Colaboraram Henrique Correia, Eduardo Marangoni e Fábio Malet
Em uma noite fria de fevereiro em Chicago, vários repórteres reuniram-se em torno de Kyrie Irving, que estava no vestiário dos visitantes do United Center. Minutos antes, o Boston Celtics havia sofrido uma terrível derrota para o fraco Chicago Bulls, adicionando outra decepcionante atuação a uma temporada vexatória.
Irving, que estava com um boné de Uncle Drew (personagem que o armador interpretou recentemente no cinema, em filme homônimo), quase cobrindo seus olhos, foi questionado sobre seu nível de preocupação com o time a longo prazo.
“Vai ficar tudo bem”, ele respondeu, de forma monótona, muito diferente da resposta emotiva que havia dado na semana anterior.
“Por que você acha isso?”, insistiu um repórter.
“Porque eu estou aqui”, completou o confiante jogador.
Os jogadores do Boston Celtics disseram que Irving começou a prepará-los para a pós-temporada com bastante antecedência. O armador conversava com eles individualmente, dando-lhes conselhos e explicando a urgência necessária durante os playoffs. “É importante que cada posse de bola seja tratada com o maior cuidado possível”, era o mantra repetido por Kyrie aos companheiros.
Naquele momento, a abordagem da liderança de Kyrie Irving passou a ser notavelmente mais colaborativa e menos combativa com seus companheiros.
“A energia da equipe está ótima nesse momento”, disse Terry Rozier. “Nós estamos juntos. Como nunca estivemos antes”.
O Celtics varreu o Indiana Pacers na primeira rodada dos playoffs, e surpreendeu a equipe de melhor campanha da liga na temporada, o Milwaukee Bucks, com um jogo 1 da semifinal do Leste que pode ter sido a melhor partida da equipe alviverde no ano. Parecia que Kyrie tinha sido profético.
Então, no jogo 2 da série, o Celtics foi completamente dominado. Irving errou 14 dos 18 arremessos que tentou na partida, e acabou com uma performance modesta, de apenas nove pontos. Após o jogo, no entanto, o armador estava tranquilo, e bradou, com surpreendente confiança: “é para isso (partidas de playoffs) que eu fui contratado”.
Enquanto o Celtics navegava por uma tumultuada temporada regular, que ameaçava as aspirações do time ao título, os jogadores da equipe constantemente se sentiam a personificação da infelicidade na NBA.
A equipe teve problemas em sua química. Jogadores jovens, ansiosos em se provar perante a liga, receberam papéis secundários. Os problemas psicológicos e físicos do veterano Gordon Hayward limitavam o jogador e influenciavam seus companheiros. A constante mudança de mentalidade do talentoso Kyrie Irving, na qual sua jornada de autodescoberta era uma verdadeira montanha-russa, deixava poucas escolhas ao restante do time a não ser segurar-se firme e acompanhar os altos e baixos da temporada do astro.
Irving disse que o time nunca ficou tão dolorido quanto parecia. Por outro lado, o caminho da equipe até a plena harmonia não parecia instantâneo.
“A vida não é tão difícil como nós a fazemos parecer”, disse Irving.
Sumário
ToggleNão havia felicidade no elenco do Celtics
No início de março, o comissionario da NBA, Adam Silver, poderia ter escolhido qualquer assunto como apresentador principal da MIT Sloan Sports Analytics Conference. Mas uma questão intrigou ele: por que os jogadores da NBA não são felizes?
“O mundo de fora vê fama, dinheiro, e todas as vantagens que vem com isso. Nossos jogadores são os melhores do mundo no que fazem e as pessoas pensam, ‘Como é possível que eles estejam sempre reclamando?’ Mas alguns desses jogadores vieram de situações muito difíceis e alguns deles são incrivelmente isolados”, ponderou Silver.
Na semana seguinte, o Hall da Fama Charles Barkley disparou contra os comentários de Silver, classificando-os como “a coisa mais estúpida que já tinha ouvido um comissionário dizer”.
“Esses caras estão ganhando 20, 30, até 40 milhões de dólares ao ano. Eles trabalham apenas seis, sete meses por ano. Eles ficam nos melhores hotéis do mundo. Eles definitivamente não tem problemas”, sentenciou Barkley.
