Dando prosseguimento ao especial realizado pelo Celtics Brasil, hoje é minha vez de brincar no ”Basketball Manager” e dar palpites sobre a próxima offseason do Celtics, que promete ser bastante ativa, seja via Draft, seja via free agency (ou até mesmo através de trocas).
Sumário
Toggle– Draft:
Bom, para podermos imaginar qual a melhor escolha para o Celtics, no 2015 NBA Draft, precisamos trabalhar com, no mínimo, 3 cenários.
Cenário 1:
O Celtics desiste de lutar pelos Playoffs, nessa temporada, e parte em busca de melhores chances na loteria do próximo recrutamento. Hoje, o maior campeão da NBA possui a 10ª pior campanha da temporada, o que lhe dá 1.1% de probabilidade de ser agraciado com a primeira escolha e 1.6% de ficar no top 3 das picks.
Cenário pouco animador, de fato. No entanto, o Orlando Magic (franquia com o quinto pior aproveitamento da temporada, até o dia 03/03), possui míseras 5 vitórias a menos que o Celtics. Ou seja, o Celtics encontra-se em uma escolha de Sofia: próximo dos Playoffs, mas também está perto de ter a 5ª pior campanha da NBA, o que lhe daria 10.3% de chances de ficar com a primeira escolha e 12% de ficar no top 3.
O calendário de jogos, do Celtics, no corrente mês é bem hostil, assim como os jogos restantes em Abril. Portanto, o tank não pode ser descartado, tampouco criticado nesse cenário.
Caso o Celtics fique com uma escolha top, eu não teria dúvidas: iria atrás do pivô dominicano Karl Anthony Towns, calouro da Universidade de Kentucky. Inclusive, prefiro ele ao elogiadíssimo Jahlil Okafor. Towns é conhecido por seu bom desempenho nos 2 lados da quadra e é um pivô atlético e técnico. Okafor, por sua vez, chama atenção por seu arsenal ofensivo, mas seu atleticismo e defesa geram preocupações.
Cenário 2:
Caso a pick celta fique entre 5-10 (o que é o mais provável), eu desistiria de draftar um pivô e iria atrás do ala Stanley Johnson, da Universidade do Arizona. Johnson é o segundo atleta mais novo desse recrutamento e uma coisa é certa: é o jogador mais agressivo dessa classe de 2015.
Johnson ataca o aro como poucos, busca o contato e isso o garante muitos FT’s. Seu atleticismo impressiona, assim como sua defesa, que é digna de dar inveja a muitos atletas da NBA. Johnson precisa ter seu jogo ofensivo polido, mas o garoto do Arizona é elogiado por ser hard-worker e, portanto, seu potencial de crescimento é enorme.
Outra boa credencial para o ala, é que o mesmo foi eleito o MVP do 2014 FIBA U18 Americas, espécie de campeonato entre os países das Américas, até 18 anos.
Cenário 3:
Por fim, no pior dos cenários (quanto à posição de Draft), é se o Celtics insistir em lutar pelos Playoffs e conseguir ir pra pós-temporada ou morrer à beira da praia: isso não vai dar nem Playoffs nem boa escolha no recrutamento.
Então, se o Celtics ficar com uma escolha 10-15, eu, novamente, não teria dúvidas: negociaria as 2 picks (Celtics e Clippers) e tentaria subir no recrutamento, para escolher Towns ou Johnson. Se fosse necessário para recrutar 1 dos 2 prospectos supramencionados, também cogitaria arcar com a vinda de jogador como contrapeso nessa negociação.
No entanto, caso negociações não sejam necessárias, e o Celtics utilize ambas as escolhas do próximo Draft (o que acho pouco provável), eu recrutaria Cliff Alexander com a pick do Clippers. Alexander é calouro, da Universidade de Kansas. Apesar de baixo para sua posição (PF/C) – Alexander é 6’9” -, o garoto vem chamando atenção dos olheiros nos últimos meses. Para uma escolha de fim de round, é uma boa aposta.
– Free Agency:
A free agency de 2015 reservas grandes nomes da NBA, como Marc Gasol, LaMarcus Aldridge, Kawhi Leonard e Jimmy Butler (os 2 últimos são restritos).
Eu, confesso, não estou muito entusiasmado com a próxima free agency. Não pela qualidade dos nomes, mas por achar pouco provável que os citados abandonem suas atuais equipes. É certo que Spurs e Bulls veem em Leonard e Butler, respectivamente, peças-chave para seus futuros e cobrirão, fatalmente, as oportunidades que surgirem.
