Entenda as posições do basquete

Durante as transmissões da NBA, muitos narradores, comentaristas e técnicos referem-se as posições dos jogadores em quadra, tanto por nomes quanto por números. Mas estes nomes e números representam quais posições? E como os jogadores que jogam nestas posições devem atuar em quadra? Estas são dúvidas muito comuns para quem acompanha o basquete.

Na história do Boston Celtics já vimos vários jogadores que naturalmente se destacaram em certas posições na franquia, enquanto vários lutaram pra se encontrar, mesmo sendo bons jogadores. Muitos fatores e características podem fazer parte da equação para achar o papel particular de um jogador em uma equipe. Nesse guia para iniciantes vamos falar de forma simplificada o que cada uma das posições clássicas tem como foco dentro de uma quadra de basquete.

Quais são as 5 posições do basquete?

O basquete é um jogo dinâmico e rápido que exige uma ampla variedade de habilidades e capacidades de seus jogadores. Essa diversidade é uma das razões pelas quais o jogo é tão bom. As cinco posições principais no basquete – armador (1), ala-armador (2), ala (3), ala-pivô (4) e pivô (5) – possuem responsabilidades distintas na quadra. Para um jogador, é essencial compreender seus pontos fortes e fracos para identificar a posição que mais lhe convém no basquete.

Armador ou Point Guard (1)

É muito comum acharmos que o armador tem como única função armar as jogadas do time, fornecendo assistências e chamando as jogadas. Isso é um conceito ultrapassado. A posição point guard pode ser melhor traduzida como “ponto de referência”.

O armador é o maestro em quadra, o general, é o líder da equipe na questão estratégica. Ele é o cara que mais carrega a bola e atua como um criador de jogadas. Seu papel é organizar o ataque, manter o fluxo e posicionar seus colegas nos lugares certos, criando oportunidades pra si e para equipe finalizar. Já no lado defensivo são responsáveis por limitar as infiltrações ofensivas e contestar os arremessos no perímetro.

Em resumo, os armadores devem encontrar um equilíbrio entre serem facilitadores e pontuadores. Um armador que facilita o jogo mas não tem a capacidade de criar seu próprio arremesso limita o jogo da sua equipe, assim como um armador pontuador que não consegue distribuir a bola quando necessário pode quebrar o ritmo de jogo dos companheiros. O ideal é sempre buscar o equilíbrio.

Bob Cousy – NBA.com

No Boston Celtics passaram alguns dos maiores armadores da história, incluindo Bob Cousy, que revolucionou a posição com seu incrível manejo de bola e visão de jogo. Outro foi Rajon Rondo, conhecido por suas assistências precisas e habilidade defensiva. Esses jogadores exemplificam as qualidades essenciais de um armador.

Ala-Armador ou Shooting Guard (2)

Muitos técnicos tentam, na defesa, impedir que o armador principal traga a bola para o ataque, visando prejudicar a organização ofensiva do adversário. É quando muitos ala-armadores entram no jogo, carregando a bola e buscando formas de pontuar ou facilitar o jogo para o time. Os ala-armadores também são frequentemente os melhores arremessadores de perímetro da equipe, se tornando um grande alvo de passe dos armadores principais.

Além de serem ótimos pontuadores, os ala-armadores também precisam mandar bem na defesa. Eles, normalmente, têm a missão de marcar os melhores jogadores de perímetro do time adversário e tentar bloquear suas chances de marcar pontos. O ala-armador tem um papel crucial tanto no ataque quanto na defesa, o que exige uma mistura de boas habilidades de arremesso, agilidade e muita determinação e inteligência na quadra.

Ray Allen – Associated Press

Na historia, o Boston Celtics foi recheado de bons ala-armadores, sendo alguns dos principais destaques Ray Allen, campeão em 2008 e um dos maiores chutadores de 3 da história da NBA, Marcus Smart, o DPOY e um dos mais queridos nomes que já passaram pelo Garden, e atualmente essa posição é dividida entre Derrick White e Jrue Holiday, atuais campeões da NBA.

Ala ou Small Forward (3)

O ala é geralmente o jogador mais versátil em quadra. Eles precisam pegar rebotes e ajudar os armadores a defender contra adversários mais fortes ou mais altos nas mismatches. No ataque, os alas tem que conseguir pontuar de diferentes formas dentro da quadra, seja acertando chutes de três pontos, meia distância ou infiltrando, a famosa ameaça tripla ofensiva ou offensive triple threat.

É muito comum vermos os alas das equipes se destacando na pontuação e sendo excelentes criando seu próprio arremesso. Diversos times tem seus alas como principais pontuadores da equipe e até mesmo atuando em alguns momentos como armadores da equipe por alguns minutos.

