Não é difícil imaginar, falando de Boston Celtics, que seu maior jogador tenha fortes vínculos com a história vencedora da franquia que representa. Exemplos para isso não faltam. De Bill Russell a Paul Pierce, sem deixar de mencionar Larry Bird ou Bob Cousy, os grandes de Boston indiscutivelmente sempre tiveram uma coisa em comum: a paixão pelo verde e branco, um amor incondicional pelo Boston Celtics!
Tatum é de longe o maior jogador draftado pelo Celtics desde Paul Pierce.
Tudo às mil maravilhas, não? Aparentemente nem tanto. Ano após ano, o jovem astro vem precisando se provar não apenas dentro da quadra, mas também fora dela. Sua idolatria por Kobe Bryant, um dos maiores nomes da história da liga e ex-astro do maior rival bota uma pulga atrás da orelha de uma legião de torcedores fanáticos e sedentos por títulos e claro, um novo ídolo!
Apesar da pouca idade, Tatum demonstra enorme potencial para fazer história com a camisa do Celtics, quebrando recordes e evoluindo a cada temporada. Mas, apesar disso, suas recorrentes falhas em jogos cruciais, incluindo a decisão da temporada 2021-22 contra o Golden State Warriors, além de sua adoração por um ídolo rival, vira e mexe, colocam um ponto de interrogação sobre seu futuro junto à franquia que o draftou.
Sumário
ToggleMas e aí, precisamos nos preocupar?
Bom, o futuro a Deus pertence e não dá pra cravar absolutamente nada quando o assunto é a NBA.
Recentemente, em entrevista à Jeff Goodman, do The Messenger, Tatum expressou seus pensamentos sobre ele e sobre o Celtics, afirmando estar finalmente sentindo a conexão com Boston, amadurecendo, crescendo como atleta e indivíduo e, logicamente, criando seu filho na cidade.
“Passei minha vida adulta aqui. Meu filho cresceu aqui. Eu cresci aqui. No começo era como se eu morasse aqui. Agora faço parte de Boston. Eu realmente sinto uma conexão com a cidade e com o povo daqui”.
Falando sobre os grandes nomes da franquia, Tatum citou os títulos conquistados por eles e assumiu seu desejo de se tornar o maior jogador do Celtics de todos os tempos.
“Quero ser o melhor jogador do Celtics de todos os tempos, quero ser conhecido como um vencedor e acredito que serei.”
Além disso, em se tratando da próxima temporada, o astro de Boston quer ir além! Nomeado para o time principal da NBA nas duas últimas temporadas, Tatum foi enfático ao dizer que almeja conquistar um lugar no time defensivo da liga. A ascensão de Tatum junto ao Celtics vem se desenrolando de forma absolutamente intensa e rápida, impulsionada pela mentalidade coletiva de seus treinadores e pela presença frequente de grandes companheiros ao seu lado.
Dá para cravar que Tatum irá alcançar tudo o que deseja, incluindo um título com o Boston Celtics?
Isso só o tempo vai dizer, mas uma coisa é possível afirmar: Jayson Tatum é um jogador único e está cada vez mais perto de se tornar um dos grandes nomes da história do Celtics. O jogador, draftado em 2017, vem crescendo de produção temporada após temporada e, mesmo diante das críticas, demonstra maturidade e personalidade, assumindo a responsabilidade por suas eventuais falhas e colecionando suspiros após inúmeras jogadas de tirar o folêgo. Ninguém pode afirmar que Tatum se esconde, muito pelo contrário, é um jogador fenomenal e ainda longe de seu auge. Sim, estamos falando de um garoto.
Para ser mais cuidadoso, como que ajudando a lapidar aos poucos a nossa pedra preciosa, bato na tecla de que, apesar dos números impressionantes e da dominância em diversos queisitos em seu último ano com o Celtics, ainda estamos falando de um jogador jovem, com muito basquete por jogar e teto para se desenvolver. Cabe a nós acompanharmos seus jogos e torcermos por sua constante evolução. Nossa torcida também para que o outro novato – no caso, seu treinador Joe Mazzulla – saiba extrair o melhor de seu jogo e de sua dedicação, para que seu esforço não seja em vão e para que seu ídolo, de onde quer que esteja e o veja, possa se sentir orgulhoso do belíssimo jogador que Tatum vem se tornando.
A consequência óbvia para um atleta tão determinado excede a idolatria de uma torcida com grandes expectativas em relação ao ‘bailarino mortal’, e se resume a apenas uma coisa: um banner.
No nosso caso, o tão sonhado 18°. Para Tatum, seu primeiro e… quem sabe, o primeiro de muitos.
Por Vicente Kresiak