Em uma perspectiva semelhante ao do comissário da NBA, Terry Rozier insistiu: “quanto mais dinheiro, mais problemas.”
A negatividade exterior entra no vestiário de diversas maneiras, sendo as mídias sociais a principal delas nos dias de hoje.
“Kyrie foi a primeira pessoa que me disse, ‘Não importa o que falarmos, todos vão olhar,’’’ disse Rozier. “‘ E quando você olha, você vai ver coisas positivas e negativas, de pessoas que nunca te conheceram.’ Por isso Kyrie deletou todas aquelas coisas de seu telefone. Elas estavam o incomodando.”
O Presidente de Operações do Boston Celtics, Danny Ainge, gostaria de achar uma maneira de convencer os jogadores a eliminarem as mídias sociais de suas vidas como profissionais de basquete.
“Me preocupo porque eles vão direto para o celular após a partida”, disse Ainge. “Toda vez que estou na sala de treinamento, eu vejo eles colados em seus celulares, vendo o que as pessoas estão dizendo. Eu não entendo isso. E se isso é uma potencial causa da infelicidade, então não vale a pena.”
Outra causa de discórdia no elenco do Boston Celtics é um conflito bem mais antigo: a falta de tempo de quadra. Rozier, que foi uma das estrelas da pós-temporada da equipe em 2018, enquanto Irving recuperava-se de um cirurgia no joelho, viu seus minutos e seus arremessos reduzirem enquanto aproximava-se da agência livre.
“Me senti como se tivesse ido do banco do passageiro para o porta-malas”, disse Rozier, com um sorriso irônico. “Todo mundo diz, ‘Não pense no contrato, não pense no dinheiro.’ Eu sempre digo a mim mesmo, ‘Eu vou ter o que mereço um dia. Talvez não hoje, mas um dia.’’’
Jaylen Brown também foi forçado a se ajustar a um papel mais secundário. Porém, conte-o entre aqueles que se desligaram das críticas. No último mês e meio de temporada, ele foi um dos jogadores mais efetivos e consistentes da equipe. De acordo com Brown, foi o resultado de um longo aprendizado durante a temporada, que culminou em ele voltar a estar mais centrado.
“Você começa a perceber que não deve comparar-se aos outros e as situações na qual eles se encontram”, disse Brown. “Comecei a focar em mim mesmo. Tentei não deixar minhas emoções tomarem o controle. Isso é difícil às vezes, porque a imprensa põe tanta pressão sobre nós, deixando tudo fora de proporção e fazendo as pessoas acreditarem nisso.”
Irving, que foi um pensador independente, que expressou suas opiniões livremente – e ocasionalmente, pagou por sua falta de filtro – disse que cansou de tentar se explicar.
“Para achar a felicidade, você tem que conseguir balancear tudo isso”, disse Irving. “Então, não vou continuar falando sobre o que funciona pra mim, ou com o que estou tendo dificuldades. Não tenho que provar nada para ninguém, afinal, quem está trabalhando sou eu.”
“Eu não preciso mostrar para ninguém o que estou fazendo como líder, como pessoa ou como jogador de basquete. Eu vou errar arremessos em alguns jogos, e vou acertar em outros tantos. São os altos e baixos de uma temporada. Eu não vou entrar nessa de, ‘esse é o time dele, ele precisa fazer mais, ele precisa dar um passo adiante.’ É idiotice”, completou o armador.
Influência negativa e passividade do líder Kyrie Irving
Kyrie Irving nunca teve que se preocupar com seu tempo de quadra. Ele acabou de encerrar a temporada mais completa de sua carreira, com médias de 23,8 pontos e 6,9 assistências (maior marca da carreira) por partida. Além disso, o armador teve métricas defensivas bem sólidas, que deveriam deixá-lo em êxtase.
No entanto, ele confessou, em entrevista à ESPN americana, que liderar uma equipe foi bem mais difícil que imaginava. Notavelmente, Irving utilizou uma postura “passivo-agressiva” com os companheiros mais jovens, bem semelhante a que LeBron James usava no Cavaliers, e que irritava o próprio Kyrie.
Em Janeiro, Brown criticou Irving por isso, reclamando em voz alta o porquê de apenas os jovens jogadores estarem sendo criticados por jogadas mal-executadas.
