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    Início»Crônicas»Ubuntu: a filosofia por trás do sucesso do Boston Celtics em 2008
    Crônicas 7 Mins de leitura

    Ubuntu: a filosofia por trás do sucesso do Boston Celtics em 2008

    Vicente KresiakPor Vicente Kresiak7 de outubro de 2023Atualizado:5 de julho de 20241
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    Sumário

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    • O Significado do Ubuntu
    • Uma Filosofia que transformou o Celtics
    • Um Time, Um Objetivo
    • O Legado
    • A Influência sobre o Elenco Atual
    • Um Bom Sinal

    O Significado do Ubuntu

    No coração do sucesso dos Celtics na temporada de 2008, havia uma filosofia profundamente enraizada: o conceito ubuntu. O termo “ubuntu” tem suas raízes na língua Bantu e serviu como grito de guerra para os sul-africanos que lutavam contra o apartheid, tal qual Nelson Mandela e o arcebispo Desmond Tutu. Ele representa um ideal africano que se traduz em “eu sou porque nós somos”. Essa filosofia enfatiza a importância das relações humanas, da empatia e da comunidade, elementos que se tornaram a espinha dorsal da cultura do Celtics naquele ano.

    Uma Filosofia que transformou o Celtics

    Aquele Boston Celtics não era apenas um time talentoso; era uma irmandade que abraçava o conceito ubuntu. O treinador Doc Rivers foi fundamental no desenvolvimento dessa mentalidade coletiva. Ele incutiu nos jogadores a crença de que ‘o sucesso de um dependia do sucesso de todos’. Isso resultou em um esforço incomum, onde estrelas como Paul Pierce, Kevin Garnett e Ray Allen se dispuseram a sacrificar, quando necessário, números individuais em prol do mesmo objetivo: o campeonato. Os Celtics vinham de uma temporada muito difícil. Nove dos quinze jogadores eram novatos e Rivers estava procurando por algo que os unisse. Quando uma ex-colega de faculdade, Stephanie Russell explicou o conceito central do ubuntu – eu não posso ser tudo o que posso ser, a menos que você seja tudo o que pode ser – Doc foi imediatamente fisgado. “Bem, quando ela disse isso, eu pensei ‘É isso. Essa é a palavra. Essa é a filosofia. É disso que eu preciso’.”

    Rivers ficou acordado até tarde naquela noite, lendo tudo o que podia sobre a filosofia Ubuntu. No dia seguinte, ele voltou para Boston e se reuniu com os jogadores. “Na nossa primeira reunião eu andei na frente de toda a equipe e disse ‘ubuntu’, sem mais nem menos. Ninguém deu bola. Eu disse de novo. Então um dos jogadores, acho que Kevin Garnett, levantou a mão e perguntou: O que é isso?”

    Rivers não respondeu. Ele fez todo mundo esperar um dia inteiro e depois fez com que os novatos do time explicassem aos mais velhos. “Eu os trouxe ao meu escritório e informei que não era uma piada. Isso era muito, muito pessoal e muito importante para mim.”

    Mas, por que aos novatos? Rivers sabia que eles trabalhariam duro. E porque, ao contrário dos veteranos, eles não seriam céticos em relação a algo novo. “Eles foram sensacionais, melhores do que eu jamais teria sido. Aquilo pegou toda a equipe imediatamente.” E os Celtics se sagraram campeões, impulsionados pelo poder de uma palavra.

    Um Time, Um Objetivo

    No cerne do conceito ubuntu estava a noção de que cada jogador era parte de algo muito maior do que ele mesmo. Eles compartilharam a bola, defenderam com intensidade e apoiaram uns aos outros em momentos cruciais. A química dentro e fora da quadra era notável, tornando-os à época uma equipe absolutamente dominante e temida por todos os adversários. Essa mentalidade coletiva ajudou o Celtics a vencer o título, encerrando um jejum de 22 anos.

    O Legado

    O conceito ubuntu não apenas levou a equipe à glória, mas também deixou um legado duradouro na franquia e na NBA como um todo. Ele serviu como exemplo de como o espírito de equipe, a empatia e o respeito mútuo podem ser as bases do sucesso. O Celtics de 2008 provou que, quando os indivíduos se unem em busca de um objetivo comum, podem alcançar resultados categóricos. O impacto do ubuntu estendeu-se além das quadras de basquete e inspirou não apenas outros times esportivos, mas também organizações e comunidades a adotarem uma abordagem colaborativa e empática na realização de suas metas e desafios. A mensagem de que juntos somos mais fortes ressoou profundamente na cultura esportiva e na sociedade de um modo geral.

    A Influência sobre o Elenco Atual

    Na semana que precede o início da pré-temporada, Joe Mazzulla, treinador do Celtics, enviou um e-mail convidando jogadores históricos da franquia a comparecer junto aos treinos da equipe.

