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Fundamentos para uma boa defesa

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A defesa ideal é a que consegue neutralizar os potenciais ofensivos do adversário. Muitos fatores devem ser levados em consideração para se montar uma defesa consistente. Não existe “receita de bolo”.

Além das características ofensivas do adversário, o técnico deve compará-las ao potencial de sua equipe (estatura, velocidade, qualidade do seu banco de reservas, etc…). É importante também conhecer os critérios adotados pelos árbitros da partida sobre o contato (legal ou faltoso).

Depois de analisar tais informações, o técnico deve montar sua estratégia e as variações que podem ser necessárias para o ataque não se acostumar a defesa proposta.

Ao Analisarmos o que é defesa, devemos sempre levar em consideração que o ataque terá uma AÇÃO, a defesa a REAÇÃO e uma boa defesa é a que consegue diminuir ao máximo essa vantagem do ataque.

Neste artigo, vamos nos aprofundar na defesa Individual, suas aplicações, principais fundamentos, conceitos e características.

Na defesa individual, cada defensor terá a responsabilidade sobre um determinado atacante, visando sempre não deixá-lo pontuar. Vale ressaltar que mesmo sendo individual, não deixa de ser um trabalho coletivo.

Os principais fundamentos da defesa “individual” são:

1-Equilíbrio defensivo:

Uma equipe que não leva pontos em contra-ataques (bandeja livre) raramente perde o jogo, logo, a equipe que está atacando deve sempre posicionar seu ataque pensando no equilíbrio defensivo (volta para defesa) para nunca permitir que o adversário faça uma bandeja.

Em último caso, utiliza-se até uma falta (nunca falta e cesta ou anti desportiva) para impedir dois pontos fáceis.

2-Postura:

A postura de um bom defensor é estar sempre entre o atacante e a cesta com os joelhos levemente flexionados, nunca encostar o calcanhar no chão e usar os braços (hand checking). Essa postura irá colaborar para todos os outros fundamentos serem eficazes.

3-Deslocamento:

O deslocamento são os movimentos que o defensor faz com postura e a velocidade necessária para que o atacante não realize o que planejou. Um deslocamento eficaz requer muita atenção e principalmente vontade.

4-Pressão na bola:

A pressão na bola depende muito da característica do atacante (penetração, arremesso, etc…) e da filosofia (encaixe) que o técnico determinou para neutralizar as qualidades desse atacante. O ideal é que seja sempre agressiva e obrigue o atacante a passar a bola.

5-Flutuação:

Flutuar é quando se marca um atacante que não está com a bola. A Flutuação também depende da filosofia adotada pelo técnico – em atacantes que pontuam muito nem sempre é usada.

O defensor deve buscar sempre uma posição em “V” onde ele seja o vértice e mantenha a atenção nos outros 2 pontos; a bola e o atacante que ele está marcando. Flutuar corretamente é fundamental para o defensor ser capaz de ajudar um companheiro que foi batido pelo homem da bola.

6-Ajuda:

Quando o defensor que está pressionando a bola, não consegue conter o atacante que está com a bola, o defensor que está flutuando deve abandonar o atacante que ele está marcando e ajudar (entrar na frente).

Quando há uma ajuda, a defesa fica em desequilíbrio. Se a ajuda for bem feita, o atacante que pensava em fazer a cesta ficará sem espaço e passará a bola provavelmente para o atacante que era marcado pelo defensor que ajudou.

7-Recuperação (fundamento mais difícil de realizar):

A recuperação é reorganizar a defesa. Recapitulando: Após o desequilíbrio causado pelo corte (ultrapassagem) do homem da bola sobre o marcador que o pressionava, outro marcador flutuava, realizou a ajuda e a bola voltou para um atacante livre, normalmente o atacante, que o marcador ajudou, marcava.

Essa distância que o marcador  “ajudante” está do atacante, que agora está com a bola, é muito perigosa. O desespero do marcador ao ver o atacante livre, faz com que ele corra até o atacante e pule para impedir o arremesso. Um erro grave que irá gerar outro corte (até falta no arremesso) e a defesa ficará novamente em desequilíbrio.