“Não foi realmente uma discordância. Na verdade, eu concordo com o que o Kyrie disse. Apenas penso que é injusto escolher apenas os caras jovens para serem criticados. Nós todos precisamos executar as coisas da melhor forma”, sentenciou Brown.
A tentativa de Irving de navegar pela implacável observação e avaliação externa foi, e é, um trabalho em progresso.
“Há muita ênfase nas coisas erradas. As pessoas fazem parecer como se o basquete fosse a coisa mais importante em suas vidas. Então, você lida com o dinheiro, as altas expectativas e tudo o que vem com o ambiente profissional. Eu enfrentei tudo isso nessa temporada. Não temos nada se não temos a alegria de jogar basquete”, revelou Irving.
Al Horford suspeita que sua perspectiva em relação ao basquete é diferente da descrita por Irving, por ele ter nascido na República Dominicana, sem os confortos vivenciados pos seus colegas americanos. O pivô é bastante grato pela oportunidade dada pela NBA, dizendo que jogaria basquete até de graça.
“Todos querem tudo. Eu quero ser do primeiro time ideal da NBA, claro. Mas eu fui muito sortudo quando, na época em que jogava em Florida Gators, sob o comando de Billy Donovan, aprendi rapidamente que se eu jogasse pelo time, isso me traria muito mais alegrias e sucesso do que se me concentrasse apenas em mim”, sentenciou o dominicano.
Desta forma, Jaylen Brown tentou seguir os conselhos de Horford. No entanto, as atuações irregulares no começo da temporada fizeram com que Jaylen entrasse para o jogo cada vez mais afobado, forçando jogadas ofensivas desnecessárias diversas vezes, agravando ainda mais seus problemas.
Por conta disso, Brown acabou indo para o banco de reservas após menos de 20 jogos na temporada regular, algo desastroso para alguém que está apenas em seu terceiro ano na NBA, e que possui grandes aspirações.
“Às vezes, colocamos muita pressão sobre nós mesmos. Você espera que as coisas fluam de determinada maneira, e quando elas não acontecem, aquela voz perversa dentro de sua cabeça começa a ficar cada vez mais alta”, explicou Brown.
Irving apenas observava seus jovens companheiros de equipe irritarem-se com os papéis a que haviam sido designados. Eles estavam ansiosos por mais. E Irving simpatizava com as frustrações deles.
“Eu acho que todo este negócio é falho, pela maneira como o Draft é montado, pela maneira como os técnicos e os GMs são dispostos e pela maneira como as pessoas são demitidas e trocadas. Quando você pensa sobre colocar uma bola de basquete na cesta, e quantas outras coisas complicadas acontecem por causa dessa simples coisa, com nossas famílias e nossas vidas, você pode entender porque as pessoas estão tendo problemas”, enfatizou Irving.
A bipolaridade de Irving e suas consequências
Rozier idolatrou Irving muito antes de se tornarem companheiros de equipe, mas ele tinha dificuldade de entender por que o futuro Hall of Famer, que aparentemente tinha tudo, estava tumultuando o elenco.
“Eu amo Kyrie, mas houve vezes este ano que queria dizer a ele: ‘Ouça, você não tem razão para estressar-se. Você é Kyrie Irving. Eu sou o único que tem razões para me estressar”, ponderou Rozier.
Dinheiro e estatura não tinham nada a ver com isso. Irving odeia ser definido apenas em termos de basquete. Ele é tão apaixonado por seu apoio à tribo de Standing Rock Sioux, que remonta às origens de sua falecida mãe, quanto é apaixonado por sua brilhante habilidade de conduzir a bola.
“Senti-me tão focado apenas em basquete que me fez um desserviço, pois isso me fez prestar atenção às coisas erradas. Como as opiniões das pessoas, e as coisas que acontecem com outras pessoas, que não têm nada a ver comigo. Todos são vítimas disso. Os rankings, os melhores jogadores, os rumores de transferências, todos os falsos analistas de basquete e treinadores que sabem tudo. Eu não vou deixar ninguém ditar minha felicidade”, completou o armador.
