Ontem, dia 19 de janeiro, foi a terceira segunda-feira do mês de Janeiro. E esta data acaba por marcar um feriado muito especial do calendário norte-americano: o dia de Martin Luther King.
Martin Luther King foi um pastor e ativista político que lutava pelos direitos civis dos cidadãos negros nos Estados Unidos. Sua liderança no movimento que buscava a igualdade de todas etnias perante a lei americana lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz do ano de 1964. Quatro anos mais tarde, MLK foi assassinado por um integrante de um grupo segregacionista do sul dos Estados Unidos.
O legado de Luther King é lembrado até hoje por todos americanos e o feriado em sua memória é carregado de homenagens. E no basquete, isso não é diferente. Por se tratar de um esporte altamente influenciado por atletas negros, a NBA trata essa data com enorme atenção, fazendo inúmeras referências a MLK. A grande maioria dos jogadores da liga também faz seus tributos a Martin Luther King em seus tênis, munhequeiras, testeiras, entre outras homenagens.
Nesta data tão especial, a NBA teve 12 partidas. Em uma delas, o Boston Celtics visitou o Los Angeles Clippers, no Staples Center, em sua primeira de 6 partidas consecutivas fora de casa. A atmosfera da partida trazia inúmeras peculiaridades ao confronto. O Celtics mais uma vez enfrentava seu ex-técnico Doc Rivers, com o qual foi campeão pela última vez em 2008. Além disso, o filho de Doc, Austin Rivers, enfrentava pela primeira vez sua ex-equipe, pela qual não jogou nenhuma partida. Além é claro das homenagens ao dia de Martin Luther King, principalmente por conta do escândalo de preconceito racial em que o ex-dono do Clippers, Donald Sterling, esteve envolvido.
A partida não fez jus à atmosfera que lhe cercava no princípio. Jogando para o gasto, o Clippers não teve grandes dificuldades para derrotar o decadente Boston Celtics, por 102 a 93. O desleixe da equipe californiana no último quarto, quase lhe custou a vitória construída no primeiro tempo. Mas no fim, a equipe da casa usou de sua experiência para confirmar o triunfo.
O primeiro tempo foi completamente dominado pela equipe de Los Angeles e, desta forma, a equipe chegou a abrir diferença de 23 pontos no começo do terceiro quarto. A partir daí, o Clippers passou a administrar o marcador e seu treinador, Doc Rivers, passou a conduzir melhor o tempo de quadra de seus titulares.
No último quarto, a equipe de Boston teve bom poder de reação e com 5 bolas de 3 pontos no período acabou por diminuir a diferença para apenas 3 pontos, quando o placar marcava 91 a 88 para o Clippers, a 4 minutos do fim. No entanto, a formação titular do Clippers voltou à quadra e garantiu sua oitava vitória nas últimas 11 partidas. Já o Boston Celtics amarga sua 12ª derrota nos últimos 15 compromissos.
O Clippers foi liderado pelos 22 pontos, 9 rebotes e 6 assistências de Blake Griffin e pelos 19 pontos, 12 rebotes e 6 tocos de DeAndre Jordan. Austin Rivers finalmente fez sua primeira cesta de quadra pela nova franquia e acabou a partida com 16 minutos e apenas 2 pontos (ele já acumulou 43 minutos, mas marcou apenas 3 pontos com o Clippers). O jogador já recebe críticas dos jornalistas californianos e a decisão de seu pai e treinador, Doc Rivers, é cada dia mais questionada.
Pelo lado do Boston Celtics, a pontuação foi bem dividida e 6 jogadores tiveram dígitos-duplos no quesito: Brandon Bass com 17, Marcus Thornton com 15, Jared Sullinger e Marcus Smart com 14, Kelly Olynyk com 11 e Evan Turner com 10. A partida também marcou a estreia do veterano Tayshaun Prince, recém-adquirido na troca que culminou com a saída de Jeff Green para o Grizzlies. Prince teve pouco mais de 19 minutos em quadra e foi discreto com apenas 2 pontos, 2 rebotes e 1 assistência.
Com o resultado, a equipe de Boston mantém-se na 13ª colocação do oeste e na 26ª colocação geral (5ª pior campanha). Com retrospecto de 13 vitórias e 26 derrotas, o Celtics deve “brigar” com Los Angeles Lakers (12 vitórias e 29 derrotas), Utah Jazz (14 vitórias e 27 derrotas) e Orlando Magic (15 vitórias e 29 derrotas) pela 4ª pior campanha da temporada, em busca de um melhor posicionamento no próximo recrutamento em 2015.
O Boston Celtics continuará sua viagem de quase 2 semanas pelo oeste americano, onde terá mais 5 compromissos, fora de casa, contra equipes da conferência oeste. A próxima visita do Celtics é ao Portland Trail Blazers, na quinta, 22 de janeiro, às 22h no horário americano (1h da madrugada de sexta-feira, 23 de janeiro, no Horário de Brasília).
Destaques da Partida
Boston Celtics
Evan Turner: 10 pontos, 10 rebotes, 6 assistências
Jared Sullinger: 14 pontos, 8 rebotes
Marcus Smart: 14 pontos, 7 assistências
Kelly Olynyk: 11 pontos, 7 rebotes, 3 roubos de bola
Brandon Bass: 17 Pontos
Marcus Thornton: 15 pontos
Los Angeles Clippers
Blake Griffin: 22 pontos, 9 rebotes, 6 assistências
DeAndre Jordan: 19 pontos, 12 rebotes, 6 tocos
Jamal Crawford: 16 pontos
JJ Redick: 16 pontos
Chris Paul: 9 pontos, 6 rebotes, 6 assistências
Respostas de 4
Feliz por ver o Smart arremessar 4-7 tiros de 3 pontos, alem de 7 assistencias, e irritado por ver o Bradley cada vez pior em quadra.
Sullinger e o resto de talento que temos, o resto so serve para banco, enquanto forem titulares sera esse sacode, mas e essa intencao entao paciencia,
Gostei muito do resumo Fábio Malet até por que nao estou assistindo mais nenhum jogo do celtics inteiro, mas eu vi o o final do terceiro quarto e quarto quase até o fim…parece que eu tive a sorte de assistir os momentos que o AB não estava em quadra e o time foi melhor.
Smart – Bass- Olynik – Thornton ontem funcionou uma hora tinha o Turner e depois o Prince, o time conversava entre si, teve um momento que acredito que vi o Olynik apontando onde alguém deveria ir para marcar, é uma coisa que notei mas houve sim uma baita evolução em marcação coletiva do mesmo, o 1×1 não adianta.
O Thornton é um jogo bom e cinco ruins, mas isso já se sabia pelo histórico dele.
Rapaz, sempre q eu vejo Bradley jogando dessa forma e o contrato dele… Dói até a alma.
Mais uma proeza do santificado GM.