Sumário
ToggleA temporada 2024-2025 da NBA tem sido marcada por um bom desempenho do elenco do Boston Celtics de forma geral, com momentos de brilho e desafios intensos. Como atuais campeões, o time está no centro das atenções. Com um elenco talentoso e um legado que pesa sobre cada jogo disputado, a equipe de Boston enfrentou uma jornada repleta de expectativas nessa temporada regular.
Neste texto, vamos avaliar o desempenho individual dos jogadores que compõem o elenco do Boston Celtics, destacando suas contribuições, evolução ao longo da temporada e o impacto que tiveram no sucesso (ou nas dificuldades) do time. De estrelas consolidadas a peças de rotação, cada atleta teve um papel fundamental na história que o Celtics vem escrevendo este ano.
As notas serão:
A+ = Foi incrível. Não dava pra ser melhor.
A = Foi ótimo, mas dava pra melhorar um pouquinho.
A- = Foi bom, acima do esperado.
B+ = Fez o que era esperado e teve alguns momentos muito bons.
B = Entregou o que a gente esperava.
B- = Quase chegou lá, deixou a desejar em alguns pontos.
C+ = Foi abaixo do esperado, mas teve alguns momentos bons.
C = Não foi tão bom quanto a gente esperava.
C- = Foi fraco, mas já não se esperava muito mesmo.
D+ = Foi ruim.
D = Foi ruim, mas já era esperado.
D- = Foi muito ruim.
F = Não dá mais. Precisa sair do time.
Jayson Tatum

Jayson Tatum tem sido uma peça fundamental para o elenco do Boston Celtics na temporada 2024-2025, apresentando médias impressionantes que refletem sua importância para a equipe. Até o momento, ele mantém uma média de 26,9 pontos por jogo, ocupando a 5ª posição na liga, além de 8,7 rebotes (18º) e 6 assistências (21º), com um aproveitamento de 45,2% nos arremessos de quadra.
Além de suas estatísticas individuais, Tatum demonstrou uma liderança exemplar dentro e fora das quadras. Sua capacidade de comandar o time em momentos decisivos tem sido evidente, como no jogo contra o New Orleans Pelicans, onde acertou um arremesso contestado no estouro do cronômetro, garantindo a vitória por 118-116.
A influência de Tatum vai além de suas atuações em jogos. Ele tem sido um mentor para os jogadores mais jovens e um modelo de profissionalismo, contribuindo para a coesão e o espírito de equipe do Celtics. Sua dedicação e ética de trabalho inspiram seus companheiros a elevarem seu desempenho.
Na busca pelo 19º título da franquia, a presença de Tatum é crucial. Sua experiência em finais anteriores, incluindo a conquista do 18º campeonato, proporciona à equipe uma vantagem competitiva significativa. Durante os playoffs de 2023-2024, Tatum liderou o time em pontos, rebotes e assistências, destacando-se como um dos principais jogadores da liga.
Recentemente, Tatum sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo durante uma partida contra o Sacramento Kings. Apesar da lesão, ele conseguiu contribuir com 25 pontos, sete rebotes e oito assistências antes de deixar o jogo. Em suma, Jayson Tatum continua a ser o pilar central do Boston Celtics, combinando desempenho excepcional com liderança sólida. Sua contribuição será determinante para que a equipe alcance o tão almejado back to back.
Classisifcação final: A+ = Foi incrível. Não dava pra ser melhor.
Jaylen Brown


Jaylen Brown teve uma temporada 2024-2025 de afirmação definitiva, consolidando-se como um dos principais pilares do elenco do Boston Celtics na busca pelo 19º título da franquia. Com médias sólidas de 23,2 pontos, 5,5 rebotes e 3,8 assistências por jogo, Brown continua mostrando sua evolução ofensiva e maturidade dentro de quadra. Seu aproveitamento nos arremessos de quadra, em torno de 50%, reflete um jogador mais eficiente, consciente de seus pontos fortes e do papel que desempenha ao lado de Jayson Tatum.
O que mais chama atenção em Brown nesta temporada é sua presença em momentos decisivos. Ele tem se destacado em jogos grandes, assumindo a responsabilidade nos minutos finais e alternando o protagonismo com Tatum quando necessário. Seja com enterradas explosivas que mudam o ritmo da partida ou com arremessos certeiros no perímetro, Brown tornou-se uma ameaça constante para as defesas adversárias. Sua versatilidade, podendo marcar do armador ao ala-pivô, também é um trunfo essencial na engrenagem defensiva do técnico Joe Mazzulla.
No vestiário, Jaylen Brown cresceu como líder vocal e emocional. Ao longo da temporada, relatos indicam que ele tem assumido um papel mais ativo na preparação do grupo, cobrando intensidade e foco nos treinos e nos jogos. Sua postura tem sido fundamental especialmente em jogos fora de casa ou em situações adversas, onde seu espírito competitivo mantém o time energizado. Essa evolução como líder também reflete sua crescente confiança e identificação com a cultura vitoriosa do Celtics.
A importância de Brown na campanha pelo 19º banner não pode ser subestimada. Ele é o contrapeso ideal para Tatum: enquanto Tatum dita o ritmo e o jogo cerebral, Brown impõe a força e a agressividade. Juntos, eles formam uma das duplas mais letais da NBA atual. Se o Celtics alcançar mais um título, não será apenas pela genialidade de Tatum, mas também pela consistência, entrega e coração que Jaylen Brown vem mostrando jogo após jogo.
Classificação final: A = Foi ótimo, mas dava pra melhorar um pouquinho.
Derrick White


