Sumário
ToggleIntrodução
Com o fim da temporada regular se aproximando e os playoffs já no horizonte, a situação do Boston Celtics na temporada é clara: um dos favoritos ao título, em busca do bicampeonato. Entretanto, por mais que o elenco seja um dos melhores da liga e a equipe vá em busca de um objetivo comum, para cada jogador do elenco algo diferente está em jogo.
Enquanto uns buscam cimentar seu legado entre os maiores da história da franquia, outros podem estar próximos de se despedir de Beantown. As novas regras salariais da liga trazem questões para Brad Stevens e para diversas peças do elenco celta, que deve passar a custar R$220 milhões na próxima temporada, um aumento de 340% em relação aos $50 milhões da atual temporada.
Nesse artigo vamos entender melhor a situação de cada jogador, desde as principais estrelas do time, passando pelos titulares, bancários e prospectos do elenco.
As estrelas (Jayson Tatum e Jaylen Brown)
Jayson Tatum

JT (jhêy-ti) tem sido uma peça fundamental para o sucesso do Boston Celtics na temporada 24/25, consolidando-se como um dos principais jogadores da liga.
Até o momento, ele está com uma média de 27,2 pontos, 8,8 rebotes e 5,9 assistências por jogo, mostrando sua habilidade tanto ofensiva quanto defensiva. Sua eficiência ofensiva é impressionante, com 45,6% de aproveitamento nos arremessos e 37,2% de aproveitamento nas bolas de três.
Tatum é um dos líderes em pontos por jogo na NBA, e sua habilidade de marcar de qualquer lugar da quadra o torna uma ameaça constante. Além disso, ele tem mostrado grande consistência ao longo da temporada, com 26 jogos marcando mais de 30 pontos, incluindo atuações espetaculares com 46 pontos em uma vitória crucial contra os Cleveland Cavaliers. Sua capacidade de manter a calma e comandar o ataque em momentos decisivos é um dos pilares para a liderança do Boston Celtics.
Defensivamente, Tatum também é vital, com uma média de 1 toco e 1,1 roubos de bola por jogo, além de ser uma presença dominante no garrafão, ajudando a proteger o aro e a transição defensiva. Ele também tem sido crucial para a versatilidade da equipe, com sua habilidade de se adaptar a diferentes sistemas de jogo e de marcar diversas posições, desde os alas até os pivozões.
Conclusão
Após várias temporadas impressionantes com o Boston Celtics, Tatum parece estar no auge de seu potencial, tanto como líder da equipe quanto como jogador, individualmente. Uma grande expectativa foi criada sobre sua evolução defensiva e sua habilidade em ser mais consistente nos momentos decisivos. Se Tatum conseguir equilibrar ainda mais sua produção ofensiva com uma defesa sólida e sua capacidade de liderar nos playoffs, ele poderá solidificar ainda mais seu status como um dos melhores jogadores da liga e levar os Celtics a mais uma campanha forte.
Porém, a pressão de ser um dos rostos da NBA também coloca uma responsabilidade maior sobre ele. Com a crescente expectativa em torno da sua performance, Tatum terá que mostrar sua capacidade de lidar com as exigências de ser uma estrela de elite e, ao mesmo tempo, ajudar seu time a defender o título.
Jaylen Brown


