Guia Copa América – Grupo B

Conheça as seleções do grupo B formado pela atual campeã Argentina, o bom time da República Dominicana, a anfitriã Venezuela, o México e o Paraguai.

Argentina

Posição no ranking da FIBA: 3º (498 pontos)

Posição no Mundial da Turquia-2010: Quinta colocada

Posição na Copa América-2011: Campeã

Posição nas Olimpíadas de Londres-2012: Quarta Colocada

Principais títulos: Uma olimpíada (2004), Um Mundial (1950) e Duas Copa América (2001 e 2011)

Medalhas olímpicas: Ouro (2004) e Bronze (2008)

Melhor campanha na Copa América: Duas Vezes Campeã (2001 e 2011)

Destaques: Juan Pedro Gutierrez (Canarias Tenerife – ESP) e Luis Scola (Phoenix Suns – EUA)

Técnico: Julio Lamas (ARG)

A Argentina chega a Venezuela como a segunda seleção favorita ao título,  ao lado de Porto Rico, de quem perdeu a Copa Tuto Marchand, mas o time argentino vem um pouco abaixo dos rivais centroamericanos.  Da seleção campeã em 2011 apenas dois ainda estão no time, o ala-pivo Luis Scola, uma máquina de fazer pontos e tricampeão como melhor jogador do torneio; e o pivo Juan Pedro Gutierrez. Portanto, os dois principais jogadores argentinos atuam juntos no garrafão, mas assim é possível criar um plano de jogo para acabar com a principal arma argentina.

Como os armadores do elenco são bem jovens, Nicolas Laprovittola (Flamengo) e Juan Manuel Fernandez (Brescia – ITA) tem 23 anos; e Facundo Campazzo, reserva nas olimpíadas de Londres e principal garçom na copa Tuto Marchand com média de cinco passes por jogo, tem 22 anos.  Esses atletas são muito jovens e podem cometer erros por falta de experiência em liderar sua equipe em um torneio importante. Com isso temos a arma para derrotar a Argentina: marcar Gutierrez e Scola ferozmente no garrafão e apostar no desempenho dos jovens armadores e nos chutes de três pontos.

Outro fator que pode complicar o caminho argentino rumo ao título é o local da disputa do torneio.  Isso mesmo.  Nas duas vezes em que foram campeões nuestros hermanos jogaram em casa, em 2001 em Neuquén e 2011 em Mar Del Plata.  Mesmo com os problemas na armação, a Argentina deve ficar com uma das quatro vagas para o mundial.  Afinal, uma máquina como Luis Scola é muito difícil de ser marcada; e o que foi escrito no parágrafo anterior é para uma disputa de terceiro lugar ou uma final, pois só times desse nível podem tentar segurar o ala-pivo, mas não seria surpresa ver a Argentina terminar em terceiro ou quarto no torneio.  Eles contam com bons jovem jogadores no elenco e vão usar da Copa América para dar experiência a eles para a disputa do mundial no ano que vem.

República Dominicana

Posição no ranking da FIBA: 27º (45.6 pontos)

Posição no Mundial da Turquia-2010: Não participou

Posição na Copa América-2011: Terceiro Lugar

Posição nas Olimpíadas de Londres-2012: Não participou

Principais títulos: Tres Centrobasket (1977, 2004 e 2012)

Medalhas olímpicas: Nenhuma

Melhor campanha na Copa América: Terceiro Lugar (2011)

Destaques: Jack Michael Martinez (Capitanes de Arecibo – PUR), James Earl Feldeine Padilla (Fuenlabrada – ESP) e Francisco Garcia (Sacramento Kings – EUA)

Técnico: Orlando Antigua (DOM)

A principal arma da República Dominicana é altura de seus jogadores no garrafão, sendo que cinco deles possuem mais de dois metros. Pegar rebotes para eles é fácil.  Esse foi o principal fundamento da equipe na última Copa América terminando com a melhor média de rebotes por jogo (36.2) e o melhor reboteiro, Jack Michael Martinez, com 12.1 por partida. Além de buscar a bola quando ele não cai na cesta, os dominicanos também não deixam que seus adversários anotem pontos facilmente, já que com tamanha altura bloquear também não é tarefa das mais difíceis.

Mesmo com desfalques importantes, como Charlie Villanueva e Al Horford, a base da seleção ainda é a mesma de 2011, e esses jogadores prometem brigar e dar trabalho, como fizeram na Copa Tuto Marchand, sendo derrotados por uma diferença pequena para Argentina e Porto Rico e perdendo de apenas um para o Brasil.  A República Dominicana deve brigar com Canadá e Brasil pelas duas vagas restantes ao mundial.

Se continuar subindo de produção como fez nas últimas Copa América: quinto em 2009 e terceiro em 2011, seleção dominicana será campeã do torneio, um feito muito difícil de alcançar, mas não impossível para quem tem um bom jogador da NBA, Francisco Garcia, um bom armador, James Earl Feldeine Padilla e um excelente garrafão.  Olho nos dominicanos.