Derrick White vem sendo uma peça-chave na engrenagem do elenco do Boston Celtics durante a temporada 2024-2025, atuando como um verdadeiro coringa na armação e na defesa. Com médias de 15,5 pontos, 5,2 assistências, 4,1 rebotes e 1,2 tocos por jogo, White tem impactado as partidas de maneira silenciosa, porém extremamente eficaz. Seu QI de basquete é altíssimo, e ele se destaca por fazer o “jogo certo” com consistência, seja encontrando o companheiro livre, seja tomando a decisão correta na defesa.
Além da contribuição estatística, White tem sido um dos pilares do sistema defensivo de Joe Mazzulla. Com sua capacidade de marcar múltiplas posições no perímetro e proteger o aro mesmo sendo um armador, ele dá ao time a flexibilidade necessária para fazer trocas defensivas constantes. Ele também se tornou referência em transições rápidas e atua como estabilizador nos momentos de pressão – controlando o ritmo e ajudando o time a manter a compostura.
Na busca pelo 19º título, Derrick White representa o tipo de jogador que todo time campeão precisa: disciplinado, confiável e sem vaidade. Sua capacidade de se adaptar ao que o jogo exige – seja pontuar, organizar ou defender – torna-o indispensável na rotação do Celtics. Embora não tenha o estrelato de Tatum ou Brown, White é, sem dúvida, uma das engrenagens mais valiosas desta equipe que sonha com mais um banner no teto do TD Garden.
Classificação final: A = Foi ótimo, mas dava pra melhorar um pouquinho.
Jrue Holiday


Na temporada 2023-2024, Jrue Holiday, armador de 1,93m, foi uma aquisição fundamental para o elenco do Boston Celtics. Proveniente de uma troca do Milwaukee Bucks, Holiday assinou uma extensão contratual de quatro anos no valor de US$ 135 milhões, garantindo sua permanência na equipe até a temporada 2027-2028.
Durante a temporada regular, Holiday disputou 60 jogos, registrando médias de 11,1 pontos, 4,3 rebotes e 3,9 assistências por partida. Seu aproveitamento nos arremessos foi de 44,4%, com 35,3% nos três pontos e 91,7% nos lances livres.
Em momentos decisivos, Holiday se destacou. Em uma vitória contra o Miami Heat em 14 de março de 2025, contribuiu com 25 pontos, 4 rebotes e 3 assistências. Além disso, em 15 de março, na vitória sobre o Brooklyn Nets, registrou 11 pontos, 5 rebotes e 12 assistências.
Sua versatilidade defensiva segue sendo um diferencial e tanto, marcando jogadores de diversas posições e contribuindo significativamente para a defesa perimetral do Celtics. Sua presença elevou o nível competitivo da equipe, especialmente em momentos críticos da temporada. Não é o mesmo Jrue Holiday da temporada passada, mas segue sendo um jogador fundamental na rotação de Joe Mazzulla.
Classificação final: B = Entregou o que a gente esperava.
Kristaps Porzingis


Em sua primeira temporada completa com o Celtics, Kristaps Porziņģis apresentou médias de 19,3 pontos, 6,8 rebotes e 1,9 assistências por jogo. Sua habilidade de espaçar a quadra com arremessos precisos de três pontos (2,4 convertidos por jogo a 40,3%) adicionou uma dimensão valiosa ao ataque da equipe.
Defensivamente, Porziņģis utilizou sua envergadura para proteger o aro, contribuindo significativamente para a defesa interior do Celtics. Sua presença no garrafão dissuadiu muitos adversários de tentarem infiltrações, forçando-os a optar por arremessos de média e longa distância.
Apesar de algumas lesões que limitaram sua participação a 34 jogos na temporada, Porziņģis demonstrou ser uma peça-chave no esquema tático de Boston. Sua capacidade de jogar tanto dentro quanto fora do garrafão proporcionou flexibilidade ofensiva e criou espaçamento para os armadores e alas explorarem.
O impacto de Kristaps Porziņģis no elenco do Boston Celtics, quando disponível, é profundo e multifacetado, tanto ofensiva quanto defensivamente. No ataque, sua habilidade de espaçar a quadra como um pivô com alto aproveitamento nos arremessos de três pontos cria uma vantagem tática rara. Isso obriga os defensores adversários a saírem do garrafão, abrindo espaços para infiltrações de Tatum, Brown e White. Além disso, Porziņģis tem um arsenal ofensivo versátil, podendo pontuar no post, no pick-and-pop e como finalizador em transições rápidas.
Defensivamente, seu impacto é talvez ainda mais notável. Porziņģis é um protetor de aro eficaz, utilizando sua altura (2,21m) e envergadura para dificultar bandejas e arremessos próximos à cesta. Ele não apenas acumula tocos, mas também alterna inúmeros arremessos – algo que nem sempre aparece nas estatísticas, mas é sentido em quadra. Sua presença no garrafão libera outros defensores, como Derrick White e Jrue Holiday, para pressionar o perímetro com mais agressividade, sabendo que há cobertura.
Porém, o que realmente ressalta seu valor é o contraste entre o Celtics com e sem ele. Quando está em quadra, o time atinge números de eficiência defensiva e ofensiva que o colocam entre as melhores formações da liga. Seu “plus-minus” costuma ser elevado, refletindo sua influência nos dois lados do jogo. A limitação principal de Porziņģis é sua disponibilidade – ele perdeu boa parte da temporada regular por lesões -, mas sempre que está saudável, ele transforma o Boston Celtics em uma equipe ainda mais dominante e difícil de parar.
Sua avaliação levou em consideração apenas seus momentos em quadra, devido à ausência por dois longos períodos durante a temporada.
Classificação final: A = Foi ótimo, mas dava pra melhorar um pouquinho.
Al Horford