Jaylen Brown (jhêy-bi) tem se destacado nesta temporada como um dos pilares do Boston Celtics.
Com média de 23,0 pontos, 6,1 rebotes e 4,7 assistências por jogo, ele tem sido essencial tanto no ataque quanto na defesa da equipe. Seu aproveitamento de 46,0% nos arremessos de quadra e 31,6 % nas bolas de 3 mostram sua consistência e capacidade de contribuir de várias formas.
Além de sua contribuição ofensiva, Brown tem sido uma presença importante na defesa, ajudando a manter o Celtics competitivo em ambos os lados da quadra. Sua habilidade de marcar os melhores jogadores adversários e se adaptar às exigências do jogo faz dele um jogador completo.
O aspecto psicológico e de liderança de Brown também é significativo. Além de suas contribuições dentro de quadra, ele tem sido uma voz importante no vestiário, ajudando a manter o foco e a motivação da equipe. Sua postura madura e ética de trabalho, combinada com sua crescente confiança nas situações decisivas, tem feito dele um dos pilares do Celtics nesta temporada.
Brown também tem se mostrado um defensor de alto nível, com a habilidade de marcar múltiplas posições, desde os melhores jogadores de perímetro até os mais fortes jogadores. Seu impacto defensivo é crucial para o Celtics, que se mantém uma das equipes mais equilibradas tanto no ataque quanto na defesa. Ele tem sido essencial na pressão defensiva, com médias de 1,3 roubos de bola por jogo e uma excelente leitura de jogo para forçar turnovers e executar transições rápidas.
Conclusão
Sua relação com Jayson Tatum é outro ponto-chave para o sucesso do Celtics. A dupla tem sido uma das mais dinâmicas da liga, com Brown oferecendo uma combinação de força física, velocidade e habilidades no ataque, enquanto Tatum complementa com sua versatilidade e capacidade de pontuar em diversos contextos. Juntos, eles têm liderado o time nas vitórias, especialmente nas partidas mais difíceis, onde a liderança de ambos se destaca.
JB é um dos jogadores mais importantes para os Celtas, não apenas por suas contribuições estatísticas, mas também pelo impacto que gera em cada aspecto do jogo. Sua versatilidade, capacidade de adaptação e impacto defensivo são vitais para as ambições do time.
Os titulares (Derrick White, Jrue Holiday e Porzingis)
O quinteto titular do Boston Celtics é possivelmente o mais forte e completo da liga. White e Holiday são complementos perfeitos que maximizam o jogo dos Jays e Porzingis é o gancho final que nocauteia o adversário.
Por mais que eu tente falar separadamente de cada jogador aqui, é muito difícil analisar todas as nuances que envolvem o que está em jogo para cada um deles, sem o contexto da existência do outro. Confuso? Sim. Mas vou tentar explicar:
Os três “role players de elite” são parte essencial da campanha do Boston Celtics até aqui, assim como foram na que resultou em título no ano passado, e serão nos playoffs em 2025. Porém torna-se cada vez mais evidente que não será possível manter esse core por muito tempo.
Com o Boston Celtics acima do 2nd appron, toda e qualquer movimentação se torna extremamente complicada e o trabalho do nosso querido e aclamado GM não será nada fácil ao final da temporada.
É claro que o mundo ideal seria manter os três e viver uma janela de títulos por mais anos com esse elenco, mas isso não deve ser possível. Carinho à parte, precisamos analisar as variáveis e chegar ao melhor resultado para o futuro da franquia, são elas: idade, contrato, eficiência e disponibilidade.
Derrick White


Aos 30 anos de idade, o ala possui mais quatro anos de contrato, com uma player option no último ano. White é um dos jogadores mais duráveis do elenco e na atual temporada é o segundo com mais jogos (62), ao fim de seu contrato com o Celtics, o careca terá 34 anos e caminhará para o crepúsculo de sua carreira.
No quesito eficiência, podemos dizer que White é um dos jogadores que mais entregam no elenco. Além de um QI de basquete elevadíssimo, White é extremamente eficiente em seus arremessos, consegue criar os próprios chutes, e é possivelmente o jogador mais decisivo do elenco no crunch time. A cereja do bolo é sua personalidade, o camisa 9 é muito carismático e nada vaidoso, o tipo de jogador perfeito para se ter no elenco.
Alerta de spoiler: White é o único dos três que tem pontos positivos em todas as variáveis. Hoje, ele é a terceira peça do core e deverá ser o maior aliado dos Jays pelo menos até o fim de seu contrato.
Para os playoffs, White deve continuar recebendo uma alta carga de minutagem e sem dúvidas é o jogador em que o Boston Celtics mais pode confiar para ser a terceira opção atrás dos Jays. Para Derrick White, vencer o título em 2025 pode ser a prova final para uma possível dinastia em Boston, ele fará parte disso até o fim.
Jrue Holiday


Tirando o vovô Horford, Jrue é o jogador mais velho do elenco. Com dois anéis e uma carreira de pouco barulho e muita entrega, a reta final da temporada 24-25 tem um grande peso para o camisa 4, que pode entrar para o seleto rol de jogadores com três títulos de NBA.
Holiday possui mais três anos de contrato, também com uma player option no último ano. Em questão de tempo, é um contrato seguro, porém a idade é um fator determinante aqui. Aos 34 anos, Holiday está vendo uma queda significativa em seus números, produzindo menos ofensivamente e com sua pior eficiência em arremessos desde a sua última temporada em New Orleans (2019-20).
Diferente dos playoffs do ano passado, em que Holiday foi possivelmente o terceiro jogador mais importante da equipe e com grande destaque nas finais de conferência e finais da NBA, os playoffs de 2025 devem trazer uma campanha mais silenciosa por parte do camisa 4. Isso não significa que o armador não será importante, ele ainda é peça-chave para que a equipe alcance o objetivo final, mas devemos esperar menos ação do lado ofensivo da quadra, como a quinta opção ofensiva do time.
Jrue continua sendo um jogador durável, porém com a idade avançada, algumas lesões começam a aparecer e isso pode se tornar algo cada vez mais frequente nos próximos anos. Do lado defensivo da quadra, Holiday ainda entrega muito e sua defesa é fundamental para a equipe, mas mantê-lo para os próximos anos pode ser uma decisão arriscada.
Kristaps Porzingis


