Poucos dias antes de ser homenageado pelo Naismith Memorial Basketball Hall of Fame, localizado em Springfield, Massachusetts, o ex-técnico celta Rick Pitino concedeu uma entrevista a Gary Washburn, do Boston Globe. Condecorado como ‘imortal do basquete’ neste domingo (8), Pitino falou um pouco de sua passagem pelo Boston Celtics e da importância da franquia em sua carreira.
Bicampeão da NCAA e sete vezes presente na disputa do Final Four, o hoje treinador de Louisville não conseguiu repetir em Boston o seu sucesso no basquete universitário. Pelo contrário: com uma campanha de 102 vitórias e 146 derrotas e sem conseguir classificação para os playoffs nos três anos e meio em que esteve na franquia, Pitino é até hoje lembrado pelos torcedores como um dos piores comandantes da história do Boston Celtics. “O mais decepcionante é que eu não podia fazer nada sobre isto”, disse o treinador. “O que mais doeu em nós é que, quando estávamos colocando as coisas no rumo certo, tivemos que lidar com o locaute e com Pierce esfaqueado 11 vezes. Aí tivemos que nos definir novamente, e isso leva tempo”, afirmou Pitino, fazendo referências ao campeonato de 1999-2000, que só teve 50 dos 82 jogos por conta do locaute (greve patronal) na pré-temporada e também ao atentado sofrido pelo ídolo celta em setembro de 2000.
Além da péssima campanha em quadra, Pitino até hoje é criticado pela saída de Chauncey Billups: terceira escolha do NBA Draft 1997, o armador foi embora de Boston durante a sua primeira temporada, após atuar em apenas 51 partidas. Após deixar o TD Garden, Billups se tornou, logo depois, um dos grandes nomes de sua posição em toda a liga, sendo campeão pelo Detroit Pistons em 2002. “Você sabe, eu troquei Chauncey Billups e ele foi negociado depois mais duas vezes. Depois disso, ele realmente se firmou e tornou-se o armador que eu sabia que ele poderia ser”, lamentou Pitino.
Mesmo tendo de lidar com tantos problemas, erros e as eternas broncas dos celtas, o treinador fez uma avaliação positiva dos seus tempos no Celtics. “De todas as minhas passagens, Boston provavelmente foi o que me moldou como treinador, como queria ser. Então, para mim, não foi uma experiência negativa, acabou sendo muito positivo e fez com que me tornasse um treinador completo”, disse.
Além de comentar sobre o passado, Pitino também falou sobre o futuro: o treinador revelou ter tido uma conversa com Brad Stevens, que será o técnico do Celtics a partir da próxima temporada e com quem Pitino travou algumas disputas nos tempos de NCAA. “Nós conversamos, e eu disse: você tem ótimas práticas ofensivas e que todos os times da NBA executam, sabe jogar defensivamente e executar pick and rolls. Só não deixe que as derrotas o deixem para baixo. Permaneça positivo, todos os dias. Boston é uma grande cidade, o Celtics é uma grande organização, Danny Ainge (GM celta) sabe dessa tradição vencedora e vai estar atrás de você todo o tempo”, comentou.
Respostas de 6
“Rick Pitino comenta passagem pelo Celtics e dá dicas a Stevens”
Medo dessas dicas.
Ei Stevens, não sei o que o Pitino te falou, mas faça tudo exatamente ao contrário…kkkkkkkk
Concordo. É útil para saber o que não fazer.
(Depois disso, ele realmente se firmou e tornou-se o armador que eu sabia que ele poderia ser”, lamentou Pitino.)
Se sabia que o cara tinha um enorme potencial pq trocou o cara? Vai entender.. kkkk
exatamente o que eu iria falar kkk, essa ai foi só uma desculpa mesmo pelo vacilo que eu deu
O Rick Pitino que me desculpe, mas a melhor dica que ele pode dar ao Stevens é para fazer TODO O CONTRÁRIO do que ele fazia como técnico. Quem é fã do Celtics de longa data lembra da época tenebrosa em que ele esteve em Boston. Deus me livre!
Ele não comentou sua famosa frase: “Ricky Davis será All-Star”?