esperavam. Quando digo “muitos”, vou além de torcedores de Celtics e de Wizards: os fãs da NBA queriam ver Boston e Washington medindo forças. Era isso o que queríamos e é isso o que os Deuses do basquete nos proporcionarão: pela quarta vez na história, Boston Celtics e Washington Wizards vão se encontrar nos playoffs.

Porém, fica a pergunta: por quê essa série despertou tanto desejo para quem gosta de basquete?

Primeiro, porque veremos muito talento em quadra. Cada equipe possui apenas um all-star de fato (Isaiah Thomas por Boston e John Wall pela equipe da capital norte-americana), mas são muitos os atletas capazes de impactar o jogo e realizar belas jogadas, tais como Avery Bradley, Bradley Beal, Al Horford e Otto Porter Jr..

Segundo, mas não menos importante, porque as equipes se desgostam. Não há como negar: quando Celtics e Wizards se enfrentam, cenas lamentáveis ocorrem. Nós vemos os jogadores disputando cada bola como se fosse um prato de comida e jogando cada partida como se fosse a última de suas vidas. O Wizards nos faz dar o melhor que temos e a recíproca é inegavelmente verdadeira.

Desde a temporada passada, vimos jogadores das duas equipes trocarem farpas pela imprensa e agressões (verbais e físicas) dentro das quadras. Para aprofundar-se no histórico das confusões, leia as matérias abaixo indicadas:

Jogadores do Wizards vão de preto para o jogo de hoje e prometem fazer o funeral do Celtics;

Jae Crowder e John Wall se envolvem em briga e são punidos pela NBA.

Entretanto, como sabemos, para rivalidades serem lembradas, não basta jogos de temporada regular. São necessários confrontos no maior palco da liga: os playoffs. E cá estamos, perto de presenciar o clímax dessa nova rivalidade da NBA. É disso que os fãs de basquete gostam.

De 1947 a 2017, Boston e Washington já se enfrentaram 313 vezes, sendo 298 partidas em temporadas regulares. Destas, o Celtics levou a melhor em 187 oportunidades, contra apenas 111 derrotas para a equipe da terra de Donald Trump. Em playoffs, foram 15 encontros, com 9 vitórias para o maior campeão da NBA.

Abaixo, as três séries já disputadas entre Celtics e Bullets (antigo nome do Wizards):

  • Finais da Conferência Leste de 1975: Boston Celtics 2 x 4 Washington Bullets;
  • Semifinais da Conferência Leste de 1982: Boston Celtics 4 x 1 Washington Bullets;
  • Primeira rodada da Conferência Leste de 1984: Boston Celtics 3 x 1 Washington Bullets;

Para chegarem até às semifinais do Leste, Boston Celtics e Washington Wizards superaram, respectivamente, Chicago Bulls e Atlanta Hawks, com ambas as séries sendo finalizadas em 6 jogos.

Por fim, para introduzir, da melhor maneira possível, o leitor à série porvir, o Celtics Brasil convocou alguns de seus colunistas para analisarem o confronto contra a equipe da capital norte-americana e darem seus palpites sobre o resultado final da série. Confira abaixo a opinião de cada um dos nossos colaboradores.

Veja também o calendário detalhado da série, com dias e horários dos jogos, além de informações a respeito de suas transmissões na televisão.


Rômulo Portugal: Celtics 4 x 3 Wizards

A série é protagonizada pelo duelo Isaiah Thomas e Avery Bradley vs John Wall e Bradley Beal, mas são os coadjuvantes que decidirão quem irá para as Finais do Leste.

Eu classifico esse Jogo 1 como potencialmente problemático, já que o Celtics viu seu principal jogador (Isaiah Thomas) ir para Tacoma (sua cidade-natal), logo após a vitória sobre o Chicago Bulls, na última sexta-feira, para marcar presença no velório de sua irmã. O abalo psicológico, em nosso camisa 4, é questionável, mas o desgaste físico é certo, já que, nos últimos três dias, Thomas esteve em três cidades: Chicago, Tacoma e Boston.

Isso nos leva ao primeiro fator-chave: mando de quadra. Na temporada regular, Celtics e Wizards se encontraram em quatro oportunidades, com o time da casa se sagrando vencedor em cada um desses confrontos. Voltando à temporada regular, Boston e Washington obtiveram o mesmo desempenho como mandante: 30 vitórias em 41 jogos. Portanto, quem conseguir roubar uma vitória na casa do adversário, se aproximará, e muito, da próxima fase da pós-temporada.