Al Horford, aos 38 anos, continuou a desempenhar um papel crucial para o elenco do Boston Celtics durante a temporada 2024-2025. Em 58 jogos, ele manteve médias de 8,9 pontos, 6,0 rebotes e 2,1 assistências por partida, com um aproveitamento de 42,4% nos arremessos de quadra e 36,0% nas tentativas de três pontos. Embora suas estatísticas gerais tenham apresentado uma leve queda em relação a temporadas anteriores, sua experiência e liderança continuaram sendo inestimáveis para a equipe, especialmente em momentos decisivos.
Um exemplo notável de sua contribuição ocorreu recentemente, quando Horford marcou 26 pontos contra os Grizzlies, sua melhor marca na temporada, liderando o Celtics a uma vitória que completou uma sequência de seis triunfos consecutivos. Além disso, sua performance defensiva contra Nikola Jokić, do Denver Nuggets, foi fundamental para a vitória do Boston por 110-103, demonstrando sua capacidade de impactar o jogo em ambos os lados da quadra.
Fora das estatísticas, Horford foi reconhecido por sua influência positiva no vestiário, sendo nomeado finalista para o prêmio de Melhor Companheiro de Equipe da NBA na temporada 2024-2025. Sua presença como veterano e profissionalismo ímpar servem como modelo para os jogadores mais jovens, consolidando seu legado como um dos pilares da franquia.
A idade de Al Horford, embora não o tenha impedido de continuar contribuindo em alto nível, inevitavelmente trouxe alguns desafios na temporada 2024-2025. Aos 38 anos, o veterano precisou lidar com uma carga de minutos mais controlada, além de algumas limitações físicas naturais – especialmente em jogos em sequência ou contra adversários com pivôs mais atléticos. Embora seu QI de basquete e posicionamento defensivo ainda estejam entre os melhores da liga, a recuperação muscular, a explosão e a mobilidade lateral já não são as mesmas de seus anos de auge, o que exige uma administração cuidadosa por parte da comissão técnica.
Essas limitações se tornam ainda mais evidentes quando Horford precisa substituir Kristaps Porziņģis como titular. Porziņģis, com seu tamanho, agilidade e capacidade de espaçar a quadra, oferece um perfil físico muito diferente. Quando ausente, o peso defensivo e a presença no garrafão muitas vezes recaem sobre Horford, que precisa enfrentar pivôs dominantes como Nikola Jokic ou Bam Adebayo com menos recursos físicos. Nesses momentos, ele compensa com inteligência e posicionamento, mas enfrenta desvantagens claras em termos de explosão e força bruta, o que pode ser explorado por adversários.
Apesar disso, Horford tem se mostrado confiável e incrivelmente resiliente. Sua capacidade de manter-se útil mesmo diante de um cenário físico mais desafiador é reflexo de sua preparação e leitura de jogo. A franquia valoriza sua versatilidade – sendo capaz de jogar como pivô ou ala-pivô – e sua postura de liderança em momentos em que o time precisa de estabilidade. Mesmo quando os minutos são reduzidos, sua influência tática e emocional seguem sendo vitais para o equilíbrio do Celtics.
Classificação final: B+ = Fez o que era esperado e teve alguns momentos muito bons.
Payton Pritchard


