Visite nossas Redes Sociais
Curta e siga nossas redes para ter acesso a conteúdos exclusivos, além de manter-se sempre atualizado sobre novos artigos no site.

Prévia – Final 4 NCAA 2014

Camisas do Boston Celtics com desconto

Fique por dentro das equipes e dos duelos do Final 4 da NCAA.

Antes de falar dos times é necessário citar que outra tradição foi quebrada.  Não tão antiga quanto a que foi interrompida no ano passado. Desde 2006 pelo menos uma equipe que havia disputado a semifinal da NCAA do ano anterior retornava ao Final 4 na temporada seguinte, mas em 2014 nenhuma que havia jogado o torneio em 2013 retornou.

No ano passado as equipes participantes foram: Louisville, Michigan Wolverines, Syracuse e Wichita State.  A última vez que isso havia acontecido foi de 2005 para 2006.   Em 2005 os times que disputaram as semifinais da NCAA foram North Carolina, Illinois, Louisville e Michigan State.  Já em 2006 Florida, UCLA, George Mason e LSU.

Agora vamos às análises das equipes:

Connecticut Huskies

Campanha: 30 – 8
Títulos: Três (1999, 2004 e 2011)
Equipe Titular: Shabazz Napier (G), Ryan Boatright (G), DeAndre Daniels (F), Niels Giffey (F) e Phillip Nolan (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Clifford Robinson, Donny Marshall, Donyell Marshall e Toby Kimball
Atletas que jogam na NBA: Andre Drummond, Ben Gordon, Caron Butler, Charlie Villanueva, Emeka Okafor, Hasheem Thabeet, Jeremy Lamb, Kemba Walker, Ray Allen, Richard Hamilton e Rudy Gay
Técnico: Kevin Ollie

Muitas pessoas acreditam que um atleta universitário tem sua vida acadêmica facilitada e não precisa se dedicar como os alunos “normais”, mas as coisas não funcionam assim na NCAA.  NA temporada passada, por conta das baixas notas, os atletas de Connecticut não puderam participar de nenhum torneio de pós-temporada como March Madness, Torneio da Big East e o NIT.

Superada a punição, o Huskies fez bonito e surpreendeu no March Madness derrotando três equipes melhores rankeadas: Villanova, Iowa State e Michigan State.  Para chegar até a semifinal a equipe de Connecticut contou com uma grande contribuição do armador Shabazz Napier, responsável por 30% dos pontos de Connecticut no torneio da NCAA e líder da equipe em pontos (18.1), rebotes (5.9) e assistências (4.9).

Então para derrotar o Connecticut Huskies é só marcar muito bem Napier?  Não é bem assim.  O armador do Huskies conta com dois fiéis escudeiros: o ala-armador Ryan Boatright com médias de 12 pontos, 3.4 rebotes e 3.4 assistências; e o ala DeAndre Daniels com 13 pontos e 5.9 rebotes por partida.  Se a marcação apertar Napier tem para quem distribuir a bola. Os marcadores também não podem chegar muito forte nele.  O armador de Connecticut tem um acerto de 86% da linha de lance livre.  Fazer faltas em Napier não é a melhor saída.

Para derrotar o Huskies é necessário estabelecer um jogo no garrafão.  A equipe tem a pior média de rebotes das que chegaram ao Final 4 com apenas 35.4  Um armador ser seu melhor reboteiro não é um bom sinal.  Pelo fator garrafão, Florida é favorita contra Connecticut.

Florida Gators

Campanha: 36 – 2
Títulos: Dois (2006 e 2007)
Equipe Titular: Michael Frazier II G), Scottie Wilbekin (G), Casey Prather (F), Dorian Finney-Smith (F) e Patric Young (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Andrew Owens e Neal Walk
Atletas que jogam na NBA: Al Horford, Bradley Beal, Chandler Parsons, Corey Brewer, David Lee, Erik Murphy, Joakim Noah, Marreese Speights, Matt Bonner, Mike Miller, Nick Calathes e Udonis Haslem
Técnico: Billy Donovan

Depois de bater na trave por três anos consecutivas sendo eliminada no Elite Eight (final de divisão), a equipe da Florida chega ao Final 4 como favorita, mas para conquistar o título terá de quebrar uma escrita que parecia boa, mas não é. O Gators é o quarto time que entra no Final 4 da NCAA com uma sequência de 30 vitórias consecutivas. As três anteriores: Indiana State em 1979, UNLV 1991 e Duke 1999 não conseguiram conquistar o título.

