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Guia Mundial – Grupo B

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O grupo B conta com uma seleção argentina envelhecida e em renovação e, por isso, promete ter uma grande disputa pelo primeiro lugar entre Argentina, Croácia e Grécia.  Porto Rico é claramente a quarta força.  Filipinas conta com o entrosamento a seu favor e pode surpreender.  Já Senegal tem uma seleção com atletas que jogam em diversos países, o que a credencia como pior equipe do grupo.

Todos os jogos do grupo B serão disputados no Palacio Municipal de Desportes San Pablo, em Sevilha.

Argentina

Posição no Ranking da FIBA: 3º lugar (490 pontos)
Como chegou ao mundial: 3º lugar na Copa América de 2013
Posição no Mundial 2010: 5 lugar
Posição nas olimpíadas de Londres: 4º lugar
Principais Títulos: Campeã Mundial (1950), Olímpica (2004) e da Copa América (2001 e 2011)
Destaques: Andrés Nocioni (Real Madrid – ESP), Luis Scola (Indiana Pacers – EUA) e Pablo Prigioni (New York Knicks – EUA)
Desfalques: Carlos Delfino (Milwaukee Bucks – EUA) e Manu Ginobili (San Antonio Spurs – EUA)
Técnico: Julio Lamas

Após anos realizando grandes campanhas em competições internacionais, que renderam um vice-campeonato mundial em 2002 e a medalha de ouro na olimpíada de 2004, a Argentina mostra sinais de enfraquecimento. Suas principais estrelas, como as listadas acima, começam a sentir o peso da idade e podem enfrentar problemas em uma competição tão rápida e curta.  Além disso, nos amistosos preparatórios a seleção perdeu para Brasil (68 x 59), Porto Rico (97 x 87) e Sérvia (85 x 67) e venceu em sua casa Brasil (85 x 80) e México (96 x 71). Um desempenho ruim e com muitos pontos sofridos para equipes que costumava vencer.

A rotação dos jogadores mais experientes será feita para colocar atletas jovens e que não tem muita experiência internacional, mas que são fundamentais para a reformulação da seleção.  Entre os jovens jogadores, as maiores promessas para o futuro são os armadores Nicolás Laprovittola, de 24 anos e que joga no Flamengo e Facundo Campazzo, com 23 anos e que atua pelo Peñarol da Argentina.  Esses jovens podem sonhar em assumir o lugar de Ginobili e Prigioni na seleção.  Quem pode assumir o papel de Luis Scola no futuro é o ala-pivô de 21 anos Matías Bortolin, que joga no Regatas da Argentina e sabe atacar, defender e passar muito bem.  Bem semelhante a um jogador, não?

A Argentina também vai sentir muito os desfalques de dois atletas muito importantes cortados por lesão: Delfino e Ginobili.  O ala-armador Manu Ginobili possui 37 anos e não deve jogar mais pela seleção.  Já o ala Carlos Delfino tem 31 anos e ainda pode participar de outras competições.

Esse torneio deve marcar a despedida de grandes atletas da geração que conquistou o ouro olímpico em Atenas, como Gutiérrez, Herrmann, Nocioni e Scola, mas será muito importante para preparar os novos jogadores para o futuro que, assim, podem manter a Argentina em um grande nível de basquetebol nas competições internacionais.

A equipe hermana pode muito bem terminar com o segundo ou terceiro lugar no grupo e, dependendo do desempenho do Brasil na chave A, podemos ter novamente um clássico sul-americano nas oitavas. Nas duas últimas vezes em que se enfrentaram em competições internacionais, mundial de 2010 e olimpíada de 2012, a Argentina venceu os dois jogos.

Croácia

Posição no Ranking da FIBA: 16º lugar (137 pontos)
Como chegou ao mundial: 4º lugar no Eurobasket de 2013
Posição no Mundial 2010: 14º lugar
Posição nas olimpíadas de Londres: Não participou
Principais Títulos: Não têm
Destaques: Ante Tomic (Barcelona – ESP), Bojan Bogdanovic (Brooklyn Nets – EUA) e Roko Ukic (Cedevita – CRO)
Desfalques: Nenhum
Técnico: Jasmin Repesa

A Croácia é a principal candidata a “roubar” o primeiro lugar da Argentina.  Após não se classificar para os mundiais de 1998, 2002 e 2006, a seleção croata retornou para o torneio em 2010 e fez uma campanha média, terminando em 14º lugar, mas após isso a equipe só evoluiu e conquistou um quarto lugar no Eurobasket de 2013.

A base da seleção é a mesma que disputou o torneio europeu no ano passado e conta com um garrafão de respeito com a dupla Tomic e Saric. Além do jovem ala Bojan Bogdanovic, que atua na NBA e é o principal cestinha da equipe.  O maior problema da Croácia está na armação. Roko Ukic se mostrou um jogador irregular nos amistosos e isso pode prejudicar a equipe em confrontos contra seleções mais fortes.