Outro ponto-chave será a batalha entre os bancos de reservas. Nesse quesito, o Celtics leva ampla vantagem, já que a equipe da capital norte-americana teve o segundo pior banco de toda a liga, quando o assunto é pontos marcados. Com isso, podemos ver o maior campeão da NBA abrir vantagem (as famosas “runs”), quando Wall e/ou Beal estiverem descansando. Ademais, devido ao fato de nosso banco ser mais qualificado, nossos titulares chegam a essas semifinais mais descansados, enquanto os titulares de Washington tiveram alta carga de minutos durante a sempre desgastante temporada regular.

Outrossim, destaco dois jogadores celtas como cruciais para termos um desfecho favorável ao time de Massachusetts. Se você pensa que esses dois jogadores são Thomas e Bradley, está enganado. São Marcus Smart e Jae Crowder. Bradley é um excelente defensor e deve vender caro a Beal os pontos que o mesmo vier a marcar. Contudo, o duelo entre Wall e Thomas preocupa, haja vista que o armador celta, embora esforçado, carece de maior altura ou atleticismo para frear o All-Star do Wizards.

Com isso, não me surpreenderia se Marcus Smart assumisse a titularidade, no lugar de Gerald Green/Amir Johnson, ao longo da série, para que o Celtics tivesse um jogador capaz de causar maior desafio, na defesa, a Wall. Já Crowder, que fez uma série no mínimo regular (para ser otimista) contra Chicago, precisa aparecer mais nos dois lados da quadra, e seus duelos contra Markieff Morris também serão importantíssimos, sobretudo nos rebotes.

Para finalizar, mesmo que Marcus Smart não apareça como titular, imagino o quinteto Thomas, Bradley, Smart, Crowder e Horford atuando por muitos minutos. Inclusive, acho que esse é o quinteto ideal para causar maiores problemas ao Wizards. Na rotação, como o Wizards tem Kelly Oubre Jr., vejo Jaylen Brown voltando a ter mais oportunidades, assim como Amir Johnson, para enfrentar Marcin Gortat ou Ian Mahinmi debaixo da cesta.

 


Daniel Emiliano: Celtics 4 x 3 Wizards

Celtics e Wizards devem fazer o confronto mais equilibrado de todo o playoff.

A semelhança entre as equipes é óbvia. Ambas tem seu poderio ofensivo concentrado no perímetro e tem em seus armadores suas grandes estrelas, de forma que larga na frente a equipe que for mais eficiente em conter o armador adversário.

Os quatro jogos entre as equipes na temporada regular mostraram que o Celtics vem obtendo mais sucesso em diminuir as ações ofensivas de Wall do que o Wizards vem tendo sucesso em frear Thomas.

Nos quatro jogos, Thomas fez mais de 20 pontos em todos, enquanto Wall só conseguiu a marca em um único confronto (Méritos para Avery Bradley, aqui)

Isaiah Thomas:
Jogo 1 – 23pts – 10ast
Jogo 2 – 25pts – 4ast
Jogo 3 – 38pts – 5ast
Jogo 4 – 25pts – 13ast
Média: 27,8pts – 8ast

John Wall:
Jogo 1 – 19pts – 7ast
Jogo 2 – 16pts – 8ast
Jogo 3 – 9pts – 11ast
Jogo 4 – 27pts – 7ast
Média: 17,8pts – 8,2ast

Já o garrafão, que não é o forte de ambas as equipes, vejo o Celtics levando uma leve vantagem ofensiva graças a seu espaçamento maior de quadra e o talento individual de Al Horford.

No fim, o que se espera é uma série brigada do começo ao fim, e quando digo brigada, pode levar isso para o sentido literal em alguns momentos.

Com tanta rivalidade em quadra, deve se dar melhor a equipe que conseguir manter a cabeça fria na maior parte do tempo e não se distanciar do planejamento tático de seus excelentes treinadores.

Prevejo quebra de mando de quadra das duas equipes no meio da série, e qualquer resultado que não seja uma série decidida em sete jogos, me surpreenderia.


