O Boston Celtics possui muitos dos requisitos para poder dominar a NBA nos próximos anos. O elenco reúne experiência e juventude na medida certa, com muito talento a disposição. A equipe é treinada por um dos melhores e mais criativos técnicos da NBA, e é administrada por um General Manager que parece sempre acertar o alvo. Será que o Celtics tem adversário a altura na conferência Leste?
Um dos principais adversários do Celtics na temporada, o Philadelphia 76ers, não foi páreo para o Celtics na rodada de abertura da NBA. Pode ser muito cedo para afirmar isso, mas parece que Boston está em vantagem em relação a Philadelphia. E isso ocorreu mesmo com desempenhos fracos dos dois principais jogadores da equipe de Boston: Kyrie Irving e Gordon Hayward, que voltam de graves lesões que o deixaram de fora de algum período da última temporada, mostraram ainda não estar no mesmo ritmo que os outros jogadores, em especial Hayward.
Na falta de brilho dos principais jogadores da equipe, foram os jovens do Celtics que tomaram o controle da situação na partida em questão. Jayson Tatum, em uma grande partida, fez 23 pontos e liderou a equipe, que contou também com boas atuações de Marcus Morris, Jaylen Brown e Al Horford para bater a equipe da Philadelphia. Se o Celtics derrotou com certa tranquilidade um dos principais rivais da conferência, e sem precisar de suas duas principais estrelas, como será a partir do momento em que Irving e Hayward estiverem plenamente saudáveis e jogando no nível que podem entregar? Como será quando Tatum, de apenas 20 anos, ganhar mais experiência e seguir melhorando?
Recentemente, o jornalista norte-americano Colin Cowherd declarou: “É um ótimo momento para ser um torcedor de Boston. É simplesmente maravilhoso”. Esta declaração dá uma perspectiva do otimismo que os times da cidade de Boston, incluindo o Celtics, estão recebendo.
The Boston Celtics are the next great sports dynasty #Herdin60 pic.twitter.com/wnUVc8TC8X
— Herd w/Colin Cowherd (@TheHerd) October 18, 2018
Por que tanto otimismo?
Primeiramente, vamos dissecar um pouco mais os fatos que levam a todo esse otimismo a respeito do Boston Celtics. Na temporada passada, já eram esperados grandes resultados desse time. No entanto, a equipe acabou perdendo Gordon Hayward no primeiro jogo da temporada. Apesar do impacto negativo da perda do ala, Boston seguiu em bom ritmo, apoiado principalmente em Kyrie Irving, o principal jogador da equipe. Em meio a isso, pudemos assistir a impressionante evolução de Jayson Tatum e Jaylen Brown, que assumiram papéis de protagonistas durante a temporada.
Próximo aos playoffs, Boston acabou recebendo outra má noticia: Kyrie Irving, com uma lesão no joelho, não iria participar da pós-temporada. A responsabilidade agora era toda do veterano Al Horford e dos jovens jogadores da equipe. A profundidade do elenco do Celtics ficou em evidência durante esses playoffs, quando a equipe formada pelos jogadores disponíveis acabou chegando às finais de conferência, liderados por Jayson Tatum e com boas participações de Horford e também de Marcus Morris, Jaylen Brown, Aron Baynes e Terry Rozier, substituto de Irving. Eles mostraram que, mesmo com as lesões, o Celtics poderia fazer frente a qualquer equipe da conferência. E assim, Boston eliminou Milwaukee Bucks, Philadelphia 76ers, além de estar próximo de derrotar o Cleveland Cavaliers de LeBron James, e ir para as finais da NBA.
Depois de tais acontecimentos, os jovens da equipe de Boston pareciam ainda mais promissores. Aliás, eles já eram uma realidade. O elenco do Celtics que foi colocado à prova na pós-temporada, mostrou sua qualidade. Brad Stevens, comandante da equipe, mostrou porque é um dos melhores treinadores da NBA. E tudo isso ocorreu diante de um cenário pessimista ao fim da temporada regular.
A base forte do Celtics foi mantida para esta temporada. Além disso, o elenco contará com o retorno de lesão de suas duas principais contratações, Kyrie Irving e Gordon Hayward. Os jovens jogadores de Boston também adquiriram mais experiência, mais confiança e a tendência é que Jaylen Brown e Jayson Tatum sigam evoluindo. Soma-se a isso, ainda, uma defesa forte, um time versátil, de longa duração, e um banco de reservas de respeito, que, com boas opções no elenco, permite que os titulares desgastem-se menos, mantendo a qualidade da equipe em quadra e evitando, assim, inesperadas lesões.
Ainda como bônus, no último Draft o Celtics adicionou um jovem problemático, mas com enorme talento: Robert Williams. O calouro juntou-se ao elenco do Celtics já para poder dividir tempo de quadra com o pivô australiano Aron Baynes. E com um técnico de tamanha inteligência como é Brad Stevens, Williams pode ser um diamante a ser lapidado e vir a se tornar mais um dos jovens talentos do Celtics. A perspectiva só melhora se analisarmos como o General Manager da franquia, Danny Ainge, tem acertado em suas decisões. E seja o que for que ele decidir para as próximas temporadas, Ainge tem a total confiança da torcida do Celtics.
