O Boston Celtics encerrou, na noite desta terça-feira (26), um jejum de quatro jogos sem vitórias na temporada 2018/2019 da NBA e garantiu a classificação para os playoffs da Conferência Leste pela décima vez nos últimos 11 anos. Diante do Cleveland Cavaliers, que ocupa a vice-lanterna do Leste e não tem mais chances de avançar à pós-temporada, o time verde e branco de Massachusetts não fez uma atuação brilhante, mas impôs o seu ritmo na maior parte do confronto, teve personalidade nos momentos em que a equipe de Ohio encostou no placar e garantiu o triunfo por 116 a 106 em plena Quicken Loans Arena. Foi a quarta vitória consecutiva do Celtics sobre o Cavaliers nesta edição da liga.
Sem Kyrie Irving, poupado, e com um garrafão formado por Al Horford e Aron Baynes, o Boston Celtics contou com 14 pontos de Jayson Tatum no primeiro quarto e abriu vantagem diante do Cleveland Cavaliers. No período seguinte, Collin Sexton comandou uma reação dos donos da casa, mas Tatum, contando com o auxílio de Gordon Hayward, manteve Boston com seis pontos de vantagem para o intervalo.
No terceiro quarto, o Cleveland Cavaliers insistiu nas jogadas com Collin Sexton, que até fez a sua parte, só que não foi o suficiente para frear o bom momento do Boston Celtics: com Marcus Smart e Marcus Morris precisos nos arremessos, o Alviverde manteve a liderança sem maiores dificuldades. Nos 12 minutos finais, Cleveland concentrou seu ataque no garrafão, buscou o empate e deu a impressão de que dificultaria a vida do Celtics, mas a franquia de Massachusetts, apostando nos arremessos de Smart e na experiência de Horford, confirmou a vitória fora de casa.
Desfalques na derrota contra o San Antonio Spurs, o ala Jayson Tatum e o pivô Al Horford fizeram a diferença para o Boston Celtics em Cleveland. Enquanto Tatum anotou 21 pontos e pegou cinco rebotes, Horford contribuiu com 19 pontos, oito rebotes e cinco assistências. O armador Marcus Smart, assim como Tatum, encerrou o jogo com 21 pontos, enquanto o ala Gordon Hayward saiu do banco de reservas para marcar 15 pontos.
Pelo lado do Cleveland Cavaliers, quem chamou a atenção foi o armador calouro Collin Sexton, que deu trabalho ao perímetro celta e encerrou o jogo como cestinha de sua equipe, com 24 pontos. O armador Jordan Clarkson, que iniciou o duelo contra o Celtics na rotação, fez 18 pontos e distribuiu cinco assistências, enquanto o ala turco Cedi Osman anotou 15 pontos. Único remanescente do “Big Three” campeão da liga pelo Cavaliers em 2016, o ala-pivô Kevin Love fez um duplo-duplo: 10 pontos e 11 rebotes.
Mesmo com a vitória fora de casa, o Boston Celtics permanece na quinta colocação da Conferência Leste, com 44 triunfos em 75 partidas e 58,7% de aproveitamento. No momento, a diferença do Alviverde para o Indiana Pacers, dono do quarto lugar do Leste, é de 1,5 jogos. Já o Cleveland Cavaliers, com apenas 19 vitórias em 75 duelos e 25,3% de aproveitamento, continua na penúltima posição do Leste e com a terceira pior campanha da temporada.
Agora, a equipe do Boston Celtics terá dois dias de descanso e preparação para um confronto direto pela quarta posição da Conferência Leste, diante do Indiana Pacers. O Alviverde encara a franquia de Indianapolis nesta sexta-feira (29), a partir das 20h, no TD Garden. Antes disso, nesta quinta-feira (28), o Cleveland Cavaliers visita o San Antonio Spurs no AT&T Center.
Sumário
ToggleDestaques do Cavaliers
Collin Sexton (24 pontos e três assistências)
Jordan Clarkson (18 pontos e cinco assistências)
Cedi Osman (15 pontos e sete rebotes)
Kevin Love (10 pontos e 11 rebotes / duplo-duplo)
Destaques do Celtics
Marcus Smart (21 pontos e seis rebotes)
Jayson Tatum (21 pontos e cinco rebotes)
Al Horford (19 pontos, oito rebotes e cinco assistências)
Gordon Hayward (15 pontos e quatro rebotes)
Melhores Momentos
https://www.youtube.com/watch?v=-FvWM5Ax6nc
Respostas de 7
Vou replicar o comentário do Gustavo Rangel:
“Celtics está 11-2 sem o Irving. Isso pode ser tudo, menos uma coincidência”.
ÓBVIO que não.
Como o título já tem dono, deveríamos afastar o Irving…e ver o quanto Brown e Rozier merecem na renovação
Melhor ler isso que ser cego, diria um.
E o entusiasmo depois de ganhar do Cavs.