Os jogadores do Celtics admitem que, no início da temporada, as oscilações de humor de Kyrie Irving por diversas vezes influenciavam no ambiente do vestiário. Por causa disso, o treinador principal da equipe, Brad Stevens, e o Gerente Geral, Danny Ainge, abordaram o assunto com o astro e, como resposta, Irving prometeu ser mais consciente a respeito.
Após a conversa, o elenco percebeu mudanças positivas no comportamento do armador All-Star. “Sua perspectiva positiva, ultimamente, fez uma enorme diferença”, revelou Rozier.
Horford notou uma mudança em todos os companheiros de equipe. A angústia por mais arremessos e minutos diminuiu quando a pós-temporada se aproximou, como o próprio Rozier observou: “os playoffs são como um botão de reiniciar. É tudo pelo Celtics agora – não importa se você é bem pago, se está no último ano de contrato, ou se está no final da rotação.”
Com isso, toda a solidariedade renovada nos playoffs levantou uma questão: Essa união não poderia ter existido o tempo todo?
“Poderíamos ter sido muito melhores”, admite Brown. “Nós estávamos tentando descobrir isso. Não só nós no vestiário, mas Brad e a diretoria também. Talvez nós tenhamos falado demais na mídia, e isso nos separou em algum sentido. Mas não há clima ruim no nosso vestiário. Nunca houve.”
Irving alertou que era um grande erro colocar tanto valor sobre uma vitória ou uma derrota. Para alguns, a felicidade na NBA será sempre o dia-a-dia, dependendo das estatísticas, da conta bancária, da posição da equipe na tabela e do julgamento da opinião pública.
“Eu jogo basquete bem mais que essas pessoas analisam o jogo. Eu sou um verdadeiro gênio quando se restringe a este jogo. Se você me perguntar sobre basquete, eu te responderei o dia todo. Se você me perguntar sobre o espaçamento na marca de 3min33 do segundo quarto, eu terei prazer em te explicar. Eu te direi quais jogadas funcionaram, sobre os ajustes que devemos fazer. Mas quando o assunto se restringe a coisas pessoais, ou a comparações entre eu e meus irmãos de NBA, do tipo, ‘Você acha que é melhor que esse cara?’ Aí eu estou fora”, concluiu Irving.
Adaptação do texto original da renomada jornalista de Boston, Jackie MacMullan, para o ESPN.com.
Respostas de 23
Muito bom o texto. Parabéns!
Caramba… otimo o texto, materias novas com frequencia gostando dos rumos do site se manter nesta pegada, só poderia mudar o sistema de discussão para nos torcedores, tipo JumperBrasil e LakersBRasil. Sistema Disqus.
Sobre o time….
Brown é o meu jogador favorito hoje, cresce vendo Paul Pierce mas este mlk ele tem uma maturidade insana, fez Irving pedir desculpas despois de criticar os jovens. Sobre o seu jogo acho que ainda tem muito a evoluir tem teto para isso. Acredito de mais nele. Espero que se tiver troca por Davis possamos tentar manter ele no time, pelo menos.
Irving foi uma aposta valida, nao se devem criticar o Ainge nunca por isso, qualquer um faria esta troca, mas nao deu certo isso é basquete coisas vão dar certo outras não.
Espero que o Irving siga seu caminho bem longe de Boston, quero ver o meu Celtics jogando que nem a temporada passada novamente. Com Brown e Tatum carregando o piano e se tornando melhores jogadores.
Excelente matéria! Nos fez ver os jogadores como seres humanos(coisa que às vezes deixamos de lado por amor ao esporte ou ao clube). As falas dos jogadores me deram a impressão de que talvez os problemas de vestiário não tenham sido tão grande assim. Talvez o problema tenha sido mais um encaixe mesmo, sei lá… Enfim, Não tenho a menor ideia do que vai ser o nosso Celtics no ano que vem. Estou parte curioso, parte otimista e parte temeroso. Hehehe. Pareço até o time desse ano!
Excelente matéria! Espero que eles consigam refletir sobre os erros e voltar com outra mentalidade.
Parabéns pelo texto!
Durante a season ouvimos:
1. Não levamos para os jogos o que fazemos nos treinos. TRADUÇÃO: nos jogos KI esquece nosso jogo coletivo e quer praticar isolation. Brown e Rozier arriscam tudo e um pouco mais pois não têm muito tempo em quadra.