Larry Bird – NBA.com

No Boston Celtics passaram alguns dos maiores alas de todos os tempos. O principal nome é Larry Bird, um dos melhores da história do basquete, conhecido por sua habilidade em arremessar, passar e dominar em praticamente todas as áreas do jogo. Paul Pierce também se destacou como um ala incrível, combinando sua capacidade de pontuar de qualquer lugar na quadra com uma tenacidade defensiva que inspirou a equipe durante anos e levou o Celtics ao seu primeiro título em mais de 20 anos

Atualmente, o Celtics tem dois dos melhores alas da liga, que dividem essa função com maestria. Jayson Tatum e Jaylen Brown foram as principais peças do 18º título e já garantiram seus nomes na história da franquia e da NBA.

Ala-pivô ou Power Forward (4)

Os alas-pivôs são essenciais para qualquer equipe de basquete, trazendo uma combinação de força, habilidade e versatilidade. São responsáveis, principalmente, por ocupar a zona entre o garrafão e o perímetro, jogando no post, fazendo screens e ajudando nos rebotes. Atualmente a maioria também tem a bola de 3 pontos como arma ofensiva. Na defesa são normalmente muito físicos com um bom trabalho de pés e a capacidade de marcar a área interna.

Kevin McHale foi um dos maiores nessa posição, conhecido por seus movimentos impecáveis no post e por ser um defensor implacável. Ele dominava o garrafão e era uma referência de fisicalidade para o Boston Celtics, ajudando a equipe a conquistar múltiplos títulos.

Kevin McHale e Kevin Garnett – Associated Press

Kevin Garnett elevou essa posição a um novo patamar com sua intensidade e capacidade de jogar tanto dentro quanto fora do garrafão. Garnett, com seu estilo stretch four, não só defendia com energia, mas também tinha um arremesso confiável de média e longa distância, abrindo o jogo para seus companheiros e revolucionando a forma como os alas-pivôs atuam.

Jayson Tatum representa a evolução moderna desse papel, principalmente o fato de alas e ala-pivôs estarem se tornando cada vez mais um tipo só de jogador. Tatum é incrivelmente versátil, podendo atuar em várias posições e sendo eficaz tanto no ataque quanto na defesa. Ele não só pode dominar no interior, como também tem a habilidade de criar e acertar arremessos de três pontos, tornando-o uma ameaça constante em qualquer lugar da quadra.

A versatilidade de Tatum, combinada com a tradição de McHale e Garnett, mostra como o papel do ala-pivô no Boston Celtics continua a evoluir, mantendo a equipe sempre competitiva e inovadora.

Pivô ou Center (5)

No Boston Celtics, o pivô sempre foi uma posição de destaque, tradicionalmente ocupada pelos jogadores mais altos e dominantes fisicamente. A principal função do pivô é ser uma presença forte dentro do garrafão e no aro, tanto no ataque quanto na defesa, sendo normalmente os líderes de rebotes, tocos e pontos na área pintada.

Bill Russell é o maior exemplo de um pivô que já passou pelo Celtics, controlando o garrafão com seus bloqueios de arremesso e sendo imbatível nos rebotes, o que fez dele uma lenda na defesa e no geral. Ele não só protegia o aro como ninguém, mas também liderava a equipe com inteligência e visão de jogo, definindo o que significa ser um verdadeiro pivô.

Robert Parish também fez história no Celtics, trazendo uma combinação de defesa sólida e pontuação eficiente perto da cesta. Seu estilo de jogo equilibrado foi essencial nas campanhas vitoriosas dos Celtics durante os anos 80, e ele se destacou tanto no ataque quanto na defesa.

Nos dias atuais, Kristaps Porziņģis traz uma nova dimensão à posição de pivô no Celtics. Embora seja mais conhecido como um stretch five, com sua capacidade de arremessar de três pontos e esticar a defesa adversária, Porziņģis mantém a tradição dos Celtics de ter um pivô dominante, mas com a versatilidade de marcar tanto no garrafão quanto de fora, criando novas possibilidades no ataque da equipe.

Outras posições

Esse guia trouxe uma noção básica para você entender os conceitos das principais posições do basquete e se situar futuramente quando ver algum desses termos. Mas o basquete muda constantemente e, atualmente, cada vez mais outras funções estão surgindo e aumentando a gama de possibilidades dos times dentro de quadra.

Posições já citadas como o stretch four/five, e outras como combo guard, point forward, 3 and D, entre outras estão surgindo como alternativas às posições clássicas. Mas para entender o básico do basquete saber as 5 principais já basta.

Ficou com alguma dúvida em relação às posições do basquete? Comente aqui e vamos te ajudar!

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