Previa da Final do NBB 4

O Novo Basquete Brasil chega ao final de sua quarta edição. O NBB é uma liga organizada pelos clubes franqueados e chefiada pela CBB (Confederação Brasileira de Basquetebol).

A liga surgiu pela necessidade de uma maior organização. A CBB e a Liga de clubes criaram, em comum acordo, uma nova metodologia.

Os clubes dividiram tarefas com a CBB, onde a capitação de recursos, as formas de disputa e divulgação, ficam a critério da liga de acordo com as necessidades dos clubes. A CBB fica com a tarefa de organizar os campeonatos nacionais de seleções (campeonato brasileiro de base) e responsável pelas seleções nacionais.

A cada ano o NBB melhora o nível técnico, alem do aumento da qualidade das transmissões de TV, que geram maiores recursos, maiores públicos e maior procura pelos produtos dos franqueados. Isso tudo, com apenas uma equipe de massa (torcida de futebol)

As primeiras finais:

NBB1: Flamengo x Brasília (Flamengo Campeão)

NBB2: Brasília x Flamengo (Brasília Campeão)

NBB3: Brasília x Franca (Brasília Campeão)

Este ano, teremos uma decisão inédita: São José-SP x Brasília-DF:

Final – (1º) São José x Brasília (3º)

Data: 02/06/2012 (Sábado)

Horário: 10h

Local: Ginásio Municipal Professor Hugo Ramos – Mogi das Cruzes (SP)

Transmissão: TV Globo e SporTV

Campanha das Equipes Finalistas

São José terminou a fase de classificação em primeiro lugar (23 Vitórias e 5 derrotas, com 82.1% de aproveitamento). A equipe Joseense, eliminou Franca (3 x 0) nas quartas de final e na semi-final, o Flamengo (3 x 2). O time é bastante homogêneo, pratica um jogo moderno e coletivo. O armador Fúlvio e o pivô Murilo são os destaques.

Brasília terminou na terceira posição ( 21/7 e 75%) Eliminou Bauru nas quartas (3 x 1) e o Pinheiros na semi-final (3 x 2). Brasília é o atual campeão do NBB e busca manter o título. É uma equipe bastante experiente, que joga junta ha bastante tempo e tem os alas Alex e Guilherme como melhores jogadores.

No retrospecto histórico os dois finalistas da atual temporada já estiveram frente a frente oito vezes pelo NBB. Brasília leva ampla vantagem, com seis vitórias contra duas de São José.

Mas levando em conta apenas a temporada 2011/2012, a vantagem é dos joseenses, que venceram os dois confrontos entre as equipes nesta edição. Em casa, vitória no primeiro turno por 87 a 78, e fora, vitória por 83 a 82.

Torço para que seja uma grande final, onde o mais preparado, o que tenha mais espírito e merecimento seja campeão.

Opinião do Colunista quanto ao NBB

A evolução do NBB é nítida a cada ano. Sem dúvidas foi uma iniciativa louvável de resgate da credibilidade do basquete brasileiro, mas vejo três situações onde a liga poderia exercer seu “poder” e melhorar o nível do basquete praticado no Brasil e o aumento do número de praticantes e seguidores do NBB:

1- Não consigo concordar com a final ser disputada em jogo único (para atender aos interesses da televisão). Existe o “argumento” que a transmissão via TV aberta atingirá um público que raramente tem a oportunidade de se encantar com o basquete, OK! Essa mesma pessoa, terá a oportunidade de ver outro jogo quando? No NBB/5?

Por que não realizar os possíveis 5 jogos aos sábados e quartas-feiras. Os jogos de sábado seriam transmitidos pela TV aberta e os de quarta nas fechadas? Afinal, ambas as TVs são da mesma matriz e se existe espaço para o basquete na grade de sábado (milagre), por que não forçar (o termo correto seria implorar) para essa mesma emissora “ceder” dois e até três sábados (10 da manhã está longe de ser horário nobre) para transmitir as finais do campeonato nacional de uma modalidade que já foi o segundo esporte desse país? Aí sim o “argumento” teria fundamento.

2- A emissora que detém o direito das transmissões devia respeitar os telespectadores, cumprindo a grade previamente divulgada. Este ano ocorreram alguns casos em que a emissora divulgou a transmissão de partidas que não foram exibidas, gerando diversas reclamações de pessoas que mudaram suas rotinas a fim de ver essas partidas. Este tipo de reclamação coloca em dúvida a credibilidade não só da liga, como do basquete nacional.

3- Favorecer a renovação. A formação de novos talentos sendo obrigatório (regulamento) estar na relação de jogo de cada clube, no mínimo, um atleta com idades inferior a 21 anos e mais um com menos de 18. Este item no regulamento forçaria os clubes a investir nas categorias de base, garantindo que a competição melhore de nível a cada ano e que os “futuros astros” tenham a oportunidade de adquirirem experiência e serem capazes de obter uma identidade com a liga desde cedo.

OBS: Na Argentina a regulamentação é dividida de acordo com cada divisão: 2 SUB-21 + 2 SUB-18, na primeira divisão, 3-3, na segunda e 4-4, na terceira.

Enfim, o basquete brasileiro chega ao final do quarto ano de um novo modelo, que vem crescendo e a cada ano, sendo melhor que o anterior.

Penso que está na hora da liga de clubes (NBB) ter uma visão mais global da modalidade no país (o campeonato já está estruturado), pensar a médio e longo prazo (Renovação), procurar não ser “refém” dos interesses de quem quer que seja e acreditar no seu produto para assim valorizar (respeito) quem se atrai por ele e buscar novos adeptos.

Fonte da Foto: Site Globo.com

Por: Marcello Berro

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Respostas de 4

  1. Ridículo final apenas um jogo, mando era do São José e jogaram em Mogi…
    Teria que ser no mínimo melhor de 5.

  2. Além de perdermos a chance de termos 5 grandes espetáculos (inclusive com inserções na programação esportiva da TV aberta) o jogo é programado para um sábado as 9:30h. Horário em que o comércio está funcionando. Qual terá sido a audiência?
    Poucas pessoas têm o hábito de ligar a tv num sábado pela manhã.
    Sem falar que mexe na parte técnica do jogo, porque os atletas não têm o hábito de atuar pela manhã, tão cedo. Enfim …
    De qualquer maneira, há muito tempo o basquete não atraía tanto a atenção da mídia. Valeu a pena. Mas para o futuro, tem que repensar essa final no sábado pela manhã. O volei é outro mundo

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