A evolução de Avery Bradley

Há pouco mais de 1 ano, escrevi uma matéria com o seguinte título:

Bradley caminha para sua sexta temporada e continua evoluindo

Pois bem. Troque “sexta” por “sétima”, e o título continuará atual e mais verdadeiro do que nunca.

Isso porque o camisa 0 de Boston, a cada ano, decide aprimorar um elemento do seu jogo. Sua defesa já é respeitadíssima ao redor da liga, mas Bradley quer mais: quer ser conhecido como um jogador impactante nos dois lados da quadra.

Nos últimos anos, Bradley tentou (e conseguiu) aprimorar seu arremesso de média-distância. Os adversários passaram a forçá-lo a arremessar de 3. O jogador, oriundo do 2010 NBA Draft, abraçou o desafio e virou uma consistente ameaça nos tiros de longa distância. Agora, tentam impedi-lo a arremessar de longe, forçando-o a atacar a cesta. Adivinhem, então, no que Bradley trabalhou durante a última offseason? Quem respondeu condução de bola e visão de quadra, acertou.

Para quem acompanhou o time durante a pré-temporada, pôde perceber que os avanços do camisa 0, nessas áreas, foram notórios, e o jogador confia que tais melhoras também serão traduzidas na temporada regular:

“Eu trabalhei muito na minha condução de bola”, disse Bradley. “Ao invés de procurar repetir as manobras do Irving, que muitos treinadores fazem os jogadores tentar, eu procurei focar em apenas um ou dois movimentos, buscando trazê-los para meu arsenal de jogo”.

Durante a pré-temporada, pudemos assistir a um Bradley que detinha maior sensibilidade para decidir quando infiltrar o garrafão adversário, por meio de sua condução de bola, ou passar para um companheiro livre, oferecendo-o uma boa chance de acerto.

O jogador atribui tais melhoras à sua dedicação, mas também ao fato de estar ficando mais experiente e, como consequência, mais inteligente:

“Hoje, eu sou capaz de criar jogadas para meus companheiros de time, porque estou muito mais confiante no meu jogo e, especialmente, na minha condução de bola e armação de jogadas”, declarou o atleta de 25 anos.

Talvez você esteja se perguntando se essa expansão de jogo de Bradley trará benefícios apenas na esfera individual, ou se o Celtics também pode ficar animado com isso. E eu respondo: isso ajudará, e muito!

Com Bradley buscando, mais vezes, a infiltração, o maior campeão da NBA passa a ter um ataque mais imprevisível, o que faz com que seja mais difícil de marcar, já que todos (ou quase todos) os titulares celtas são capazes de pontuar no mano-a-mano.

“Ele é um excelente defensor, um dos melhores da liga”, reconheceu o pivô celta Amir Johnson. “Todavia, muitas pessoas subestimam seu talento ofensivo. Ele pode te machucar com cestas de 3, com arremesso de média-distância e, agora, está adicionando infiltração ao seu arsenal. Ou seja, ele praticamente é letal de todas as áreas e modos. Isso o faz ser melhor, faz nosso time ser melhor”, concluiu Johnson.

Bradley prosseguiu, ao anunciar outras formas com as quais pretende impactar o jogo, a favor do maior campeão da NBA:

“O fato de eu ter me tornado um melhor arremessador de 3, me obriga a ser mais racional durante as partidas”, admitiu o camisa 0. “Ou seja, eu preciso tentar cavar mais faltas. Eu reconheço que devo melhorar nisso, em cavar faltas na área dos 3 pontos. Há vezes em que os marcadores vêm correndo, descontroladamente, atrás de mim, pra impedir que eu arremesse de 3. Isso pode nos gerar faltas com direito a três lances-livres. Eu tenho que ser mais inteligente”.

Assim, percebemos que Bradley trabalhou muito nas férias, na esperança de expandir seu jogo. O trabalho-duro deu resultado na pré-temporada e, agora, o jogador, a comissão técnica e toda a torcida celta confiam que também dará na temporada regular. A resposta poderá ser obtida a partir de quarta-feira.

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Respostas de 7

  1. E o que tinha de pessoas aqui que criticavam e ele é hoje ele é um dos jogadores mais respeitados da liga

  2. Pra mim ele já se demonstrou um grande jogador desde que assumiu a vaga do Ray Allen!
    Ele é discreto, mas tem papel fundamental no Celtics.