Apesar de ser o mais novo dos três, Porzingis é o menos durável. Seu problema com lesões não é novidade e qualquer jogada mais brusca envolvendo o pivô é de tirar o folego de qualquer torcedor Celta. O artigo que compara a ausência versus a eficiência do camisa 8 sumariza perfeitamente o contexto do pivô em suas duas temporadas em Boston.
Dentre os principais jogadores do elenco, Porzingis parece ser o mais “ameaçado”. Apesar de amado pela maioria dos torcedores e de ter criado uma grande identificação com a cidade, o letão pode estar vivendo a sua última temporada na equipe alviverde. Sabemos que Brad Stevens não tem medo de puxar o gatilho e tomar decisões arriscadas para maximizar as chances de título de sua franquia, e eu não ficaria surpreso se a primeira grande peça movida pelo GM fosse o camisa 8.
Para os playoffs, Porzingis deve ser essencial se conseguir se manter saudável. Ele é a principal válvula de escape do ataque de Boston, que pode abusar do seu jogo no post contra defesas sufocantes (alô, OKC) e aproveitar sua habilidade de espaçar a quadra para gerar espaço para infiltrações, como já é de praxe no ataque de Joe Mazzulla.
Para KP, a reta final da temporada 24-25 pode significar também a última grande oportunidade de título de sua carreira. Apesar de ter apenas 29 anos, seus diversos problemas com lesões devem fazer com que o pivô tenha uma carreira mais curta, e seu contrato expirante na próxima temporada pode ser muito atraente no mercado.
Os principais bancários (Al Horford, Payton Pritchard e Sam Hauser)
Al Horford


Nós sabemos exatamente o que esperar de Al Horford, afinal, é o principal veterano do time.
Aos 39 anos de idade, o dominicano mostra que ainda consegue impactar positivamente o time com bons minutos na rotação. Suas médias seguem muito parecidas com as da última temporada em uma minutagem parecida.
Na defesa
O seu esforço físico para manter o ritmo do resto do time é visível, porém o veterano não se sente afetado por isso, participando ativamente da defesa, comumente trocando de jogadores, marcando da 1 a 5 (de armadores a pivos) e segurando alguns dos melhores pontuadores da liga.
Ao todo na temporada, a posição que Horford mais defendeu nessa temporada foram alas, somando para mais de 1200 posses defendidas e limitando esses jogadores a medíocres 41% nos arremessos (32% pra três pontos). Por mais incrível que pareça, a segunda posição que Horford mais defendeu foram os armadores. Estes foram limitados a 49% nos arremessos totais e 41% para arremessos de 3 pontos, porém, quando defendidos por Al Horford causaram um total de 51 turnovers e tomaram 15 tocos. Contra pivôs, o dominicano permitiu apenas 47% de eficiência nos arremessos e 36% para três pontos, sendo a posição menos marcada pelo jogador.
No ataque
Ao mesmo tempo, o pivôzão se apresenta ofensivamente em diversas situações, inclusive bolas de transição (principalmente para três pontos). Horford também continua mostrando alta produtividade em trabalhos de pick-and-roll e pick-and-pop, sendo o principal substituto de Kristaps Porzingis, que jogou pouco mais de 30 partidas na temporada. De todos os seus arremessos, 86% acontecem sem que o dominicano drible a bola, vindo ou de catch-and-shoots ou de bolas de segunda chance próximo ao aro.
O catch-and-shoot é sua principal arma ofensiva (70% dos arremessos), sendo quase todas as tentativas para três pontos (4,9 das 5,1 que ele tem por jogo), e ele tem nessas bolas 53% EFG (% ajustada para contabilizar arremessos de 3 pontos). As bolas próximas ao aro somam pra cerca de 27% das suas tentativas, sendo a maioria bolas de segunda chance relativas aos rebotes ofensivos que o dominicano consegue pegar ou pontes aéreas que (surpreendentemente, aos 39 anos) ainda são uma arma letal.
É muito claro que Horford já não é mais um jovem em ascenção, mas sua produtividade o torna um jogador importante para a rotação de Boston e com apenas mais um ano no seu contrato, não é nenhuma loucura vermos o veterano renovar com Boston por pelo menos mais uma temporada.
O que podemos esperar dele é que ele continue sendo esse reserva de peso e com potencial de impacto em ambos os lados da quadra. É muito possível que vejamos sua carga de minutos diminuir ao final da temporada com o time de Boston garantindo o mando de quadra, mas essa intensidade toda que o jovem de 39 anos trás para o time com certeza será essencial nos playoffs, quando tudo realmente importa.
Payton Pritchard