Se Ukic conseguir evoluir ao longo do torneio, a Croácia promete ir ao menos para as quartas de final e pode sonhar em igualar a grande campanha que teve no mundial de 1994, quando conquistou a medalha de bronze.

A seleção croata ainda possui um leve favoritismo contra um dos adversários desta chave: a Grécia, que venceu em um amistoso preparatório por 68 a 66.

Filipinas

Posição no Ranking da FIBA: 34º lugar (22.8 pontos)
Como chegou ao mundial: 2º lugar na Copa Asiática de 2013
Posição no Mundial 2010: Não participou
Posição nas olimpíadas de Londres: Não participou
Principais Títulos: Campeã Asiática (1960, 1963, 1967, 1973 e 1985)
Destaques: Andray Blatche (Brooklyn Nets – EUA) e Jayson Castro William (Talk’n Text Tropang Texters (FIL)
Desfalques: Nenhum
Técnico: Vincent Reyes

Após 36 anos, as Filipinas voltam a disputar um mundial.  A seleção foi sede da última vez que participou do torneio, em 1978, quando terminou no oitavo lugar. O que levou as Filipinas a ficarem tanto tempo ausentes do Mundial foi a má administração de sua federação, o que até gerou uma punição da FIBA em proibir a participação da seleção em competições internacionais entre os mundiais de 2002 e 2006.

Mas agora a história é outra e a maior demonstração da qualidade da nova administração é que conseguiram convencer o pivô do Nets, Andray Blatche, a se naturalizar, mas não foi fácil. Para a naturalização acontecer foi necessária a a aprovação do senado e a criação de uma lei. Após se tornar um cidadão filipino no início de agosto, Blatche logo foi integrado ao time para amistosos e se tornou o cestinha da equipe e foi decisivo na partida preparatória para vencer a seleção do Egito por 74 a 65.

A seleção também já demonstrou que não vai depender tanto de Andray Blatche no mundial, já que antes de Blatche se naturalizar conseguiram vencer em um amistoso a boa seleção da China por 80 a 79. A principal ajuda do pivô naturalizado será em aumentar a altura e melhorar o jogo de garrafão, já que a equipe filipina é a mais baixa da competição e tendo Blatche no garrafão vai melhorar seu jogo rápido e atlético.

O jogador que será a dor de cabeça para os adversários no grupo é o ala-armador Jayson Castro William, um dos principais atletas que atuam nas Filipinas que, com 1,76m é um atleta muito ágil, difícil de marcar, que sabe chutar bem do perímetro e ainda distribuiu assistências para seus companheiros, os quais ele conhece muito bem, já que dez dos doze atletas convocados jogam nas Filipinas.

Portanto muita atenção para o run and gun dos filipinos, que podem surpreender e brigar pela quarta vaga.

Grécia

Posição no Ranking da FIBA: 5º lugar (376 pontos)
Como chegou ao mundial: Wild Card (Convite)
Posição no Mundial 2010: 11º lugar
Posição nas olimpíadas de Londres: Não participou
Principais Títulos: Campeã Europeia (1987 e 2005)
Destaques: Nick Calathes (Memphis Grizzlies – EUA) e Ioannis Bourousis (Real Madrid – ESP) e Kostas Papanikolaou (Houston Rockets – EUA)
Desfalques: Dimitris Diamantidis (Panathinaikos – GRE) e Vassilis Spanoulis (Olympiacos – GRE)
Técnico: Fotis Katsikaris

Se no futebol a Grécia avançou para a segunda fase do mundial pela primeira vez na Copa do Brasil, no basquete isso é um fato comum. Em seis participações a seleção grega sempre avançou para, ao menos, a segunda fase. Mas desta vez a seleção tenta superar a pior campanha de sua história em um mundial com o 11º lugar em 2010.

Tudo leva a crer que os gregos vão conseguir.  A péssima campanha no Eurobasket de 2013, com apenas uma vitória em cinco jogos já foi superada. Nos amistosos a seleção conseguiu derrotar adversários muito forte como Sérvia (66 x 64) e Turquia duas vezes: 70 x 56 em Atenas e 76 x 72 na Turquia.

A maior arma dos gregos para uma boa campanha é a defesa. Os gregos levaram mais do que 72 pontos em apenas dois de oito amistosos. Além da forte defesa os gregos também sabem atacar muito bem. Mesmo com as ausências de Dimitris Diamantidis, que se aposentou da seleção e Vassilis Spanoulis, que decidiu descansar nessa pré-temporada, o perímetro da Grécia é um dos mais fortes da competição.