Ao contrário de Connecticut, Florida tem sua pontuação bem distribuída entre seus cinco titulares: Prather com 13.8, Wilbekin 13.4, Frazier II 12.6, Young 10.8 e Finney-Smith 8.9 pontos por jogo.  Por não contar com uma grande estrela fica mais difícil marcar a equipe de Florida. Afinal, eles sabem distribuir bem a bola e seus atletas combinam para uma média espetacular de arremessos de 46%.

Florida está sedenta para vingar sua derrota para Connecticut durante a temporada regular por apenas um ponto, 65 x 64.  Naquele jogo Florida não contava com dois bons jogadores reservas Kasey Hill e Chris Walker. Com a equipe completa o Gators quer mostrar que o final pode ser diferente.

Por conta da experiência da equipe (todos jogadores de Florida estão pelo menos no segundo ano), do jogo mais bem distribuído e por não depender muito dos arremessos de três pontos, Florida é favorita ao título da NCAA.  Até para provar que mereceu o título de primeiro lugar no ranking geral.  Na única outra vez que o Florida Gators ficou com a primeira colocação geral a equipe conquistou o título em 2007.

Kentucky Wildcats

Campanha: 28 – 10
Títulos: Oito (1948, 1949, 1951, 1958, 1978, 1996, 1998 e 2012)
Equipe Titular: Andrew Harrison (G), Aaron Harrison (G), James Young (F), Julius Randle (F) e Dakari Johnson (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Cliff Hagan, Dan Issel, Frank Ramsey e Pat Riley
Atletas que jogam na NBA: Anthony Davis, Archie Goodwin, Brandon Knight, Chuck Hayes, Darius Miller, DeAndre Liggins, DeMarcus Cousins, Doron Lamb, Eric Bledsoe, Jodie Meeks, John Wall, Josh Harrellson, Keith Bogans, Kelenna Azubuike, Marquis Teague, Michael Kidd-Gilchrist, Nazr Mohammed, Nerlens Noel, Patrick Patterson, Rajon Rondo, Tayshaun Prince e Terrence Jones
Técnico: John Calipari

Kentucky é a maior surpresa deste Final 4. Uma equipe dominada por calouros e na pior posição do ranking por uma equipe comandada pelo excelente técnico John Calipari mostrou maturidade no torneio desse ano derrotando três times que participaram da última semifinal: Wichita State (78 x 76), Louisville (74 X 69) e Michigan (75 x 72). Com as vitórias contra Louisville (campeão) e Michigan (vice-campeão), Kentucky estabeleceu uma grande marca: ser a primeira equipe a eliminar as duas melhores do ano anterior na história da NCAA.

O Wildcats derrotou a equipe do antigo Fab Five e igualou uma escrita.  Desde 1992 que cinco calouros não começavam uma partida do Elite Eight.  O resultado final para o Fab Five foi a perda do título na decisão. Será que esse ano os calouros de Kentucky podem fazer diferente?

Pelo que vi tudo indica que sim.  Kentucky possui um jogo físico e sabe trabalhar bem no garrafão.  A equipe possui a melhor média de rebotes dentre todos os times do Final 4 com 41 por jogo.  Além disso, os atletas, mesmo calouros, sabem definir jogadas e não ficam chutando de três toda hora.  Somente quando é necessário.  Maior exemplo disso é que em apenas um jogo do torneio os atletas do Wildcats chutaram mais de 15 bolas de três.  Nessa partida foram 18 tentativas.  Em todas as outras foram 14 ou menos.

O líder do poderoso garrafão de Kentucky é o ala e máquina de Doubles-Doubles Julius Randle com média de 15.1 pontos e 10.7 rebotes.  O ala cotado para ser draftado pelo Celtics (espero que seja mesmo) já anotou 24 Duplos-Duplos e está atrás apenas de Michael Beasley (28) como calouro que mais fez Doubles-Doubles.  Randle superou a marca de Duplos-Duplos de atletas famosos na NBA hoje como Carmelo Anthony e Kevin Love.