Desde sua temporada de calouro em Boston, Pritchard demonstrou ser um jogador valioso. O impacto em quadra do camisa 11 sempre foi muito além dos números, brigando por rebotes mesmo sendo um dos menores jogadores em quadra, dedicando-se do lado defensivo da bola e aproveitando as oportunidades quando teve seu número chamado em um ataque com diversas opções ofensivas.
Na campanha do título na temporada passada, PP protagonizou momentos inesquecíveis, como o buzzer beater do meio da quadra que colocou o Celtics 21 pontos à frente no intervalo do jogo 5 e selou o destino daquela equipe como campeã da NBA. Em 2024-25, o armador veio em busca de voos ainda maiores, com uma temporada espetacular até aqui, Pritchard ganhou volume de jogo e correspondeu aumentando sua eficiência em todos os tipos de arremesso e tornando-se o principal bancário da equipe no ano.
O 6º homem
Pritchard é atualmente o favorito a levar o prêmio de sexto homem do ano e faz por merecer. O armador tem sido constante em todos os aspectos, além de ter quebrado o recorde de bolas de três anotadas por um bancário em uma única temporada, PP faz um trabalho decente na defesa, mesmo quando acaba sendo explorado em mismatchs pelos adversários. Já com a cabeça nos playoffs, sabemos que o camisa 11 deve ser um dos principais alvos quando estiver em quadra, mas sua forma disciplinada e dedicada de defender minimizam os danos e possivelmente não custarão a Pritchard tantos minutos no momento mais importante da temporada.
Sabemos que o ataque estrelado do Boston Celtics em alguns momentos pode ficar um pouco disfuncional ou estagnado, e é exatamente a solução para esse problema que Pritchard traz para a mesa: seja espaçando a quadra para os companheiros infiltrarem, ou acertando duas ou três bolas do perímetro em sequência, o armador é o “spark plug” que precisamos quando as coisas apertam.
Mas como nem tudo são flores, existem algumas preocupações acerca do desempenho do camisa 11 em momentos de maior pressão. Pritchard tem brilhado em algumas partidas contra equipes mais fracas, porém contra contenders o armador tem deixado a desejar. A reta final da temporada apresenta para PP uma oportunidade de provar que nos momentos mais importantes ele é uma opção confiável e que não deverá ser o sexto homem do ano “à toa”.
Sam Hauser


Apesar da grande temporada protagonizada por Pritchard, o suco que o armador bebeu não parece ter chegado nas mãos de Hauser. Nosso principal reserva na posição de ala tem vivido um ano no mínimo esquisito. Os números não apontam nenhuma queda significativa em sua performance, porém o “eye-test” têm mostrado uma inconstância muito grande por parte do camisa 30.
A temporada de Hauser é um misto de emoções, em algumas partidas entrega bastante quando acionado ofensivamente, em outras parece fora de ritmo e demora a engrenar. Para os playoffs, Hauser deve ser importante e continuar recebendo uma boa carga de minutos, pois apesar de um pouco inconstante, é o principal chutador de três da equipe e o ala mais confiável dentre os bancários.
Pensando em futuro, o contrato de Hauser é sólido e não parece um grande problema para Brad Stevens. Entretanto, Hauser pode ser um ativo de troca útil em alguma janela e Stevens pode aproveitar para capitalizar, como costuma fazer. Para Sam Hauser, a reta final da temporada apresenta a chance de mostrar que pode continuar contribuindo dos dois lados da quadra e que é sim confiável e constante para ser peça importante de um elenco que brigará por títulos durante muitos anos.
A polêmica dos bigs (Luke Kornet, Neemias Queta, Xavier Tillman e Torrey Craig)
Luke Kornet