Marc Gasol e LaMarcus Aldridge, por sua vez, são, discutivelmente, os melhores jogadores de suas respectivas posições, atualmente, na NBA. Fora isso, vestem as camisas do Memphis Grizzlies e do Portland Trail Blazers há, 7 e 9 anos, respectivamente. Não obstante, Grizzlies e Blazers são 2 das franquias que terão maior espaço, na folha salarial, que o Celtics para a próxima offseason. Por fim, Grizzlies e Blazers já são equipes candidatas ao título e experientes em Playoffs. Assim, até para o mais otimista celta, fica difícil crer nas saídas de Gasol e Aldridge, das equipes nas quais são ídolos.
Assim como Danny Ainge, acredito que uma troca ou aquisição (ainda mais de grande porte), só deve ser realizada quando houver plena convicção que o Celtics sairá ganhando. Não podemos gastar porque temos muito cap space. Afobação e rebuilding são uma péssima combinação.
Portanto, o nome que mais me agrada é do pivô DeAndre Jordan. Ele é um primor de técnica? Não. No entanto, Jordan, com seu jogo bruto, é sempre candidato ao prêmio de defensor do ano, lidera a NBA em FG% (está entre os melhores da história), bem como lidera em rebotes e é o segundo no ranking de tocos.
Claro, seu FG é altíssimo porque só pontua através de enterradas e jogadas semelhantes. Entretanto, é eficiente no jogo que se propõe a fazer.
A NBA vive uma era escassa de grandes pivôs, então quem tem DeAndre Jordan, tem muito. Um pivô atlético, defensivo e eficiente no ataque. A posição de pivô já é inflacionada por natureza, então não me incomodaria de oferecer um contrato bem generoso a Jordan para tirá-lo de Los Angeles. Não se esqueçam que o cap space da NBA aumentará, consideravelmente, em 2016/2017. Ou seja, seu salário impactaria menos no novo teto salarial que está porvir.
Ah! Assim como todo bom e verdadeiro celta, sou fã de Paul Pierce e sonho com seu retorno a Boston. No entanto, não creio que o eterno camisa 34 de Boston vá sair de Washington na próxima temporada. Pierce tem uma Player Option para 15/16 e acredito que a exercerá, até porque não será sua última temporada e o Celtics estará, se tudo der certo, no seu último ano de rebuilding ou no primeiro ano como time a frequentar os Playoffs, ainda que como coadjuvante.
Destarte, Paul Pierce terá mais chances de sucesso, na próxima temporada, caso permaneça na equipe da capital norte-americana, que só evolui com John Wall, Bradley Beal e cia. Seria uma decisão inteligente e compreensível do The Truth.
– Trocas:
Bom, aqui o campo de imaginação é vasto, já que vamos trabalhar com base em preferências e hipóteses.
O Boston Celtics possui, depois de diversas negociações ao longo dos últimos 12 meses, um valor acumulado de US$ 25.609.897,00 em exceções comerciais. Isso é extraordinário. No entanto, como nem tudo é perfeito, esse montante não pode ser utilizado em apenas uma única negociação, já que essa quantia é a soma das trade exceptions que o Celtics possui devido às trocas de 8 jogadores ( Kris Humphries; Jameer Nelson; Dwight Powell; Tayshaun Prince; Austin Rivers; Rajon Rondo; Marcus Thornton; e Brandan Wright). Assim, devido às regras e aos limites impostos pela NBA, o Celtics não pode, simplesmente, unir as exceções comerciais de cada jogador supramencionado e gastá-las de uma única vez.
Joe Johnson é um bom nome para suprir a necessidade celta na posição 3. No entanto, passaria longe de oferecer uma troca ao Nets por seus serviços. O salário de Johnson é ingrato ( US$ $24,894,863 em 15/16), mas o jogador será expirante na próxima temporada. Todavia, o Celtics, mais do que qualquer outro time, deve evitar colaborar com um projeto de rebuilding da franquia do Brooklyn. O maior campeão da NBA detém as picks da franquia do estado de NY pelos próximos 3 anos. Assim, por mais que Joe Johnson seja um bom nome, acabaríamos enviando algum jovem jogador, escolhas de Draft ou exceção comercial para o Nets, em compensação pela vinda do seu camisa 7. Por mais egoísta que seja, é mais interessante para o Celtics aguardar que Joe Johnson vire agente livre, ao final da próxima temporada, e deixe o Nets sem qualquer vantagem no seu iminente processo de rebuilding que está porvir.
Caso o 76ers surpreenda o Mundo (mais uma vez), e recrute mais um big man – como Okafor ou Towns -, não pensaria duas vezes. Iria até o GM Sam Hinkie (GM do 76ers), e ofereceria uma troca pelos serviços de 1 de seus 3 pivôs: Nerlens Noel, Joel Embiid ou Okafor/Towns. O Celtics seria capaz de oferecer escolhas de 1ª rodada, algum jovem talento (como James Young, Isaiah Thomas, Kelly Olynyk e etc) e alguma das 8 generosas trade exceptions. Nas palavras de Don Vito Corleone, seria uma ”oferta que ele não poderia recusar”.