Abs verdes
Marcos, você é um dos que produz comentários mais lúcidos aqui no blog. E, assim como eu, é fã do Irving. Acontece que não deu liga. Simplesmente não deu. Além do fato dele, apesar de ser uma liderança técnica, do ponto de vista moral/companheirismo se mostrou péssimo (após cada entrevista dele, no próximo jogo o time afunda).
Eu apostaria no Rozier e no Brown para ver quanto eles merecem na renovação. Com a evolução deles, do Tatum, com o Gordon voltando a sua forma física de antes da lesão e com mais um max contract, seremos mas competitivos ano que vem.
Vida que segue.
Marcelo, pq o Irving tem que ser líder?
Isso é perfil de jogador, quando ele estiver abaixo de 33%fg tem que botar para fora do time.
O Irving tem melhores fg% da carreira.
Quem manda no padrão do time é o técnico, minha opinião.
Olá, Marcos! Discordo veementemente do seu comentário, usando como base argumentativa dois jogos contra o Hornets: o que perdemos recentemente, e o outro no dia 30 de janeiro.
Esse é o link do boxscore https://www.basketball-reference.com/boxscores/201901300BOS.html com todos os créditos ao excelente trabalho do Basketball Reference. Os dois jogos foram em momentos similares, nos quais a equipe precisava dar uma resposta aos céticos e reticentes quanto o desempenho apresentado em quadra. A única diferença é a ausência do nosso camisa #11. Adivinha em qual jogo o Celtics foi soberano?
Observe a distribuição do volume de jogo, assista os highlights e veja como houve consistência defensiva e solidariedade nos aspectos coletivos do jogo, como as transições foram executadas. Note como a marcação de perímetro funcionou. limitando o Hornets a 32% de aproveitamento da linha de 3 pontos. Perceba as estatísticas avançadas, analise o plus-minus do time. Não só desse jogo, mas de outros nos quais jogamos sem o Irving.
Eu vou responsabilizar 3 fatores como culpados pelo momento que a equipe vive:
1 – Passividade e declínio de Brad Stevens como técnico de basquete, isso inclui administração de elenco.
2 – Comportamento presunçoso e inconsequente de Irving, assumindo uma posição a qual ele é incapaz de exercer: Líder!
3 – Elenco extremamente confiante, deixando de lado a execução de fundamentos básicos e esquecendo da solidariedade na execução quando Irving dita as ações ofensivas. Isso tem dedo do técnico também!
O Irving é um excelente talento, um jogador incrível e um talento nato e único. Ele experimentou ser jogador coadjuvante no Cavs, experimentou ser parte de um sistema, ano passado, e experimentou carregar o piano sozinho. O Irving que carrega o piano sozinho não é interessante pro Celtics.
E, infelizmente, aquele Irving que jogava num sistema e que se sobressaia quando era realmente necessário e nos momentos clutchs somente, foi embora de Boston. Foi embora, assim como esse Irving que você está vendo hoje provavelmente irá. Ficaria muito surpreso se ele ficasse no Celtics, e com isso já subentendo que seja melhor pra ele ser O Cara num time mediano da liga, e que seja melhor pro Celtics a ausência dele.
[]s Verdes!!
Grande Marcelo! Obrigado pela menção, estou extremamente lisonjeado! Concordo em partes com vc, e vou expor isso abaixo.
1 – Afastar o Irving seria um tanto quanto “kamikaze” da parte do Celtics, pois abriria um leque enorme de possibilidades e transformaria nossa situação na liga e na free agency numa das maiores incógnitas. Me sinto um tanto quanto seduzido na possibilidade de juntar Irving e Davis num quinteto, ainda mais aqui no nosso quintal.
2 – Isso seria um tiro no pé, levando em conta que em playoffs tudo pode acontecer. Apesar de toda a incerteza acerca da nossa equipe, ainda temos alguma chance de chegar numa hipotética final de conferência. Isso levantaria muito a moral da equipe e garantiria uma off season bem mais plena e tranquila, visando a recuperação do Hayward e provável manutenção de algumas peças importantes no elenco.
Apesar de ser um simpatizante do estilo de jogo do Rozier, eu não tenho certeza se ele seria um starter ideal na posição 1. Acho que ele ainda peca em algumas decisões e força algumas bolas desnecessárias, sem levar em conta os playoffs do ano passado. Mas, minha constatação quanto ao desempenho do time sem o Irving é, primeiramente pontual, além de alarmante. O time nitidamente está jogando um basquete mais solidário e eficiente com a ausência dele. É só assistir alguns highlights e somente.
[]s Verdes!!
Gostei de ver o Horford na 4 e Baynes na 5.
Péssimo aproveitamento do Morris, vêm em queda livre faz tempo.
Mais um bom jogo de Hayward, se manter a regularidade nos offs estamos feitos.
Sim o cavs não é parâmetro, mais esses caras tem q ganhar não importa de quem (não pela tabela e sim pela confiança).
Mais alguém prefere ver mata-mata da NCAA do q regular season da NBA?