Payton Pritchard teve uma temporada de destaque em 2024-2025 pelo Boston Celtics, consolidando-se como uma peça fundamental na rotação do elenco. Sua evolução calou diversas vozes, que apostavam em sua saída ao final da temporada 2022-23. Em 80 jogos e apenas dois como titular, ele manteve médias de 14,3 pontos, 3,8 rebotes e 3,3 assistências por partida, com um aproveitamento de 46,6% nos arremessos de quadra e 41,2% nas tentativas de três pontos. Esses números refletem sua eficiência ofensiva e sua habilidade em contribuir consistentemente vindo do banco.
Um dos momentos mais marcantes de sua temporada ocorreu em março de 2025, quando Pritchard registrou 43 pontos, incluindo 10 cestas de três pontos, na vitória sobre o Portland Trail Blazers. Essa performance não apenas destacou sua capacidade de pontuação, mas também o colocou em um seleto grupo de jogadores do Celtics a alcançar tal feito. Além disso, sua contribuição foi crucial para que a equipe estabelecesse um novo recorde da NBA em cestas de três pontos convertidas em uma única temporada.
Defensivamente, Pritchard demonstrou evolução, registrando médias de 0,9 roubo de bola por jogo, evidenciando seu esforço e comprometimento em ambos os lados da quadra. Sua energia e intensidade defensiva foram fundamentais para manter a pressão sobre os armadores adversários. Com atuações consistentes e momentos de brilho, Payton Pritchard solidificou seu papel como um dos principais reservas da liga, sendo peça-chave na bem-sucedida campanha do Celtics na temporada 2024-2025, entrando de uma vez por todas na briga pelo prêmio de 6° Homem do Ano, com sobras.
Embora Payton Pritchard tenha evoluído defensivamente na temporada 2024-2025, suas limitações físicas ainda são um desafio quando confrontado com armadores mais altos ou explosivos. Com 1,85m de altura e envergadura relativamente curta para os padrões da NBA, ele frequentemente enfrenta dificuldades ao defender pick-and-rolls ou ao ser colocado em mismatches. Adversários mais fortes fisicamente tendem a atacá-lo no post ou exploram sua falta de alcance defensivo em trocas defensivas.
Apesar de sua energia e esforço – raramente questionados -, Pritchard às vezes acaba sobrecarregado na defesa de perímetro, especialmente contra jogadores velozes ou quando a rotação defensiva do time falha. Ele compensa parte dessas limitações com boa leitura de jogo e movimentação ativa, conseguindo interceptar passes e forçar turnovers (0,9 roubos por jogo), mas ainda assim é um ponto visado por times adversários em situações de meia quadra.
O técnico Joe Mazzulla muitas vezes o protege utilizando formações defensivas com ajuda forte nas trocas, ou colocando-o contra reservas com menos capacidade de criação ofensiva. Mesmo assim, seu papel na rotação exige que continue aprimorando seu posicionamento e resistência defensiva. Ainda que seja improvável que Pritchard se torne um defensor de elite, seu esforço constante e inteligência tática fazem com que ele contribua positivamente dentro de um sistema defensivo bem estruturado como o do Celtics.
Classificação final: A- = Foi bom, acima do esperado.
Sam Hauser


Na temporada 2024-2025, Sam Hauser, ala de 1,98m, consolidou seu papel como um dos principais arremessadores de três pontos do elenco do Boston Celtics. Em julho de 2024, Hauser assinou uma extensão contratual de quatro anos no valor de US$ 45 milhões, garantindo sua permanência na equipe até a temporada 2028-2029.
Durante a temporada regular, Hauser teve médias de 8,3 pontos, 3,5 rebotes e 0,9 assistências por jogo. Sua precisão nos arremessos de três pontos foi notável, com um aproveitamento de 41,2% na temporada anterior, colocando-o entre os melhores da NBA.
Um dos destaques de Hauser foi em 10 de março de 2025, quando contribuiu com 33 pontos, incluindo nove acertos de três pontos, na vitória por 114-108 contra o Utah Jazz.
Sam Hauser tem mostrado uma evolução notável na temporada 2024-2025, especialmente no aspecto defensivo. Historicamente reconhecido por sua habilidade como arremessador, Hauser trabalhou para aprimorar sua defesa, tornando-se um jogador mais completo. Embora suas médias de roubos de bola (0,6) e bloqueios (0,2) por jogo não sejam excepcionalmente altas, sua melhoria é evidente na capacidade de contestar arremessos e na movimentação sem a bola, refletindo um compromisso crescente com a eficiência defensiva.
Além disso, Hauser tem sido mais eficaz na defesa de jogadores versáteis, conseguindo manter sua posição contra adversários mais físicos. Essa evolução defensiva tem permitido ao técnico Joe Mazzulla confiar mais minutos a Hauser, sabendo que ele pode contribuir em ambos os lados da quadra. Sua dedicação em melhorar na defesa complementa seu já sólido desempenho ofensivo, consolidando-o como um ativo valioso na rotação do Celtics.
Sua habilidade em espaçar a quadra e sua consistência nos arremessos de longa distância foram fundamentais para o sucesso do Celtics na temporada. Melhorando sua defesa e sua leitura de jogo, Hauser é um desses jogadores com potencial para evolução no médio prazo.
Classificação final: B+ = Fez o que era esperado e teve alguns momentos muito bons.
Luke Kornet


