Prévia – Final 4 NCAA 2013

Fique por dentro das equipes e dos duelos do Final 4 da NCAA.

Antes de falar dos times é necessário lembrar que uma tradição de 24 anos foi quebrada no Final 4 da NCAA desse ano. Desde 1988 pelo menos um membro do Dunkadelic Fab Five, como é chamado o grupo com os cinco melhores times do basquete universitário dos EUA (UCLA, Kentucky, North Carolina, Duke e Kansas), disputava ao menos as semifinais do torneio.

Também é bom lembrar o quão difícil é chegar entre os quatro melhores. O último campeão, Kentucky, não conseguiu nem se classificar para o torneio da NCAA.

Agora vamos às análises das equipes:

Louisville Cardinals

Campanha: 33 – 5
Títulos: Dois (1980 e 1986)
Equipe Titular: Russ Smith (G), Peyton Silva (G), Chane Behanan (F), Wayne Blackshear (F) e Gorgul Dieng (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Darrell Griffith, Jim Price, Pervis Ellison e Wes Unseld
Atletas que jogam na NBA: Chris SmithEarl Clark, Francisco Garcia, Jerry Smith, Samardo Samuels e Terrence Williams
Técnico: Rick Pitino

O Louisville Cardinals chega pela segunda vez consecutiva ao Final 4 da NCAA. No ano passado o time perdeu na semifinal para o campeão da liga, Kentucky, mas, ao contrário do que acontece com a maioria das equipes universitárias, o Cardinals conseguiu manter seus melhores atletas, inclusive sua maior estrela: o armador Peyton Silva. A equipe de Louisville é a única a participar do Final 4 desse ano, tendo terminado com o primeiro lugar no ranking de sua divisão.

Com a experiência da disputa do ano passado, o Cardinals entra como o favorito desse ano. Além de ter um técnico muito experiente, que já passou por NBA, onde treinou o Boston Celtics e o New York Knicks e foi eleito para o hall da fama do basquete. Os atletas provaram que aprenderam muito com o treinador na vitória da final de sua divisão contra Duke. Logo no início da partida o ala-armador do Cardinals, Kevin Ware, quebrou a perna em um lance impressionante. Os jogadores e inclusive os técnicos das equipes ficaram emocionados com o lance e alguns até choraram, mas Rick Pitino soube usar esse sentimento a favor de seu time.

A partida estava bem equilibrada até o início do segundo tempo. Passada a emoção pelo ocorrido, Pitino dizia em seus pedidos de tempo “Vamos vencer essa pelo Kevin”. Isso contagiou os jogadores, que imprimiram um ritmo muito forte na defesa e no ataque e acabaram vencendo o jogo por 85 a 63.

Como dito no primeiro parágrafo, a maior arma do Cardinals é seu armador. É ele quem dita o ritmo de jogo de sua equipe. Sua média de pontos não é tão alta, 9.9 por jogo, mas ele é decisivo com seus passes com uma média de 5.8 por jogo. Quando o time precisa, Peyton Silva também sabe marcar pontos em um jogo importante, anotando 16 contra Duke.

O grande alvo dos passes de Silva é o ala-armador, Russ Smith, com 18.1 pontos por jogo e 23 na partida decisiva contra Duke Blue Devils, sendo que nenhum ponto foi em arremesso de três. Com os armadores sabendo anotar cestas dentro do garrafão e próximos do perímetro, fica muito difícil vencer a equipe de Louisville. Por último, vale citar que Kevin Ware cresceu em Atlanta e vai disputar em sua terra natal o principal torneio do basquete universitário.

Michigan Wolverines

Campanha: 30 – 7
Títulos: Um (1989)
Equipe Titular: Nik Stauskas (G), Trey Burke (G), Tim Hardaway Jr. (F), Glenn Robinson III (F) e Mitch McGary (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Cazzie Russell, Chris Webber, Glen Rice, Jalen Rose, Phil Hubbard e Rudy Tomjanovich
Atletas que jogam na NBA: Juwan Howard
Técnico: John Beilein

Após 20 anos do time sensação Fab Five, que foi tema de um dos documentários da série de 30 anos da ESPN americana, e que revelou Chris Webber, Jalen Rose e Juwan Howard, o Michigan Wolwerines volta a disputar um Final 4. A missão é conseguir o que a equipe comandada por Webber não conseguiu, o título. O time já mostrou ser cascudo em um momento de decisão, vencendo o time com a primeira colocação no Sul, Kansas, após uma prorrogação, por 87 a 85. Na final de divisão derrotou Florida por 79 a 59.

O grande mal da equipe são os insistentes arremessos de três pontos. Contra Kansas Michigan acertou apenas 8 em 23 tentativas. Já contra Florida o desempenho foi melhor, com 10 acertos em 19 tentativas. O que impressiona é que o aproveitamento do time é o melhor dentre as equipes que chegaram ao Final 4, com 48% de acerto. É importante citar os arremessos de três, pois a equipe de Michigan vai enfrentar a fortíssima defesa por zona de Syracuse na semifinal. Então, se a bola não começar a cair será importante encontrar uma alternativa.

Os pontos do Wolverines são bem distribuídos, com quatro jogadores tendo média superior a dez pontos: Trey Burke (18.8), Tim Hardaway Jr. (14.6), Nik Stauskas (11.5) e Glenn Robinson III (11). Eles só não podem ficar arremessando toda hora de três pontos.

