Avaliação individual – Temporada 2022-23 (Novembro)

Mais um mês se passou e agora já temos uma amostra de jogos o suficiente para fazer uma análise mais sólida das atuações individuais.

Então acompanhe abaixo as avaliações e, por favor, deixe seu comentário, dizendo o que concorda e o que não concorda. Sua opinião nos interessa!


Jayson Tatum finalmente começou uma temporada jogando no mesmo nível que costuma jogar da metade para frente das temporadas regulares.

Mais do que isso, Tatum está jogando em um nível ainda não visto, sendo muito mais agressivo e às vezes até passional.

Aquele Tatum “morto em quadra”, que parecia não se importar com o resultado, não existe mais. O de hoje vibra, provoca, e responde contato com mais fisicalidade.

O ala celta hoje não briga mais para figurar no MVP race. Hoje ele é o favorito para ganhar o prêmio, já que Luka, seu principal rival, tem a péssima campanha do Mavs depondo contra si.


Jaylen Brown

A
Nota anterior: A

Brown é outro que começou a temporada com tudo, sendo atualmente o décimo maior artilheiro da liga.

Se em alguns anos anteriores foi injustiçado com não convocações para o All Star, hoje essa possibilidade não existe mais. Brown não só vai ser All Star, como brigará até o fim com Donovan Mitchell para ser titular do Leste.

Com mais de 26 pontos de média, Brown vem tendo até aqui sua maior pontuação em uma temporada, assim como o melhor aproveitamento em arremessos, melhor aproveitamento em lances livres, maior taxa de rebotes, e maior taxa de assistências. É evolução que não tem mais fim!


Malcolm Brogdon

A
Nota anterior: B

Uma pessoa mais desavisada, ao olhar as estatísticas de Brogdon em Boston, poderia dizer que ele piorou, afinal sua pontuação diminuiu, sua taxa de assistência diminuiu, seus rebotes diminuíram e seus minutos reduziram.

Entretanto, nada poderia ser mais mentiroso do que afirmar isso. A verdade é que provavelmente Brogdon está hoje jogando o seu melhor basquete desde que chegou à liga. A diferença é que hoje ele está em um time repleto de jogadores de qualidade, e com isso ele tem que dividir muito a bola e fazer papéis que lhe é designado.

Mas para esses papéis, Brogdon tem sido, no mínimo, brilhante!

Terceiro maior pontuador da equipe (atrás somente das estrelas Tatum e Brown), Brogdon tem sido o remédio para curar as secas ofensivas que o Celtics sofria nos anos anteriores quando os JayJay “esfriavam” ou não estavam em quadra.

Brogdon tem sido perfeito em equilibrar seu jogo entre auxiliar os Jays quando eles estão quentes, e chamar a responsabilidade quando preciso. Ainda é cedo para falarmos em prêmio de “sexto homem”, mas se continuar assim, o nome de Brogdon estará lá na disputa.


Derrick White

B
Nota anterior: C+

Em minha última análise, eu critiquei o fato de White ter deixado de ser o jogador sólido e estável que era no Spurs, para virar uma montanha russa em Boston, mesclando partidas nas quais parecia o melhor, ou segundo melhor da franquia, com partidas em que comprometia o time.

Bem, isso parece ter ficado para trás, e White finalmente conseguiu encontrar seu papel em Boston, se tornando aquele jogador confiável que vai fazer todo o trabalho sujo da equipe e ter um impacto muito grande que muitas vezes não é notado pelo torcedor mais casual.

White, não sempre, mas por muitas vezes, tem sido o defensor principal da equipe, superando até mesmo o atual Dpoy, Marcus Smart, enquanto no ataque tem ajudado a criar espaços para todo o time com muita movimentação e uma mão calibrada que vem convertendo 45% das bolas de 3.


Sam Hauser

B
Nota anterior: C+

Se a alguns meses atrás eu lhe dissesse que Hauser seria um jogador sólido de rotação em Boston, e que seria peça chave para vitória em muitos jogos, você provavelmente riria da minha cara, mas isso está acontecendo.

Hauser aproveitou como poucos as oportunidades dadas por Mazzulla, ao ponto de começar a roubar muitos dos minutos de Grant Williams.
Com 48,9% de aproveitamento nas bolas de 3, Hauser hoje o líder no fundamento na NBA (entre atletas que tenham arremessados no mínimo 90 bolas), estando a frente de Kevin Huerter (45,6%), Desmond Bane (45,1%) e Stephen Curry (44,1%).

