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Stevens passou uma missão para Brown nas Ligas de Verão

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Conforme as recentes contratações acusam, o Boston Celtics aumentou a média de estatura do seu elenco.

Ao concentrar seus esforços em aquisições de jogadores versáteis, a equipe de Boston também tratou de tornar a vida do treinador Brad Stevens mais divertida, já que ele terá inúmeras maneiras de montar o quebra-cabeça que será a rotação do time.

Está longe de ser o pior problema do mundo, ter as duas últimas terceiras escolhas de Draft ao seu lado mais um All-Star vindo do Oeste (Gordon Hayward) e que vive o auge do seu jogo. De todo modo, será interessante assistir a como Stevens dividirá os minutos entre os jogadores.

De cara e desde já, o treinador do Leste no 2017 All-Star Game tratou de maximizar a polivalência de seu elenco, ao utilizar as Ligas de Verão como laboratório, especialmente para o ala Jaylen Brown.

Infelizmente, uma lesão na coxa pode ter dado fim à participação de Brown na Liga de Las Vegas, mas, nas duas últimas semanas, pudemos perceber que o jogador de 20 anos tratou de expandir seu arsenal de jogadas. O foco, obviamente, ficou na quadra ofensiva, onde Brown, em sua primeira temporada, nada mais foi do que um finalizador de jogadas. Agora, contudo, o camisa 7 de Boston tenta criar mais jogadas, seja para si, seja para seus companheiros, obtendo um resultado razoável em suas tentativas – algumas foram bestas e outras, bestiais.

Outro mudança, dessa vez defensiva, também chamou atenção dos torcedores mais atentos. Brown tem dedicado muitos dos seus minutos em quadra, na marcação do principal criador de jogadas da equipe adversária. Isso pode ser um indício de como Stevens planeja utilizar o jovem, oriundo da Universidade da Califórnia, a partir de 2017/2018.

“Jaylen é um atleta capaz de cumprir bem essa missão (marcar o principal criador de jogadas do adversário). Quanto mais posições ele for capaz de defender, melhores e mais versáteis seremos”, declarou Stevens, em entrevista dada durante a Summer League de Las Vegas. “Ele não teve que se preocupar muito com esse papel em sua primeira temporada, embora tenha defendido alguns alas-armadores no decorrer do ano. No meio da temporada, nós o lançamos na equipe titular e ele teve que se virar na marcação de alguns bons pontuadores. Isso o deu experiência. Espero que tenha sido um investimento válido e que possamos colher os frutos já no próximo ano. Ele é um atleta com ferramentas físicas suficientes para defender inúmeras posições e, agora, tem o bônus de já ter uma temporada no currículo. Esperamos que ele esteja mais familiarizado com o nosso sistema defensivo”, encerrou o treinador celta, colocando altas expectativas em seu comandado.

O presidente de operações do Celtics, Danny Ainge, revelou, durante a presente offseason, que buscara aumentar a estatura e a força de seu perímetro, a fim de proteger Isaiah Thomas, que tem apenas 1,75 metro. É uma estratégia inteligente, mas que não afastará a falta que o time sentirá de seu melhor defensor, Avery Bradley, que fora negociado com o Detroit Pistons na última semana.

Assumindo a premissa de que o foco defensivo de Boston é esconder Thomas sempre que possível, é sensato acreditar que muitos jogadores terão a oportunidade de defender o melhor jogador de perímetro do oponente. Marcus Smart terá muitos minutos nessa missão, obviamente. Terry Rozier, que deixou uma boa impressão na última pós-temporada, é outro forte candidato a cumprir esse papel. Todavia, Brown é a opção mais intrigante, tendo em vista que permitirá inúmeras possibilidades favoráveis no ataque do Celtics.

Afinal, com os reforços de Hayward, Tatum e Morris, além do próprio Brown, Boston, repentinamente, passou a possuir inúmeros jogadores atléticos, grandes e habilidosos, que são capazes de causar sérios problemas às defesas adversárias, os famosos mismatches. O Celtics tem o talento necessário para abusar de defensores de perímetro menores e de espaçar as quadras com seus big men, possibilitando as infiltrações de Isaiah Thomas. Stevens deve estar ansioso para brincar com suas opções ofensivas e, se Brown mostrar o desenvolvimento esperado e necessário, os adversários sofrerão ainda mais em suas mãos.

Durante as Ligas de Verão de Utah e Las Vegas, como dito, vimos o jogador de 20 anos defender vários armadores, inclusive aquele que foi recrutado com a primeira escolha-geral do 2017 NBA Draft, Markelle Fultz. Brown, de 2,01 metros, tem agilidade, equilíbrio corporal e força física – ferramentas físicas de elite – suficientes para causar sérios transtornos ao seu alvo defensivo. Em 2016/2017, foram poucas as vezes em que o camisa 7 de Boston teve que neutralizar o armador adversário, mas, quando a oportunidade surgiu, ele tratou de deixar uma boa impressão.

Veja como Brown dificultou a vida do então bicampeão do prêmio de MVP, Stephen Curry:

Em seu primeiro ano como profissional, Brown teve que atuar em inúmeras posições e cumprir diversas funções em quadra, mas seu melhor basquete apareceu quando ele assumiu a posição de ala-armador titular, no lugar do lesionado Bradley. Brown triunfou, muitas vezes, sobre marcadores menores e mais fracos naquele período. Assim, caso o jogador, recrutado com a terceira escolha-geral do 2016 NBA Draft, se mostre capaz de defender, com qualidade, os armadores adversários, ele passará a ser o franco favorito para a ocupar a vaga em aberto no time titular, após a saída de Bradley, haja vista que seu tamanho e atleticismo poderão impactar, e muito, a favor de Boston, na quadra ofensiva.

Quando solicitado a oferecer suas expectativas para a próxima temporada, Brown ressaltou a grande quantidade de alas talentosos que há no elenco e disse que mais experimentos de Stevens devem ocorrer:

“Os treinos da pré-temporada serão ultra competitivos. Haverá muitos jogadores talentosos e sedentos em obter minutos em quadra. Será interessante e desafiador. Nosso elenco oferece muitas opções, haja vista que possuímos vários jogadores polivalentes. A cada jogo, poderemos nos preparar diferente para o oponente, sempre buscando o melhor encaixe. Eu penso que Brad (Stevens) desafiará cada um de nós, para melhorarmos e deixarmos nossas zonas de conforto”.

O jogador celta prosseguiu com suas reflexões:

“Eu fico a vontade em qualquer posição. Se Brad quiser, eu jogo na 1, 2, 3 ou 20, tanto faz. Eu vou dar conta do recado e farei o que for necessário. Eu confio na leitura de jogo do meu treinador e em sua inteligência. Ele é um técnico excepcional. O que eu tiver que fazer para ajudar minha equipe e para atuar, eu farei”.

Jaylen Brown não será solicitado para atuar na fictícia posição 20, mas, certamente, será desafiado a defender os armadores adversários, o que já tem ocorrido nas Ligas de Verão. Se o objetivo dele é conquistar minutos em quadra e considerando a quantidade de jogadores para a rotação da posição 3, é bom que ele renda bem nessa missão, pois todos sairão felizes: jogador, torcida e equipe.

 

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