Gustavo Arruda: Celtics 4 x 3 Wizards

Para alegria de toda a torcida celta, estamos nas semifinais da Conferência Leste, após eliminar o Chicago Bulls no jogo 6, fora de casa, e com uma dose enorme de sofrimento na série, conforme previ na análise anterior (não, não tenho os números da Mega-Sena). Dessa vez, o adversário será o Washington Wizards, quarto colocado do Leste na temporada regular, que será um ótimo teste para os comandados de Brad Stevens. Mais uma vez, fiquei feliz com o nosso oponente, não só pela rivalidade que Celtics e Wizards formaram durante a temporada, mas também pela dificuldade que seria uma melhor de sete contra o Atlanta Hawks, que não tem um time melhor que Washington, mas foi nosso algoz na última temporada e tem um garrafão forte, justamente a fragilidade celta. Será um duelo intenso, do jeito que os apaixonados por basquete gostam.

O Boston Celtics chega a essa série contra o Washington Wizards muito fortalecido por tudo o que passou nos seis jogos diante do Chicago Bulls. A lamentável morte de Chyna Thomas, irmã do armador Isaiah Thomas, e as duas derrotas em casa foram devastadoras, mas a equipe lambeu as feridas, mostrou que está unida e que vai incomodar muito quem estiver pelo caminho. Dentro de quadra, alguns avanços foram muito comemorados e precisam ser enaltecidos, com destaque para as ótimas atuações de Al Horford como pivô (finalmente o Stevens descobriu que o dominicano é pivô), a excelência de Avery Bradley nos dois lados da quadra, a decisiva entrada de Gerald Green como ala titular (grande sacada do Stevens) e a participação importante de reservas, como Terry Rozier (#FreeNegueba) e Marcus Smart, que aparentemente cansou de brincar de martelinho de ouro com as tabelas e aros da NBA.

Esse crescimento do Boston Celtics, além do mando de quadra, será fundamental em uma série contra um adversário muito perigoso e talentoso. O Washington Wizards fez em 2016/2017 a sua melhor campanha em temporada regular desde a década de 70, e deve isso principalmente ao seu forte perímetro, formado pelo armador John Wall, um dos melhores da liga, e pelo subestimado ala-armador Bradley Beal. Fora essa dupla, o time da capital dos Estados Unidos tem outros nomes perigosos, como o ala-pivô Markieff Morris, o croata Bojan Bogdanovic (até hoje tenho pesadelos com o que ele fez contra o Brasil na Olimpíada), e o pivô Marcin Gortat, (que é apenas OK, mas merece destaque porque qualquer criatura com mais de dois metros e que saiba pegar rebote dificulta a vida do Celtics). É um conjunto forte, que pode ditar o ritmo do jogo com facilidade e atrapalhar a vida do Celtics, que deve ficar atento a isso.

Assim como na série contra o Chicago Bulls, não prevejo vida fácil para o Boston Celtics contra o Washington Wizards. Vencer os dois primeiros jogos no TD Garden será fundamental, pois coloca uma pressão enorme no ombro dos adversários, que não podem perder em casa: ou serão varridos, ou deixam o Alviverde com a faca e o queijo na mão para fechar no Jogo 5. Entretanto, não vejo o Wizards entregando os pontos, e acho que essa série vai para o sétimo confronto, pela força do oponente e pela rivalidade, mas com vitória celta. Com todos os dentes no lugar, espero.

6 comentários

    1. Confiante você hein, Wizards é 10 X melhor q o Bulls, Wall tá destruindo vai ser um 4×3 pra Boston, mas temos que jogar muitoooooooo.

  • Sem o Morris a série acaba para eles.
    O banco deles beira ao ridículo, dificilmente Wall e Beal irão aguentar tanto tempo em quadra.
    O time titular vai bater de frente em igualdade, tirando o Horford que é bem melhor que o Gortat, mas a diferença vai ser vindo do banco. Iremos precisar bastante do Olynyk, Rozier, Green e Brown, Amir não precisa mais entrar, Jerebko pode entrar e fazer umas faltinhas.
    Nosso banco é mais efetivo e temos melhores marcadores do que eles, portanto, vamos vencer a série, mas para isso Smart e Bradley precisam segurar o Wall e Beal.

    Sem o Morris vamos vencer de 4 a 1, com ele vamos de 4 a 2.

  • Dará Boston em 7, acredito no banco do Celtics superior demais ao do Wizard e aposto na defesa para conter Wall e Beal.

  • POIS, SE GANHAMOS A PRÓXIMA, E GANHA UMA DAS PARTIDAS EM WASHINGTON, SERA MUITO INTERESSANTE,TEMOS JOGA COM ATENÇAO,DAR PARA PASSAR POR ELES…

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