Reforços na NBA: quando deu certo e quando fracassou !!!

Em busca da peça que falta para o título, os principais candidatos à conquista da NBA se reforçaram para a temporada 2009/10.

Los Angeles Lakers, atual campeão, contratou Ron Artest. O San Antonio aposta em Richard Jefferson e Antonio McDyess. O Cleveland Cavaliers tem agora Shaquille O’Neal; Boston Celtics vem com Rasheed Wallace e Orlando Magic com Vince Carter.

Na história da liga norte-americana contratações que prometiam a redenção de um time já deram muito certo, mas também já levaram à decepção dos torcedores. Aqui listamos cinco casos que terminaram em título e cinco que resultaram em fracasso.

Casos de sucesso

1. Kevin Garnett e Ray Allen (Boston Celtics)

Em 2007, o Boston Celtics teve a pior campanha do Leste na temporada regular. Como transformar um dos times mais fracos da NBA no mais forte? Danny Ainge, diretor geral da franquia encontrou a resposta em Kevin Garnett, via troca, e Ray Allen, que assinou com o time depois de cinco temporadas no Seattle SuperSonics. Por KG, Ainge trocou tudo que tinha. Al Jefferson, Ryan Gomes, Gerald Green, Sebastian Telfair e Theo Ratliff foram todos para o Minnesota Timberwolves. Resultado: 66 vitórias e 16 derrotas na temporada regular. Vitória inconteste por 4 a 2 sobre o Los Angeles Lakers na final.

2. Shaquille O’Neal (Miami Heat)

Não havia mais espaço para Kobe Bryant e Shaquille O’Neal no Los Angeles Lakers em 2004. Dwyane Wade recebeu o pivô de braços abertos para baterem o Detroit Pistons em seis jogos e o Dallas Mavericks pelos mesmos 4 a 2 e trazer o título em 2006 para a equipe de Pat Riley. Shaq foi para o Heat em troca por Lamar Odom, Caron Butler, Brian Grant e mais duas escolhas no draft. Embora com uma campanha de apenas 50 vitórias na temporada regular, o pivô mostrou sua força nos playoffs, marcando 18,4 pontos e 9,8 rebotes por jogo.

3. Robert Parish e Kevin McHale (Boston Celtics)

A franquia de Massachusetts não é a maior vencedora da história da NBA por acaso. KG e Allen emulam as contratações de Robert Parish e Kevin McHale. Na época, Red Auerbach assumiu o papel de arquiteto do elenco, hoje ocupado por Danny Ainge. Em 1979, o Celtics teve uma campanha de 29 vitórias e 53 derrotas. Uma troca com o Golden State Warriors transformou duas escolhas no draft em Parish e McHale. A equipe terminou campeã, em 1981, após vencer o Houston Rockets por 4 a 2 nas finais.

4. Moses Malone (Philadelphia 76ers)

Moses Malone era literalmente a peça que faltava ao Philadelphia 76ers. Em 1982 a equipe foi derrotada pelo Los Angeles Lakers nas finais da NBA. O time da Pensilvânia cedeu Caldwell Jones e uma escolha no draft ao Houston Rockets para ter o jogador. Na temporada de 1982/83, ele se tornou a principal peça de um forte time do Sixers. Obteve médias de 24.5 pontos e 15.3 rebotes para se sagrar MVP da temporada. Nas finais, vingança sobre o Lakers com vitória por 4 a 0.

5. Oscar Robertson (Milwaukee Bucks)

Uma crise de ciúmes de Bob Cousy mandou Oscar Robertson do Cincinatti Royals para o Milwaukee Bucks em 1970. Para ter o atleta, o time se desfez de Flynn Robinson e Charlie Paulk. Os novos ares fizeram bem ao armador. Durante cinco anos de sua carreira, ele jogou num time sem grandes pretensões para se juntar a Lew Alcindor – que mais tarde seria chamado de Kareem Abdul-Jabbar – e conquistar o título daquele ano.

Casos de fracasso

1. Karl Malone e Gary Payton (Los Angeles Lakers)

De 2000 a 2002 foram três títulos seguidos para o Los Angeles Lakers. Em 2003, derrota para o San Antonio Spurs nas semifinais de conferência. Para voltar ao título em 2004, adicionar dois futuros nomes certos no Hall da Fama a Shaquille O’Neal e Kobe Bryant parecia um plano infalível. Parecia. Na temporada regular, Karl Malone e Gary Payton deram ao time californiano 56 vitórias. A melhor campanha na NBA. O problema veio nas finais. Diante do Detroit Pistons, considerados uma das grandes zebras na história da liga, o time não encontrou padrão de jogo e foi derrotado por 4 a 1.

2. Allen Iverson (Detroit Pistons)

Depois de seis anos seguidos nas finais de conferência e apenas um título, o que faltava para que o Detroit Pistons fosse o campeão de 2009? Quando se apresentou a equipe do Michigan, Allen Iverson respondeu: “espero que eu seja a peça que falta”. Nada mais distante da realidade. Chauncey Billups, que partiu para o Denver Nuggets na troca por Iverson, fez sua sétima final de conferência consecutiva. O Pistons perdeu 43 jogos e foi eliminado na primeira rodada dos playoffs, na primeira temporada com mais reveses do que vitórias desde 2001.

3. Danny Manning (Atlanta Hawks)

Com a ida de Michael Jordan para o Beisebol, a NBA ficou sem dono na temporada de 1993/94. O Atlanta Hawks, melhor time da divisão central, decidiu trocar veteranos e se desfez do maior astro de sua história. Dominique Wilkins partiu para o Los Angeles Clippers. Danny Manning chegou ao time da Geórgia. A campanha de 57 vitórias na temporada regular foi animadora. O desempenho nos playoffs deixou a desejar quando a equipe perdeu por 4 a 2 para o Indiana Pacers, nas semifinais de conferência. No ano seguinte, Manning já respirava novos ares no Phoenix Suns.

4. Moses Malone (Washington Bullets)

Abrir mão de Jeff Ruland e Cliff Robinson para ter Moses Malone deu esperanças a muitos torcedores do Washington Bullets. Malone já tinha ganhado um título com o Philadelphia 76ers, além de nove aparições seguidas em All Star Games. Terry Catledge era apenas um bônus para o time da capital na negociação com a franquia da Pensilvânia. A participação do Bullets na temporada, entretanto, foi medíocre: derrota por 3 a 0 na primeira rodada dos playoffs diante do Detroit Pistons e uma temporada regular de 42 vitórias e 40 reveses.

5. Shaquille O’Neal (Phoenix Suns)

Steve Nash, Grant Hill, Amare Stoudemire e Shaquille O’Neal. O que falta para um time desses ser campeão? Química. Shaq desembarcou no Arizona na temporada 2007/08 depois de troca que mandou Shawn Marion para o Miami Heat e as coisas nunca deram muito certo para o pivô no Phoenix Suns. Pesado, ele não foi capaz de se adaptar ao estilo de jogo rápido praticado por Nash e Cia. O resto da equipe também falhou em tentar adotar um esquema mais cadenciado com jogadas tramadas do meio da quadra para frente. Um ano e meio depois da troca, O’Neal foi para o Ceveland Cavaliers.

E aí, você concorda ? Discorda ? Lembra-se de outros nomes ? Dê sua opinião, participe.

Por: Rafael Forner

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Respostas de 4

  1. Bela matéria Rafael.

    E vejam q acertamos 2 vezes hein, ao trazer Ray Ray e KG, e a dupla Parish e McHale.

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