O pivô de 29 anos do Boston Celtics, tem se destacado na temporada 2024-2025 com contribuições significativas para a equipe. Com 2,16 m de altura e 113 kg, Kornet combina envergadura e habilidade, oferecendo à equipe uma presença dominante no garrafão.
Desempenho Estatístico:
- Pontos por Jogo (PPG): 5,3
- Rebotes por Jogo (RPG): 5,1
- Assistências por Jogo (APG): 1,6
- Percentual de Arremessos de Quadra (FG%): 66,7%
Esses números refletem a sua importância dentro da quadra. Kornet tem sido eficiente, tanto em pontos quanto em rebotes. Sua capacidade de proteger o aro com bloqueios e sua eficiência ofensiva são aspectos fundamentais para o Celtics, uma equipe que, ao longo da temporada, tem se mostrado cada vez mais dependente de um equilíbrio entre defesa sólida e ataque eficaz.
Papel na Defesa:
A principal contribuição de Kornet para o Boston Celtics vem na defesa, onde sua altura e envergadura tornam-no um protetor do aro. Sua presença no garrafão é frequentemente sentida em momentos cruciais, seja para contestar arremessos ou para garantir rebotes defensivos.
Com um bloqueio por jogo, ele oferece a proteção necessária que permite que os Celtics se concentrem em suas transições ofensivas com mais confiança. Essa capacidade de impactar o jogo defensivamente, sem necessariamente precisar ser o jogador mais dominante do time, o torna um elemento fundamental na rotação. Além disso, sua habilidade de ajustar-se às movimentações dos adversários e sua inteligência defensiva são ativos valiosos.
Kornet tem mostrado uma notável habilidade para entender o sistema defensivo do Celtics e colaborar com os outros grandes jogadores da equipe, como Al Horford e Kristaps Porzingis. Ele é capaz de manter a integridade defensiva da equipe, especialmente quando se trata de proteger o aro e limitar as segundas chances para os adversários.
Contribuição Ofensiva:
Ofensivamente, Kornet tem sido mais eficiente nas jogadas próximas ao aro, aproveitando sua altura para fazer pontos dentro do garrafão. Embora não seja um grande arremessador de longa distância, ele tem se sido efetivo em jogadas de pick-and-roll, onde sua capacidade de terminar as jogadas embaixo da cesta é essencial. Sua porcentagem de arremessos de campo de 66,7% reflete sua eficiência nas finalizações perto da cesta, o que é uma das características que o torna uma boa opção ofensiva no esquema do técnico Joe Mazzulla.
Sua habilidade de passar também tem sido um ponto positivo. Kornet é capaz de distribuir a bola com inteligência, especialmente em situações de pick-and-pop, onde ele pode encontrar companheiros de equipe para arremessos wide open. Embora não seja um grande pontuador, a sua presença nas jogadas de transição e sua capacidade de manter a fluidez ofensiva ajudam os Celtas a manter um ritmo de jogo elevado.
Importância para a Equipe:
Com a rotação do Celtics sendo ajustada devido a lesões e à carga de trabalho de veteranos como Horford, Kornet tem se tornado cada vez mais crucial para a equipe. Sua versatilidade lhe permite jogar em diferentes formações e ser um elemento confiável tanto ofensivamente quanto defensivamente. A confiança que o técnico Joe Mazzulla tem depositado nele é evidente pela quantidade de minutos que Kornet tem jogado, especialmente em momentos decisivos das partidas.
Além disso, Kornet tem um papel importante em aliviar a pressão sobre jogadores mais destacados, como Jayson Tatum e Jaylen Brown, permitindo que eles possam se concentrar em suas responsabilidades ofensivas enquanto Kornet faz o “trabalho sujo” nas jogadas de defesa e nos rebotes. Sua capacidade de fazer a chamada “suor do trabalho pesado” é uma parte essencial do equilíbrio que os Celtics buscam na temporada.
Outro aspecto importante é a sua química com os outros jogadores da equipe. Kornet tem mostrado uma boa sintonia com os jogadores principais, como Tatum, Brown, e Porzingis, criando um ambiente colaborativo onde ele não apenas se insere nas jogadas, mas também se torna uma opção confiável em situações de transição. Sua eficácia como um grande apoio no garrafão, combinada com a habilidade de passar e o entendimento tático do jogo, faz dele um jogador valioso para a profundidade do elenco.
Conclusão:
Luke Kornet tem sido uma peça essencial para o Boston Celtics na temporada 2024-2025. Sua contribuição nas duas extremidades da quadra, sua eficiência ofensiva e sua presença defensiva são aspectos fundamentais que ajudam a equipe a manter um alto nível de competitividade. Embora seu nome não seja o mais comentado, sua importância para o esquema de jogo de Mazzulla e sua capacidade de manter a equipe estável durante momentos críticos não podem ser subestimadas.
Neemias Queta


