Análise | Celtics x Wizards – 30/10/2023

Na terceira partida da temporada, um verdadeiro amasso!

O Boston Celtics não tomou conhecimento do Washington Wizards, em partida que terminou em 126 x 107 para a equipe comandada por Joe Mazzulla, na Capital One Arena, em Washington. Destaque para a dupla dinâmica Jaylen Brown e Jayson Tatum, que combinaram para 69 pontos. Essa foi a segunda vez consecutiva que o Celtics iniciou a temporada com um recorde de 3-0. 

Vamos ao jogo!

PRIMEIRO QUARTO

Tatum e Brown começaram o jogo explorando bem as infiltrações e assim o Celtics começou cravando 4 de 5 jogadas, todas executadas dentro do garrafão. A sequência só foi interrompida por Jrue Holiday e Jaylen Brown, que arremessaram duas bolas de três, que deram ao Celtics uma vantagem muito rápida e uma run de 13-5.

Porzingis começou o jogo de forma bastante explosiva, explorando o pick’n roll e procurando o mismatch, obtendo sucesso na pressão ao garrafão pra cima de Kyle Kuzma e Jordan Poole. O forte jogo do Celtics obrigou os jogadores do Wizards a chutar de média e longa distância, com péssimo aproveitamento, acertando apenas 28.6% em arremessos de quadra. A intensidade do Celtics forçou também três turnovers para o Wizards com apenas 3:30 jogados.

A equipe de Washington encontrou muita dificuldade com a defesa do Celtics, que limitou fortemente a ação no garrafão com a presença de Porzingis e Tatum mais recuados, permitindo menos espaços e forçando o chute de fora.

O excelente posicionamento de Derrick White se fez impressionante como de costume, em interceptação espetacular que ocasionou o quarto turnover dos Wizards e estabeleceu mais uma run do Celtics, 11-4 dessa vez. Detalhe, tudo isso com 6:42 jogados. 

Horford apareceu bem vindo do banco, e em suas primeiras ações, pegou um rebote ofensivo e deu uma assistência para Kristaps Porzingis. O veterano vem mostrando cada vez mais o seu valor como 6° homem, deixando a vaidade de lado e sendo absolutamente útil quando requisitado. 

Porzingis precisou ser substituído, após ter cometido sua segunda falta ainda no primeiro quarto. Em jogos como esse, pela dominância e pela distância no placar, talvez possa passar batido, mas em jogos mais importantes não isso não pode acontecer. É algo para Joe Mazzulla e sua equipe técnica avaliarem com bastante atenção para o decorrer da temporada. O mesmo problema ocorreu na partida anterior, contra o Miami Heat, onde KP foi expulso do jogo no 4° quarto, após estouro do número de faltas. 

Jaylen Brown continuou com seu show e acumulou mais duas cestas de longa distância consecutivas, continuando com 100% FG em quatro tentativas para três., totalizando 16 pontos. Porzingis com 10 foi o outro jogador a pontuar acima dos dois dígitos, num primeiro quarto em que o Celtics conseguiu marcar 42 pontos, contra 19 pontos dos Wizards.

Curiosidade: esse foi apenas o 10° jogo na história da franquia com mais de 42 pontos no primeiro quarto.

SEGUNDO QUARTO

BIG THREE?

O Boston Celtics seguiu avassalador, com Tatum, Brown e Porzingis literalmente amassando sozinhos o Washington Wizards, com aproveitamento conjunto de 69.3% FG.

Horford seguiu fazendo a diferença, acumulando 8 pontos, dois roubos de bola e quatro rebotes (sendo dois ofensivos) em apenas 11:20 jogados, trazendo à quadra a intensidade que estava faltando para alguém vindo do nosso banco.

A equipe conseguiu uma vantagem enorme nos rebotes 30 x 12, demonstrando uma dominância no garrafão que pode ter deixado os mais céticos em relação à eficiência de Porzingis e Al Horford com a pulga atrás da orelha. 

Brown continuou com tudo e marcou mais uma bola de três pontos, acumulando um total de cinco chutes de três pontos em apenas sete tentativas.Deu aquela impressão de que o Celtics conseguiria marcar quantos pontos quisesse e da forma que quisesse. Wizarda na lona.

Em apenas 20 minutos jogados, os titulares do Celtics combinaram para 57 pontos de 68 pontos totais e acumularam o maior average de pontos da NBA, com 103.5 pontos por jogo.

Jaylen “El Fuego” Brown conseguiu superar seu recorde anterior de mais cestas de longa distância na primeira metade de uma partida, com sete bolas de três (superando as seis contra o Magic em 2022). 

Foi um final de segundo quarto aterrorizante para a equipe da capital, que levou em casa uma surra de 77 x 51.