    “Enviei um e-mail a todos os ex-jogadores do Celtics porque achei importante compartilharmos essa experiência juntos. Eles iniciaram essa tradição, mantiveram-na e agora é nossa responsabilidade como organização mantê-la viva. Quando você não os vê com frequência, você não consegue preservar essa conexão com o passado. O passado é composto pelos banners, sim, mas deveria ser composto também pelas pessoas que conquistaram cada um deles. É importante que esses jogadores sejam bem-vindos aos treinos e aos jogos, para que possamos seguir desenvolvendo essa irmandade que é uma identidade de Boston.” – Joe Mazzulla

    Convite feito, convite aceito. E o primeiro a aparecer foi Paul Pierce, um dos lendários jogadores da equipe campeã de 2008. The Truth tem acompanhado de perto os treinos de Jayson Tatum, que aos poucos vai entendendo o verdadeiro significado de pertencer a uma organização repleta de história e sedenta por novas conquistas.

    “Passei todos os dias com Paul durante quatro semanas. Ele vinha para a academia todas as manhãs e treinava comigo na sala de musculação. Ele nos seguia até a academia e eu treinava com meu treinador Drew, enquanto ele assistia. Foi uma honra para nós tê-lo por perto. Ele contou muitas histórias. Eu fiz diversas perguntas a ele. Estou ansioso para que ele venha ao training camp e para vê-lo por aí com frequência.” – Jayson Tatum

    Após uma off-season movimentada, com a saída de jogadores importantes e queridos pela torcida, Brad Stevens falou sobre a alegria estampada em seu rosto durante coletiva de apresentação de Jrue Holiday. Questionado sobre o motivo por trás de seu sorriso, o ex-treinador e agora dirigente do Celtics foi enfático:

    “Cometemos mil erros (no primeiro treino), mas dava para ver que aquela coisa está lá. Há uma união. Há uma excitação. Há uma alegria, uma competitividade.”

    Na mesma coletiva, Steve Pagliuca, coproprietário da franquia, falou sobre a presença de Paul Pierce e reforçou a fala de Brad Stevens.

    “Hoje só havia eletricidade na academia. Paul Pierce olhou para nós e disse que em toda sua carreira nunca viu um treino, no qual os jogadores tenham sido tão fortes e tão rápidos por tanto tempo”.

    Certo é que Paul Pierce não tem aparecido nos treinos e na academia por pura diversão. Muito pelo contrário, Pierce acredita que sua presença e seu apoio contínuo aos junto aos jogadores fazem parte de um misto de obrigação e tradição. Ele explicou que, naquela época, o elenco foi fortemente influenciado por visitas de jogadores lendários como Bob Cousy, John Havlicek e Bill Russell. Pierce sabe como esses momentos podem ser inspiradores, assim como foram para ele enquanto jogador e quer ajudar a recriar um pouco daquela magia para esta nova geração.

    “A presença daqueles caras nos treinos ou nos jogos sempre trazia uma energia diferente para o nosso ambiente. Esse tipo de coisa dá continuidade à irmandade. Tudo faz parte da nossa cultura e isso é algo que o Celtics sempre fez. É importante manter isso vivo.” – Paul Pierce

    Guardadas as devidas proporções, é claro, considerando que a equipe de 2008 alcançou o tão almejado título, é evidente e necessário destacar que algo muito especial está acontecendo nesse exato momento em Boston. Começando pelo quinteto titular, que desde a adição de Kristaps Porzingis vem despertando o interesse por todos os amantes da franquia e dos adeptos em geral. Passando pela chegada de um defensor de elite – Jrue Holiday – após a saída de Marcus Smart, símbolo de garra e do trabalho duro, tão emblemáticos em se tratando de Celtics. Além, é claro, da intenção de Jayson Tatum e Jaylen Brown, líderes da equipe, de compor o time All Defensive da liga ao final da temporada. Soma-se a isso outros fatores (sim, isso inclui o novato Jordan Walsh, elogiado por todo o elenco logo no início do período de treinamentos).

    Um Bom Sinal

    Tal filosofia desempenhou papel fundamental para a última conquista do Celtics, em um passado não muito distante, tendo sido capaz de transformar um punhado de jogadores talentosos em uma equipe unida e brutal, provando que para vencer um título não basta apenas contar com jogadores de calibre alto. Portanto, como o próprio Celtics já demonstrou, o ubuntu é uma lição atemporal que continua a inspirar aqueles que buscam o sucesso de forma coletiva e, ao que tudo indica, o elenco atual vem se dedicando firmemente a aprender.

    Por Vicente Kresiak


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    Vicente Kresiak

    Designer, redator e pé quente. Assumiu o Celtics Brasil após o fim da penúltima temporada e viu o Celtics conquistar seu 18° banner logo de cara. Tem como premissa tornar o Celtics mais acessível para o público brasileiro e preza pela qualidade em cada texto ou publicação.

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    1 comentário

    1. Afonso em 7 de outubro de 2023 12:32

      Acho que todo torcedor celta, talvez uns mais, outros menos, esperava que em algum momento desse processo de evolução do nosso núcleo essa galera das antigas iria aparecer pra somar com experiência, irmandade e noção de identidade. O que aquele time de 2008 jogava não tá escrito no manual do basquete. Espero que os Deuses Pierce e Garnett consigam passar um pouquinho daquela sensação de ser campeão, passando o carro no maior rival e marcando época.

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