Em entrevista ao jornalista Andrew Sharp, da Sports Illustrated, o treinador Brad Stevens revelou que um dos segredos da rápida reconstrução do Boston Celtics é a aquisição de atletas que estejam motivados a mostrar todo o seu potencial na capital de Massachusetts, depois de passagens sem muito brilho por outras franquias da NBA. O trabalho de Stevens está sendo muito elogiado pelos analistas da liga: mesmo com um time sem estrelas, o Celtics está entre as melhores campanhas da Conferência Leste e está perto de confirmar a segunda participação consecutiva nos playoffs.
“Nós olhamos para os indivíduos que estão com um chip em seu ombro (expressão americana que define alguém ressentido, chateado, que se sente inferior e quer provar seu valor). Esse tem sido um grande negócio para nós. É algo que pode ser contagioso. Neste nível, você tem que assinar com atletas que têm essa atitude. É difícil criar um ambiente se esses caras não trazem isso com eles”, afirmou Stevens.
Os três principais atletas do Celtics na temporada se encaixam perfeitamente nessa linha de contratações da franquia, citada por Brad Stevens: o armador Isaiah Thomas, 60ª e última escolha do NBA Draft 2011, foi contratado depois de uma passagem frustrante pelo Phoenix Suns, o ala Jae Crowder era um reserva pouco valorizado no Dallas Mavericks, e o ala Evan Turner não conseguiu mostrar, no Indiana Pacers, o mesmo desempenho que teve no basquete universitário e no Philadelphia 76ers. Maior pontuador celta na temporada, Thomas concorda com o treinador: “Temos um grupo de atletas que sempre foram descartados, e nós jogamos pensando nisso”.
Uma resposta
O time tem seus defeitos, mas a falta de vontade passa longe do TD Garden.