TERCEIRO QUARTO

O Celtics começou o quarto novamente forçando os arremessos de longa distância do Wizards, que seguiram sem cair. A equipe de Washington penou com apenas 35% de aproveitamento.

Brown continuou seu massacre e logo no começo do quarto guardou mais uma cesta de longa distância (8/11) acumulando 32 pontos e 6 rebotes em 22 minutos jogados e aumentando a liderança para 84 x 51.

O Celtics liderou bem nos pontos em transição (19 x 9), porém, para variar, encontrou dificuldades no terceiro quarto e acumulou 3 turnovers somente nos 4:30 minutos iniciais.

Apesar dos erros em sequência, Boston conseguiu manter seu jogo defensivo, tendo bastante sucesso nas interceptações e “hand checks”, forçando 13 turnovers contra os Wizards no jogo até então.

O destaque do terceiro quarto ficou por conta de Jayson Tatum, que anotou 17 pontos em 87% de aproveitamento, obtendo muito sucesso em sua busca por um marcador mais baixo e explorando perfeitamente o espaçamento da quadra. Além da boa pontuação, Brown pareceu bem ligado no jogo defensivo, com dois roubos de bola rápidos nos minutos finais.

ÚLTIMO QUARTO

O jogo já estava fechado e obviamente Joe Mazzulla optou por priorizar as ações dos bancários,que obtiveram uma produção razoável no último quarto. Sam Hauser com 8 pontos e Lamar Stevens com 5 foram os maiores pontuadores da equipe no 4° período, porém, com baixa eficiência e aproveitamento combinado de 60%.

Por conta do placar elástico, não tivemos tantas ações na partida, que acabou servindo mais para testar as rotações, fazer ajustes aqui e ali, e claro, dar mais oportunidades para alguns jogadores tentarem provar seu valor. 

Um problema nítido do nosso banco foi a falta de controle de bola e de bom senso nas decisões em quadra, que serviram para somar 8 turnovers apenas no último quarto, em comparação com apenas 2 turnovers dos Wizards.

Hauser entrou determinado a chutar para longa distância, porém não encontrou sucesso nos minutos jogados, acertando apenas 2 cestas de longa distância em 8 tentativas, aproveitamento de apenas 25%.

Ficou claro que o banco do Celtics precisa se desenvolver mais, especialmente no sentido de como aplicar as suas características ao que o jogo pede, além de saber aplicar uma pressão mais efetiva nos momentos defensivos. Tal descuido resultou em derrota no último quarto por 32 x 18, uma diferença negativa de 14 pontos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Boston Celtics demonstrou bastante potência nessa partida, mantendo a pressão durante os três primeiros quartos e estabelecendo o seu jogo de forte marcação, transição em velocidade e sucesso nos arremessos de quadra. Mazzulla conseguiu deixar o time motivado, principalmente com um timeout na metade do terceiro quarto, que exigiu dos titulares uma pressão em toda a quadra, que surpreendeu inclusive os Wizards, que nada puderam fazer a não ser tentar se manter no jogo. 

Mesmo com a mão fria do Prichard em arremessos de quadra (0/8) e pouquíssima ação de Brisset (0/4), os reservas do Celtics ainda assim conseguiram bater de frente com os titulares dos Wizards e rodar bem a bola para seus companheiros.

Kristaps Porzingis, com uma performance de apenas 15 pontos, porém extremamente eficiente, fechou a partida com um aproveitamento de 78%.

Em resumo, o jogo foi decidido antes mesmo do fim do primeiro quarto, graças aos titulares que desde o início demonstraram todo o seu potencial ofensivo, finalizando o confronto com 100 pontos de 126 totais.

Números individuais:

Jaylen Brown | 36 PTS | 6 REB | 3 STL

Jayson Tatum | 33 PTS | 6 REB | 3 AST

Kristaps Porzingis | 15 PTS | 6 REB | 78% FG

Derrick White | 5 PTS | 8 AST | 2 STL

Jrue Holiday | 11 PTS | 5 REB | 3 AST

Al Horford | 8 PTS | 5 REB | 2 BLK

Sam Hauser | 8 PTS | 8 REB

Payton Prichard | 0 PTS | 7 REB | 6 AST


Nota de pesar: sobre o “duelo” entre Jayson Tatum e Kyle Kuzma, sempre ‘forçado’ pela mídia, melhor nem comentar. Projeção baseada em clubismo de Lakerzete só serve para iludir Lakerzete e para a nossa alegria. 

Por Giovanni Sillas | Colaboração de Vicente Kresiak

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Uma resposta

  1. Foi uma partida muito boa, com bastante ação do celtics, gostei de ver o time em ataque constante e fechando mto o paint.
    mto bom saber oq aconteceu quarto por quarto, sempre perco algo haha

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