Luke Kornet teve uma participação significativa na temporada 2024-2025 do elenco do Boston Celtics, consolidando-se como uma peça confiável na rotação da equipe. Com médias de 5,8 pontos, 5,2 rebotes e 1,6 assistências por jogo, e um impressionante aproveitamento de 68% nos arremessos de quadra, Kornet demonstrou eficiência ofensiva notável. Sua altura de 2,16 metros e envergadura permitiram-lhe ser uma presença constante no garrafão, contribuindo tanto na defesa quanto no ataque.
Um destaque particular foi sua performance em janeiro de 2025 contra o Houston Rockets, onde, como titular, marcou 18 pontos com 8 de 9 nos arremessos, além de 7 rebotes, ajudando a conter Alperen Şengün a 4 de 10 nos arremessos. Além disso, o Celtics apresentou um recorde de 31 vitórias e 6 derrotas quando Kornet jogou 16 minutos ou mais, evidenciando seu impacto positivo nas partidas.
Defensivamente, Kornet mostrou-se sólido, utilizando sua estatura para proteger o aro e dificultar os arremessos adversários. Sua capacidade de espaçar a quadra com arremessos de média distância também adicionou versatilidade ao ataque do Celtics. Com seu contrato se encerrando ao final da temporada, sua consistência e contribuição em momentos cruciais podem torná-lo uma peça valiosa para a franquia ou um ativo atrativo no mercado de agentes livres.
Luke Kornet tem se destacado não apenas pelas suas contribuições técnicas em quadra, mas também por sua postura extremamente profissional e comprometida com a equipe. Mesmo com tempo de jogo irregular e constante oscilação entre jogos com muitos minutos e partidas em que mal sai do banco, Kornet manteve uma atitude positiva, sempre pronto para contribuir quando chamado. Sua ética de trabalho, dedicação nos treinos e disposição em aceitar qualquer papel determinado por Joe Mazzulla fazem dele um dos jogadores mais respeitados no vestiário celta.
Um dos aspectos mais notáveis da trajetória de Kornet em Boston é sua resiliência diante das críticas da torcida. Muitos fãs, especialmente nas redes sociais, questionam com frequência sua presença nas rotações – em parte pela falta de brilho defensivo ou pela comparação com nomes mais badalados no elenco. Apesar disso, Kornet nunca se deixou abalar publicamente. Ao contrário, ele respondeu com entrega em quadra, aproveitando ao máximo suas oportunidades e mostrando que, mesmo sem protagonismo, pode ser eficiente e impactar jogos com sua inteligência, posicionamento e leitura tática.
Além disso, o técnico Joe Mazzulla tem demonstrado confiança nele, mesmo nos momentos em que parte da torcida exige alternativas. Mazzulla valoriza a capacidade de Kornet de seguir o plano de jogo, proteger o aro e executar funções específicas com disciplina. Esse respaldo técnico, aliado ao respeito interno que conquistou, ajuda Kornet a lidar com as pressões externas. Sua jornada em Boston é, em muitos aspectos, a de um jogador que entendeu seu papel, aceitou críticas com maturidade e soube se firmar como uma peça silenciosa, porém valiosa, em uma das franquias mais exigentes da NBA.
Classificação final: B = Entregou o que a gente esperava.
Neemias Queta


Na temporada 2024-2025, Neemias Queta, um pivô de 2,13m, consolidou seu papel no elenco do Boston Celtics. Após converter seu contrato two-way em um contrato padrão de duas temporadas, com a opção de equipe para 2025-2026, Queta se estabeleceu como a quarta opção na rotação de pivôs, atrás de Kristaps Porziņģis, Al Horford e Luke Kornet.
Durante os primeiros meses da temporada, Queta registrou médias de 4,9 pontos, 3,8 rebotes e 0,6 assistências por jogo, com um tempo médio de 13,6 minutos em quadra. Em uma vitória contra o Los Angeles Clippers em 25 de novembro de 2024, contribuiu com 12 pontos, 9 rebotes, 3 assistências, 2 roubos de bola e 4 bloqueios em 25 minutos de jogo.
No entanto, com o retorno de Porziņģis em dezembro, com a gestão de minutos de Horford devido à idade avançada, e com o bom desenvolvimento de Luke Kornet, Queta enfrentou maior concorrência por tempo de jogo. Apesar disso, manteve-se como uma opção confiável, especialmente durante períodos de lesão ou descanso dos titulares.
Além de sua contribuição na NBA, Queta teve passagens significativas pela G-League com o Maine Celtics, onde ajudou a equipe a alcançar as finais da competição.
Classificação final: C- = Foi fraco, mas já não se esperava muito mesmo.
Xavier Tillman


Xavier Tillman Sr. foi adicionado ao elenco do Boston Celtics em fevereiro de 2024, vindo do Memphis Grizzlies, em troca de duas futuras escolhas de segunda rodada e o ala Lamar Stevens. A intenção do Celtics ao trazê-lo era fortalecer a profundidade do garrafão e adicionar versatilidade defensiva à equipe.
Durante a temporada 2024-2025, Tillman teve participação limitada, com médias de 1,1 ponto, 1,4 rebote e 0,2 assistência por jogo, com aproveitamento de 23,5% nos arremessos de quadra. Esses números refletem seu papel reduzido na rotação, muitas vezes entrando em quadra em situações específicas para contribuir defensivamente.
Apesar das estatísticas modestas, Tillman trouxe experiência e presença física ao elenco. Sua capacidade de defender múltiplas posições e sua ética de trabalho foram valorizadas pela comissão técnica. Embora sua contribuição em termos de números tenha sido limitada, sua presença no vestiário e disposição para cumprir diferentes funções foram importantes para a coesão da equipe.
Xavier Tillman é um jogador com perfil interessante para o futuro da franquia, principalmente por seu valor tático e versatilidade defensiva. Aos 26 anos, ele já demonstrou em Memphis – especialmente nos playoffs de 2023 – que pode contribuir de forma relevante em contextos de alta intensidade, sendo um defensor inteligente, forte no posicionamento e capaz de marcar múltiplas posições, inclusive wings mais móveis e pivôs físicos. Para o Celtics, isso representa uma peça valiosa para situações específicas de rotação, especialmente em séries de playoffs contra times com ataque interior dominante.
No entanto, ofensivamente Tillman ainda é bastante limitado, e isso pode afetar seu papel em uma equipe com aspirações ao título como Boston. Sua falta de espaçamento (aproveitamento de arremessos abaixo de 25% na temporada) e produção ofensiva modesta o colocam como um jogador de nicho dentro do elenco – mais voltado à defesa e à entrega física. Por isso, seu espaço futuro na rotação do Celtics dependerá bastante da construção do elenco em torno dos principais nomes e de como ele se adaptará ao sistema ofensivo de Joe Mazzulla.
Do ponto de vista de gestão, Tillman também tem valor como ativo de troca. Seu contrato é acessível, e seu perfil agrada a franquias que buscam reforçar o garrafão com defensores experientes, especialmente em equipes em reconstrução ou com lacunas defensivas claras. O Celtics pode utilizá-lo como parte de um pacote em negociações por reforços mais ofensivos ou para adquirir escolhas futuras de draft. Portanto, mesmo que seu impacto atual em Boston seja limitado, Xavier Tillman é um ativo estratégico, seja para o futuro dentro do elenco ou como moeda em movimentações de mercado.
Classificação final: D+ = Foi ruim.
Torrey Craig