Vale citar que essa é a equipe dos filhos, pois dois atletas têm o mesmo sangue de jogadores que já passaram pela NBA. Glenn Robinson III é filho de Glenn Robinson, ala que foi campeão da NBA pelo Spurs em 2005 e duas vezes All Star. Tim Hardaway Jr. aprendeu a jogar  com o pai, Tim Hardaway, armador eleito cinco vezes para o jogo das estrelas e que teve sua camisa 10 aposentada pelo Miami Heat.

Syracuse Orange

Campanha: 30 – 9
Títulos: Um (2003)
Equipe Titular: Brandon Triche (G), Michael Carter-Williams (G), C.J. Fair (F), James Southerland (F) e Rakeem Christmas (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Billy Gabor, Billy Owens, Dave Bing, Derrick Coleman, Rony Seikaly e Sherman Douglas
Atletas que jogam na NBA: Carmelo Anthony, Dion Waiters, Fabrício de Melo, Hakim Warrick e Wesley Johnson
Técnico: Jim Boeheim

Depois de dez anos da conquista histórica comandada por Carmelo Anthony, a equipe de Syracuse fica entre as quatro melhores. Ao contrário do time de Carmelo, a grande arma esse ano é a forte defesa por zona. Nenhum dos quatro adversários de Syracuse no torneio da NCAA conseguiu marcar mais de 60 pontos em uma partida. Dois deles não chegaram nem em 40: Montana derrotado por 81 a 34 na primeira rodada e Marquette, equipe superada na decisão da região leste por 55 a 39. Quem também não viu a cor da bola foi Indiana que, mesmo no primeiro lugar da divisão, foi presa fácil para Syracuse, que venceu a semifinal por 61 a 50.

Dentre os quatro semifinalistas, o time Laranja é o que possui o melhor garrafão, com uma média de 38.7 rebotes por jogo. Dois jogadores são dominantes embaixo da cesta: o ala C.J. Fair, com 14.3 pontos e 7 rebotes por jogo, e o ala-pivô James Southerland, 13.5 pontos e 5.2 rebotes por partida.

Além do forte garrafão, Syracuse também possui uma excelente dupla no perímetro liderada pelo armador Michael Carter-Williams, com impressionantes 12.1 pontos, 7.4 assistências e 4.9 rebotes, além do ala-armador Brandon Triche, 13.7 pontos, 3.5 passes e 3.4 rebotes por partida. Tais números mostram que esses armadores também sabem jogar embaixo da cesta.

Para vencer Syracuse é importante responder com a mesma intensidade na defesa e criar arremessos variados. Não pode focar o jogo no perímetro. Um pouco de sorte também é bom.

Wichita State Shockers

Campanha: 30 – 8
Títulos: Nenhum
Equipe Titular: Tekele Cotton (G), Ron Baker (G), Malcolm Armstead (F), Carl Hall(F) e Cleanthony Early (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Antoine Carr, Cliff Levingston, Dave Stallworth, Gene Wiley, Greg Dreiling, Nate Bowman e Xavier McDaniel
Atletas que jogam na NBA: Nenhum
Técnico: Gregg Marshall

Como tem sido um agradável costume nos últimos anos, a surpresa da vez é o time de Wichita que, por incrível que pareça, já disputou um Final 4 no longínquo ano de 1965, sendo derrotado na semifinal pelo futuro campeão UCLA. Wichita State Shockers é a primeira equipe da conferência Missouri Valey a disputar um Final 4 desde Indiana State de Larry Bird, em 1979.

Para chegar até aqui, o Shockers (com perdão do trocadilho) chocou mesmo os EUA vencendo, para muitos, a melhor equipe do basquete universitário desse ano, Gonzaga, liderada pelo pivô Kelly Olynyk, por 76 a 70. Para fazer jus à alcunha de surpresa, o time de Wichita venceu na final da divisão a segunda melhor equipe do oeste, Ohio State, 70 a 66.

O grande problema da equipe (muito mais do que para Michigan) é que, para conseguir vencer os dois melhores times do oeste, o Shockers dependeu muito dos arremessos de três pontos. Contra Gonzaga foram 14 em 28 tentativas. Contra Ohio, 8 em 20. A válvula de escape da equipe é o ala-pivô Carl Hall, com 12.5 pontos e 6.9 rebotes por jogo, mas quando bem marcado não consegue jogar muito bem, como no jogo contra Ohio State, quando anotou apenas oito pontos. O segredo para vencer Wichita é simples: marcar bem o perímetro e conter as cestas de Carl Hall.

Momento Mãe Dináh – Pitacos

Louisville 82 X 75 Wichita State

Michigan 59 X 56 Syracuse

Michigan 80 X 79 Louisville

Transmissão na TV

Os canais de televisão por assinatura Bandsports e ESPN irão transmitir as duas semifinais. Às 19h, você acompanha Louisville contra Wichita e às 21h30 começa o confronto entre Michigan e Syracuse.

As duas semifinais e a final serão disputadas no Georgia Dome, estádio do time de futebol americano Atlanta Falcons.

PS: Leitores que também forem ousados podem deixar os palpites dos jogos na caixinha de comentários. Mas estes palpites NÃO VÃO CONTAR PARA A PROMOÇÃO DO SITE.

Fonte: http://espn.go.com/mens-college-basketball/

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Respostas de 5

  1. Sempre gosto de ver as Zebras ganhando, mas neste ano gostaria de ver Louisville ganhando, por Kevin Ware.

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