Entretanto, acho pouco crível que o 76ers fuja dos nomes de D’Angelo Russell e Emmanuel Mudiay, no próximo Draft.
Outra troca que penso ser bastante possível, é junto ao Minnesota Timberwolves. A franquia de Kevin Garnett tem, atualmente, Nikola Pekovic e Gorgui Dieng para a posição de pivô. Contudo, tudo indica que a equipe de Minneapolis (que detém 15.6% de chances de ser agraciada com a 1ª escolha), recrutará mais um pivô no 2015 NBA Draft, seja ele Okafor ou Towns. Assim, o Timberwolves teria 3 pivôs e, fatalmente, algum ficaria fora da rotação.
Bom, Pekovic não resolveria os problemas do Celtics, já que é habilidoso na quadra ofensiva, mas uma mãe na defesa. Além disso, tem um (salgado) contrato até 2017/2018, recebendo, no mínimo, US$ 11.600,00 por temporada. Outrossim, é pouco crível que Flip Saunders (técnico e GM do Timberwolves) esteja disposto a negociar Towns ou Okafor. Entretanto, o africano Gorgui Dieng mostrou-se um pivô detentor das características das quais o Celtics procura: pivô ágil, trabalhador e, principalmente, um defensor acima da média. Dieng disputa apenas sua segunda temporada e, portanto, seu salário não é indigesto. Ainge conseguiu trazer Tyler Zeller, um pivô também em contrato de calouro, nessa temporada. Por que não repetir com Gorgui Dieng? Seria uma boa (e barata) aposta.
Todavia, ainda penso que a melhor troca para o Celtics, é um trade-up no próximo Draft, e ir atrás de Karl-Anthony Towns (embora esse seja bem difícil de ser negociado) e Stanley Johnson (opção mais viável).
– Conclusão:
Marcus Smart; Avery Bradley; Stanley Johnson; Jared Sullinger; DeAndre Jordan.
A defesa celta seria intransponível. No garrafão e perímetro. Teríamos um time super atlético, capaz de cavar inúmeras faltas. Smart e Sullinger crescem no quesito pontuação e Johnson seria uma boa aposta.
No banco, teríamos pontuadores como Isaiah Thomas, James Young, Evan Turner, Kelly Olynyk e Tyler Zeller. Seria um time bastante competitivo.
Caso venha Karl Towns (ou até mesmo Myles Turner), esqueçam a aquisição de DeAndre Jordan e manteríamos Turner como titular na posição 3, na próxima temporada, já que acho improváveis as saídas de Leonard e Butler.
Desse modo, deixaria o cap space reservado pra 2016, quando LeBron James, Kevin Durant, Nicolas Batum, Joe Johnson, Chandler Parsons, e outros bons jogadores da posição, serão agentes livres.
Ademais, 2016 será o ano em que Paul Pierce será, definitivamente, agente livre irrestrito. Será o ano em que completará 39 primaveras vividas. Assim, será sua última free agency enquanto jogador profissional. Será, portanto, a hora de voltar para sua casa.
Embora estejamos vendo Kevin Garnett ser titular, em seu retorno a Minnesota, não visualizo o mesmo para Pierce em Boston. Sobretudo se conseguirmos recrutar o promissor Stanley Johnson. No entanto, não deixaria de ser um belo desfecho.
Afinal, Paul Pierce seria o tutor da garotada (Smart, Young, Sullinger, Olynyk, jogador do 2015 NBA Draft e etc), teria chance de já pegar um time razoavelmente experiente (após 3 temporadas de rebuilding) e, principalmente, encerraria sua carreira onde tudo começou.
Respostas de 10
Parece que o celtics contratou o Javale McGee…
Esqueceu do Wallace na reserva hueheuehue esse parasita.
Mas sem brincadeira, seria o máximo se o Pierce viesse em 2017 com o time pronto pra ser campeão.
Com o Javale pegaremos offs provavelmente.
Romulo,
Até agora a sua estratégia como se “Ainge” fosse, foi a mais parecida com meu modo de pensar.
Também acho que temos que tirar um center do Sixers, só discordo em relação ao Johnson, acho que o Winslow sera um jogador melhor que ele na NBA, sua defesa e impressionante.
É, acho que tudo passa sobre o momento em que o Celtics irá fazer o bote para trazer um pivô. Levando em consideração as loucuras do 76ers, acho bem possível (Mais do que trazer o Jordan ou outro) que eles estejam propensos a trocar um dos pivôs que eles já tem.