Outro excelente atleta que joga embaixo da cesta é o ala James Young com 14.1 pontos e 4.2 rebotes por partida. Quem cuida do perímetro do Wildcats são os irmãos gêmeos Harrison, que distribuem bem o jogo e municiam Randle e Young.  Além disso, eles sabem decidir jogos, como fez Aaron Harrison convertendo a decisiva cesta de três na vitória contra Michigan Wolverines.

Os atletas de Kentucky também querem vencer para demonstrar quão bom é o trabalho do técnico John Calipari.  Desde que ele chegou ao time em 2009 nenhuma outra equipe teve mais jogadores selecionados no draft para a NBA.  Calipari também conseguiu levar Kentucky a três Final 4 em apenas quatro anos (2011, 2012 e 2014).  Obrigado Calipari pela “fábrica” de jogadores.

Wisconsin Badgers

Campanha: 30 – 7
Títulos: Um (1941)
Equipe Titular: Traevon Jackson (G), Ben Brust (G), Josh Gasser (F), Sam Dekker (F) e Frank Kaminsky (C)
Jogadores notáveis que atuaram na NBA: Cory Blackwell, Don Rehfeldt, Michael Finley, Scott Roth e Wes Matthews
Atletas que jogam na NBA: Devin Harris, Greg Stiemsma e Jon Leuer
Técnico: Bo Ryan

Assim como Kentucky, o melhor jogador de Wisconsin também é um pivô, mas esse possui uma arma a mais.  Além dos 14.1 pontos e 6.1 rebotes, Frank Kaminsky também é um bom arremessador de três pontos (uma espécie de Kevin Love) com um aproveitamento de 38%.

A equipe gosta e sabe trabalhar a posse de bola e procura sempre o melhor jogador posicionado para o chute.  Tanto que outros três jogadores do Badgers possuem médias superiores a dez pontos: Brust (12.8), Dekker (12.4) e Jackson (10.7).  O perímetro também é forte, mas a bola de três pode prejudicar o time. Sete jogadores de Wisconsin tem aproveitamento melhor do que 32% da linha de três pontos, mas se forem bem marcados ou não tiverem no melhor dia podem perder a partida por arremessar muitas vezes da linha de 3 pontos.

O que já ajudou e vai ajudar ainda mais Wisconsin nesse Final 4 é sua defesa.  A equipe sofreu mais do que 63 pontos em apenas uma partida do March Madness.  Em duas levou apenas 35 e 52.  Contra o forte time de Arizona foram 63 após uma prorrogação, mas não é sempre que uma defesa pode vencer um jogo decisivo e um título.

Na final do Elite Eight contra Arizona Kaminsky teve uma atuação épica e marcou 28 pontos. Apenas um outro atleta fez dez ou mais pontos. Se Kamisnky for muito bem marcado e os outros jogadores não conseguirem contribuir como aconteceu contra Arizona, de que adianta a boa defesa?

Só sei que esse jogo promete ser bem físico e disputado.  Se você só puder assistir a um jogo amanhã veja o segundo.  Podemos chama-lo de “A batalha no garrafão”.

Momento Mãe Dináh – Pitacos

Florida 75 X 68 Connecticut

Kentucky 59 X 57 Wisconsin

Kentucky 72 X 69 Florida

Transmissão na TV

Os canais de televisão por assinatura Bandsports e ESPN irão transmitir as duas semifinais e a final. Às 19h, você acompanha Florida contra Connecticut e às 21h30 começa o confronto entre Wisconsin e Kentucky.

A grande decisão será nessa segunda-feira às 22h.

As duas semifinais e a final serão disputadas no AT&T Stadium, estádio do time de futebol americano Dallas Cowboys.

PS: Leitores que também forem ousados podem deixar os palpites dos jogos na caixinha de comentários.

Fonte: http://espn.go.com/mens-college-basketball/

Foto: Crave Online

16 comentários

  • Excelente texto, espero que Kentucky seja campeão…mas acho difícil, e muito da campanha do “march madness” para mim vem da melhora do jogo do Dakari Johnson que até então estava muito apagado.

    Shabazz Napier que baita jogador universitário, espero não secar, mas vai ser legal ver ele contra a forte defes do Gators.

  • Estive mês passado no EUA e é impressionante como a própria NBA fica de lado durante o March Madness.

    Kaminsky é fantástico, pena näo ter se inscrito.