Torrey Craig tem desempenhado um papel interessante como ala no Boston Celtics durante a temporada 2024-2025. Com médias de 4,7 pontos, 2,3 rebotes e 0,4 assistências por jogo, ele contribui de forma consistente em ambos os lados da quadra. Seu aproveitamento de 46,2% nos arremessos de quadra e 39,7% nas tentativas de três pontos reflete sua eficiência ofensiva. Craig joga muito pouco, mas quando entra, entra com dedicação e não compromete nenhuma rotação, muito pelo contrário.
Defensivamente, Craig é reconhecido por sua versatilidade e capacidade de marcar múltiplas posições, características que têm sido valiosas para o técnico Joe Mazzulla. Em sua estreia pelo elenco do Boston Celtics, ele demonstrou seu potencial ao contribuir significativamente para a vitória sobre o San Antonio Spurs, com três bolas de três pontos e dois tocos, destacando-se como uma peça importante para a profundidade da equipe.
Classificação final: C+ = Foi abaixo do esperado, mas teve alguns momentos bons.
Baylor Scheierman


Baylor Scheierman, ala de 1,98m e 92kg, ingressou no elenco do Boston Celtics após ser selecionado como a 30ª escolha geral no Draft da NBA de 2024, vindo da Universidade de Creighton. Na temporada 2024-2025, ele assinou um contrato de quatro anos no valor de US$ 12,8 milhões com o Celtics.
Durante a temporada regular, Scheierman participou de 19 jogos, com médias de 3,1 pontos, 1,8 rebotes e 0,9 assistências em 10,8 minutos por partida. Seu aproveitamento geral de arremessos foi de 36,7%, com 34,9% nos três pontos e 75,0% nos lances livres.
No entanto, Scheierman teve atuações de destaque, especialmente quando o Celtics teve desfalques importantes. Em uma vitória contra o Brooklyn Nets, ele marcou 20 pontos em apenas 16 minutos, acertando 6 de 7 arremessos de três pontos. Além disso, em uma partida contra o Philadelphia 76ers, contribuiu significativamente para a vitória, mostrando seu grande potencial como novato.
Classificação final: B- = Quase chegou lá, deixou a desejar em alguns pontos.
Jordan Walsh


Na temporada 2024-2025, Jordan Walsh, ala de 1,98m e 92kg, continuou sua trajetória com o elenco do Boston Celtics. Após uma temporada de estreia limitada, Walsh teve mais oportunidades de jogo. Em 9 partidas, registrou médias de 1,7 pontos, 2,2 rebotes e 0,6 assistências em 9,2 minutos por jogo, com aproveitamento de 40% nos arremessos de quadra e 22,2% nos três pontos.
Em 5 de março de 2025, Walsh teve um desempenho notável contra o Portland Blazers, contribuindo com 21 minutos de jogo, 3 pontos, 1 assistência e 6 rebotes.
Além disso, Walsh atuou pelo Maine Celtics na G-League, onde teve médias de 14,6 pontos, 6,7 rebotes e 1,7 assistências por jogo, com aproveitamento de 43% nos arremessos de quadra e 35,4% nos três pontos.
Classificação final: C- = Foi fraco, mas já não se esperava muito mesmo.
JD Davison