Venezuela

Posição no ranking da FIBA: 24º (49 pontos)

Posição no Mundial da Turquia-2010: Não participou

Posição na Copa América-2011: Quinta Colocada

Posição nas Olimpíadas de Londres-2012: Não participou

Principais títulos: Sul Americano (1991)

Medalhas olímpicas: Nenhuma

Melhor campanha na Copa América: Vice-Campeã (1992)

Destaques: Axiers Sucre (Estrellas Occidentales – VEN), David Cubillan (Marquette – NCAA) e Luis Bethelmy (Cocrodilos de Caracas – VEN)

Técnico: Nestor Garcia (ARG).

Será muito difícil o ataque venezuelano repetir o excelente desempenho que teve em 2011 quando terminou como melhor da competição,  com média de 94.8 por jogo, cerca de dez a mais que a Argentina segunda colocada do ranking. A situação do ataque está muito prejudicada, pois Greivis Vasquez, maior garçom e segundo melhor cestinha da Copa América de 2011, não vai jogar. Assim caberá a David Cubillan, de 26 anos, liderar sua equipe.

Com a ausência de Vasquez e a queda do poderio ofensivo, fica evidente o maior problema da Venezuela: a defesa. Se na competição passada o ataque fazia muitos pontos a defesa levava muitos também, terminando como terceira pior, 88.8, do torneio na frente apenas de Panamá e Cuba.  Como o ataque resolvia muitos jogos esse defeito não era tão notado, mas agora com a ausência do seu principal jogador é um sério fator que pode diminuir as pretensões venezuelanas.

O que pode fazer diferença é jogar em casa, mesmo.  Dos doze atletas convocados dez jogam na liga da Venezuela. já estão acostumados com os lugares em que irão jogar e ainda terão o apoio da torcida, mas a Venezuela deve brigar pra fazer uma campanha honrosa em casa.  Conseguir uma vaga no mundial será muito difícil e uma grande surpresa. A seleção venezuelana deve ficar com o quinto ou sexto lugar.

México

Posição no ranking da FIBA: 32º (26.4 pontos)

Posição no Mundial da Turquia-2010: Não participou

Posição na Copa América-2011: Não participou

Posição nas Olimpíadas de Londres-2012: Não participou

Principais títulos: Dois Centrobasket (1965 e 1975)

Medalhas olímpicas:Nenhuma

Melhor campanha na Copa América: Quinto Lugar (1980 e 1984)

Destaques: Gustavo Ayon (New Orleans Hornets – EUA), Lorenzo Mata (Piratas de Quebradillas – PUR) e Paul Stoll (Maccabi Haifa – ISR)

Técnico: Sergio Valdeolmillos (ESP)

Após ficar de fora da edição de 2011 o México volta a disputar uma Copa América e promete não fazer feio. Os atletas mexicanos serão liderados por um grande e experiente armador, Paul Stoll, que joga por um dos melhores times da Euroliga, o israelense Maccabi Haifa. Com sua experiência comandando os atletas o México promete dar trabalho aos times na competição e deve chegar até a segunda fase disputada com oito equipes.

Além do bom armador, os mexicanos possuem duas armas mortais no garrafão: o experiente jogador da NBA Gustavo Ayon e um atleta de Porto Rico que já foi sondado para jogar no Boston Celtics, Lorenzo Mata. Com esses dois atletas Stoll pode usar e abusar de pick and roll com eles. Cuidado. Como Ayon e Mata são maos visados eles podem atrair a marcação dos adversários e, assim, deixar seus companheiros livres.  Ou então permitir uma grande armadilha: marcação forte no garrafão e deixar Stoll livre para o chuta dos três pontos. É necessário um bom plano de jogo para enfrentar os mexicanos. Olho neles.

Paraguai

Posição no ranking da FIBA: 55º (7.2 pontos)

Posição no Mundial da Turquia-2010: Não participou

Posição na Copa América-2011: Décimo Lugar

Posição nas Olimpíadas de Londres-2012: Não participou

Principais títulos: Não possui

Medalhas olímpicas:Nenhuma

Melhor campanha na Copa América: Décimo Lugar (1989 e 2011)

Destaques: Fernando Gabriel Dose Rodas (Uninon de Formosa – ARG) e Guillermo Alejandro Araujo Capello (Pinheiros – BRA)

Técnico: Sam Vincent (JAM)

O Paraguai é o principal candidato a lanterna do grupo e da competição, posição em que ficou na última Copa América.  Além de último lugar, os paraguaios também conseguiram o “título” de pior ataque da competição com apenas 64.8 pontos por jogo. Com dez de seus doze atletas jogando no país é difícil melhorar a qualidade de jogo de seus atletas. Terão de aprender jogando Copa América mesmo, já que essa é apenas a terceira de sua história.

Os dois principais atletas jogam em centros vizinhos e  podem trazer melhoras para sua seleção, mas também são bem conhecidos nesses países e será difícil surpreender a Argentina. Os paraguaios terão duas chances de ir para a segunda fase caso vençam México ou Venezuela. Caso não consigam triunfar, joguem por sua dignidade paraguaios. Se conseguirem o nono lugar já será uma grande conquista.

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