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Análises da temporada 2015-16 – Jae Crowder

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Após completar sua primeira temporada completa sob o uniforme celta, Jae Crowder caiu, de vez, nas graças dos torcedores, dirigentes, treinador e elenco celtas.

Mesmo depois de ter garantido um lucrativo contrato (que lhe renderá US$ 35 milhões em 5 anos) na última offseason, Jae Crowder mostrou que não estava em busca apenas de dinheiro. O camisa 99 de Boston elevou seu jogo a um novo patamar, assumindo a titularidade da posição 3 celta, sem deixar de aprimorar suas qualidades e trabalhar em suas deficiências.

Vamos, então, comentar os resultados de todo o esforço empreendido pelo jogador de 25 anos na temporada 2015/2016.

Notas da equipe:

Abaixo as notas de avaliação da temporada de Crowder, segundo alguns membros da equipe Celtics Brasil:

Daniel Emiliano Rômulo Portugal Fábio Malet Bruno Penna Tuha Schmitt
B+ B B+ B+ B+

Os pontos positivos:

São tantos pontos positivos a serem destacados, que será um verdadeiro desafio conciliar informações suficientes e concisão nesse trecho da matéria. No entanto, vamos tentar.

De cara, devemos destacar que Jae Crowder deixou de ser um reserva voluntarioso para assumir um papel vital para o sucesso da equipe de Boston nessa temporada.

Como provas do acima exposto, podemos apontar suas indicações aos prêmios de melhor defensor e jogador que mais evoluiu na temporada. Jae Crowder ocupou a 13ª e a 6ª posições, respectivamente, para os prêmios supracitados.

Sua defesa sempre foi alvo de elogios, mas o jogo defensivo do camisa 99 progrediu, ainda mais, em 2015/2016. Afinal, Jae Crowder foi obrigado a encarar novos testes em sua curta carreira, ao ter de marcar alguns dos melhores jogadores da liga, já que virou um titular. Fora isso, ainda devemos destacar que não foram poucas as vezes em que Brad Stevens confiou a Crowder, o papel de marcar alas-pivôs ou, até mesmo, pivôs adversários, embora Crowder tenha “apenas” 1,98 metro.

Agora, olhemos seu jogo ofensivo. Como dito na análise da temporada anterior, Crowder apresentava sérias dificuldades em criar seu próprio arremesso e em ser uma real ameaça na linha dos 3 pontos. Conforme já exposto, em oportunidades pretéritas, uma das melhores qualidades do camisa 99 (se não for a melhor), é a sua dedicação. E pudemos notar avanços nessas áreas críticas de seu jogo.

Jae Crowder passou a ser um jogador de 31.6 minutos, em média, por jogo. Além disso, sua média de arremessos tentados, por partida, aumentou para 11.1. O Jae Crowder de 2014/2015 (que apresentou FG% de 41.8, 3pt-FG% de 28.2 e FT% de 76.2), muito provavelmente, apresentaria números ainda piores, caso tivesse os números de minutos, arremessos tentados e responsabilidades que o camisa 99 deteve nesta temporada.

E, aí, que veio o grande salto na carreira de Jae Crowder. Afinal, como pode ser observado na tabela abaixo, o ala celta progrediu em seu jogo ofensivo, ao elevar seu FG para 44.3%, seu 3pt-FG para 33.6% e seu FT para 82%. Válido mencionar, ainda, que Crowder, pela primeira vez em sua carreira, tornou-se um jogador com média de pontos superior a 10.0 por jogo, chegando a beirar 15.0 já nesse ano (sua média de pontos, por partida, acabou sendo de 14.2). Por fim, Crowder conseguiu, apenas nessa temporada, quase dobrar o número de pontos que tinha conquistado nas 3 temporadas anteriores somadas.

Desse modo, vemos que, se Crowder ainda não pode ser chamado de ameaça ofensiva, certo é que o mesmo já deixou de ser um jogador unidimensional ou inofensivo, desenvolvendo um bom repertório de ataque. Não foram raras as vezes em que Crowder foi confiado para acertar arremessos decisivos, e o camisa 99 não decepcionou.

Portanto, as expectativas para a próxima temporada restaram renovadas, podendo a torcida celta esperar um Crowder dedicado e obcecado em evoluir seu jogo.

Os pontos negativos:

Com tantos pontos positivos mencionados, chega a ser difícil elaborar críticas para o ala celta.

Jae Crowder apresentou progresso em seus jogos defensivo e ofensivo. Não faltou comprometimento ou personalidade dentro das quadras.

