Muitas pessoas criticam Kornet, mas a verdade é que ele foi jogado em uma situação difícil por Brad Stevens nesta temporada.
Com a troca de Daniel Theis e a lesão de Robert Williams, Kornet iniciou a temporada como o único pivô de origem no elenco. Isso fez com que seu papel inicial de ser a terceira opção no setor fosse instantaneamente alterado para a primeira opção.
Isso teve consequências negativas tanto para ele quanto para a equipe. Luke, de repente, saiu do banco para enfrentar os melhores jogadores da NBA, com uma grande pressão por resultados e a responsabilidade de manter a equipe com a melhor defesa da liga.
Como todos sabemos, isso não aconteceu. Mesmo se esforçando muito, a carga foi grande demais para o atleta que, embora tenha feito boas partidas no início da temporada, foi perdendo espaço na rotação pouco a pouco.
Luke é um excelente protetor de aro. Com 7.2ft (2,18m) de altura e envergadura, ele sequer precisa pular para contestar e dificultar a finalização de qualquer jogador que ouse infiltrar no garrafão dos Celtics.
A questão é que não existem jogadores desavisados na NBA. Todos conhecem os defeitos e qualidades de qualquer jogador de uma equipe contender como o Celtics, de modo que a opção tática rival sempre será exigir que Kornet se mova para fora do garrafão. E é aí, meus amigos, que Kornet se torna quase que inútil em quadra.
Sem explosão e velocidade para tal, é comum o surgimento de vários buracos na marcação de perímetro quando o pivô está em quadra.
Mas como dito no início do texto, eu não o culpo. Kornet é um “jogador de papel”, ou seja, ele é uma opção que deve ser utilizada no banco para momentos em que o garrafão esteja sendo muito explorado. O erro é de quem falhou nas contratações de peças acima dele, para que ele pudesse exercer o papel que lhe é mais adequado.