Os atletas que atuam na armação de jogadas são o armador Nick Calathes, grande criador de jogadas e arremessador de três pontos e o experiente armador reserva Nikos Zizis, único remanescente da medalha de prata conquistada no mundial de 2010 e que não deixa o nível de criação cair quando Calathes está no banco.  Os principais alvos destes dois armadores são o pivô Ioannis Bourousis e o ala-pivô Giorgos Printezis, que costumam dominar o garrafão.

Com essas armas de defesa forte, bom perímetro e garrafão e uma boa rotação de jogadores a Grécia vai dar trabalho para os adversários nesse grupo. Conquistar uma medalha de prata como em 2006 é muito difícil, mas chegar até a fase quartas de final é bem possível.

Porto Rico

Posição no Ranking da FIBA: 17º lugar (115 pontos)
Como chegou ao mundial: 2º lugar na Copa América de 2013
Posição no Mundial 2010: 18º lugar
Posição nas olimpíadas de Londres: Não participou
Principais Títulos: Campeã da Copa América (1980, 1989 e 1995)
Destaques: Carlos Arroyo (Galatasaray – TUR), Daniel Santiago (Cangrejeros de Santurce – PRC), José Juan Barea (Minnesota Timberwolves – EUA) e Renaldo Balkman (Capitanes de Arecibo – PRC)
Desfalques: Nenhum
Técnico: Paco Olmos

Porto Rico tenta apagas a má imagem que deixou nas duas últimas campanhas ruins que fez no mundial, quando não avançou para as oitavas e ficou apenas em 17º lugar em 2006 e 18º em 2010. Para isso vai com força máxima e conta com a experiência de grandes jogadores.

Esse mundial também deve marcar a despedida da seleção de atletas importantes como o armador Carlos Arroyo e o pivô Daniel Santiago.  Essa ainda é uma dupla mortal para os times adversários.  Por jogarem muito tempo juntos na seleção esses atletas se entendem muito bem. Além disso contam com outros dois parceiros formidáveis: Balkman e Barea.

O grande problema de Porto Rico é a inconstância na defesa e no ataque. Muitas vezes, quando a partida não está a seu favor, os atletas tentam decidir sozinhos e acabam executando arremessos ruins e possibilitando contra-ataque aos adversários. Isso pode ser mortal contra seleções rápidas e ágeis como as Filipinas.

Se os atletas de Porto Rico conseguirem se manter organizados por toda partida( ou ao menos boa parte dela) e os atletas não tentarem decidir tudo sozinhos, a seleção tem ótimas chances de avançar ao menos para a fase de oitavas.

Senegal

Posição no Ranking da FIBA: 41º lugar (18.2 pontos)

Como chegou ao mundial: 3º lugar na Copa Africana de 2013
Posição no Mundial 2010: Não participou
Posição nas olimpíadas de Londres: Não participou
Principais Títulos: Campeão Africano (1968, 1972, 1978, 1980 e 1997)
Destaques: Gorgui Dieng (Minnesota Timberwolves – EUA) e Hamady N’Diaye (Guangxi Rhinos – CHN)
Desfalques: Nenhum
Técnico: Cheikh Sare

Senegal vai participar apenas de seu quarto mundial.  Nas três participações anteriores a seleção não avançou para a segunda fase e esse ano não promete ser diferente. Dos amistosos que realizou teve um bom papel apenas contra o México, que venceu por 77 a 71.

A principal estrela do grupo é o jovem pivô de 24 anos Gorgui Dieng, que terá como mentor o também pivô Hamady N’Diaye, destaque do basquete chinês com médias de 16.8 pontos e 12 rebotes.

Ao contrário das seleções de menor nível no mundial, a maioria dos jogadores não joga em Senegal. Apenas dois jogam no país e isso prejudica no entrosamento da equipe, já que os atletas estão espalhados por diversos países como China, EUA, França, Grécia, Irã, Japão e Suíça.

O que pode beneficiar Senegal é a força de seus atletas. Muitos deles são altos e com grande porte físico, mas isso pode deixar a tarefa de marcar atletas mais rápidos difícil.  Por conta disso a seleção deve ficar com a última colocação do grupo ou no máximo com o quinto lugar.

Tabela de Jogos

30 de Agosto
07h30 Croácia x Filipinas
12h30 Porto Rico x Argentina
15h Grécia x Senegal
31 de Agosto
08h30 Argentina x Croácia
12h30 Senegal x Porto Rico
15h Filipinas x Grécia
1º de Setembro
07h30 Croácia x Senegal
12h30 Argentina x Filipinas
15h Porto Rico x Grécia
3 de Setembro
08h30 Filipinas x Porto Rico
12h30 Senegal x Argentina
15h Grécia x Croácia
4 de Setembro
09h Senegal x Filipinas
13h Croácia x Porto Rico
17h Argentina x Grécia