Durante a recuperação, o defensor nunca deve pular. A atitude correta é correr ¾ (três quartos) da distância e usar a postura correta de pressão na bola no outro ¼ (quarto) restante. Feito isso, a defesa estará recomposta e sem correr riscos!

8-Defesa de bloqueio com e sem a bola:

As jogadas (organização) ofensivas, na maioria das vezes realizam bloqueios, um contato não faltoso do atacante no defensor, que visa impedir que o marcador esteja próximo do atacante. Esses bloqueios podem ser no marcador do homem que está com a bola (pick and roll) ou no marcador do atacante que está sem a bola, afim sempre de deixar o atacante livre.

Existem vários tipos de defesa dos bloqueios (no homem c/ a bola ou s/ a bola) catalogados pelos estudiosos do basquetebol, que variam de nomenclatura de acordo com o entendimento do técnico. São usados para neutralizar a intenção do ataque ao realizar o bloqueio.

Vamos analisar as três mais comuns tanto na bola como sem a bola.

a) Troca (com bola e sem bola):

Como o nome já diz, quando houver um bloqueio, o defensor que marca o atacante que realiza o bloqueio, troca de marcação com o que marca o homem que está com a bola. O risco é a desvantagem (altura ou velocidade) podendo ficar um baixo marcando um alto dentro do garrafão ou um alto marcando um atacante baixo no perímetro, causando maiores possibilidades de corte.

b) Dobra (com bola)

A dobra significa que o marcador do atacante com a bola permanece nele durante o bloqueio e quem marca o atacante que realiza o bloqueio abandona o seu marcador, os dois marcadores juntos tentam “encaixotar” o atacante com a bola, tentando surpreendê-lo e/ou roubando a bola. Se houver o passe, a defesa estará por alguns momentos na desvantagem de quatro atacantes contra três defensores, até a defesa ser recomposta.

c) Passar junto (com e sem bola)

No caso do bloqueio ser na bola, o defensor que marca quem faz o bloqueio, faz um contato (não faltoso em direção ao meio da quadra ) impedindo o encaixe do bloqueio e faz a comunicação (nomenclatura previamente combinada) para que seu companheiro recue ajudado pelo contato e não fique distante do atacante que está com a bola. Ao passar junto, sem a bola, o defensor deve tentar utilizar o mesmo espaço do atacante no momento da tentativa de contato. O perigo ao tentar passar junto é o bloqueio ocorrer e conseguir seu objetivo.

9-Rotação/dobra no pivô:

Quando algum atacante está com a bola próximo a cesta (normalmente o pivô) e existe a vantagem física do atacante sobre o defensor, a probabilidade de fazê-la é maior. Nesse caso, a defesa deve realizar uma dobra (algum marcador “abandona” o seu atacante e vai ajudar quem marca o da bola) que normalmente é feita pelo marcador do atacante de pior arremesso, pois essa ajuda obrigatoriamente vai deixar alguém livre do perímetro (que seja o pior).

Essa dobra no poste baixo é bastante perigosa, exatamente como quando a defesa está desequilibrada. Se a dobra for bem feita, o atacante com a bola vai “procurar” o atacante que ficou livre no perímetro. A defesa deve ter a sabedoria na recuperação e uma rotação defensiva capaz de diminuir o tempo dessa recuperação, podendo inclusive haver troca de marcação durante essa rotação.

O importante é não permitir que nenhum atacante tenha facilidade, estar confortável ou confiante para tentar a cesta.

10-Rebote:

Deixando o ataque desconfortável, certamente o ataque forçará a definição (24 segundos de posse de bola). Rebote é colocação e não apenas impulsão. O defensor deve estar a frente do atacante em relação à cesta, escorá-lo e afastá-lo o máximo de perto do aro. Só depois deve pensar em pegar a bola.

Havendo falha no rebote, permitir que o ataque consiga ter novamente a posse de bola, todo o esforço anterior (todos os nove fundamentos) será em vão e o processo defensivo se iniciará. O rebote é o “troféu” da boa defesa!

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