JD Davison, em sua terceira temporada como jogador two-way com o Boston Celtics, teve um desempenho notável na G-League durante a temporada 2024-2025. Atuando pelo Maine Celtics, ele apresentou médias impressionantes de 25,6 pontos, 5,1 rebotes, 7,7 assistências e 1,4 roubos de bola por jogo, com um aproveitamento de 48,2% nos arremessos de quadra e 33,3% nas tentativas de três pontos. Esses números destacam sua capacidade de pontuar e criar jogadas, solidificando sua posição como um dos principais talentos emergentes da liga de desenvolvimento.
Esse desempenho excepcional resultou na conquista do prêmio de MVP da G-League para Davison, reconhecendo sua contribuição significativa para o sucesso do Maine Celtics, que alcançou a terceira posição na Conferência Leste com um recorde de 21 vitórias e 13 derrotas. Sua habilidade em liderar a equipe e impactar o jogo em múltiplas facetas foi fundamental para essa conquista, evidenciando seu crescimento e maturidade como jogador.
No entanto, suas oportunidades na NBA foram limitadas durante a temporada regular, refletindo-se em médias de 1,7 pontos, 0,6 rebotes e 0,5 assistências em 13 jogos por Boston, com uma média de 4,3 minutos por partida. Apesar das poucas chances, seu desempenho na G-League sugere um potencial significativo para contribuir em níveis mais altos. Com o desenvolvimento contínuo e possíveis oportunidades futuras, Davison assinou ao final dessa temporada um contrato oficial como parte do elenco do Boston Celtics.
Classificação final: D = Foi ruim, mas já era esperado.
Drew Peterson


Na temporada 2024-2025, Peterson teve oportunidades limitadas com o elenco do Boston Celtics, acumulando médias de 2,7 pontos, 2,0 rebotes e 0,6 assistências em 7,7 minutos por jogo. No entanto, com ausências significativas de jogadores titulares, como Al Horford, Kristaps Porzingis, Sam Hauser e Jrue Holiday, Peterson teve a chance de atuar por períodos mais longos. Em uma vitória contra o Miami Heat, ele registrou sete pontos, sete rebotes e uma assistência em 26 minutos, acertando 2 de 5 arremessos de três pontos.
No Maine Celtics, afiliado da G-League, Peterson teve um desempenho notável, com médias de 16,1 pontos, 7,3 rebotes e 5,8 assistências em 34 jogos, contribuindo para a equipe alcançar as finais da competição.
Embora seu tempo de jogo na NBA tenha sido esporádico, Peterson demonstrou versatilidade e potencial, especialmente em momentos de necessidade devido a lesões. Sua capacidade de espaçar a quadra com arremessos de três pontos e sua evolução defensiva são aspectos positivos a serem considerados.
Classificação final: C- = Foi fraco, mas já não se esperava muito mesmo.
Miles Norris


Miles Norris, de 24 anos, ingressou no elenco do Boston Celtics em março de 2025 através de um contrato de mão dupla, após uma passagem produtiva pelo Memphis Hustle na G-League, onde obteve médias de 17,1 pontos, 5,5 rebotes e 1,5 assistências por jogo, com 39,5% de aproveitamento nos arremessos de três pontos. Antes disso, ele teve experiências com o College Park Skyhawks e o Çağdaş Bodrumspor na Turquia.
Norris jogou basquete universitário na UC Santa Barbara, destacando-se por sua versatilidade e habilidades ofensivas. No Celtics, espera-se que ele contribua com sua capacidade de espaçar a quadra e fornecer profundidade ao elenco, dividindo seu tempo entre o time principal e o Maine Celtics na G-League, mas o vimos em quadra apenas uma vez, por pouquíssimos minutos.
Classificação final: D- = Foi muito ruim.
Joe Mazzulla


Joe Mazzulla seguiu consolidando sua identidade como técnico principal do Boston Celtics na temporada 2024-2025, mostrando evolução tática e maior controle emocional à beira da quadra. Em sua terceira temporada no comando da equipe, ele reforçou a filosofia de jogo baseada em movimentação de bola, espaçamento e defesa física, além de se mostrar cada vez mais respeitado pelo elenco, que responde positivamente ao seu estilo direto e analítico. Seu perfil jovem e estudioso continua sendo um diferencial, especialmente em uma liga onde ajustes rápidos e leitura de jogo são cada vez mais valorizados.
Durante a temporada regular, Mazzulla conduziu o elenco do Boston Celtics a uma das melhores campanhas da liga. Com 61 vitórias e 21 derrotas, seu aproveitamento beira os 75%, colocando-o entre os técnicos mais bem-sucedidos da NBA na temporada. O time apresentou consistência tanto em casa quanto fora, mantendo um nível de intensidade admirável, mesmo com desfalques pontuais, como a recente entorse no tornozelo de Jayson Tatum. Mazzulla também foi elogiado por sua capacidade de administrar os minutos dos titulares e explorar melhor a profundidade do elenco, com bons minutos de jogadores como Sam Hauser, Payton Pritchard e Luke Kornet.
Um dos grandes avanços de Mazzulla em 2024-2025 foi seu desempenho em jogos equilibrados, uma crítica que recaía sobre ele nas temporadas anteriores. A equipe se tornou mais eficiente no clutch time, com jogadas bem desenhadas, melhor comunicação defensiva e escolhas de arremessos mais inteligentes. Além disso, sua relação com os líderes do elenco – Tatum, Brown e White – amadureceu, e isso se reflete na química da equipe e na maneira como o time lida com momentos de pressão.
No aspecto defensivo, Mazzulla também merece destaque. O Celtics tem uma das melhores defesas da temporada, tanto em pontos sofridos quanto em eficiência. Ele tem sido criativo nas formações defensivas, alternando marcação homem a homem com zonas pontuais, além de usar constantemente trocas automáticas e estratégias de contenção que tiram o ritmo ofensivo dos adversários. A flexibilidade do elenco, com jogadores versáteis como Derrick White, Jrue Holiday e Kristaps Porziņģis, permite a Mazzulla explorar essas variações com eficiência.
Com o desempenho atual e o retrospecto positivo ao longo da temporada, o Celtics chega como um dos favoritos ao título nos playoffs. Mazzulla, agora mais experiente e confiante, parece preparado para superar os desafios que não conseguiu ultrapassar em anos anteriores. Se conseguir manter o grupo saudável e continuar tomando boas decisões táticas sob pressão, ele tem tudo para conduzir o Boston ao tão sonhado 19º título da franquia – e, com isso, gravar de vez seu nome na história da equipe.
Classificação final: A = Foi ótimo, mas dava pra melhorar um pouquinho.
Brad Stevens


