Danny Ainge termina em sexto na eleição de melhor executivo da NBA

Em eleição que premiou o Gerente Geral do San Antonio Spurs, RC Buford, que, entre outras negociações, assinou com o All-Star LaMarcus Aldridge, Danny Ainge foi bem lembrado pelos eleitores e terminou na sexta colocação da votação, com 13 pontos.

Apesar de não ter feito movimentos impactantes durante esta temporada, Danny Ainge fez um bom trabalho em manter o elenco que foi aos playoffs na última temporada, renovar com atletas importantes e com contratos expirando, selecionar jovens promissores e assinar com nomes pontuais para reforçar a equipe. Isto tudo, cuidando bem das finanças da franquia, mantendo-a flexível para assinar com os nomes impactantes na próxima offseason.

Ainge assinou com Amir Johnson, um agente livre bem cobiçado na última offseason, com o intuito de preencher o pior defeito da equipe do Celtics, a defesa de garrafão. Mas a melhor notícia da contratação foi como Ainge estruturou seu contrato: 24 milhões de dólares em dois anos, sendo o segundo ano opção da equipe. Se o primeiro ano de contrato de Amir parece ser bastante salgado, é para convencê-lo a assinar este contrato maluco que o torna uma das melhores moedas de troca da próxima offseason.

A renovação do combo forward sueco Jonas Jerebko também seguiu os mesmos moldes: 10 milhões em dois anos, com o segundo ano sendo opção da equipe. Desta forma, Ainge adicionou dois jogadores que podiam adicionar bastante à equipe (e o fizeram, já que tiveram ótimo desempenho na pós-temporada) e, ao final da temporada, tornariam-se valorosos ativos no mercado de transferências da liga.

David Lee também chegou ao Celtics em meio de um negócio que parecia bastante favorável ao Celtics. Lee e seu contrato expirante de 15 milhões de dólares chegaram em troca dos inutilizados na temporada 2014-15, Gerald Wallace e Chris Babb. E mesmo que Lee não tenha correspondido à expectativa que o torcedor do Celtics tinha em torno dele, o valor de seu contrato expirante será de grande valia para liberar um espaço considerável na folha salarial da franquia para a próxima temporada.

Além desses movimentos, Ainge usou algumas exceções comerciais que o Celtics possuía, para, “do nada”, adicionar jogadores como Perry Jones III e Zoran Dragic, junto de duas escolhas de draft, uma em cada negociação. Jones e Dragic foram dispensados, mas o Celtics ainda mantém duas importantes escolhas de draft, adquiridas sem o Celtics perder nenhum ativo.

No draft, Ainge selecionou jogadores de grande potencial e que já deram boa resposta com a camisa do Celtics (além dos excelentes desempenhos com a camisa do Maine Red Claws, equipe afiliada do Celtics na Liga de Desenvolvimento da NBA). Rozier, o melhor calouro do Celtics na temporada, já dá demonstrações de grande potencial e de que, apesar de uma escolha bastante criticada, fora uma seleção acertada de Ainge. Já Hunter e Mickey, que eram considerados verdadeiros steals desde a noite do draft, vão confirmando que podem ajudar bastante o Celtics no futuro.

Assim, mesmo em uma temporada mais apagada do Gerente Geral do Celtics, Danny Ainge fez movimentos cirúrgicos para elevar o nível da equipe, que aumentou em oito vitórias o recorde da temporada e terminou empatado na terceira colocação da conferência com outras três equipes, perdendo o mando de quadra nos playoffs apenas nos critérios de desempate.

Confira o resultado final da votação em tweet do jornalista da ESPN, setorista do Boston Celtics, Chris Forsberg:

Celtics president of basketball operations Danny Ainge finished sixth in the league's Executive of the Year pic.twitter.com/5ob20wTpO2

— Chris Forsberg (@ChrisForsberg_) May 9, 2016