O pivô de 2,13 metros e natural de Lisboa, Portugal, tem se consolidado como uma adição importante ao elenco do Boston Celtics na temporada 2024-2025. Desde sua chegada à NBA, o jogador foi uma promessa com grande potencial, mas foi na atual temporada que ele tem mostrado um crescimento contínuo, refletido em sua contribuição nas duas extremidades da quadra.
Queta passou pelas categorias de base do Sacramento Kings antes de assinar com os Celtics, onde encontrou a oportunidade de se estabelecer como um jogador de rotação importante para a equipe. Sua habilidade em proteger o aro, sua presença física e seu entendimento tático do jogo têm sido cruciais para o sucesso do Boston Celtics em diversos momentos da temporada.
Desempenho Estatístico:
Na temporada 2024-2025, Neemias Queta tem apresentado um desempenho sólido, refletindo seu desenvolvimento e a confiança que a equipe tem depositado nele. Seus principais números até o momento:
- Pontos por jogo (PPG): 5,1
- Rebotes por jogo (RPG): 3,9
- Assistências por jogo (APG): 0,7
- Percentual de Arremessos de quadra (FG%): 63,8%
- Bloqueios por jogo (BPG): 1,0
Esses números mostram um Queta eficiente, especialmente quando se trata de finalizar jogadas perto da cesta e ajudar a sua equipe a dominar os rebotes. Sua eficiência no arremesso é um ponto forte, com uma impressionante porcentagem de 63,8% de aproveitamento nos arremessos, o que é indicativo de sua presença nos pontos críticos do jogo, como no pick-and-roll ou nas finalizações em transição.
Contribuição na Defesa:
A principal contribuição de Queta para o Boston Celtics está na defesa, onde ele tem se destacado como um protetor de aro confiável. Sua altura, combinada com sua capacidade atlética, permite que ele seja uma presença intimidadora no garrafão, contestando arremessos e alterando jogadas adversárias. Embora não seja o líder em bloqueios no time, sua média de 1,0 bloqueio por jogo é uma estatística significativa, especialmente quando se leva em conta o tempo de quadra limitado que ele tem.
Queta tem mostrado uma excelente leitura de jogo em termos de posicionamento defensivo. Sua habilidade de ajustar-se rapidamente ao ritmo das partidas, contestar arremessos e se posicionar bem para pegar rebotes defensivos tem sido crucial para o Celtics, especialmente em momentos de alta pressão contra adversários fortes.
Contribuição Ofensiva:
Ofensivamente, Queta tem se mostrado uma peça valiosa no esquema de jogo do Celtics. Embora não seja um jogador de grande volume de pontos, ele tem sido altamente eficiente nas jogadas, uma característica fundamental em sua contribuição para o time. Seu excelente aproveitamento nos arremessos é reflexo de sua capacidade de capitalizar em situações de jogo em que ele pode utilizar sua envergadura e finalizar perto do aro.
Além disso, Queta tem mostrado que pode ajudar a manter o ritmo de jogo fluído, se encaixando bem nas jogadas de pick-and-roll e ajudando a manter a pressão ofensiva da equipe. Sua inteligência em passar a bola, mesmo sem ser um grande assistente, também contribui para o movimento do jogo e cria oportunidades para seus companheiros. Sua eficiência em converter as chances ofensivas o torna uma opção confiável quando o time precisa de profundidade no garrafão.
Momentos de Destaque:
Embora nem sempre tenha sido titular, o português teve várias atuações de destaque ao longo da temporada. Um exemplo marcante ocorreu em uma vitória contra o Indiana Pacers, onde, em apenas 14 minutos de jogo, Queta registrou 2 pontos, 9 rebotes, 1 assistência e 1 bloqueio, desempenhando um papel importante ao vir do banco e contribuir significativamente para a recuperação da equipe. Esse tipo de performance destaca sua capacidade de impactar o jogo de maneira eficaz, mesmo com tempo limitado de quadra.
Outro momento notável foi em uma vitória sobre o New York Knicks, quando Queta registrou 11 pontos e 3 rebotes em apenas 18 minutos de jogo, mostrando sua habilidade de se inserir rapidamente no ritmo da partida e fazer a diferença, mesmo diante de adversários de alto nível.
Importância para a Equipe:
A importância de Neemias Queta para o Boston Celtics vai além dos números. Ele tem sido uma peça essencial na rotação da equipe, especialmente durante períodos em que outros jogadores, como Kristaps Porzingis, ficaram ausentes ou jogaram com restrições de minutos. Sua habilidade de proteger o garrafão e oferecer profundidade ofensiva tem permitido que o Celtics mantenha um equilíbrio entre defesa e ataque, algo fundamental para o sucesso da equipe na defesa do título.
Queta também tem mostrado um desenvolvimento constante, trabalhando duro para ganhar mais minutos e consolidar seu papel como uma parte confiável da rotação. Sua ética de trabalho, resiliência e vontade de melhorar são características que o tornam um ativo valioso para o Celtics, e sua adaptação ao estilo de jogo da equipe tem sido notável.
Conclusão:
Neemias Queta tem sido uma adição valiosa ao Boston Celtics na temporada 2024-2025. Sua combinação de defesa sólida, eficiência ofensiva e seu desenvolvimento contínuo fazem dele um jogador chave na rotação da equipe. Mesmo sem o brilho de estrelas como Jayson Tatum ou Jaylen Brown, Queta tem mostrado que é uma peça indispensável para o sucesso do time. Seu impacto nas duas extremidades da quadra, aliado ao seu comprometimento em evoluir como jogador, garante que ele continue sendo uma arma importante os Celtas.
Xavier Tillman


