Jogo 3 – Celtics 114, Pacers 111

Com reviravolta no último quarto, Celtics retoma vantagem nos minutos finais e vence a terceira partida jogando fora de casa.

A Partida

O terceiro duelo pelas Finais de Conferência começou com um festival de bolas triplas do Boston Celtics, pelas mãos de Jayson Tatum, Al Horford e Derrick White. A equipe se impôs e rapidamente abriu sua primeira vantagem. Tatum, calibrado, seguiu pontuando e antes dos quatro minutos finais já tinha marcado 13 pontos. Sem Haliburton, a equipe de Rick Carlisle precisou se virar e foi para o jogo fazendo um revezamento na posição, entre McConnell e Sheppard. Sem seu melhor jogador, Indiana precisou de um grande esforço de Pascal Siakam para se manter na briga. Mazzulla nem esperou o primeiro tempo acabar para entrar com os suplentes Payton Pritchard, Sam Hauser e Oshae Brissett. Luke Kornet, com a mão lesionada, poderia ser substituído por Xavier Tillman, mas Joe Mazzulla manteve sua ideia do jogo passado e apostou novamente em Brissett. Com duas faltas, Siakam foi para o banco, dificultando um pouco mais as coisas para o time da casa. Apesar de tudo, Indiana buscou o resultado e fechou o período na cola, placar de 32 – 31.

O segundo quarto começou com Indiana indo pra cima e virando o jogo, em bola de McConnell. Mazzulla manteve Sam Hauser e Brissett na equipe, apesar do pouco brilho de ambos, e viu a equipe da casa abrir quatro pontos de vantagem, após seguidos erros de ataque de Boston. Com a manutenção da vantagem por parte dos Pacers, não restou coisa para Mazzulla fazer a não ser trazer de novo todos os titulares para a quadra. A notória falta de apetite da equipe no segundo período preocupou qualquer torcedor. Nessas ocasiões, encarando equipes alternativas e/ou desfalcadas, o time do Celtics simplesmente tira o pé e deixa o adversário jogar seu melhor basquetebol. Chega a doer os olhos ver o potencial desperdiçado dessa equipe, em jogos que deveria por obrigação aproveitar o caminho facilitado. A displicência rendeu ainda mais pontos ao time de Indiana, que chegou a abrir nove pontos. Mazzulla finalmente percebeu o péssimo momento e pediu timeout. Sem mudanças claras e sofrendo nos rebotes, a equipe mal voltou para quadra e já viu seu treinador pedir novo timeout após o Pacers abrir quatorze. O treinador celta buscou fazer ajustes mas de nada adiantou. O adversário, muito mais afim de jogo, controlou a partida e só não foi para o intervalo liderando por vinte porque o Celtics achou uma run de 8 – 0 no minuto final. Placar do primeiro tempo, 57 – 69.

Nem mesmo a quinta bola de três de Al Horford serviu para aproximar as equipes no placar no retorno do intervalo. Com bom jogo no garrafão e ótimas jogadas em velocidade, o time de Rick Carlisle seguiu nadando de braçada contra uma equipe muito favorita e proporcionalmente desorientada. O Celtics seguiu apático, tentando bolas de três aos montes e errando praticamente tudo. A sorte é que a equipe de Indiana, apesar da ótima noite, não é tudo isso, do contrário, a vantagem seria ainda maior. Andrew Nembhard chamou a responsabilidade e liderou o time da casa na pontuação, numa noite de muita competência do melhor ataque da temporada. Após corrida de 18 – 4 o Celtics conseguiu se recuperar e trazer a vantagem do adversário para nove pontos. Contudo, a insistência nas bolas de três pontos aliada à dificuldade para competir no rebotes, manteve o time de Boston atrás por uma boa margem. Placar de 81 – 90.

O último quarto começou com o Boston Celtics tentando encurtar o caminho para a terceira vitória na série. Com a sexta bola de três, Horford baixou a vantagem para três pontos, mas após dois bons ataques Indiana retomou sete ponto de vantagem e jogou um balde de água fria pra cima do torcedor celta e de Joe Mazzulla, que pediu tempo pela milésima vez na partida. Muito impressiona a dificuldade que essa equipe enfrentou contra um adversário visivelmente vulnerável e desfalcado de seu principal jogador. Foi um verdadeiro teste para a paciência daqueles que, assim como eu, somente puderam acompanhar o jogo à distância e torcer por uma reviravolta. E a reviravolta veio, com uma performance absolutamente fora do padrão (do jogo). Voltando a atuar como de costume (falando da temporada no geral), a equipe celta equilibrou as ações na defesa e conseguiu uma corrida inacreditável para virar a partida e fechar pelo placar de 114 – 111. Menção honrosa para a roubada de bola espetacular de Jrue Holiday, que, até aqui, tem sido o cara do Celtics nessa pós-temporada.

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