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Mais do que um atleta: Jaylen Brown quer consertar o sistema educacional americano

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Você provavelmente conhece Jaylen Brown por sua combinação de agilidade e força que saltam os olhos da torcida nos jogos do Boston Celtics. Você o conhece por suas incríveis enterradas e por seus arremessos da zona morta. Mas esse é “apenas” o seu trabalho diário. Fora das quadras, Brown faz jus ao famoso status “mais do que um atleta”. Só que no caso dele, isso não é apenas um clichê.

No mês passado, o famoso MIT Media Lab nomeou o jogador profissional de 22 anos como um dos Parceiros do MIT de 2019. O laboratório de pesquisa possui uma comunidade robusta de ativistas, incluindo o fundador Nicolas Negroponte e o arquiteto Neri Oxman; Brown fará parte de um programa especial que visa trazer novas perspectivas e idéias para o trabalho do laboratório. Outros recém-nomeados bolsistas incluem Michael Tubbs, o prefeito de Stockton, Califórnia, e o lendário skatista Rodney Mullen. No MIT, eles tentarão corrigir os problemas que enxergam no mundo usando um método de pesquisa que seu diretor, Joi Ito, chama de “antidisciplinar”, significando que cada abordagem será um produto único e multifacetado de uma série de interesses.

“Antidisciplinar” é uma descrição que poderia ser facilmente aplicada a Brown. O ala do Boston Celtics, que acabou de completar sua terceira temporada na franquia, está pronto para um desafio maior: atuar no desenvolvimento do sistema educacional norte-americano.

Como parte de sua bolsa de estudos do Media Lab, ele vai escolher um grupo de 10 crianças das comunidades carentes de Boston e lhes fornecer recursos do MIT. “O objetivo é construir uma ponte que conecte o ensino superior à nossa comunidade de baixa renda, reconstruindo nosso sistema educacional um passo de cada vez”, diz Brown.

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Para o atleta, uma das falhas mais óbvias nesse sistema é o teste padronizado SAT (análogo ao sistema ENEM no Brasil) que ele acredita ter uma influência desproporcional sobre a capacidade de uma pessoa ter sucesso. Em vez de permitir que as pontuações dos alunos decidam seus futuros, Brown deseja intervir e examinar cada um de seus interesses e aptidões para que possam ser promovidos em um ambiente de referência mundial em educação. A partir daí, ele vai colaborar com os centros comunitários que já estão implantados para construir uma rede global de aprendizagem. Para isso, a tecnologia será peça chave. Ele quer ver crianças de Boston conversando com crianças em Compton e crianças de Compton conversando com estudantes na Indonésia. Ele quer iniciar uma revolução.

Para chegar lá, ele está chamando outras pessoas para apoiar suas disciplinas e colaborar com ele no MIT. “Não importa de qual background a pessoa vem”, diz ele. “Se eles apoiam a educação e apoiam nossa juventude, quero pedir para que façam parte da iniciativa, que ampliem seu alcance e ajudem a levar isso adiante. Eu quero um grupo de pessoas que faça a educação ser divertida.”

Se alguém pode tornar a educação divertida, esse alguém é o Brown. Como um estudante do ensino médio, ele foi perseguido por múltiplas universidades consideradas potências no basquete da NCAA, mas optou por ir para Berkeley (Escola de Negócios da Universidade da Califórnia), onde ele fez curso de graduação como um calouro do time de basquete. Ele estava preparado para uma experiência promissora – acadêmica e atlética – quando a NBA apareceu, oferecendo a ele a chance de ganhar milhões através do NBA Draft. Brown, que também tem no currículo um estágio na Base Ventures (fundo de capital de risco e aceleradora de negócios), vê pouca diferença entre os atletas que deixam a faculdade para seguir carreiras profissionais e empreendedores de tecnologia que abandonam as empresas.

“É literalmente a mesma coisa. É tão difícil chegar ao sucesso. Chegar à NBA pode até ser mais difícil ”, diz ele. E ele não está errado. A NBA relata que a probabilidade de se tornar profissional após a NCAA é de 1,2%, e isso se você jogar em uma universidade da Divisão 1 da NCAA. Enquanto isso, um estudo da Harvard Business School sugere que empreendedores iniciantes americanos têm 18% de chance de sucesso. “Eu acho que as duas conquistas são impressionantes. E penso que sempre tive a capacidade de fazer as duas coisas”, diz Brown, que assinou um contrato milionário com o Celtics em 2016.

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Brown sabe o que a imprensa anda dizendo sobre atletas se envolvendo em atividades extra-quadra: “Shut up and dribble” (Cale a boca e drible). Ele ouviu sugestões de alguns jornalistas americanos como Laura Ingraham do canal Fox, de que ele e outros atletas deveriam se concentrar nos esportes e não entrar na política, nas relações raciais ou na educação. Mas com apenas três temporadas em sua carreira profissional, Brown já está pensando em seu futuro além da NBA.

“Sei que as pessoas olham para mim e pensam…’Jaylen, você é um jogador da NBA. O que mais você quer?’, mas só porque eu fui um dos que escapei das barreiras que a sociedade coloca, por que eu deveria esquecer das pessoas que não conseguiram ou das que não vão conseguir?”, diz Brown. “Eu tive que fazer mais de um milhão de arremessos para poder ficar na sua frente hoje como uma pessoa respeitada. Meu objetivo é provar que a jornada pode ser um pouco mais suave para os próximos garotos…pretendo preencher essa lacuna social.”

Esta entrevista foi feita originalmente por Claire Miller e publicada com exclusividade pelo site Fast Company em 08 de Julho de 2019. O texto foi cuidadosamente traduzido pela Equipe Celtics Brasil e disponibilizado em português para que mais fãs tivessem acesso.

3 comentários

  • Não concerta nem as cagadas que faz na NBA, imagina o sistema educacional KKKKKKKKKKK!

    Brincadeira. Não podia deixar passar rsrs

  • Virei fan. Mesmo ficando puto com o comportamento dele na temporada. Pra mim ele jogou sem vontade em vários momentos. Tomara q tenha sido pelo Irving, pq se for pelo Hayward vai ser ruim denovo.

  • Ei, Jaylen, já pensou em ser ministro? Se por aí o “up” é fritar hambúrguer, por aqui saber fazer gelo já e suficiente. Pense nisso, amigão!

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