Outro fator importante a ser ponderado, é a juventude do elenco do Celtics. Há apenas dois jogadores com mais de 30 anos em Boston (Al Horford e Aron Baynes) e dois jogadores próximos de atingir os 30 (Brad Wanamaker e Marcus Morris). Desta forma, o Celtics possui uma equipe jovem, com a dose certa de experiência, sendo assim, um time formado para manter o alto rendimento por muitas temporadas.
Na segunda parte desta matéria, vamos analisar os adversários do Celtics na atualidade e os possíveis postulantes ao título da NBA nas próximas temporadas.
Respostas de 17
Sinceramente sou completamente contra dinastia em qualquer esporte, mas já que ela existe e principalmente na NBA que seja do nosso Celtão
Exato, creio que o equilíbrio seja sempre mais atraente, em qualquer liga.
Mas se for para ter uma dinastia, que seja do nosso Celtics !!
Abraços !!
Henrique Correia parabéns excelente texto, ansioso para a parte 2
Obrigado Erondi !!
Em breve estarei postando a parte 2.
Abraços !!
Muito bom, Parabéns pelo texto.
Obrigado Walmir !!
Abraços !!
Também vejo com otimismo esse time, mas acredito que estamos para viver o tempo de maior equilíbrio na NBA, caso o GSW realmente se desfaça.
Só no leste temos Boston, 76ers, Toronto em níveis parecidos, fora os times do oeste, que apesar de mais envelhecidos ainda possuem muita força como Rockets, Jazz, GSW e o eterno Spurs
Sim, na parte 2 vamos falar um pouco desses times que podem ser uma ameaça e de suas qualidades.
Abraços!!!
O que pode pesar muito a nosso favor são as picks de 2019: Uma top 3 e mais 3 de prinepri rodada ( o Aínge sempre arruma alguém bom ), se a classe for realmente boa da para armar um time ainda mais jovem e melhor.
Opa bem lembrado, além de que podem servir como moeda de troca em outras negociações também.
Abraços !!
O desafio para DA é manter o time. Difícil. As renovações tendem a ser complicadas. Mas se ganharmos a conferência e o anel, ou ao menos batermos bem de frente com GSW (ou os foguetes, de quem creio que vençamos em 7 jogos) creio que os donos da franquia abram os cofres (ou torço)
Sim. É importante manter a maior parte do elenco, e o que perder, repor a altura. Vamos ver quais os proximos movimentos do Ainge.
Abraços!!
Warriors jogam sem pivô!
Green é gândula? É possível acontecer essa dinastia celta ano que vem. Desde que ocorram algumas coisas:
-Warrios precisam perder pelo menos um dos All Stars do seu elenco apelão!
-Celtics precisam aproveitar as picks, assim como o desgaste natural do Horford e as oscilações do Brown para pegar um Garrafão de qualidade!
Ex: Anthony Davis; Drummond; Towns
-Caso não der para contratar um desses três que, na minha visão são os melhores, devemos apostar em outros jogadores que fazem o “Falso Pivô”:
Ex: Griffin; Durant; Giannis;
Eu gostaria de acreditar, mas a desconfiança fala mais alto. Do time titular, Hayward (uma contusão grave) e Irving (duas intervenções cirúrgicas no mesmo joelho) ainda são, para mim, incógnitas físicas e psicológicas. Além do exposto, eu não confio numa continuidade do Irving, uma vez que pela idade e histórico, ele esteja mais propenso a entrar “num time pronto” para dividir a responsabilidade e ter mais chances de ganhar rápido. Outro fato: não vejo no plantel atual ninguém com força e carisma para ser a nossa referência, o cara que “põe a bola debaixo do braço”, faz o adversário tremer e ganha o jogo. Talvez, daqui uns 4 anos, Tatum seja esse cara. Eu ficaria mais otimista se tivéssemos, além dos caras atuais, um “cavalo” feito DH-12 (não é cavalo no sentido literal, bem entendido) ou um craque como Anthony Davis (melhor seria ter os dois). Em tempo: discordo de quem malha a forma como os Warriors montaram o time deles, uma vez que o fizeram com competência, dentro das regras (acho) e, caso não haja um desmanche, esse time ainda vai passear por um bom tempo. Abraços!
Ainda existem muitas incógnitas com certeza, mas vamos ver quais serão as próximas ações do Celtics. Mas fato é, com o time atual do GSW, dificilmente alguém tira o título deles, é um time muito completo.
Abraços !
Parabéns pelo texto, ótimo trabalho!
Acho bacana tudo isso, é possível sim ser uma dinastia, mas precisamos ser campeões, não ganhamos nada, tem que pensar em um time competitivo por vários anos (claro, lógico), não podemos confundir pressa com velocidade, mas tem que ganhar o Anel da Liga, todos são bons, administração excelente, elenco bom, Stevens o melhor treinado do planeta, mas não somos campeões, sabe é complicado, não podemos ficar só na teoria, o ideal já é ganhar o título, principalmente contra o GWS, e ser uma realidade.
Opa, obrigado Diego. Sim, em teoria tudo é belo kkk mas precisamos agora colocar em prática o bom trabalho até aqui executado e transformar isso em titulo.
Abraços !!