  • UConn travando a Florida até aqui. Napier näo tem físico para NBA, mas é um baita armador.

  • Se me falassem que Uconn chegaria na final quando começou o march madness eu diria que a pessoa estava maluca, mas o DeAndre Daniels e Napier jogaram muito este mês.

    O físico dele é um problema, mesmo o DeAndre Daniels se for para NBA deve ir para 3.

  • Harrison acertou o canhäo faltando cinco segundos. Castigo imerecido para Wisconsin, mas basquete é assim.

    Bom jogo do Dakari Johnson, deve se candidatar em 2015, mais uma possibilidade de pivô.

    Kaminski decepcionou.

  • Final inesperada, mas kentucky é kentucky e camisa pesa.

    Não sei se o Kaminski decepcionou ou o time de Kentucky fisicamente é muito forte, por sinal foi esse fator que ajudou a temporada não ser pior antes de entrar no atual mata-mata.

    Para mim, o fator x, foi quando o Dakari Johnson começou a ter seus minutos e se soltar que levou a subida do time. Por sinal, DJ era antes de começar a temporada era cotado brigando ou a frente do Embidd como melhor pivô, começou em alguns mocks na frente.

    Poythress é outro jogador importante que sai do banco depois de um começo apagado, até hoje não sei se o esquema do time que atrapalha ele ou o quê no seu desenvolvimento.

    O grande problema próximo ano é acomodar tanto jogador talentoso, deverá sair apenas Randle e Young e entrará Karl Towns, Devin Booker, Trey Lyles e Tyler Ullis.

  • Jornais de Boston falam agora que o Ainge está observando Jusuf Nurkic, pivô da Bósnia. Alguém conhece? Outro pivô dos Balcãs após a experiência ruim com o Kristic?

    Quanto à final hoje, aposto em Connecticut por placar apertado.

    1. Dos projetos que acho que tem chance de furar é o Clint Capela, se não estou enganado ele vai jogador em um desses torneios jogadores de todo mundo (canadá incluindo) versus americanos.

      Pode ser que o Ainge venha tentando despistar, por que até o Chad Ford que ama jogadores europeus em algum desses chats dele perguntado falou que Nurkic é ainda é cru.

      Duvido que o Celtics pegue algum projeto para 5 tendo os direitos do Faverani e do Colton Iverson.

  • Final decepcionante. UConn travou o garrafão de Kentucky. Napier teve muito espaço e aproveitou. Não tem físico para NBA, mas tem um estilo que pode dar certo na Europa.

    Randle apagado demais, mas será Top5 no Draft.

  • Sei não, se o Randle será o top 5 do draft, os mocks tem surpresa e uma delas pode ser jogadores como ele, se fixarmos o top 4 com smart, embidd, parker, winggins, acho que Celtics e Utah o passam por ele não ser um bom encaixe, dependendo do que ocorrer no sorteio, ele pode deslizar.

    Se o Lakers for de exum, quem pode pegar ele é o Sacramento, depois vem Piston que não faz menor sentido e por aí vai.

  • quais jogadores no draft agora pode ser interessante pra nos? quantas sao escolhas do celtics este ano?…tamara que ainge tenha boas escolhas pra nosso time….eta junho vai demorar…..

    1. Se ficarmos com a primeira escolha, apostaria em Jabari Parker. Segunda ou terceira, quem sobrar entre Wiggins e Embiid mesmo, ou logicamente o próprio Parker.

      Como quarta escolha, Doug McDermott ou o Julis Randle mesmo.

      A vantagem de trazer um SF é que poderiamos tentar trocar o Green, ainda que não acredito que o Ainge (e sua vaidade infinita) faça.

      Com a escolha dos Nets (entre a 17 ou 19), devemos ter algumas opções sobreviventes, tais como TJ Warren, Cleanthony Early (Ainge está atento nele) ou mesmo o Shabazz Napier, ainda que não acredito em backup para o Rondo. Dos pivôs, tem o bósnio que citei acima ou o Cauley-Stein, mas é melhor apostar no Olynyk mesmo (precisa evoluir muito a defesa) e trazer algum via FA ou tentar o Draft seguinte, caso a opção seja retankar.

      O ideal seria que Aaron Gordon, Tyler Ennis ou Jeremy Grant estivessem disponíveis na pick oriunda de Brooklyn, mas é algo improvável.

Comments are closed.