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O progresso de Olynyk em sua segunda temporada

Camisas de times da NBA em promoção!

A NBA anunciou, na última quarta-feira, que o duelo anual, entre calouros e secundanistas, terá novidade no ano de 2015. A mais nova mudança é que o jogo será disputado por atletas americanos contra atletas do resto do mundo. Os assistentes-técnicos eleitos irão escolher 10 jogadores elegíveis (entre calouros e secundanistas) para cada equipe.

Muito embora tenha perdido a vaga de titular, ainda no começo da atual temporada, o celta Kelly Olynyk tem mostrado progresso em seu segundo ano na NBA. Assim, mesmo que esteja disputando vaga com um grupo qualificado de big men não-americanos – como Steve Adams (Thunder) e Nikola Mirotic (Bulls) -, é uma aposta razoavelmente segura que veremos, mais uma vez, o camisa 41 de Boston no Rising Stars Challenge, já que o big man celta é canadense.

Sendo assim, somando-se ao fato de estarmos no meio da regular season, surge uma boa oportunidade para avaliarmos os números e o desempenho de Kelly Olynyk em sua segunda temporada.

Como dito acima, apesar do camisa 41 ter perdido a titularidade, ainda no começo da temporada, é notório que o atleta canadense tem mostrado progresso em diversas áreas do seu jogo. Como esperado, sua média de pontos subiu (11.3 pontos por jogo; 8.7 em 13/14), enquanto sua média de minutos também sofreu um crescimento de 4min30s (24.6 minutos por jogo; 20.0 em 13/14). Não é só: seu aproveitamento nos arremessos também melhorou, ao acertar 50.9% de seus tiros (46.6% em 13/14), muito graças ao seu progresso nos arremessos de 2 pontos (57.3% na atual temporada; na última, foi pouco acima dos 50%).

Ainda assim, soa como se o Celtics estivesse apenas começando a explorar o máximo que pode de seu camisa 41, o que nos leva a imaginar o que Kelly Olynyk seria capaz de fazer com uma carga, ainda maior, de minutos. Para atuar mais, não depende apenas de Brad Stevens, mas, principalmente, do próprio canadense, que permanece trabalhando seu jogo defensivo, visto que, em alguns jogos, o camisa 41 viu sua média de minutos ser comprometida devido ao número de faltas cometidas.

Como exposto, Olynyk tem mostrado um sólido progresso na quadra ofensiva. Seu aproveitamento nos arremessos próximos à cesta subiu mais de 5% em relação à 13/14 (atualmente é de 68.8%). Olynyk tem se mostrado mais confiante em atacar a cesta e chegou a causar certo espanto com algumas enterradas em transição.

Todavia, não sejamos ufanistas. Olynyk ainda é um jogador com alergia ao jogo de garrafão. De acordo com as estatísticas, o camisa 41 realizou apenas 22 jogadas de garrafão até o presente momento. Isso o coloca no mesmo patamar de Evan Turner – o armador celta. O treinador Brad Stevens reconhece que o progresso de Olynyk passa por um jogo com mais idas ao garrafão adversário, e isso ocorrerá por meio do ganho de confiança para realizar tais jogadas. Por ora, o Celtics parece satisfeito em deixar Olynyk atuar mais à vontade e que faça uso de sua qualidade, acima da média (para um big man), para distribuir assistências.

Outro dado, que merece ser observado, é o ganho de massa muscular que Olynyk recebeu. O Celtics, agora, não teme colocá-lo para duelar com os pivôs adversários, sobretudo quando Olynyk vem do banco e atua nas posições 4 e 5.

Olynyk também tem se mostrado, cada vez mais, um arremessador de 3 pontos (29.3% de seus arremessos tentados são de 3 pontos). Seu aproveitamento, nos tiros de longe, também progrediu, ainda que timidamente (35.4% em 14/15; em 13/14, foi de 35.1%). O camisa 41 tem se mostrado menos receoso em tentar seus arremessos, e isso é uma ótima notícia para o Celtics, já que o atleta, oriundo da Universidade de Gonzaga, pode emergir como uma forte opção ofensiva para ocupar o vazio deixado por Rajon Rondo e Jeff Green, dois dos jogadores mais ofensivos que o elenco celta dispunha e que foram trocados recentemente.

Como nem tudo são flores, também há áreas em que o jogo de Olynyk regrediu. Seu rate de rebotes caiu em 2014/2015 e o canadense, ainda, encontra dificuldades na quadra defensiva. Para surpresa de muitos, Olynyk é o segundo jogador celta que mais participou de jogadas defensivas (quando o time adversário está com a posse de bola). Esse fato chega a ser surpreendente, tendo em vista que Olynyk é um reserva. De qualquer modo, Olynyk tem cedido 0.905 pontos, por jogada, o que o coloca em uma posição intermediária entre todos os jogadores da NBA. Os adversários não temem em realizar jogadas em cima do canadense, sobretudo quando a jogada ocorre no garrafão.

Entretanto, há esperanças, já que Olynyk também demonstra certos avanços na quadra defensiva. O defensive rating do Celtics, com Olynyk em quadra, é, praticamente, o mesmo com ele no banco. Isso sugere que Olynyk não chega a causar um impacto negativo enquanto está defendendo. Contudo, o dado mais interessante, talvez, é que os jogadores adversários acertam, apenas, 0.9% acima de suas médias de arremessos quando marcados pelo camisa 41 do Celtics. O big man celta limita seus adversários a um aproveitamento de 59.4% nos arremessos de média distância. Esse número é apenas 0.3% maior do que a média apresentada por esses jogadores nas demais partidas. Sob uma visão geral nos arremessos de 2 pontos, Olynyk tem limitado seus adversários a médias inferiores às apresentadas nos demais jogos.

