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Análises da temporada 2015-16 – Jared Sullinger

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Em seu quarto e último ano no contrato de calouro, e prestes a tornar-se um agente livre restrito na próxima offseason, Jared Sullinger termina uma boa temporada, mas sem o impacto necessário para convencer Danny Ainge a priorizar sua renovação para a próxima temporada. E é sobre este desempenho de Sully na temporada que falaremos neste texto.

Notas da equipe

Abaixo as notas de avaliação da temporada de Sullinger, segundo alguns membros da equipe Celtics Brasil.

Daniel Emiliano Rômulo Portugal Fábio Malet Bruno Penna Tuha Schmitt
C B- B- C+ C

Os pontos positivos

Evolução defensiva: Um dos grandes defeitos de Sullinger no começo de sua carreira profissional, a defesa, motivo de intensas críticas sobre seu desempenho no Celtics, foi o aspecto de seu jogo em que ele apresentou a maior evolução nesta temporada. Se o descuido com o peso é um de seus grande defeitos, Sullinger pelo menos encontrou uma forma de usar o seu peso acima do ideal a seu favor, ocupando espaço na área pintada, dificultando a infiltração de jogadores mais leves e forçando fisicamente os mais pesados, dificultando o jogo de contato próximo a cesta, principalmente em jogadas de low post.

Capturar

Sullinger terminou a temporada regular com um dos 10 melhores ratings defensivos da NBA. E, como pode ser visto na figura acima, Sullinger faz companhia nessa lista a alguns dos melhores defensores da liga. Muitos que veem essa lista devem chamar Sullinger de “um estranho no ninho”. E até têm um pouco de razão. Obviamente ele não está no nível dos demais jogadores desta lista e estes bons números também são frutos da excelente defesa de perímetro que a equipe do Celtics tem. Mas não dá para menosprezar a clara evolução defensiva do jogador e ignorar totalmente estes números. Nesta temporada, sua defesa esteve em um bom nível, e ele merece os elogios por isso.

Rebotes: Se tem um aspecto do jogo em que Sullinger sempre se destacou, este é o rebote. Apesar de não ser dos bigman‘s mais altos e nem ter uma grande impulsão vertical, Sullinger tem instintos e posicionamento de um reboteiro de elite. E mesmo já sendo ótimo neste quesito, Sullinger trabalhou este aspecto de seu jogo, principalmente na parte de bloqueio de rebote, utilizando melhor seu corpanzil avantajado para ter vantagem sobre seus oponentes. O resultado foi a sua melhor temporada na carreira em rebotes. Sullinger terminou a temporada regular com a 20ª maior marca em rebotes ofensivos da liga, 19ª em rebotes defensivos, 16ª em rebotes totais, 13ª em porcentagem de rebotes defensivos e 15ª em porcentagem de rebotes totais.

Livrou-se das lesões: Apesar das críticas no início da temporada por conta de sua falta de comprometimento com a franquia, principalmente por causa do descuido com seu corpo e de seu peso acima do ideal, Sullinger conseguiu, pela primeira vez na carreira, passar a temporada inteira saudável. Se nas suas três primeiras temporadas na liga ele perdeu 69 jogos, uma preocupante média de 23 jogos perdidos por temporada, nesta campanha, Sully esteve presente em 81 dos 82 jogos da equipe, rechaçando de vez sua fama de injury prone.

Arsenal ofensivo: Sullinger também é um pontuador proveitoso. Muitas vezes ele avalia mal as jogadas, abdica do jogo dentro da área pintada e insiste bastante em seu arremesso de média e longa distância. Só que isto também se deve ao fato de ele ter bastante confiança em seu chute de longe, afinal, é um arremessador acima da média para a posição. E, apesar de insistir bastante, seu jogo não se limita apenas a arremessos longos. Sullinger também é bastante eficiente em situações de pick-and-roll e post moves. Além disso, tem boa visão de jogo na quadra ofensiva e tem boa média de assistências para alguém de sua posição. Tem, inclusive, uma média de assistências por 36 minutos bem superior a de Avery Bradley, por exemplo.

Os pontos negativos

Falta de comprometimento: O principal ponto negativo de Sullinger é a falta de comprometimento com a franquia com a qual tem um contrato e lhe paga um salário nada barato. Sullinger, inclusive, destoa de um elenco formado por inúmeros jogadores hard workers, apaixonados pelo jogo e viciados em melhorar o desempenho e obter melhores resultados, como por exemplo Jae Crowder e Isaiah Thomas, que passaram a offseason inteira trabalhando para melhorar seus desempenhos, e não por acaso, receberam votos na eleição de jogador de maior evolução da temporada (vale citar aqui que também há outros jogadores notabilizados por essas características como Smart, Bradley, Turner, entre outros). O desleixo de Sullinger com sua principal ferramenta de trabalho, o seu corpo, é inadmissível. Seu peso acima do ideal limita muito seu desempenho e isso pode lhe custar caro no futuro. E isso acontece temporada após temporada.

Muitas oscilações: Sullinger oscilou bastante durante esta temporada. Teve partidas em que dominou, dos dois lados da quadra, grande pivôs da liga como Howard, Whiteside, Drummond e Cousins. Em outras partidas, foi facilmente batido por jogadores muito abaixo da média como Mirza Teletovic e Cody Zeller. Sem contar que Sullinger oscila bastante também durante a partida. Sully pode dominar Horford em um quarto e ser castigado por Scott no quarto seguinte. Essa oscilação prejudica bastante suas atuações.