O jogador de 26 anos nascido em Grand Rapids, Michigan, tem se consolidado como uma peça importante no elenco do Boston Celtics na temporada 2024-2025. Conhecido por sua versatilidade defensiva e presença física, Tillman tem contribuído de maneira significativa para a profundidade do time.
Desempenho Estatístico:
Na temporada atual, Tillman tem registrado médias de:
- Pontos por jogo (PPG): 1,0
- Rebotes por jogo (RPG): 1,3
- Assistências por jogo (APG): 0,2
- Percentual de Arremessos de Quadra (FG%): 26,1%
Importância para a Equipe:
A principal contribuição de Tillman para os Celtas reside em sua defesa versátil. Com a capacidade de marcar tanto jogadores externos quanto pivôs, ele oferece flexibilidade ao esquema defensivo do time. Durante os playoffs de 2023, como titular devido a lesões, a defesa do Memphis Grizzlies melhorou em posses com Tillman em quadra.
Sua versatilidade defensiva é destacada por sua habilidade em se mover bem em espaços abertos e em defender pivôs de forma eficaz. Essas características fazem dele uma opção valiosa para os Celtas, especialmente em situações que exigem trocas defensivas e cobertura em múltiplas posições.
Embora sua produção ofensiva seja limitada, Tillman compensa com sua energia e comprometimento defensivo, sendo essencial para a profundidade do elenco do Celtics. Sua presença permite que o time mantenha um nível elevado de intensidade defensiva, contribuindo para o sucesso contínuo da equipe na temporada.
Conclusão:
Seu impacto na rotação do time, com a capacidade de marcar várias posições e proteger o aro, é crucial para o sucesso defensivo dos Celtas. Tillman continua sendo uma peça importante na profundidade da equipe e um ativo fundamental para o esquema de jogo de Joe Mazzulla.
Torrey Craig


O jogador veterano de 34 anos nascido em Columbia, Carolina do Sul, é um ala de 1,96 m que tem se destacado na NBA por sua versatilidade defensiva e eficiência ofensiva. Na temporada 2024-2025, Craig iniciou com o Chicago Bulls, onde registrou médias de 5,4 pontos, 2,4 rebotes e 0,5 assistências por jogo, com um aproveitamento de 47,8% nos arremessos de campo.
Em fevereiro de 2025, Craig assinou com o Boston Celtics, contribuindo imediatamente com sua experiência e habilidade. Em sua estreia pela equipe, os Celtas derrotaram o San Antonio Spurs por 116-103, e Craig impressionou, destacando-se como uma adição valiosa ao elenco.
Desempenho Estatístico:
- Pontos por Jogo (PPG): 5,4
- Rebotes por Jogo (RPG): 2,4
- Assistências por Jogo (APG): 0,5
- Percentual de Arremessos de Quadra (FG%): 47,8%
A importância de Craig para o Celtics reside em sua capacidade de atuar em múltiplas posições, oferecendo flexibilidade tática ao técnico Joe Mazzulla. Sua experiência em jogos de playoffs e sua habilidade em arremessos de três pontos, com um aproveitamento de 42% na temporada, agregam valor ao time, especialmente em momentos decisivos.
Em suma, Torrey Craig tem sido uma adição significativa ao Boston Celtics, contribuindo com sua versatilidade defensiva, eficiência ofensiva e experiência, fortalecendo a profundidade do elenco e a flexibilidade tática da equipe, especialmente na rotação defensiva e em situações de pressão.
Os prospectos (Jordan Walsh, Baylor Scheierman, Drew Peterson, Miles Norris e JD Davison)