Com a boa fase, parece que até alguns pontos que eram inexistentes em seu jogo, melhoraram. Sua defesa saiu de ridícula para bem regular, fazendo até com que ele deixe de ser um ponto a ser explorado pelos rivais, e seu passe e visão de quadra parece ter tido um ganho substancial também.

Se o fator passe e defesa vão se manter, teremos que esperar mais tempo para saber, mas a parte dos arremessos, essa não precisa esperar mais nada. Hauser já se provou ser um dos melhores arremessadores de toda a liga e isso não vai mudar.


Marcus Smart

B
Nota anterior: C-

Smart começou muito, MUITO MAL a temporada, tendo uma queda impressionante na defesa e um dos seus piores números no ataque.

Porém com o passar dos jogos, a ferrugem foi saindo e o armador celta foi voltando aos seus melhores dias.

Nas 10 últimas partidas teve aproveitamento de 51,4% nos arremessos, sendo incríveis 48,6% na linha dos 3.

Não fosse o péssimo começo de temporada, e Smart estaria com uma nota maior aqui. Quem sabe na próxima!


Al Horford

B-
Nota anterior: C
Al Horford

Horford é outro que assim como Smart, começou muito mal a temporada e foi encontrando seu jogo com o passar das partidas.

Com 36 anos de idade e tendo que cuidar quase que sozinho da defesa de garrafão, Horford tem sofrido bastante quando o Celtics enfrenta equipes altas e que jogam perto da área pintada, como Bulls e Cavs, mas visto as dificuldades do elenco no setor, temos que maneirar nossas exigências e ajustarmos as expectativas à realidade.

Horford jogando de pivô não tem sido o defensor que foi no ano passado jogando de ala, mas ao menos deixou de lado a péssima defesa do começo de temporada para se tornar um defensor sólido novamente, principalmente quando tem ajuda de Kornet.

No ataque, a mão do dominicano está afiada, assim como de toda a equipe, tendo seu melhor aproveitamento em arremessos dos últimos 10 anos, e seu melhor aproveitamento de bola de 3 em toda sua carreira.


Luke Kornet

B-
Nota anterior: C-

Se há meses atrás você não acreditaria que Hauser seria uma peça importante no elenco, garanto que com Kornet não seria diferente.

Se no ataque seu jogo ainda é muito básico e pouco possa ajudar a equipe, na defesa Kornet vem brilhando em muitas partidas.

Até o seu famoso pulo para impedir a visão do aro em arremessadores feitos a metros de distância, que antes eram motivos de piada, hoje tem se mostrado extremamente eficiente, relegando os rivais a um aproveitamento inferior a 25% nesses arremessos, o que até então era totalmente impensável de ser possível.

Embaixo do aro, sua altura e envergadura são um obstáculo natural que intimida qualquer atleta que se aventure a enfrentá-lo.

Ainda estou incrédulo, mas sim, Kornet é no momento uma nota “B-“. Incrível!


Grant Williams

C
Nota anterior: B-
Grant Williams

Enquanto a maioria do time começou a temporada jogando abaixo e depois melhorou, Grant fez o caminho contrário.

Após um bom início de temporada, com aproveitamento excelente nos arremessos, Grant foi progressivamente caindo de rendimento, ao ponto de começar a perder minutos para outros companheiros.

É difícil entender o que se passa, mas tem horas que parece que Grand está com a mente em outro lugar. Aquele jogador cheio de energia e raça de outrora, as vezes parece não existir mais, dando espaço a um atleta extremamente relapso na defesa, lento, e que mais se preocupa em reclamar com a arbitragem do que em fazer o seu jogo.

Seu aproveitamento nos arremessos ainda é excelente, mas todo o resto decaiu demais e sua presença em quadra tem criado momentos de pânico à defesa celta.

Esperamos que isso não tenha relação com sua renovação de contrato e que seja apenas uma fase ruim.


Payton Pritchard

C-
Nota anterior: D
Payton Pritchar

Pritchard não apenas começou mal a temporada, ele começou sendo talvez o pior jogador do elenco.

Sua ausência total de defesa, afobação com a bola na mão e 28% de aproveitamento nos arremessos o creditavam a ser disponibilizado para trocas quando a “deadline” chegasse. Mas assim como vários companheiros, o armador melhorou e correspondeu exatamente quando o time precisava dele, sendo inclusive um dos maiores responsáveis por dar sangue novo e criar uma reação em duas partidas que se caminhavam para um final ruim para Boston.

