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Carmo de Souza

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O Celtics Brasil reativa mais uma de suas colunas antigas: Craques do Passado – Brasil. Nesta seção, faremos um breve apanhado histórico dos maiores nomes do basquete brasileiro. Esta coluna, que já teve como destaques Wlamir Marques, Ubiratan Maciel Pereira, Amaury Antônio Pasos e a Seleção Brasileira de 1948, volta atenções para um dos expoentes daquela geração brasileira bicampeã mundial de basquete em 1959 e 1963, o versátil Rosa Branca.

Nome Carmo de Sousa (Rosa Branca)
Nascimento 19 de julho de 1940 (Araraquara-SP)
Falecimento 22 de dezembro de 2008 (São Paulo-SP)
Altura 1,89 metro
Posição Ala-Pivô/Pivô

O início

Carmo de Sousa, que atendia pelo apelido de Rosa Branca, nasceu na cidade de Araraquara, no estado de São Paulo, no dia 19 de julho de 1940. Como muitos esportistas da época, começou no esporte via atletismo, destacando-se em provas de salto em altura e salto em distância na sua juventude. Mas na adolescência, descobriu o esporte que seria sua paixão até o fim da vida, o basquete.

Seus primeiros passos no basquete foram dados no Nosso Clube de Cestobol, em Araraquara no ano de 1953, quando tinha 13 anos. Ainda na cidade natal, Rosa Branca começou sua carreira profissional pelo Nosso Clube Araraquara.

Seu destaque no basquete profissional começou no São Carlos Clube, primeira equipe que defendeu fora de sua cidade natal. Lá, foi campeão paulista do interior e vice-campeão paulista no ano de 1956, e assim, chamou a atenção de olheiros da Confederação Brasileira de Basquete, que logo passaram a convocá-lo para a seleção principal de basquete. Também despertou o interesse de muitos clubes da capital paulista, e acabou transferindo-se para o Palmeiras em 1958.

Período na capital paulista

Em 1958, Rosa Branca mudou-se para São Paulo para jogar pelo Palmeiras. E foi lá que Rosa Branca conquistou seus primeiros títulos de expressão por clubes, sendo bicampeão brasileiro em 1960 e 1961 e bicampeão paulista em 1961 e 1962.

Deixou o Palmeiras em 1963 para juntar-se ao companheiro de seleção Wlamir Marques no rival Corinthians, onde formou uma dinastia que foi multicampeã de tudo o que disputou. Rosa Branca defendeu as cores do clube alvinegro da capital paulista durante nove anos.

Nessa quase uma década no Corinthians, foi octacampeão brasileiro de clubes (todos os títulos entre 1963 e 1970), tetracampeão sul-americano de clubes (1963, 1965, 1967, 1969) e foi vice-campeão mundial de clubes por duas vezes, nos anos de 1965 e 1967. Adicionou também mais seis títulos paulistas à sua galeria de conquistas (1963, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969).

Seleção Brasileira

Defendeu a seleção brasileira durante 12 anos, tendo atuado em todas as posições. O jogador de 1,89 metro de altura era utilizado preferencialmente nas posição de ala-pivô e pivô. Mas devido a sua habilidade e a sua grande dedicação, podia jogar nas outras três posições da equipe em diversas formações. Destacava-se dos dois lados da quadra e era um dos pilares do grande jogo coletivo que a seleção brasileira colocava em prática.

Pela seleção, foi bicampeão mundial de basquete no Chile em 1959 e no Brasil em 1963. A final do Mundial de basquete de 1963 no Maracanãzinho é a partida mais marcante de sua carreira. Em entrevista dada pouco antes de sua morte, ele declarou o seguinte:

Ser bicampeão na cidade maravilhosa, com o carioca fanático por esporte, foi uma emoção indescritível. Jogar naquele ginásio lotado nos deixou cheios de orgulho.

Pela seleção também conquistou quatro títulos sul-americanos (1958, 1960, 1961, 1968), foi bronze olímpico em duas oportunidades, nos jogos de Roma em 1960 e Tóquio em 1964, e conquistou outras duas medalhas nos jogos pan-americanos, sendo bronze em Chicago no ano de 1959 e prata em São Paulo no ano de 1963.

Pós-carreira

Retirou-se das quadras no ano de 1971, jogando pelo Corinthians. Após a aposentadoria, dedicou-se aos estudos e formou-se em Educação Física pela antiga Escola Superior de Educação Física de São Carlos, da cidade de São Carlos no interior de São Paulo. Atualmente, essa escola corresponde a um setor vinculado a Universidade Federal de São Carlos, a UFSCar, que oferece o curso de Educação Física.

Trabalhou como técnico de programação esportiva da SESC, entre os anos de 1975 e 2003, aposentando-se pela instituição. Também fez parte de comissões técnicas de inúmeras equipes pequenas de basquete do interior paulista, tanto como técnico principal, como auxiliar técnico. No final da vida, também tinha um cargo na diretoria da Federação Paulista de Futebol.

Rosa Branca faleceu no dia de 22 de dezembro de 2008, aos 68 anos. A morte aconteceu em decorrência da complicação de uma pneumonia, que levou a uma parada cardíaca fulminante e fatal.

Clubes

1955-1956 Nosso Clube Araraquara
1956-1958 São Carlos Clube
1958-1963 Palmeiras
1963-1971 Corinthians

Títulos pela Seleção

Campeonato Mundial de Basquete – Chile 1959 (campeão), Brasil 1963 (campeão), Iugoslávia 1970 (vice-campeão)
Jogos Olímpicos – Roma-ITA 1960 (bronze), Tóquio-JAP 1964 (bronze)
Jogos Pan-Americanos – Chicago-EUA 1959 (bronze), São Paulo-BRA 1963 (Prata)
Tetracampeão Sul-Americano – Chile 1958, Argentina 1960, Brasil 1961, Paraguai 1968

Títulos por Clubes

Campeonato Mundial de Clubes – 1965 (vice-campeão) e 1967 (vice-campeão)
Decacampeão Brasileiro de Clubes –
1960, 1961 (Palmeiras), 1963, 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970 (Corinthians)
Tetracampeão Sul-Americano de Clubes – 1963, 1965, 1967, 1969 (Corinthians)
Octacampeão Paulista – 1961, 1962 (Palmeiras), 1963, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 (Corinthians).

Curiosidades

— O apelido Rosa Branca surgiu devido à semelhança com o famoso segurança do presidente Getúlio Vargas, Gregório Fortunato, que usava uma rosa branca na lapela de seu terno.
– Em meados dos anos 60, Rosa Branca foi convidado para integrar o time dos Harlem Globetrotters, equipe que mescla basquete com exibição para o público, realizando inúmeros lances performáticos e que excursionam pelo mundo realizando estas exibições.

2 comentários

  • É tão gratificante saber dessas histórias desses heróis anônimos que o nosso basquete representa, continuem assim!

  • Mais um herói esportivo da nação que é sempre esquecido pela mídia que só quer saber de futebol e de quem ganha HOJE, não valorizando o passado e outros esportes.

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