Caso Olynyk continue a melhorar seu jogo defensivo e sofra menos com problemas de faltas, será interessante avaliar como seus números ficarão com uma maior média de minutos por noite. Afinal, mesmo com as diversas mudanças que o elenco celta sofreu, o camisa 41 tem atuado, apenas, 21.2 minutos, por jogo, durante o mês de Janeiro. Kelly Olynyk não atua mais de 30 minutos, em um jogo, desde que Rondo foi trocado.

O canadense terá uma ótima oportunidade no próximo mês, ao, muito provavelmente, poder participar de seu segundo (e último) Rising Stars Challenge. Talvez ele esteja acompanhado do calouro celta Marcus Smart.

A grande questão é descobrir até onde Kelly Olynyk pode chegar e o quanto ele será capaz de impressionar ao treinador Brad Stevens, para que venha a receber maior carga de minutos por partida. Entretanto, uma coisa fica clara: o camisa 41 de Boston tem progredido, conforme esperado, e isso, para uma equipe em reconstrução, é excelente.

6 comentários

  • Estou de olhos marejados com esse artigo completaço sobre o cabaleira. Parabéns! De verdade. Vendo alguns jogos do Olynyk, você percebe todas essas mudanças no seu jogo, e tudo o que ele evoluiu do primeiro para o segundo ano dele.

    Hoje eu assisti o jogo contra os Blazers prestando atenção (Na maioria das vezes assisto jogando vídeo-game, ou fazendo outra coisa) e consegui perceber uma mudança muito grande no jogo do Olynyk.

    Primeiramente falar na defesa que me surpreendeu. Sua contestação de arremessos tá aceitável para boa. Tá usando muito bem sua envergadura. Outra coisa que eu notei e que ano passado lhe faltava muito é o seu deslize lateral para marcar. Claramente isso evoluiu e demonstra que ele anda treinando a exaustão. Apesar que o garrafão do Blazers não era o titular (Aldrige não jogou) mesmo assim isso vai de encontro ao que foi explanado nesse artigo.

    Tenho gostado também do QI dele de basquete, que todo mundo sabe ser extremamente grande. Qualquer big man, ou a maioria, só recebe bola em pick’roll e devolve, ou recebe no poste e passa. Ele não! Ele observa o jogo, bate a bola, pede screen, passa picado, por cima, gira para os dois lados e tem as passadas largas. Isso impressiona e acho que se ele evoluir seu trabalho dentro do garrafão vai ficar um monstrinho.

    Por ele não ir tanto para o garrafão, ainda assim acaba não atrapalhando sua pontuação, uma vez que ele tem um bom chute e confia muito quando cria o seu próprio. Ele recebe a bola e chuta rápido e muito bem postado, sem precisar se quer bater bola. Isso para um pivô é extremamente interessante.

    Enfim, espero que ele trabalhe seu jogo dentro do garrafão e principalmente também em seu trabalho de post, que eu não vejo. O trabalho dele na defesa tem sim mostrado resultado e espero que ele tenha o mesmo empenho no trabalho do garrafão.

  • Excelente artigo. Sou fã do Olynyk, acho que ele pode chegar muito longe ainda e hoje o seu potencial ainda é pouco explorada mesmo.

  • Excelente artigo, e excelente comentário do Jota também.

    O Olynyk foi uma grande escolha do Ainge, visto os demais jogadores que estavam na faixa de 13 em diante do draft passado.

    O que mas admiro no jogo dele, é a lucidez em quadra e o refinamento no ataque.

    O Stevens tem um tempinho, deu uma entrevista dizendo estar impressionado com o comprometimento do Olynyk, disse que ele é o primeiro a chegar e último a sair de quadra, e que tinha certeza que ele seria um grande no futuro.

    Concordo com o Stevens acho que o teto do Olynyk é bem alto, e espero que ele tenha chance de provas suas capacidades em um futuro próximo.

  • KO é do grupo de jogadores que fazem parte do futuro do Celtics sem duvida, uma ótima aposta que vai se transformando em realidade.
    Ele sofreu muito no começo de temporada porque não esta pronto para jogar de pivô contra os titulares da liga, principalmente defensivamente. Jogando na 4 ou confrontando pivôs reservas ele vai bem melhor. Provavelmente ele nuca será um grande marcador, mas ficando na media já está ótimo por que no ataque ele compensa.
    Na temporada passada e no início desta os analistas não enxergavam uma possível melhora na defesa dele, mas está claro que ele evoluiu. Ainda tem espaço para evoluir e creio que ele continue na ascendente. É corrigir o problema de faltas seguidas para a ficar mais tempo na quadra e assim poder meter mais bolas.
    Parece q a contusão não é grave…

  • O Kelly Cabeleira é uma das nossaa esperanças. Única recomendação: continuar trabalhando a defesa. Defesa se aprende, então.só depende dele.

  • MATERIA SENSASIONAL PARABENS GALERA!

    Mas agora, verdade seja dita: Quem le o texto acha que ele vai virar um dirk nowitski, ja quem ve os jogos ve um pivo com um jeito de atuar impar na liga, mas que é SOFT. Nao vejo muito mais a evoluir na NBA pra ele

    Isso, pra mim, só demonstra uma coisa que é cada vez mais evidente: Só talento não resolve mais na liga como antigamente, agora pra ser um jogador diferenciado é preciso ser uma aberraçao fisica.

    Saudaçoes!

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