A amostra de partidas boas, porém, ainda é pequena e não qualificam Pritchard a ter uma nota maior. Quem sabe na próxima.


Blake Griffin

D+
Nota anterior: D

Griffin chegou ao Celtics completamente sem condições físicas, isso era claro!

Contratado em cima da hora, as vésperas do início da temporada e sem fazer pré-temporada, o atleta se mostrou extremamente lento e sem confiança no início.

Pra ajudar, ou melhor, pra piorar, ainda foi lhe dado o papel de ser pivô em Boston, algo que ele nunca foi na vida. E com isso, seu desempenho não poderia ser diferente do que acabou sendo. um desastre.

Mas Griffin e Mazzulla pareciam saber disso e não se importaram. A ideia era colocar o atleta em forma jogando, e com isso lhe acostumando ao novo papel.

Claro que o espaço para fazer isso é pequeno em um time que joga sempre para vencer, mas aos poucos é visível que Griffin vem melhorando e pode se tornar uma opção um pouco mais confiável para substituir jogadores de garrafão lesionados durante a temporada.


Noah Vonleh

D-
Nota anterior: D

A passagem de Vonleh por Boston tem sido um desastre até aqui. Titular no terceiro jogo da temporada, hoje o Pivô é “garbage” e só não está atrás de Justin Jackson na rotação da equipe.

Faltam recursos no ataque, falta serenidade na defesa, falta inteligência no posicionamento.


Joe Mazzulla

A
Nota anterior: C+

A essa altura, é praticamente impossível dar para Mazzulla uma nota que não seja A.
Mazzulla pegou uma das maiores frias que já se viu na história da liga, tendo que ser o treinador mais jovem da história, herdando um time em crise, em cima da hora, sem tempo de se preparar e com uma pressão enorme por parte da torcida e da mídia.
Mazzulla literalmente teve que aprender a fazer o trabalho dentro de quadra e tudo isso lidando com um problema que Udoka não tinha, que é o buraco no garrafão defensivo causado pela troca de Theis e lesão de Robert Williams.
Ter uma defesa como outrora parecia impossível com esse “rombo” (e realmente é), então a solução foi focar no ataque. E meus amigos, que ataque é esse que Mazzulla conseguiu montar em tão pouco tempo?

  • O Celtics é no momento a maior eficiência ofensiva da história de toda a NBA!
  • É o primeiro time a fazer 2500 pontos ainda no mês de novembro.
  • É o melhor aproveitamento de 3pts da liga
  • É o terceiro time com menos turnovers da liga (o que era o terror do ano passado)
  • É o sexto time com mais assistência

Além disso, Mazzulla literalmente transformou jogadores que eram garbage na mão de Udoka em atletas muito relevantes para o resultado em quadra, como Hauser e Kornet.
No fim das contas, até a defesa, que no começo da temporada era a segunda pior da liga, se acertou e hoje é a 14ª, sendo a 6ª se levarmos em conta apenas as 10 últimas partidas.
Se existiam dúvidas sobre a capacidade de Mazzulla treinar esse time, creio que não existam mais. Os jogadores já afirmaram estarem fechados com ele e adorando seu trabalho, e os resultados em sí já falam por nós.

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Respostas de 7

    1. Maior Bola fora ter dispensado o Bol Bol. Poderia ter deixado lá se recuperando, melhor donqie ter Justin Jackson no elenco.

    2. Zero remorso. Não caio na pilha de stats de jogadores atuando em times ruins.
      No magic ele tá jogando quase 30 minutos por jogo.
      Sabe quando ele teria essa minutagem em Boston? NUNCA
      E se tivesse, ainda receberia, muito, muitooooo menos bola tendo Tatum, Brown, Brogdon e cia ao seu lado.

  1. As bolas de 3 caindo desse jeito, e pensar que ainda teriamos o Gallinari pra essa temporada. O time tem mais recursos técnicos do que nas temporadas passadas, e que venha o #18

  2. O time ainda tem (e vai continuar tendo) períodos de instabilidade. Normal. A NBA é bem disputada na ponta da tabela, que é o lugar deste time.

    Estou otimista.

  3. De lá pra cá. Hauser só piora no arremesso de 3, e como ele só tem isso no jogo dele, finalmente vem perdendo minutos pra PP, que melhorou no aproveitamento e é melhor por muito em tudo que Hauser, quem dera o mlk tivesse a altura do bagre loiro.

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