Todavia, levando em consideração o estilo de jogo atual do Boston Celtics, cabe a Crowder melhorar, ainda mais, seu desempenho nas bolas de longa distância. Muito embora o camisa 99 já tenha melhorado nesse quesito (ao elevar seu percentual de acerto, de 28.2% para 33.6%), a equipe de Boston precisa que seu ala titular beire os 40% de aproveitamento, para que o time não sofra com apagões ofensivos, como os que vimos na série contra o Atlanta Hawks.

Outro quesito no qual Crowder pode/deve melhorar, é em sua capacidade de criar seu próprio arremesso. Ainda vemos o ala como um jogador que depende dos demais para poder pontuar. Nesse mesmo sentido, o atleta deve trabalhar em sua seleção de jogadas. Não foram poucas as vezes em que vimos Crowder forçar passes arriscados ou tentar arremessos de longa distância, quando a melhor jogada a ser feita, claramente, era outra.

Por fim, Crowder deve atentar para os outros fundamentos do jogo. Em 2014/2015, com uma média de minutos de 24.2, por partida, Crowder deteve médias de 4.6 rebotes e 1.4 assistência por partida. Em 2015/2016, com uma média acima de 30 minutos por confronto (31.6), Crowder viu poucos avanços nessas áreas, ao alavancar as médias para, apenas, 5.1 rebotes e 1.8 assistência.

Estatísticas na temporada:

Stats G Min FG% 3P% FT% Reb Ast Stl Blk Pts
Total 73 2.308 .443 .336 .820 373 135 126 35 1.038
Média 73 31.6 .443 .336 .820 5.1 1.8 1.7 0.5 14.2
Por 36 Min 73 36 .443 .336 .820 5.8 2.1 2.0 0.5 16.2

O que esperar da próxima temporada:

As expectativas para a próxima temporada de Crowder dependem, diretamente, do (in)sucesso do maior campeão da NBA na offseason por vir.

Afinal, caso o Celtics se envolva em uma troca por um All-Star consolidado, o camisa 99, fatalmente, será um dos jogadores mais procurados como contraprestação em eventuais negociações.

Caso esse jogador impactante venha via free agency, podemos ver Jae Crowder retornar para o banco de reservas.

Assim, as expectativas dependem das negociações que ocorrerão, visto que Crowder pode continuar como titular, retornar para o papel de reserva ou, até mesmo, despedir-se de Boston.

Caso o cenário mantenha-se o mesmo, com o camisa 99 sendo titular da ala celta, podemos esperar a defesa dedicada de sempre, a raça habitual e um jogo ofensivo mais polido, dado os progressos observados nesta temporada.

Devemos torcer, também, para que Crowder evolua seu jogo como um todo, tornando-se um atleta mais capaz de tomar melhores decisões em quadra, bem como de impactar o jogo por meio de outros fundamentos, especialmente nos rebotes e assistências.

Melhores momentos na temporada:

https://www.youtube.com/watch?v=SI6MCY4QDv4

4 comentários

  • Gosto mto dele, mas fiquei assustado com o pessimo playoff que ele fez. Ele é um cara fisico demais, nao tem um chute tao confiavel e mesmo assim arrisca mtos chutes. Se infiltrasse mais seria um jogador melhor ofensivamente, pq defensivamente ele é um monstro. Quero que fique, mas caso tenha chance do Butler chegar, eu troco ele numa boa.

  • Sobre o JC, acredito que, se não chegou ao auge da carreira, está perto. Bom: ele deve se manter no patamar atual por mais algumas temporadas. Ruim: ficarei surpreso se ele evoluir ainda mais em aspectos técnicos mais apurados, como nas assistências e na mecânica de arremesso de longa distância. Talvez uma discreta melhora. De toda a maneira, já nos é muito útil.

    Sobre o time, sei que pareço idealista: melhor se pudermos não mexer no bolo. Não temos um time campeão, é fato. Mas temos um time de offs e que completo poderia fazer mais.

    O bolo está pronto, precisamos da cereja.

    Mexer no bolo… um tanto arriscado. Então eu faria um esforço para manter IT, AB, JC, Turner e até o KO. Acho que a estrutura é essa aí.

    No máximo eu incluiria o Smart em trades (dos atletas principais, pois os demais, ofertaria sem restrições).

    Ou seja, me agrada mais trabalharmos com as picks em trades e com o nosso espaço no cap via FA.

    Sabemos o quanto é complicado atrair um nome de peso que nos leve automaticamente às finais de conferência. Então é bom ter cuidado para não desmontar o time que está pronto para receber a estrela. Se oferecermos demais, podemos virar um NY da vida.

    Confio no DA.

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