Involução nos lances livres: A maior dor de cabeça para os big man‘s da NBA atualmente também começou a assombrar Sullinger. Se nas suas três primeiras temporadas como profissional, seu aproveitamento de lance livre nunca foi menor do que 74%, um ótimo desempenho para a NBA em geral, Sullinger teve uma certa involução neste quesito nesta temporada, registrando um aproveitamento de 64% nos lances livres. Uma queda de 10% de aproveitamento no quesito é algo significativo e preocupante.

Aspectos físicos: A lentidão e o atleticismo quase inexistente de Sullinger são aspectos físicos que prejudicam bastante o desempenho de Sullinger. Mesmo nas raras vezes em que está magro, Sullinger tem por característica física ser um jogador lento e sem atleticismo. Quando está acima do peso ideal então, estes problemas agravam-se ainda mais. Quando o adversário do Celtics usa formações mais baixas, small lineups, ou quando o seu matchup espaça bem a quadra, tem arremesso longo e tem velocidade lateral para infiltrar, Sullinger sofre bastante e vira uma verdadeira avenida para o adversário.

Estatísticas na temporada

Stats G Min FG% 3P% FT% Reb Ast Stl Blk Pts
Total 81 1915 .435 .282 .640 673 187 75 47 834
Média 81 23.6 .435 .282 .640 8.3 2.3 0.9 0.6 10.3
Por 36 Min 81 36 .435 .282 .640 12.7 3.5 1.4 0.9 15.7

O que esperar da próxima temporada?

Sua falta de comprometimento para com a franquia do Boston Celtics, principalmente por conta do descuido com o seu corpo, por viver acima do peso e seu desempenho abaixo da média nos playoffs devem contribuir contra a permanência do jogador no Boston Celtics. De qualquer forma, o Celtics deve exercer a oferta qualificatória presente em seu contrato e mantê-lo sob radar. No entanto, não deverá figurar na lista de prioridades de Ainge na próxima agência livre, devendo constar apenas como opção suplementar a alguns outros nomes prioritários. Portanto, não há como prever algo para Sullinger na próxima temporada, até porque sua permanência na franquia de Boston é bastante incerta.

8 comentários

  • Muito bacana a analise dos jogadores. o Sulli ao meu ver é o q realmente mais oscilou, apesar de não estar em nenhum dos extremos.. não sei se merece permanecer no time e ocupar a vaga de alguém que poderia nos dar mais esperanças quando entra.
    PS: “A lentidão e o atleticismo quase inexistente de Sullinger ” não seria A rapidez? pq a lentidão existe e muito rssss
    abraços

    1. O termo “quase inexistente” refere-se apenas ao atleticismo. Se fosse para se referir aos dois termos, teria que flexionar no plural e ficaria “quase inexistentes”.

      “A lentidão” e “o atleticismo quase inexistente”, os dois, são aspectos físicos (…).

      Com a sugestão, ficaria “A rapidez e o atleticismo quase inexistenteS são (…)”, que também está certo.

      Enfim, agradeço a sugestão e os elogios. Procurarei construir orações menos ambíguas na próxima vez. Abraço!

  • Fábio, ótimo texto. Descreveu bem os fatos e a condição do Sully.

    Meu resumo:

    1. Potencial: bom.

    2. Técnica: boa.

    3. QI de basquete: bom.

    4. Vontade: ruim.

    5. Disposição em melhorar: ruim.

    O resultado é um jogador de razoável para bom.

    Em um time que pretende resultados melhores ele deve ser um reserva.

    Por várias vezes eu escrevi no blog: Sully tem que decidir se vai ser um profissional do basquete ou se quer a lasanha da vovó.

    Ele ainda está em dúvida e tentando fazer as duas coisas. Ou seja, ainda não caiu a ficha do cara. Estou na NBA, no maior time, foi isso o que eu escolhi e muita gente gostaria de ter a minha oportunidade.

    Para mim, seria uma moeda de troca, no máximo, pois acho que o desleixo do Sully pode contaminar outros jogadores mais novos.

  • Ah, esqueci: é verdade, ele aprendeu a usar a barriga e o quadril largo (para não dizer a b**da) para deslocar/bloquear os adversários.

  • A renovação dele irá depender do quanto quer ganhar, mas ele já está entrando naquela fase Jeff Green, jogador de potencial que só apresenta flashs, no caso do Sully devido ao que bem colocou devido a sua falta de compromisso.

  • Eu particularmente deposita muita esperança no Sully. Ele é bom reboteiro, sabe usar muito bem o corpo e tem um bom chute de meia distancia. Sempre gostei dele e achei que essa temporada seria a melhor disparada dele, já que era temporada antes de ser free agent. Pegou um treinador particular de nome na off, John Lucas, e parecia mais comprometido com sigo mesmo.

    Começou mal a temporada no banco e ainda mal fisicamente, mas manteve o foco e foi ganhando espaço na nossa confusa front court para voltar a ser titular. Depois foi perdendo tempo de quadra, já que seu condicionamento não permite que ele jogue mais de 20 poucos minutos…..

    Por fim, me decepcionei. Ele mostrou que não tem jeito fisicamente. Não é um profissional comprometido com o próprio corpo, o que no nível da NBA é uma premissa básica. Chegou nos playoffs limitado pela própria gordura…. Mais um caso de desperdício de talento.

    Acho que vale só a oferta do contrato atual. Prefiro dar mais espaço para o Mickey.

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