Nos dias 5, 6 e 7 de agosto, foi realizada no Clube Atlético Paulistano, a clínica de basquete do Coach Brown (Larry Brown).
Tive o prazer de participar e aprender bastante com um dos currículos mais respeitados do basquetebol mundial, como voces podem ler abaixo:
*Campeão da NBA com o Detroit Pistons em 2004
*Consagrado no “Basketball Hall of Fame”em 2002, como técnico
* Eleito técnico do ano da NBA em 2001
* 4ª colocado na historia da NBA em numero de vitorias com mais de 1089 triunfos
* Venceu 3 Títulos de Conferência da NBA
* Venceu 10 Títulos de Divisão de Conferência da NBA
* Levou seus times para os Play-Offs 18 das 22 temporadas que atuou como técnico
* Único técnico na história a vencer um titulo da NBA e da NCAA
* Único individuo a servir a seleção americana como jogador e técnico e vencer a medalha de ouro nas Olimpiadas
* Medalhista de Ouro como técnico da seleção dos EUA em 2000 e jogador em 1964
* Medalha de Bronze nas Olimpíadas de 2004 como técnico da seleção dos EUA
* Eleito 3 vezes técnico do ano da ABA
* Eleito técnico do ano da NCAA 1988
* Eleito técnico do ano do Big Eight Conference da NCAA em 1986
* Campeão Universitário como treinador da Kansas University em 1998
Aos 71 anos, Coach Brown, fez questão de lembrar que é da quarta geração de ex-atletas, que se tornaram coachs, onde o primeiro deles foi “simplesmente” James Naismith (inventor do basquetebol).
Na viagem de retorno para o Rio de Janeiro, verificando minhas anotações, notei a diferença entre a filosofia americana e a escola europeia de basquetebol.
Podemos fazer uma comparação entre o basquete americano e o futebol brasileiro, onde a cultura e o talento são inerentes aos nativos, o que gera uma certa soberba em pensar que são os melhores destas modalidades e consequentemente, favoritos em qualquer competição que disputem.
Sem dúvida o basquete americano e o futebol brasileiro são os maiores formadores de talentos, mas a soberba de achar que só o talento resolve, ultimamente anda acarretando derrotas.
Seja no basquete ou no futebol, os europeus, conseguem chegar próximos, estudando os porquês de cada fundamento e situações de jogo que lhe sejam favoráveis. Assim, acabaram encontrando a filosofia onde a manutenção da posse de bola, a melhor utilização das regras e uma simples, porém eficiente execução dos fundamentos os leve a vitória.
O basquete brasileiro não possui a cultura de basquetebol e consequentemente o mesmo talento dos americanos. Mesmo com o técnico Rubén Magnano (escola argentina, semelhante a europeia) ainda joga o “basquete caribenho” que é caracterizado por uma correria desenfreada e os excessivos arremessos de 3 pontos.
Acredito que o trabalho do Magnano seja o início da mudança de filosofia no basquete brasileiro, e torço para que sigamos por muito tempo a filosofia europeia.
Outro detalhe que me chamou a atenção durante as palestras foi a enorme diferença entre os termos: técnicos, treinadores e coachs.
Coach Brown, quando se referiu ao seu passado como atleta, disse:
-Eu joguei para o Coach x,y e z.
Ao ouvir diversas vezes Coach Brown reverenciando seus ex-coachs, fiz uma comparação com o Brasil onde, algum atleta se referindo ao seu passado, diz:
– Eu joguei no clube x,y e z…
Para entendermos melhor essa diferença entre técnicos, treinadores e coachs, recorro ao dicionário:
1 – Técnico: Pessoa que conhece a fundo uma arte, uma ciência, uma profissão. = ESPECIALISTA, PERITO.
2 – Treinador: Profissional que orienta e treina uma equipe
3 – Coach Uma relação de parceria que revela e liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar seu desempenho.
Penso que a tradução literal revela e deve permear a postura dos técnicos, treinadores ou coachs e de acordo com essa postura, o consequente tratamento que este profissional receberá.
Para concluir este artigo gostaria de enaltecer a disposicão de Larry Brown, wue mesmo com 71 anos e recém-operado, correu e gritou durante toda a clínica e sempre respondeu atenta e claramente a todas as perguntas que o foram feitas.
Obrigado, Coach!! Que sua clínica, atencão e disposicão motivem a melhora do basquete brasileiro.
Por: Marcello Berro
Respostas de 6
Mto massa BErro, paraens …
Mto massa mesmo
Muito legal mesmo. Parabens.
Ta loko q eu vou ler isso tudo aí…
Como sempre, nós mudamos mas ainda somos os mesmos…..
Artigo excelente! Parabens.
Beijos mmr.
Parabéns irmão pela excelente materia.
Hj o basquete precisa enxergar os talentos disperdiçados que temos, e com certerza vc é um deles.
É obrigação do armador, na hora do jogo, ficar ensinando colegas de equipe a se posicionarem em quadra, ficar gritando fulano vem para cá, beltrano vai para lá? Ou chamar a jogada e os colegas saberem se posicionar para ela?