2. KI reclamando pela imprensa.
3. Morris, idem.
4. Rozier, idem.
5. Stevens, lamentando.
6. DA, lamentando.
Vou ficar contente com as saídas de Rozier e KI.
Rapaz, não existe jogador perfeito, alguns vão reclamar demais, outros vão ser passivos, alguns jogam bem na pressão, e outros peidam na farofa. Não vejo lógica no time ser finalista sem suas “maiores estrelas” e depois esquecer de jogar. Por mim, trocaria uns seis por meia dúzia aí, e o time continuaria sendo favorito, como foi esse ano. Mas o texto foi ótimo mesmo. São humanos, erram, e parte das redes sociais se aplica a qualquer um de nós.
Vejo por um lado a lamentação, desculpas, fofocas e do outro vejo Kawhi Leonard, desvalorizado pela imprensa americana, machucado de verdade (quadril), destruindo o time dos Bucks.
Ele passou por altos problemas no Spurs, não vazou nada pela imprensa, não saiu brigado com o Pop e, vejam só, não usa redes sociais para trabalhar!
Ele joga basquete, não vende produtos ou revistas.
Abs verdes,
Falou tudo… é o exemplo de profissional, nao reclama de ninguem, nao solta indiretas um verdadeiro Lider. Irving precisa aprender muito com o Leonard
Marcos, foi perfeito.
É isso.
Se KI olhasse olho no olho do Rozier, do Brown, do Tatum e falasse: “vamos fazer isso funcionar juntos” e a história seria outra.
Cada um ficou com a sua verdade e ninguém teve a coragem de dizer o que sente, frente a frente.
Deu no que deu.
Realmente to impressionado com K. Leonard nessa serie contra os Bucks, lembrou ele naquela serie de final histórica contra o Heat de Lebron James.
Ainda olho ele e o Paul George e fico pensando, por que não aconteceu do mesmo jeito com Gordon Hayward, os dois primeiros voltaram a jogar seu melhor basquete, mas G. Hayward não, muitos falam que na próxima season ele voltar a ser um all star, estão falando dele jogar na posição 1, não creio que possa da certo, e também duvido si voltara a ser um all star.
Eu falo até hoje, infelizmente estamos pagando até o momento por aquele primeiro jogo da season passada, quando ele si lesionou. Seria diferente si ele não tivesse lesionado? Creio muito que sim.
Cara, fiquei muito feliz quando KI veio, achei como muitos que seria perfeito pra nós, mas a verdade é que ele não funcionou nem com o time, pois seu jogo fez que seus colegas piorassem em quadra, nem como líder, suas declaração tornaram o ambiente tóxico dentro e fora das quadras.
Não acho que ele foi o único culpado da campanha abaixo da expectativa tivemos outros fatores:
1. GH em processo de recuperação, roubando tempo dos jovens (mal necessário);
2. As rotações estranhas do Stevens;
3. Especulações envolvendo AD;
4. O baixo desempenho dos jovens, principalmente Rozier e Brown (provavelmente fruto dos problemas anteriores, inclusive de KI);
Quanto a próxima season, temos 3 possibilidades:
1. Renovar com KI, usar os ativos (jovens e picks) pra trazer AD e cercá-los de veteranos para dar um “all in” para tentar convencê-los de renovar;
2. Deixar KI ir, usar os ativos (jovens e picks) pra trazer AD e um outro “All star” para tentar algo ainda esse ano;
3. O que mais me agrada, deixar KI ir, e reforçar o time sem fazer loucuras, de repente até perder brown e outros ativos e montar um time consistente para bater de frente com os grandes nomes e esperar que GH se recupere e tenhamos Nele, Tatum, o velho Big AH e esses reforços pontuais a base para uma equipe vencedora.
Concordo que não precisamos de loucuras.
Concordo que KI se vá.
Mas já vejo um núcleo bem definido e com potencial em Brown, Tatum e AH.
GH pode jogar na 1? Penso que sim. É inteligente o suficiente. Bom passador. Passaria a ter altura e força superior aos demais da posição. Mas, não sei o quanto ele vai evoluir, se adaptar ao posto. Creio em uma tentativa válida.
GH, Brown, Tatum, AH e Baynes (ou Morris na 4 com AH na 5).
