Seria Terrence Williams um candidato a salvação?

Entre a cruz e a espada na série de playoffs contra o New York Knicks, após três derrotas consecutivas e uma desclassificação desenhada, Doc Rivers precisava fazer uma jogada de mestre, não só para evitar a varrida, mas também para alimentar os sonhos da equipe e da torcida de se manterem vivos no mata-mata. E a jogada pode ter surgido, de maneira surpreendente, tal como um lance de xadrez. De tanto testar, Doc pode ter achado uma solução importante na rotação para os duelos decisivos. E essa solução tem nome e sobrenome: Terrence Williams.

T-Will, como é mais conhecido, chegou ao Celtics no meio da temporada, vindo do basquete chinês, e desembarcou em Boston apenas como peça para compor um elenco arrasado, após as perdas de diversos atletas por lesão, entre eles Rajon Rondo, Jared Sullinger e Leandrinho Barbosa.  Exercendo esse papel modesto, Williams teve uma participação discretíssima durante a temporada regular, entrando em quadra 24 vezes, tendo média de quatro pontos em 13 minutos por jogo. Nos playoffs, esquentou o banco na primeira partida e somou nove minutos nos dois confrontos seguintes.

Entretanto, a sorte de T-Will mudaria no jogo 4, em que o Celtics começou a decidir sua sobrevivência na série: na ocasião, Williams ganhou de Doc a oportunidade de entrar em quadra por 11 minutos, contribuindo com três assistências. Para o quinto duelo, em Nova York, Doc Rivers chamou novamente o camisa 55 para ter um tempo maior no jogo. Com o treinador optando por uma rotação bastante reduzida, Williams foi um dos únicos reservas a ganhar minutos em quadra (o outro foi Jason Terry), e não foi mal: nos 17 minutos que atuou, o ala-armador registrou quatro pontos, quatro rebotes e duas assistências. Apesar dos números relativamente baixos, Terrence foi fundamental em um aspecto importante: a marcação sobre o ala-armador Raymond Felton.

Um dos destaques da equipe nova-iorquina na temporada, Felton tem sido na prática o armador do Knicks, mesmo contando com os ótimos Jason Kidd e Pablo Prigioni na função, liderando os lances ofensivos, municiando J.R. Smith e Carmelo Anthony. Com Williams em quadra, Felton teve sua força ofensiva reduzida drasticamente: com um percentual de 58,3% nos arremessos, o ala-armador do Knicks teve uma queda para 42,9% sob a marcação de T-Will. Além disso, Felton passou por maus bocados na criação: nenhuma assistência foi distribuída nos dezessete minutos de Williams em seu encalço.

E não foi só na defesa que Terrence Williams se destacou. Ofensivamente falando, ele melhorou o desempenho de arremesso da equipe para 50% de acertos, contra os 43,5% de arremessos corretos conquistados enquanto o ala-armador esteve no banco. Outro detalhe relevante: com Williams em quadra conduzindo as jogadas e trabalhando mais a bola, aspecto em que Bradley vem pecando justamente por não ser armador, o Celtics obteve treze de suas vinte assistências em todo o jogo. Números bastante convincentes, que animaram o treinador. ‘As vezes, é preciso tirar um ás da manga’, disse Rivers, sobre T-Will.

Depois de insistir com Jordan Crawford no ataque e negar os minutos de Courtney Lee por conta de suas características defensivas, Doc Rivers considera agora a hipótese de dar ainda mais minutos a Williams, tido agora como a grande arma defensiva do banco, tal como foi Mickael Pietrus na última temporada. Para o bem da série e do Boston Celtics, contamos que Rivers esteja certo e que Terrence Williams possa ser mesmo o ‘ás na manga’ para a jogada mágica da sobrevivência.

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Respostas de 21

    1. Jamal Crawford é o do Clippers, o nosso é Jordan mesmo só no nome veio do Wiz na troca com o Barboza

    2. Olha. Já está arrumado.

      É só errar uma coisinha e todo mundo cai matando, mas quando publicamos texto de história quase ninguém comenta.

      Isso é complicado e bem chato para os colaboradores do site. Um erro todo mundo nota, mas elogiar um texto de história que dá trabalho trabalho pra fazer ninguém faz, né?

  1. Caaaalma aí, povo! O garoto fez uma boa partida, não significa que ele salvará o Boston de todos os seus problemas.

    Ainda sou mais apostar em peças seguras, como PP e KG, que a gente SABE que tem qualidade e que não dependem de noites iluminadas.

    E do banco Jet e Lee são peças mais testadas e que já demonstraram mais de uma vez seu valor.

  2. Concordo que T-Will foi bem. Acredito que possa repetir o feito. Mas, melhor não colocarmos todos os ovos em única cesta. Problema: a outra opção é reforçar a defesa com Lee, mas o Doc discorda.

  3. Espero que ele continue iluminado e que o Doc abra o olho de mais tempo em quadra para o o Lee.

  4. Lee ridículo, a única utilidade dele seria envolve-lo em uma troca pra próxima temporada.

      1. Ele tem hoje o sexto maior salário do time, o quinto é o Bass, não dá pra ser um jogador que só defende, e mesmo assim não é lá isso tudo defensivamente.
        Se arrumassem uma troca com ele e o Bass seria bom pro Celtics, só acho.

  5. Podemos trocar Bass + Lee por David West, se o Garnett e o Pierce se aposentarem dá para trazer Josh Smith ou D12 aí imaginem esse time:

    Rondo, Terry, Green, West e Josh Smith ou D12

    No banco: Crawford, Bradley, Terence, Sullinger e Wilcok

    Título da NBA

    1. Não acho que Pierce e Garnett aposentados seria tão bom, eles poderiam reduzir os salários, já que são os dois que mais recebem, ai abriria algum espaço.
      Meu sonho é ver o Noah em Boston, mas é algo meio impossível, imagina ele e Garnett juntos, a vibração dos dois seria absurda. Em termos de cap seria possível, pois Noah recebe o de Bass e Lee juntos, mas daí ao Chicago aceitar negociar e ele querer vir tem uma distância enorme.

        1. Romário e Edmundo se odiavam e o Vasco foi campeão brasileiro com os 2.
          Profissionalismo é diferente, mas claro que como eu já disse é impossível essa dupla, é só uma opinião, gostaria muito de ver os 2 juntos.

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