  3. Sempre gostei muito do avery bradley, ele se sacrifica muito pelo time, um cara de grupo. Apenas umas das coisas que me tiravam do sério era ele ter o dom de levar toco sozinho em contra-ataques, não sei o que era isso mas eu sempre ficava esperando ele levar um toco quando ia todo despretensioso ao ataque com uma bandeja. Eu ficava putooo!!

    1. Pois é, ele melhorou um pouco isso (tem tentado cravar, embora falte altura) e ajudou bastante.

      Acho que sou o cara que mais pega no pé do Bradley, mas ele está perto do auge da carreira.

      A maior evolução é o jump shot, aprendeu a usar as screens e o chute está muito consistente.
      A bola de 3 está melhor também.
      É um dos maiores pontuadores do time hoje.
      Se eu fosse escolher um quesito para que ele melhorasse?
      Colocar os lance livres na casa dos 80%. Estaria bem satisfeito.

      Por outro lado, é impressionante a teimosia dos treinadores de insistir que ele conduza a bola.
      Passe é muito ruim, drible sem criatividade, falta um pouco velocidade no arranque e ele tem dificuldades de achar os companheiros.
      Avery treinar passes é como o Rondo treinar lances livres, desencana.
      Melhor focar na especialidade (defesa de armadores + jump shot + lance-livre),

      []s verdes

  4. Vale citar também que Bradley adicionou arremesso pós drible na ultima temporada.
    Antes era só catch and shot. Mas ano passado ele começou a criar pra si próprio!

    Com relação a essa temporada ….eu não sei como vai ser a infiltração dele, mas algo que reparei e que até comentei com algumas pessoas foi a melhora no seu passe e visão de quadra, que resultou em ótimos números de assistências nos jogos da pre-temporada.

    Se ele puder repetir isso quando estivermos jogando pra valer, a ausência do Turner não será sentida.

  5. Gosto do jogo do AB e o defendo aqui a muito tempo.

    Antes de qualquer coisa gostaria de ressaltar um ponto que pouco se fala. AB é um dos melhores pontuadores de primeiro quarto da NBA e um clutcher (‘fechador de jogo”) confiável.

    O que me irrita nele realmente é má condução de bola que geravam turneovers bobos, ao menos um passe por cima errado por jogo. Por isso que acho o grande mérito do Brad na evolução do jogo do AB foi o” tirar da bola”. Se ele consolidar a aparente melhorar vista na pre temporada, na condução da bola, nas assistências, na perparação de pick and roll, pick and pops e criar em próprio chute… Teremos um segundo play maker na primeira unidade fazendo o jogo do IT mais facil e o jogo coletivo melhorar muito. Somando isso ao Horofd brigamos pela final do Leste.

    Um outro ponto é o valor de AB para um troca, sendo um defensor de elite e bom atacante com o contrato que tem ele é um asset maravilhoso para um trade. Seria uma pena vê-lo partir, depois de ter passado por toda caminhada da reconstrução, mas se para viramos contender isso tiver que ocorrer, faz parte. Sei que o Angie não ira pensar 2 vezes se um bom negocio se aprestar e é isso mesmo que se tem que fazer.

  6. A maior parte da evolução deve-se a méritos próprios, mas uma parte a estar em time que parou de tankar e teve ano passado um sistema de jogo.

    O time saiu da campanha 2013-2014, o ataque de 27 para 13 (segundo estatística espn-hollinger), na defesa de 20 a 4. Hoje, é possível ver melhor as qualidades e esforço dele rendendo vitórias, já que elas ocorrem, em time ruim é mais fácil notar o cara que tem muito a bola na mão, atira muito, mas faz pontos ou pega rebotes.

    Algumas das críticas mais ácidas ao AB sempre foram que era difícil construir um time vencedor com seu estilo de jogo, ele é um grande marcador, mas é baixo, seu passe era uma temeridade e algumas decisões dele de tiro eram péssimas, desde que a diretoria parou de querer perder, e fez uma troca que hoje é considerada um manta do it por pick, vc vimos outras evoluções, por exemplo, o Stevens que era contestado pelos minutos finais do time.

    Concluindo, estar em uma cultura vencedora valoriza o atleta, é meio óbvio, mas na NBA tem “tank” que atrapalha o progresso do jogador.

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