Parece que a franquia está decepcionada com o Joel Embiid, não pela sua recuperação, mas por sua postura fora de quadra. Ele tem a síndrome-de-Sullinger, ou seja, engordou demais desde o draft, e parece não está conseguindo entrar em forma. Sem falar sobre sua postura fora de quadra, arrumando alguns problemas. Isso é definitivamente preocupante, mas totalmente reversível na franquia certa.
Se o Celtics pensar em trocar com o 76ers eu ficaria feliz que desse Celtics 2015 + Clippers 2015 + Escolhas de 2 Round. Acredito que o GM do 76ers aceitaria, sim ou, em um cenário mais desesperador: Celtics 2015 + Escolhas 2 round + Olynyk. As duas opções são bastante viáveis.
Eu acredito que o Ainge sairá dos holofotes (Leia-se aqui mesmas opções que Knicks e Lakers brigará). Ou seja, apesar de gostar do Jordan, acho que ele irá atacar quem menos esperamos, como os pivôs do Wolves, pivôs do 76ers, ou as trocas para subir e draftar o Towns. Enquanto Knicks e Lakers de digladiaram (Não tem outra opção) Por Aldrige, Gasol e Jordan. É nessas horas que veremos se ele é mesmo um bom GM, fugindo de leilões e correndo atrás de jogador fora do radar do mercado, como fez com o Isaiah Thomas! Enquanto todos estavam querendo o Dragic, ele atacou o Thomas por baixo dos panos.
Quanto ao draft, eu concordo com o amigo celta Renato: Justise Winslow será melhor jogador que o Stanley Johnson, na minha humilde opnião. Tenho essa impressão porque ele é MUITO consistente, no ataque e na defesa, e tem as (praticamente) mesmas qualidades do Smart: é um cão de guarda, nunca desliga, marca mais de 1 posição, corre a quadra toda, faz todo mundo correr e por aí vai! Ele é um dos mais consistentes de Duke, mais até que o próprio Okafor. Winslow poderia ser draftado até com nossa própria escolha, sem precisarmos subir no mock.
Se for par entubar escolhas e subir no mock, que seja pensando alto: Russell, Towns ou o próprio Okafor (Concordo com o Rômulo: prefiro o Towns). E esse tipo de negócio poderia rolar com o próprio 76ers ou o Wolves, que acredito serem os únicos talvez dispostos a trocar suas posições.
Tentaria para os Wolves:
Celtics 2015 + Clippers 2015 + Sullinger ou Olynyk + Escolhas de segundo round (Ou 1º Rond futuro)
Wolves não vão draftar um PG, eu acredito. Nem um SG. Talvez um jogador de garrafão não seja uma necessidade gritante para eles. Aceitando esse pacote grande, ganham 2 escolhas de 1º Round + Jogador de garrafão no Olynyk ou Sullinger. Podem draftar assim um jogador para posição 3 com a escolha do Celtics e fazer experimentos com a escolha dos Clippers. Acho um negócio fácil de acontecer. Não é um absurdo, não!
Para os 76ers:
Celtics 2015 + Clippers 2015 + Escolhas de 2º Round + Smart ou Thomas
Aqui o Ainge terá que tomar uma decisão. Claramente os 76ers precisam de um armador, então seria improvável aceitarem um pacote sem Smart ou Thomas. Poderiam draftar um jogador para posição 3 e quem sabe um outro armador com a pick dos Clippers (Tyus Jones, de Duke). O GM dos 76ers precisa ser sagaz agora. Mas é um negócio difícil de acontecer, há 2 bons promissores armadores nessa classe.
Seja como for, será um Draft bastante divertido, tenho certeza disso.
Javale McGee não assinou?
A fórmula para um All star , Mcgee (boa defesa, atleticismo para pegar rebotes e fazer enterradas) + Olynyk ( QI de basquete, bom chutador de média e longa distância) = LaMarcus Aldrigde ( up com motivação e profissionalismo).
A notícia do Javaleeeeeeeee Mcgee é fake.
Os dois lados não concordaram e ele n vem mais.
Se ele não quer jogar por uma franquia de verdade, bom, que fique vagando ai pelos nuggets e sixers da vida.
Achei que o Mc Gee foi burro, era uma oportunidade dele voltar a jogar de forma competitiva, em um time onde poderia vir a ser o titular se fosse bem.
Agora mesmo que seja contratado por um contender, ficara com 10 a 15 minutos de uma rotaçao e sera pouco valorizado no mercado.
O Ainge esta certo, ele era uma aposta, e temos que ter flexibilidade para FA, logo nao podemos ficar presos a um jogador que pode ser um problema para proxima temporada. Com o team option se ele fosse bem com certeza Ainge lhe daria um contrato melhor