Brad Stevens, como presidente de operações do Celtics, teve uma atuação estratégica e decisiva na construção do elenco para a temporada 2024-2025. Após o sucesso na campanha anterior, que culminou no 18º título da franquia, Stevens não se acomodou. Em vez disso, reforçou ainda mais o elenco com movimentações pontuais que trouxeram profundidade e versatilidade ao time. A permanência de peças-chave como Derrick White e Jrue Holiday, combinada com a chegada de jogadores de apoio como Xavier Tillman e Torrey Craig, foi essencial para manter a competitividade e a identidade do time.
Um dos grandes méritos de Stevens nesta temporada foi o equilíbrio financeiro e técnico na montagem do elenco. Mesmo com contratos altos envolvendo Tatum, Brown e Porziņģis, ele conseguiu cercá-los com jogadores funcionais, mantendo um núcleo coeso sem comprometer a flexibilidade a longo prazo. A aposta em jogadores como Neemias Queta em contrato two-way e a adição recente de Miles Norris também mostram a habilidade de Stevens em encontrar valor fora dos holofotes, investindo no desenvolvimento interno com a ajuda do sistema do Maine Celtics.
Stevens também manteve uma relação sólida com Joe Mazzulla, dando ao treinador o respaldo necessário para tomar decisões táticas importantes e consolidar sua autoridade sobre o elenco. Essa sintonia entre front office e comissão técnica é um dos pilares do sucesso da equipe. O ambiente estável e bem estruturado criado por Stevens permite que o foco do time esteja totalmente voltado para o desempenho em quadra, sem ruídos nos bastidores – algo raro e extremamente valioso em uma organização que convive com altas expectativas.
O trabalho de Brad Stevens nesta temporada reforça sua imagem como um dos executivos mais competentes da NBA atual. Ele construiu um elenco profundo, experiente e com identidade clara, capaz de competir em alto nível e de se ajustar às exigências dos Playoffs. Caso o Celtics conquiste o 19º título, será não apenas uma conquista dos jogadores e da comissão técnica, mas também o reconhecimento de um planejamento meticuloso e de uma visão de longo prazo que Stevens vem cultivando desde que assumiu o cargo.
Classificação final: A+ = Foi incrível. Não dava pra ser melhor.
Conclusão
Diante de uma temporada em que a pressão pelo bicampeonato nunca saiu do horizonte, o Boston Celtics respondeu à altura com consistência, profundidade e uma clara evolução coletiva. Jayson Tatum e Jaylen Brown mais uma vez lideraram o time com talento e maturidade, enquanto Derrick White e Jrue Holiday assumiram papéis cruciais na organização e na defesa. Kristaps Porziņģis, quando saudável, ofereceu o elemento de imprevisibilidade ofensiva e proteção de aro que a equipe tanto buscava. Peças como Sam Hauser, Payton Pritchard e Luke Kornet trouxeram intensidade e confiança, provando que o sucesso vai além do estrelato.
A comissão técnica, sob o comando de Joe Mazzulla, mostrou progresso notável, com um plano de jogo mais refinado, leitura mais apurada dos momentos decisivos e uma gestão de grupo madura. Mazzulla, agora mais experiente, conseguiu extrair o melhor de seus atletas, fortalecendo tanto o sistema defensivo quanto a fluidez no ataque. Sua liderança foi essencial para manter a equipe centrada, especialmente nos momentos de adversidade durante a temporada.
Nos bastidores, Brad Stevens segue sendo a mente estratégica por trás da solidez da franquia. Suas decisões na montagem do elenco demonstram visão a longo prazo e habilidade em equilibrar estrelas com operários do jogo, criando uma rotação confiável e funcional. A sintonia entre diretoria, comissão técnica e jogadores foi um dos grandes trunfos do time, permitindo que o Boston Celtics mantivesse sua identidade vencedora sem abrir mão da inovação.
Assim, ao fim da temporada regular de 2024-2025, o Celtics se apresentou como uma equipe madura, bem construída e com a confiança de quem já sabe o caminho até o título. Resta agora transformar esse desempenho em legado, carregando a força coletiva do elenco, a visão técnica de Mazzulla e a arquitetura precisa de Stevens para mais uma jornada pelos Playoffs – onde a história da franquia pode ganhar seu tão esperado 19º capítulo.
Redação Celtics Brasil / Vicente Kresiak / Guido Ravagniani