Precisamos de um banco forte!
Se pudermos trazer uma estrela, ótimo.
Eu conduziria assim:
1. Tentar uma estrela em negócio com KI (sign and trade), Rozier e ou picks. No máximo AH. Mas jamais envolveria Brown ou Tatum.
2. Reforçar o banco. No final das contas, seja pelas rotações ms. Pardal ou não, nosso banco foi muito, muito mal na série contra os Bucks. Fora Smart/Brown e Morris nosso banco nada mais tinha para colaborar (poucas partidas com destaque para GH). Então tínhamos, quando muito 2 jogadores que colaboravam vindo do banco.
Wana, Yabu, Theis, Semi ajudam pouco.
Cara, eu não consigo de forma alguma aceitar qualquer torcedor do Celtics querendo manter o Morris na equipe.
Concordo com a necessidade de melhorarmos o nosso banco, tá bem fraco e realmente não acho que trocar o KI seja a melhor opção.
Eu acredito mais numa conversa durante a Offseason do Stevens com todo o time e entendendo qual será o estilo de jogo do Celtics. Eu acho realmente que o time precisa passar por uma conversa e alguns ajustes, mas não acredito que um “desmanche” seja a solução.
Olhando com frieza, a maior probabilidade é que Irving fique.
E eu nem acho isso tão péssimo.
Para qual time ele iria com chances de título?
O Horford disse qeu abriria mão do max contract por um contrato de 3-4 anos, abrindo nosso cap para o Ainge pegar o AD.
Os gurus do CAP já montaram o cenário: Um terceiro time para enviar Yabu e Williams por picks e cache, Morris ou Rozier S&T e Jayson Tatum (+ picks) por AD.
É um all-in que tem grandes chances de dar certo, exceto pelo esquema de jogo e o técnico com medo de apontar os alfas do time e suas respectivas responsabilidades.
A última peça do tabuleiro, para mim, seria tarzer Kevin McHale como “técnico de ataque” e “treinador de pivôs”, o nome não importa.
Ídolo da torcida, McHale teria o respeito necessário dos jogadores e poderia ajudar o Stevens a dar o famoso “murro na mesa”, sem que os jogadores o ignorassem.
P.S.: Se for AD renovado por 5 anos é um no-brainer: Mandaria Hayward e Tatum (+ picks) sem pensar 2x e manteria o Morris.
P.S.: Mesmo sem o irving eu tentaria AD com MUITA insistência.
Irving-Smart-Brown-Horford-Davis (Um time muito bem defensivamente)
Wanna-Hayward-Morris-Ojeleye-Baynes (Um bom banco, se pelo menos o hayward conseguir entregar uns 14 pontos em 20 mins)
Dá esses caras na mão do Pop e volta 2 anos depois para ver o que acontece.
Abs verdes,
Mano, eu já sou meio radical. Tentaria convencer o Irving de uma sign and trade com os Lakers (se não aceitar deixaria ir embora), não renovaria com o Rozier, nem com o Morris (embora tenha jogado bem, foi na imprensa falar besteiras) e nem com o Theis.
Acho que os Celtics precisam de um armador puro, que deixaria o Tatum e o Brown mais a vontade para pontuar, caso não venha ngm na FA eu colocaria o Hayward na função (jogador muito inteligente), nosso time ficaria com uma estatura muito alta e uma defesa mais forte. Estou lendo alguns moks dos EUA e estão dizendo que o Ainge quer o Brandon Clarke, Kevin Porter Jr, Bol Bol, Redissh (quase impossível), Hachimura, Bitadze, Nassir Little e P.J Washington (3 deles são os alvos), em um cenário otimista do draft teríamos: Brandon Clarke na 14, Kevin Porter na 20 e Bol Bol na 22 e Tacko Fall na 51 ( Vale a aposta).Lembrando que são os meus preferidos, mas não necessariamente os melhores de fato. Outro fato importante, é que acho que o R.Will terá mais espaços nesse ano, o garoto já mostrou flahs de um excelente defensor e, honestamente prefiro das mais chances a e do que para o Baynes.
Poderíamos ter um time assim:
GH – Brown – Tatum – Brandon Clarke – AH
Smart – Kevin Porter – FA – Bol Bol – R.Will
Wanamacker – Ojeleye – Yabusele – Tacko Fall.