Quando o assunto é expectativa, aqui é onde temos as menores.
Dentro daquilo que era esperado, podemos dizer que Baylor Scheierman “decepcionou”. O ala chegou como potencial sombra de Sam Hauser, mas não desencantou. É claro que ninguém esperava que ele se tornasse uma peça fundamental da rotação, mas poderia ter sido melhor. Nessa reta final ele terá espaço para se provar.
E por falar em reta final, com a classificação para os playoffs e a diferença confortável para o 3º lugar da conferência, é possível que nas próximas semanas vejamos mais dos 5 prospectos do time. Walsh, Baylor e Peterson já haviam ganhado algumas oportunidades durante a temporada, enquanto o novato Miles Norris ainda não pode se mostrar muito e o armador sensação da G-League, J.D. Davison, está dominando as classes inferiores da liga.
Vamos ver como esses jovens vão tratar seus poucos, se existentes, minutos em quadra.
A mente (Joe Mazzulla)


De Joe Mazzulla esperamos apenas uma coisa: que ele seja novamente o psicopata maravilhoso que vimos na última corrida dos playoffs.
O técnico de Boston deixou cada vez mais claro nessa temporada regular que gosta muito de fazer diferentes testes com seus jogadores. A equipe de Boston rodou diversos sistemas, foi forçada a realizar inúmeros ajustes e mostra uma constante tendência a adaptar seu estilo jogo ao adversário mantendo uma característica: a bola de três pontos.
Ao mesmo tempo que esperamos isso de Mazzula, esperamos também uma melhora em alguns aspectos. O time está com um problema sério nos últimos quartos, já a algum tempo. Além disso, o técnico parece ter desaprendido a usar desafios, sendo um dos técnicos da liga com pior aproveitamento nesse quesito e um dos que menos usa os desafios também.
Mazzulla é um dos técnicos com mais potencial na liga, e ele sabe disso. Agora precisamos torcer para que ele continue atingindo esse potencial e não se torne um caso de técnico que ganhou apenas uma vez na vida.
Fechamento


A reta final da temporada 24-25 apresenta desafios e oportunidades para todo o elenco Celta. Sabemos que se tornar uma dinastia não é algo fácil na liga mais competitiva do mundo, mas o Celtics tem à sua disposição todas as ferramentas para fazer acontecer. Com os playoffs se aproximando, as expectativas e funções estão alinhadas para cada peça e, apesar de alguns poréns, o sentimento é de que liderados por Tatum e Brown, temos claras chances de erguer mais um banner em Boston.
É verdade também que precisamos aproveitar essa versão do Celtics ao máximo, pois mudanças parecem prováveis ao fim da temporada. Não há uma fórmula pronta para estabelecer uma dinastia, dado que diversos fatores influenciam esse processo. Contudo, uma coisa é certa: todo time que prosperou por um longo período e teve um amplo espaço para conquistar títulos, passou por alterações importantes na equipe. O core Tatum-Brown-White já se provou suficiente para colocar o Celtics entre os principais candidatos ao título todo ano, a grande questão para Stevens será manter o elenco ao redor deles competitivo, mesmo com as duras sanções impostas pelas novas regras salariais da liga.
A pós-temporada é sempre um momento de surpresas e heróis improváveis, mas também de afirmação para alguns jogadores. Performar no maior estágio é uma oportunidade de mostrar sua importância dentro de uma grande equipe e de um esquema vencedor, e pode ter certeza de que isso também estará em jogo para algumas peças do elenco Celta nos próximos meses.
Será fácil novamente?
Na última temporada o Celtics passou por cima dos seus adversários com maestria e, no geral, com certa facilidade. Em 2025 a situação parece um pouco diferente, com a ascensão de Cleveland, os Knicks se reforçando e o sempre perigoso, mas um pouco confuso Milwaukee Bucks, o caminho do leste deve ser árduo, e o que vier da conferência oeste em uma possível final promete ser pedreira também.
Quem acompanha esse time há pelo menos quatro anos, percebe hoje um grande amadurecimento por parte dos principais jogadores nas tomadas de decisões em momentos importantes. A experiência de campeão por parte do Holiday foi essencial para que esse time superasse o platô e chegasse ao objetivo final, agora é o momento de capitalizar e mostrar que 2024 não foi um acaso, mas que essa versão do Boston Celtics veio para gravar seu nome entre as principais equipes da história.
Colaboração entre Daniel Victor Dias, Guido Ravagniani e Lucas Caldini