Ubiratan Maciel Pereira

Ubiratan Maciel Pereira, o Bira. Conheça mais sobre a lenda, o maior pivô da história do Basquete brasileiro.

Ubiratan nasceu em São José dos Campos no dia 18 de janeiro de 1944.

Inicio nos esportes

Vindo de família pobre, sempre praticou esportes. No futebol não foi bem sucedido, então devido ao tamanho tentou modalidades ligadas ao atletismo. Enquanto treinava, conheceu o Basquete, e então se tornou jogador profissional

Começou no basquete profissional em 1960, no então fortíssimo time do Corinthians. Jogava com gênios do basquete como Rosa Branca, Wlamir Marques, Amaury Passos. Esse time era tão forte, que ganhou ‘apenas’ cinco títulos paulistas e três brasileiros, algo imensamente notável. Depois disso, Bira ainda ganhou mais 2 títulos brasileiros e 6 campeonatos paulistas, totalizando 5 brasileiros e 11 paulistas.

Conquistas

Com 19 anos estava na seleção de basquete, que ficou imortalizada por ser campeão do Mundial de 1963, aqui mesmo no Brasil (Rio de Janeiro). E quem pensa que um menino de 19 anos sentiria a pressão de um torneio mundial se enganou. Junto com seus companheiros de Corinthians, levou o time ao titulo vencendo todas as 6 partidas da fase final contra Iugoslávia, União Soviética, Estados Unidos, França, Porto Rico e Itália. Mesmo sendo reserva do naturalizado Antonio Salvador Sucar, o Nenê, teve atuação muito importante.

Ubiratan também fez parte das seleções medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964, e de outras três Olimpíadas, sendo 7º lugar em uma e 4º na outra. Foi bronze nos Mundiais de 1967 e 1978. Em 1970, conquistou a medalha de Prata com média de 14.8 pontos por jogo, a segunda maior do Mundial.

Em 2001, quando voltou à Iugoslávia para um torneio de Masters, foi reconhecido e aplaudido pelos feitos. Ele também tem em sua galeria três medalhas de torneios pan-americanos, uma de prata e duas de bronze.

As seleções em que atuou ganharam um total de oito medalhas nos Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e Jogos Pan-americanos, um feito muito grande para o esporte no Brasil.

Pela seleção ainda ganhou 4 torneios sulamericanos. Além de um vice-campeonato em 1976 e um 4º lugar no Torneio Pré-Olimpico.

Mais sobre o jogador

Além de Bira, Ubirantan era conhecido como “Rei”, “Cavalo de Aço”. Foi o melhor pivô da história do país, muito veloz e ágil. Tinha 1.99m (6’6”), estatura muito baixa para pivô hoje em dia, mas mesmo assim, era excelente reboteiro e um bloqueador de primeira, muito temido na linha defensiva. Canhoto, era conhecido por excelentes gancho tanto saltando quanto parado.

Na defesa muitos rebotes, no ataque muitos pontos e rebotes decorrentes de ‘tapinhas’, o que ele rendeu o apelido de “Rei do Tapinha”. Sua resistência para impulsão era inacreditável, conseguindo saltar sem perder altura mais vezes seguidas do que a maioria dos jogadores.

O atleta não tem muitas estatísticas de jogo computadas durante seus tempos de jogador, mas a força de seu jogo não se mostra freqüentemente nos números, coisa que acontece com muitos jogadores, com, por exemplo, Anderson Varejão.

Ubiratan foi o primeiro jogador brasileiro de basquete a ser vendido a um time do exterior, para o Sprungen, da Itália. Além deste time e do Corinthians, jogou no Clube Espéria, no Trianon, Sírio, Palmeiras e no Tênis Clube São José dos Campos, onde terminou a carreira, em 1981.

Reconhecimento

“As extraordinárias realizações de Ubiratan deixaram o nosso basquete cheios de alegria e orgulho”, disse Carlos Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Basquete. “Bira foi um jogador exemplar, dedicado e brilhante, deixando sua marca inesquecível no basquete brasileiro e mundial”.

Em 1994, entrou para a Ordem de Mérito da FIBA. E em 31 de agosto de 2009 foi eleito para integrar o Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete (FIBA), fazendo companhia assim a outros 3 brasileiros, seu ex-companheiro de time e seleção Amaury Passos, Hortência e o seu ex-técnico de seleção e já não entre nos Togo Renan Soares, o “Kanela”.

Em 5 de abril do ano seguinte, foi escolhido, junto com o ex-Jazz Karl Malone, o 6 vezes campeão Scottie Pippen, o proprietário do Lakers Jerry Buss, a ex-estrela da WNBA Cynthia Cooper, o técnico lendário Bob Hurley Sr., o ex- Celta Dennis Johnson, o ex-jogador Gus Johnson e as seleções americanas de basquete de 1960 e 1992 para fazer parte da lista de 2010 do Hall da Fama do Basquete, em Springfield nos EUA.

“Estar no Hall of Fame é uma homenagem àqueles que fazem absolutamente tudo para o esporte.”, disse Carlos Nunes.

Morte

Ubiratan morreu no dia 17 de julho de 2002, aos 58 anos, decorrente de uma infecção generalizada, em Brasília. Ele estava estado de coma desde fevereiro do mesmo ano. Um ano antes, médicos haviam detectados problemas no coração do ex-jogador, mas mesmo assim, ele não largou as quadras

O que talvez seja mais triste é a ausência de informação sobre craques como ele aqui no Brasil. Poucas pessoas conhecem, também há pouquíssimos meios de pesquisa. Precisamos valorizar mais nossos ídolos!

Fontes : Playoffs Uol e CBB

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Respostas de 11

  1. Não conhecia a história dele, e só fui ficar sabendo de sua existência no ano passado quando foi nomeado para o hall of fame, excelente post, parabéns!!!!

  2. Os novos fãs do basquete tem que saber que a maior conquista do Brasil NÃO foi o Pan de Indianápolis e que a geração de Marcel e Oscar NÃO foi a mais talentosa do nosso esporte.
    E que o Brasil é Bicampeão Mundial de basquete. Como o Uruguai está para o futebol, o Brasil está para o basquete, a diferença é que o Uruguai se reergueu na última Copa, enquanto nós no basquete …

  3. O que seria bom saber, se tanto esforço físico deste atleta conhecido como (cavalo de aço),não acelerou os problemas cardíacos. Não seria o caso da medicina esportiva se manifestar

  4. Não saboa que ele era de São José !!

    Então sou contêrraneo de uma das maiores lendas do nosso Basquete e não sabia !

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