Também poderia apostar no Hachimura em vez do Bol Bol, visto que o cara é um pontuador nato.
Ainge curte uns alas no estilo Nassir Little, mesmo com Brown e Tatum no elenco eu diria que o Ainge pode arriscar ele na 14 (se sobrar) Reddish seria o ideal mas deve subir no draft depois dos treinos pras equipes. O jeito de pegar ele seria trocando as picks 14 e 20 com o Suns, Bulls ou Hawks. Langford é outra opção que o Ainge deve estar monitorando
Kevin Porter, BolBol e Gafford (que teve ótimos números no Combine e só tem treinos com o Celtics e o Pistons) são bons nomes também, assim como Doumbouya. Pra mim não deve sair muito disso
Acho que já comentei várias vezes do Daniel Gafford aqui, mas é válido rolar uma avaliação mais detalhada do cara, já que eu to defendendo tanto que ele seja escolhido
Pivô atlético e ágil, acredito que o jogo dele case muito bem com o do Horford. Bom defensor e reboteiro, faz bem o box out (característica importante no Celtics). Nesses quesitos, tem médias de 9 rebotes e 2 tocos por jogo, além de 17 ppg e um aproveitamento alto.
Seus pontos fracos são justamente o que os jogadores de garrafão do Celtics como o Horford e o Morris compensariam, como os tiros de média e longa distância e a visão de quadra bem rasa.
Além disso, teve ótimos números no combine e já treinou com o Celtics. Eu esperaria mais um pouco pra ver quais as chances dele sobrar na escolha 20. Se ele estiver lá (e a maioria dos mocks colocam ele entre as escolhas 15 e 25) eu pegaria sem pensar duas vezes.
Nós novos americanos, esses aí que vc falou estão no radar mais o Hachimura, P.J Washington e Brandon Clark.
Pensando no time sem alguns do elenco atual: Baynes, Morris, Irving, Theis e Rozier. Esse draft pode deixar o elenco bom e barato. Diferente do que alguns acham, eu vejo um bom Draft, com alguns prospectos que podem surpreender e se tornarem excelentes jogadores.
Pelicans aceitaria Brown + Hayward + Picks por Davis? Estava pensando nisso, levando em consideração que eles conseguiram a primeira Pick, sei lá se não é bom negócio para eles, ou algo em torno disso.
Na minha concepção, o mais objetivo a fazer é tentar renovar com Irving e conseguir Davis sem utilizar o Tatum na troca, não seria tão ruim pro Pelicans uma troca dessas e nosso time teria 3 bons pontuadores, sendo um deles na posição que mais precisamos o AD.
O time titular ficar mais ou menos Irving – Smart – Tatum – Horford – Davis. Me parece um time com outra cara, e não é uma coisa tão impossível de acontecer.
O problema é que eu não vejo de forma alguma o Pelicans aceitar uma troca pelo Davis sem envolver o Tatum e a pick de Memphis, esse seria o mínimo para início de conversa.
A oferta é muito baixa. Brown é bom, porém é irregular. Hayward neste exato momento é ônus e não bônus (custo benefício horroroso). Com o playoff ruim é normal uma desvalorização dos nossos atletas, não vejo como o Celtics pode fazer uma oferta tentadora sem envolver Tatum.
Se eu fosse GM do Pelicans só aceitaria uma oferta que:
1) envolvesse Brown + Tatum…
2) envolvesse Tatum + (conjunto gigante de picks)…
3) envolvesse contratos ruins do Pelicans (alívio de Cap dos Pelicans).
Acho ridículo se querer culpar Irving pela debacle . Temos um time regular que foi longe até demais . Era Irving x jogadores pseudo craques .Que fizeram Tatum , Rozier e Gordon ? Nada de nada .Pivô inexistiu . Alertei desde o inicio . Quando Smart se machucou morreu a defesa.
A culpa é de Irving ? Ridículo . Procurem os verdadeiros culpados : o inexpressivo técnico . E o super badalado Ainge . Esse , sim o responsável maior porque foi quem montou essa caricatura de time
Parabéns Irving . Você é o cara . Joga demais . O restante do grupo é tudo jogador para compor elenco . Nota 6 e olhe lá
Silvio Freitas